Bissau, 18 Jul 18 (ANG)– A secretária executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Maria do Carmo Silveira, saudou terça-feira o tema escolhido por Cabo Verde “A Cultura, as Pessoas e os Oceanos”, para a presidência rotativa da organização.
“A plena realização do desenvolvimento dos nossos cidadãos constitui o horizonte que dá direcção e sentido a todas as acções no âmbito da CPLP (…) os laços linguísticos e culturais que nos ligam tem a sua origem num legado histórico comum (…). Hoje os recursos naturais e as actividades económicas ligadas ao mar oferecem possibilidades e desafios determinantes para o desenvolvimento sustentável dos nossos países”, realçou.
Maria do Carmo Silveira, que falava na abertura da sessão de abertura da XII Cimeira da CPLP que decorre na ilha do Sal e que marca inicio da presidencia cabo-verdiana para os próximos dois anos frisou que a organização ainda é uma obra em construção, na qual as conquistas anteriores são fundamentais para as etapas seguintes.
Entretanto demonstrou-se convicta de que com o engajamento de cada um dos Estados-membros a organização será capaz de se superar no contexto do mundo globalizado.
“Cabe-nos avançar nos esforços de cooperação em torno deste enorme potencial de carácter natural, científico, económico, político e estratégico”, defendeu.
“Com o contínuo engajamento de cada um dos Estados-membros, a CPLP será capaz de se superar no contexto do mundo globalizado, sem se descaracterizar, transformando os vínculos históricos, linguísticos e afectivos numa poderosa alavanca para o desenvolvimento dos seus Estados e consolidando-se enquanto realidade linguística, sem dúvida, mas também política e, esperamos, cada vez mais económica”, disse.
A responsável realçou o crescente interesse nas esferas internas e internacional que a comunidade tem suscitado, apontando o aumento de países e organizações interessados em obter o estatuto de observador associado e consultivo como um claro indicador da atenção de que a CPLP tem sido objecto.
E falando dos desafios dessa organização criada ha 22 anos Maria do Carmo Silveira apontou a facilitação da mobilidade de pessoas e bens, a criação de um ambiente económico e jurídico que facilite a promoção do comércio e investimento mútuos e uma maior aproximação aos cidadãos à comunidade, como de resto foram referidos pelos discursos dos chefes de Estado.
É a segunda vez que Cabo Verde acolhe a reunião de Chefes de Estado e de Governo da CPLP. A primeira ocorreu, na cidade da Praia, nos dias 16 e 17 de Julho de 1998.
Para além dos membros, a organização tem como observadores associados países como a Geórgia, a Hungria, o Japão, a República Checa, a República Eslovaca, a República das Maurícias, a República da Namíbia, a República do Senegal, a República da Turquia e o Uruguai.
A CPLP foi criada a 17 e Julho de 1996, em Lisboa, por sete Estados: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Em 2002, com a independência, Timor-Leste tornou-se oitavo Estado-membro. Em 2014, a Guiné-Equatorial foi admitida como membro da organização, durante a Cimeira realizada na capital timorense, Díli
ANG/Inforpress
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