domingo, 29 de dezembro de 2024
PR Umaro Sissoco Embaló visitou hoje os populares da tabanca de Untche, setor de Bissorã, região de Oio
sábado, 28 de dezembro de 2024
Emigrantes? Conheça o programa que o vai ajudar a regressar a Portugal... Em 2023, havia cerca de 2,1 milhões de portugueses emigrados.
© iStock Notícias ao Minuto 28/12/2024
Em cada canto do mundo há emigrantes portugueses que optaram por sair de Portugal à procura de uma vida melhor. No entanto, ao fim de alguns anos, há também quem pense em regressar.
Tendo em conta o elevado número de emigrantes, o Governo quis reforçar apoios para que os que estão fora regressem a casa e, em 2019, lançou o Programa Regressar, que inicialmente teria uma duração até 31 de dezembro de 2024, mas que acabou por ser alargado até 2026.
Segundo a DECO PROteste, este programa inclui medidas como um regime fiscal mais favorável para quem regressa, apoio financeiro para os emigrantes e familiares que venham trabalhar para Portugal e uma linha de crédito para apoiar o investimento empresarial e criação de novos negócios.
Mas… o que é o Programa Regressar?
O Programa Regressar tem um carácter transversal e envolve todas as áreas governativas e diferentes serviços da administração pública, pode ler-se no site do programa. Para a sua execução foi também criada uma estrutura denominada o Ponto de Contacto para o Regresso do Emigrante (PCRE).
As candidaturas…
Os candidatos têm de reunir vários requisitos, tais como:
- ter residido, de forma permanente, num país estrangeiro durante 12 meses, pelo menos;
- ter iniciado uma atividade profissional em Portugal continental durante o período de vigência do Programa Regressar
- ter saído de Portugal há, pelo menos, três anos em relação à data de início da atividade profissional;
- ter a respetiva situação contributiva e tributária regularizada e não se encontrem em situação de incumprimento no que respeita a apoios financeiros concedidos pelo IEFP;
Quais os apoios financeiros?
Os apoios podem variar, tendo em conta o tipo de contrato de trabalho e também a dimensão do agregado familiar.
O apoio máximo é de 3.564,82 euros (7 vezes o valor do IAS), tratando-se de contratos de trabalho por tempo indeterminado, criação de empresas ou do próprio emprego e contratos de bolsa com duração igual ou superior a dois anos.
Quando se trata de contrato de trabalho a termo resolutivo certo ou incerto, com duração inicial ou previsivel não inferior a 12 meses ou contratos de bolsa com duração igual ou superior a um ano e inferior a dois, fala-se de um apoio de 2.546,30 euros (5 vezes o valor do IAS).
Os valores são majorados em 20% por cada elemento do agregado familiar dos sujeitos passivos que se tornem fiscalmente residentes em Portugal, até um limite de 1 527,78 € (3 vezes o valor do IAS). Caso o local de trabalho contratualmente definido ou a atividade profissional por conta própria se desenvolver numa região do Interior do país, os valores são majorados em 25 por cento.
Os benefícios fiscais
Os emigrantes que regressem ao seu país vão ainda poder gozar de um regime fiscal especial para ex-residentes, ficando excluídos de tributação de 50% dos rendimentos do trabalho dependente e dos rendimentos empresariais e profissionais, até ao montante de 250.000 euros, durante um período de cinco anos.
Quem poderá beneficiar deste regime fiscal são os sujeitos passivos que se tornem residentes fiscais em território nacional em 2024, 2025 e 2026 e que não tenham residido em Portugal nos últimos cinco anos.
Os candidatos devem submeter - o comprovativo da situação de emigrante, cópia do contrato de trabalho, cópia de declaração de início de atividade na Autoridade Tributária, uma declaração de não dívida - no portal do IEFP.
De acordo com dados citados pela DECO PROteste, em 2023, havia cerca de 2,1 milhões de portugueses a viver noutros países.
Discurso no Parlamento: PM SENEGALÊS REJEITA ACORDO DE PARCERIA ECONÓMICA E PEDE REFORMA DO FRANCO CFA
O DEMOCRATA 28/12/2024
Na Declaração de Política Geral na sexta-feira, 27 de dezembro de 2024, o Primeiro-Ministro do Senegal, Ousmane Sonko assumiu uma posição firme em relação aos Acordos de Parceria Económica (APE) e ao franco CFA, dois assuntos que estão a causar debate naquele país vizinho.
Respondendo a uma pergunta do deputado Guy Marius Sagna, que levantou a questão dos APE, Ousmane Sonko expressou claramente a sua rejeição destes acordos comerciais entre a União Europeia e os países da África Ocidental. Segundo ele, enquanto o governo estiver em vigor, o Senegal não assinará estes acordos, acreditando que constituem um travão ao desenvolvimento económico do país.
O Primeiro-Ministro apresentou a ideia de que estes acordos favorecem os interesses das antigas potências coloniais em detrimento dos países africanos e que dificultam a possibilidade de construção de uma economia autónoma e sustentável.
“FRANCO CFA, UMA MOEDA QUE NECESSITA DE REFORMA”
Relativamente ao franco CFA, Sonko lembrou que esta moeda já não satisfaz as aspirações de desenvolvimento do Senegal e dos países que a partilham.
O chefe do governo senegalês, apelou a uma reforma profunda do franco CFA, sublinhando que a moeda utilizada nos países da UEMOA não satisfaz as necessidades económicas actuais.
Sonko falou da necessidade de discutir com outros países membros da UEMOA a redefinição das bases da zona monetária, de forma a permitir que a região responda melhor aos actuais desafios económicos.
Referiu ainda uma possível criação de uma nova moeda, apresentando a ideia de um cabaz de moedas incluindo o dólar e o euro, uma solução que evitaria a dependência de uma moeda única.
Para além das reformas previstas na zona UEMOA, Ousmane Sonko manifestou o seu apoio ao estabelecimento de uma moeda comum para os 16 países da CEDEAO.
Esta moeda, segundo ele, seria um avanço benéfico para a região, permitindo aos países da CEDEAO controlar melhor a sua política monetária e reforçar a sua independência económica.
O Primeiro-ministro insistiu ainda que a produção da moeda deveria ser feita localmente, e não noutro local, para garantir a sua independência. Referiu, neste particular, que já foi identificado um local para o fabrico desta moeda, sublinhando assim a vontade do governo em dar um passo concreto para a emancipação económica do Senegal e da região da África Ocidental.
Estas posições fazem parte de uma abordagem mais ampla à soberania económica e de reformas profundas que Ousmane Sonko pretende implementar para reforçar a autonomia do Senegal face às influências externas e promover um desenvolvimento verdadeiramente endógeno.
SONKO ANUNCIA O ENCERRAMENTO DE TODAS AS BASES MILITARES ESTRANGEIRAS NO SENEGAL
O primeiro-ministro senegalês, Ousmane Sonko, anunciou no âmbito da sua declaração de política geral realizado no Parlamento o encerramento de todas as bases militares estrangeiras no Senegal.
Uma decisão tomada pelo Presidente da República, Bassirou Diomaye Faye, especificou, sem no entanto comunicar um calendário preciso. Segundo o chefe do Governo, esta retirada ocorrerá “em breve”.
In pressafrik
Presidente do Quénia promete acabar com raptos de críticos do governo
© Lusa 28/12/2024
O Presidente do Quénia, William Ruto, prometeu pôr fim aos raptos, um dia depois da agência de defesa dos direitos humanos ter manifestado preocupação com o desaparecimento de críticos do Governo.
"Queremos todos caminhar juntos. Quero exortar todos os pais que os nossos filhos são uma bênção de Deus e que devem cuidar deles e que o Governo fará a sua parte", disse na sexta-feira Ruto, num discurso citado pela televisão Citizen.
"Os raptos são importantes. Vamos pará-los. Para que os jovens quenianos possam viver em paz e ter disciplina para que possamos construir o Quénia juntos", disse o chefe de Estado, por ocasião de um jogo de futebol.
Também na sexta-feira, o antigo vice-presidente Rigathi Gachagua acusou o Estado e o Presidente de responsabilidade, ligando o desaparecimento dos jovens às críticas dirigidas à governação de Ruto.
Um dia antes, a Comissão Nacional dos Direitos Humanos do Quénia tinha manifestado preocupação com o crescente número de críticos do Governo que aparentemente terão sido raptados, porque quatro pessoas foram dadas como desaparecidas no fim de semana passado.
Com este novo balanço, o número total de raptos aumenta para 82 desde os protestos antigovernamentais de junho, sublinhou a entidade autónoma.
Quatro utilizadores das redes sociais desapareceram depois de terem partilhado imagens de Ruto, geradas por inteligência artificial e consideradas ofensivas pelos apoiantes do Governo.
A comissão alertou na quinta-feira que o Quénia está a regressar aos "dias negros" do desaparecimento de críticos do Governo. O rapto e a tortura de elementos da oposição eram comuns durante o executivo (1978-2002) do falecido Presidente Daniel Moi.
"Gostaríamos de recordar ao NPS [National Police Service, a polícia nacional queniana] o seu papel na proteção dos quenianos contra estes atos violentos, especialmente tendo em conta que estes raptos estão a acontecer em plena luz do dia, com alguns deles a serem capturados por câmaras de vigilância, mas ainda não há detenções", afirmou a presidente da comissão, Roselyne Odede.
Os grupos de defesa dos direitos humanos alegam que as forças policiais do Quénia estão por detrás dos raptos, mas estas negaram o seu envolvimento e disseram estar a investigar os desaparecimentos.
Um comunicado conjunto de 21 grupos de defesa dos direitos humanos, emitida na quarta-feira, apelava à polícia para que encontrasse os responsáveis pelos raptos. "A ausência de ação cria um precedente perigoso e encoraja novas violações dos direitos humanos", lê-se no documento.
Em outubro, nove enviados especiais europeus manifestaram a sua preocupação com os desaparecimentos forçados e instaram Ruto a garantir a justiça.
O Quénia foi um dos países africanos eleitos para o Conselho dos Direitos Humanos da ONU, em 09 de outubro.
Leia Também: Grupos de defesa dos direitos humanos do Quénia preocupados com raptos de críticos
Guiné-Bissau. **Polícia Judiciária Detém Fugitivo Procurado pela Justiça Francesa**
Polícia Judiciária da Guiné-Bissau
A Polícia Judiciária informa que, esta semana, foi detido um dos fugitivos mais procurados pela França, numa operação rápida e altamente eficaz conduzida pela Unidade Nacional de Combate à Droga. O detido, um cidadão luso-guineense nascido no Senegal, era alvo de um mandado de captura internacional da Interpol por tráfico de drogas e homicídio qualificado.
Os crimes em questão ocorreram a 18 de julho na Rua 38 da Santoline, Moulins, Nice, França. Nesse dia, três indivíduos, com o rosto à vista, atacaram um edifício, incendiando os primeiros três andares e resultando na trágica morte de sete membros de uma família dos Comores, entre os quais crianças de 5, 7 e 10 anos. Este ato brutal foi motivado por ajustes de contas no contexto do tráfico de drogas.
Atualmente, o suspeito encontra-se detido no centro prisional de Bandim, aguardando a aplicação das medidas de coação pela autoridade judiciária competente.
Esta operação evidencia a determinação e a eficiência da Polícia Judiciária na luta contra o crime organizado, bem como o seu compromisso em colaborar internacionalmente para garantir a segurança e a justiça.
Eslováquia ameaça Kyiv com retaliações por cortar passagem de gás russo
© Reuters Lusa 27/12/2024
O primeiro-ministro eslovaco ameaçou hoje a Ucrânia com medidas de retaliação, como o corte de fornecimento de eletricidade de emergência, caso Kyiv cumpra o plano de interromper, na quarta-feira, a passagem de gás natural russo para a Europa Central.
"Depois do primeiro dia de janeiro iremos considerar a situação e as possibilidades de medidas recíprocas contra a Ucrânia", sublinhou Robert Fico, num vídeo publicado hoje na sua conta na rede social Facebook.
As declarações do governante eslovaco referem-se à decisão do Governo ucraniano de não prorrogar a validade do contrato com o consórcio russo de gás Gazprom, que expira em 31 de dezembro.
"Se isto se tornar inevitável, interromperemos o fornecimento de eletricidade, de que a Ucrânia necessita urgentemente em caso de cortes na rede, ou chegaremos a acordo sobre outro tipo de ação", alertou Fico, na sua mensagem.
O trânsito do gás russo através do território ucraniano será interrompido às 06:00 (hora de Lisboa) do dia 01 de janeiro, conforme confirmado há uma semana pelo primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmigal, perante o Parlamento do seu país.
O fim do pacto de Kyiv com a Gazprom é considerado histórico, uma vez que a Ucrânia tem sido fundamental para o transporte de gás russo para a Europa desde que conquistou a independência em 1991.
A decisão marca uma rutura decisiva com a Rússia, um país que utilizou frequentemente a sua dependência do vizinho para impor a sua vontade política e económica, cortando o fornecimento de gás em 2009 e 2015.
A Ucrânia cobre plenamente as suas necessidades com o seu próprio gás, em parte devido à queda da produção industrial devido à guerra lançada pela Rússia contra o seu território.
Embora Kyiv não importe hidrocarbonetos russos desde 2015, até agora tinha facilitado o seu trânsito para outros países europeus.
As autoridades eslovacas asseguram que, embora continue a depender em grande parte do gás russo que chega através da Ucrânia, o país não enfrentará problemas de abastecimento graças ao nível de gás armazenado nos depósitos e a uma diversificação de possíveis fornecedores.
Mas Fico, considerado pró-Rússia, afirma que as rotas alternativas vão aumentar os preços do gás na Europa e também privar a Eslováquia dos cerca de 500 milhões de euros anuais que ganha com as taxas de trânsito do gás natural russo para outros países da região.
Leia Também: Zelensky acusa primeiro-ministro eslovaco de querer "ajudar Putin"
Leia Também: O sobrevivente mais velho do ataque japonês a Pearl Harbor, em 1941, e o último sobrevivente do USS Utah, morreu, na quarta-feira, aos 105 anos.
Hipertensão. Será melhor tomar o pequeno-almoço a uma hora específica? ...O conselho é deixado por um especialista em nutrição. Saiba o que está em causa.
© Shutterstock Notícias ao Minuto 27/12/2024
Assim que acorda, e ingere algum tipo de alimentos, o organismo começa a usar parte do sangue para os processos digestivos. Isto é algo importante para pessoas que sofrem de tensão alta.
Segundo especialista em nutrição, Chris Mohr, em declarações ao 'website' HealthDigest, pode não ser muito relevante a hora em que toma o pequeno-almoço, mas sim que o faça regularmente, tudo para o organismo transporte o sangue com regularidade para o estômago.
"Quando seu corpo segue um padrão regular, incluindo horários de refeições consistentes, pode acabar por melhorar os processos fisiológicos, como a regulação da pressão arterial", começa por dizer.
Assim, não deve 'saltar' nenhuma refeição se tiver a tensão alta, nem mesmo o pequeno-almoço uma vez que corre o risco de vir a criar algum tipo de desequilíbrio.
sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
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PR General Umaro Sissoco Embaló recebeu hoje representantes do DirectAid e da Fundação Al Basar.
Ucrânia envia 500 toneladas de farinha de trigo para apoiar povo sírio
© iStock Por Lusa 27/12/2024
A Ucrânia enviou 500 toneladas de farinha de trigo para a Síria como sinal de apoio ao povo sírio, anunciou hoje o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"Como prometido, estamos a apoiar o povo sírio neste momento de necessidade", disse Zelensky nas redes sociais, citado pela agência espanhola EFE.
Zelensky divulgou uma mensagem também traduzida para árabe, na qual anunciava o envio de 500 toneladas de "farinha de trigo ucraniana" através do programa "Grãos da Ucrânia".
"Está planeado distribuir a farinha de trigo a 33.250 famílias, ou seja, 167.000 pessoas, nas próximas semanas. Cada pacote pesa 15 quilos e pode alimentar uma família de cinco pessoas durante um mês", disse o chefe de Estado ucraniano.
"Desejamos à Síria e ao seu povo segurança, estabilidade e recuperação. Sabemos o verdadeiro valor destas coisas", acrescentou.
Zelensky referia-se ao país do Médio Oriente, que viveu mais de uma década de guerra civil até à recente queda do ditador Bashar al-Assad, e à Ucrânia, vítima de uma invasão russa desde fevereiro de 2022.
A iniciativa humanitária "Grãos da Ucrânia" foi lançada no outono de 2022 no contexto do 90.º aniversário do início do Holodomor, o nome dado à fome gerada pelos soviéticos que matou milhões de ucranianos entre 1932 e 1933.
O objetivo é facilitar o envio de cereais ucranianos para os países pobres através do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas.
Desde as revoltas populares de 2011, que degeneraram numa guerra civil de 13 anos, mais de 14 milhões de sírios foram obrigados a abandonar os locais habituais de residência, metade dos quais no interior da Síria.
As Nações Unidas calculam que 70% dessas pessoas precisam de ajuda humanitária e 90% vivem abaixo do limiar da pobreza.
Uma ofensiva rebelde lançada em 27 de novembro pôs fim ao regime de Bashar al-Assad em 08 de dezembro, dia da tomada de Damasco, a capital da Síria.
Assad refugiou-se na Rússia, que lhe concedeu asilo político.
A Rússia e o Irão eram os principais apoiantes do regime de Assad.
Leia Também: Revelada foto de soldado norte-coreano que morreu após captura na Ucrânia
PRIMEIRO LABORATÓRIO DE AUTÓPSIA FORENSE DA POLÍCIA JUDICIÁRIA INAUGURADO NA GUINÉ-BISSAU
A Polícia Judiciária inaugurou esta sexta-feira, 27 de dezembro, o seu Primeiro Laboratório de Autópsia Forense, instalado no hospital nacional Simão Mendes, em Bissau, cuja finalidade é clarificar as causas de mortes duvidosas que merecem a investigação. A inauguração deste laboratório de autópsia forense é um evento histórico na vida da Polícia Judiciária, refletindo desta forma o seu compromisso inabalável com a justiça, a verdade e a dignidade dos cidadãos guineenses.
A construção deste laboratório, o primeiro de autópsia forense no país, teve grande ajuda do governo da República Popular da China. A criação deste laboratório enquadra-se na reforma estrutural desta nossa instituição, uma iniciativa fundamental para responder aos desafios complexos da criminalidade contemporânea.
Este espaço permitirá não apenas uma abordagem mais científica e rigorosa nas investigações, mas também uma melhoria significativa na qualidade e na precisão dos nossos laudos periciais. A Polícia Judiciária, com este laboratório, está a dar um passo decisivo para garantir que a justiça seja não apenas feita, mas também visível e acessível a todos os cidadãos guineenses.
No seu discurso na cerimónia da inauguração do laboratório, o diretor nacional da Polícia Judiciária, Domingos Monteiro Correia, agradeceu à República Popular da China pela sua generosa doação e apoio ao desenvolvimento deste laboratório. Acrescentou que o referido gesto não é apenas um investimento em tecnologia e infraestrutura, mas "é um símbolo de solidariedade e de cooperação internacional que se alinha com os nossos esforços contínuos de modernização do sistema de justiça criminal na Guiné-Bissau".
Destacou, no seu discurso, o papel crucial da cooperação portuguesa, através do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses de Portugal, sobretudo a formação especializada que os técnicos receberam é um pilar fundamental para o êxito deste empreendimento.
Com a formação de um médico-legal e de um tanatólogo, disse que a polícia está a elevar o nível das suas capacidades forenses, permitindo que os profissionais atuem com a máxima competência e rigor. Enfatizou que "esta colaboração é um exemplo do que a partilha de conhecimentos e experiências pode realizar em prol da justiça".
Aos inspetores e agentes da Polícia Judiciária, o diretor nacional advertiu que o laboratório ora inaugurado é mais do que uma nova instalação, mas sim "é um compromisso renovado com a verdade, a justiça e a ética".
"A partir de agora, teremos à nossa disposição as ferramentas que nos permitirão investigar e esclarecer os crimes de forma mais precisa e eficiente. Às vítimas e as suas famílias merecem a nossa dedicação e o nosso esforço incansável para que a verdade prevaleça", disse.
Presente na cerimónia, a ministra da Justiça e dos Direitos Humanos, Maria do Céu Silva Monteiro, afirmou que a inauguração deste laboratório de autópsia forense na Guiné-Bissau é um elemento de bastante relevo para a investigação criminal e a realização da justiça no país.
"A autópsia é um exame pós morte que visa investigar as causas da morte de um indivíduo. Este procedimento é realizado por um médico legista que analisa o corpo e os órgãos internos com o objetivo de identificar patologias, traumas ou outras condições que possam contribuir para o falecimento", disse, assegurando que é uma ferramenta essencial na investigação forense, revelando segredos mortais e desvendando mistérios.
"Os legistas, ao examinar o corpo de uma vítima, analisam cuidadosamente cada aspecto, desde a causa da morte até às lesões presentes, podendo revelar não apenas traumas físicos, mas também as pistas que podem estar subtis e que ajudem a reconstruir o evento que levaram à morte. Por meio da autópsia é possível encontrar provas que ajudem a identificar os responsáveis por crimes e, consequentemente contribuir para a realização da justiça", explicou.
Por seu turno, o Embaixador da China na Guiné-Bissau, Yang Renhuo, disse esperar que os equipamentos doados possam melhorar eficazmente a capacidade de investigação criminal da Polícia Judiciária guineense e ajudar a manter a estabilidade social do país.
Yang Renhuo mostrou-se disposto a trabalhar com a Guiné-Bissau orientada pelo importante consenso dos dois Chefes de Estado para continuar a aprofundar a cooperação em matéria de segurança, enriquecer a conotação da parceria estratégica sino-guineense e dar contributos positivos para promover a construção de uma comunidade China-África com um futuro compartilhado, sob todas as condições para a nova era.
Para o Embaixador de Portugal na Guiné-Bissau, Miguel Silvestre, a segurança é um direito fundamental dos cidadãos e uma obrigação essencial do Estado, que, para além de ser responsável pela segurança e ordem públicas, deve garantir os direitos e liberdades fundamentais e o respeito pelos princípios democráticos.
O diplomata português lembrou que a ação da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau reveste-se da maior importância, sendo um dos seus principais compromissos proteger a sociedade e garantir a paz social.
"Atuando sobretudo na prevenção, detecção e investigação criminal cabe-lhe a investigação na defesa da legalidade e no combate ao crime para o auxílio da administração da justiça", referiu.
Rejeição sexual faz macho da mosca da fruta “embebedar-se”
Por visao.pt
Afogar as mágoas em álcool, afinal, não se aplica só a humanos, de acordo com este estudo
Cientistas da Califórnia fizeram um estudo, publicado na revista Science, no qual demonstram que as moscas que são rejeitadas sexualmente pelas fêmeas têm mais propensão a consumir álcool.
“Durante muito tempo as moscas drosófilas (conhecidas também como moscas-da-fruta) foram usadas como modelo para o estudo do alcoolismo”, explicou à Agência Efe a neurobióloga chilena Ulrike Hebertein, membro da equipa.
Os cientistas expuseram os machos, durante quatro dias, à “rejeição sexual das fêmeas” durante uma hora, três vezes diárias. Para comparar resultados, outro grupo de machos foi eleito para receber a companhia, cada um deles, de cinco moscas e várias oportunidades para acasalar.
“Depois comparámos o consumo voluntário do álcool em ambos grupos. Constatámos que os machos rejeitados pelas fêmeas mostraram uma preferência notável pela comida com 15% de álcool, em detrimento da comida normal”, referiu a investigadora.
Para uma comprovação adicional do impacto da rejeição sexual na propensão ao consumo de álcool, os machos frustrados foram divididos em dois grupos e a um deles foi permitida a companhia de moscas durante duas horas e meia.
“A preferência pelo álcool foi notavelmente menor no grupo de machos primeiro rejeitados e depois colocados na companhia das fêmeas”, concluiu.
Coreia do Sul: Parlamento sul-coreano destitui presidente interino
© JUNG YEON-JJUNG YEON-JE/AFP via Getty ImagesE/AFP via Getty Images Notícias ao Minuto 27/12/2024
O parlamento votou um pedido de destituição do presidente interino, apresentado pelo principal partido da oposição, por Han se recusar a nomear juízes para o Tribunal Constitucional.
O parlamento da Coreia do Sul aprovou a destituição do presidente interino Han Duck-soo, acusando-o de ter "participado ativamente na insurreição" após a tentativa falhada do antecessor de introduzir a lei marcial, em 03 de dezembro.
A decisão poderá agravar a crise constitucional no país asiático, desencadeada por um curto período de lei marcial decretado pelo antecessor de Han, Yoon Suk Yeol.
A oposição havia apresentado a moção de destituição do presidente interino por este se ter recusado a preencher imediatamente três lugares no Tribunal Constitucional da Coreia do Sul - onde o antigo presidente está a ser julgado.
"Dos 192 deputados que votaram, 192 votaram a favor da destituição", declarou o presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-shik, segundo a agência francesa AFP.
Agora que Han, que é também primeiro-ministro, foi destituído, o seu ministro das Finanças, Choi Sang-mok, que é também vice-primeiro-ministro para os Assuntos Económicos, deverá assumir o cargo de presidente interino.
O Partido Democrático (oposição), cuja coligação controla o parlamento, tinha dado a Han Duck-soo até segunda-feira para nomear juízes para os lugares vagos no Tribunal Constitucional.
Este tribunal, que está a analisar o processo que levou à destituição do antecessor de Han, Yoon Suk-yeol, tem seis meses para pronunciar-se sobre a validade desta decisão.
O preenchimento dos três lugares vagos no Tribunal Constitucional desde outubro podia tornar a destituição de Yoon mais provável, uma vez que isto requer o apoio de pelo menos seis dos nove membros do juízo.
O pedido de destituição de Han Duck-soo foi apresentado depois do presidente interino ter dito que não ia nomear novos juízes para o Tribunal Constitucional até que o PD e o Partido do Poder Popular (PPP, no poder) chegarem a acordo.
O PD, que tem uma clara maioria parlamentar, quer propor dois dos três juízes, enquanto o PPP insiste que ambos os partidos apresentem um candidato cada e cheguem a acordo sobre o terceiro.
A oposição tinha também exigido a criação de duas comissões especiais, incluindo uma para investigar a imposição por parte de Yoon da lei marcial, em 03 de dezembro, e o envio do exército para tentar impedir o parlamento de suspender este medida.
A Constituição sul-coreana prevê que o parlamento possa destituir o presidente por maioria de dois terços, e o primeiro-ministro e outros membros do governo por maioria simples.
Leia Também: Coreia do Sul diz que Ucrânia capturou soldado norte-coreano
Seul diz que Kiev capturou soldado norte-coreano
Daniil Bashakov/AP sicnoticias.pt
Os serviços de informações militares da Ucrânia dizem que as tropas norte-coreanas aliadas de Moscovo estão a sofrer pesadas perdas nos combates na região fronteiriça russa de Kursk.
Os serviços secretos da Coreia do Sul disseram esta sexta-feira que as forças militares da Ucrânia capturaram, pela primeira vez, um soldado norte-coreano destacado para apoiar o exército da Rússia.
"Como parte da troca de informações em tempo real com a agência de um país aliado, foi confirmado que um soldado norte-coreano ferido foi capturado", acrescentou a Agência Nacional Sul-Coreana, em comunicado.
A confirmação de Seul surgiu depois de o portal noticioso ucraniano Militarnyi ter noticiado na quinta-feira a captura pelas forças ucranianas de um soldado norte-coreano durante uma operação na região de Kursk, na linha da frente ocidental da Rússia.
As forças ucranianas, que enfrentam uma invasão russa desde fevereiro de 2022, contra-atacaram em agosto passado e invadiram a região russa de Kursk, junto à fronteira, mantendo ainda o controlo sobre parte da região.
A Rússia tem desde então tentado expulsar o exército ucraniano, mas ainda não o conseguiu fazer na totalidade, apesar de ter recebido a ajuda de soldados enviados pela Coreia do Norte nos últimos meses.
O Militarnyi citou uma foto partilhada na plataforma de mensagens Telegram onde um soldado, possivelmente asiático e de aparência emaciada, é visto a ser transportado por soldados ucranianos, cuja identidade foi ocultada.
"O grupo de forças especiais realizou uma operação para destruir o inimigo no setor de Kursk. Além da conclusão bem-sucedida da tarefa, houve também troféus: prisioneiros, incluindo um mercenário norte-coreano, e um veículo blindado", referiu o portal ucraniano.
Também na quinta-feira, os serviços de informações militares da Ucrânia disseram que as tropas norte-coreanas aliadas de Moscovo estão a sofrer pesadas perdas nos combates na região fronteiriça russa de Kursk e enfrentam dificuldades logísticas como resultado dos ataques ucranianos.
As autoridades de Kiev reivindicam que os ataques conduzidos perto de Novoivanovka estão a infligir pesadas baixas às unidades norte-coreanas, acrescentando que estas também estão a enfrentar problemas de abastecimento e de acesso a água potável.
No início da semana, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já tinha avançado que três mil soldados norte-coreanos foram mortos e feridos nos combates na região de Kursk.
Esta foi a primeira estimativa da Ucrânia sobre as baixas norte-coreanas, várias semanas depois de Kiev ter anunciado que a Coreia do Norte tinha enviado entre 10 mil e 12 mil soldados para a Rússia, para ajudar no esforço de guerra.
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
A Rússia tem procurado quebrar a resistência da Ucrânia com vagas de ataques com mísseis de cruzeiro e de 'drones' contra a rede elétrica ucraniana e contra outras infraestruturas vitais.
O naufrágio de um barco de migrantes a caminho de Espanha deixou quase 70 pessoas desaparecidas, incluindo 25 malianos, em águas marroquinas no dia 19 de dezembro, anunciou hoje o governo do Mali.
© Lusa 26/12/2024
Perto de 70 desaparecidos em naufrágio de um barco em Marrocos
O naufrágio de um barco de migrantes a caminho de Espanha deixou quase 70 pessoas desaparecidas, incluindo 25 malianos, em águas marroquinas no dia 19 de dezembro, anunciou hoje o governo do Mali.
"Os passageiros do barco com destino a Espanha eram inicialmente 80 pessoas" e "25 jovens malianos foram infelizmente identificados entre as vítimas", anunciou o governo do Mali em comunicado de imprensa. Segundo a comunicação oficial, foram resgatados 11 sobreviventes.
O governo do Mali chegou a estes números cruzando informação de diferentes fontes, nomeadamente das "embaixadas do Mali na Mauritânia e em Marrocos, de familiares das vítimas, de responsáveis ??eleitos das localidades de origem e de alguns sobreviventes".
O anúncio do governo maliano acontece no dia em que a organização Caminando Fronteras apresentou um balanço total de 10.457 pessoas mortas este ano, na tentativa de chegarem à costa espanhola, numa média de quase 30 por dia e num aumento de 58% em relação ao ano passado.
Os números da Caminando Fronteras dizem respeito até 15 de dezembro e constituem um número recorde desde que esta organização não governamental (ONG) começou a investigar os desaparecimentos de migrantes no mar a caminho de Espanha.
Segundo esta ONG, o número reflete um "notável aumento de mortes nos últimos dois anos", já que em 2023 os 6.618 óbitos foram quase o triplo das mortes registadas no ano anterior.
Relativamente a 2024, a Caminando Fronteras destaca que, do total de pessoas que perderam a vida, 421 eram mulheres e 1.538 crianças ou adolescentes. A rota Atlântica para as ilhas Canárias "continua a ser a mais letal a nível mundial", com 9.757 vítimas, ou seja, 93% do total.
As 10.457 mortes contabilizadas pela Caminando Fronteras referem-se a cidadãos de 28 nacionalidades.
A ONG analisa ainda as causas do aumento dos naufrágios, apontando a omissão do dever de prestar auxílio. Neste sentido, garante que "a falta de ativação atempada dos protocolos de resgate e a escassez de recursos nas operações de resgate têm aumentado as mortes".
Outra das causas apontadas pela organização é a "externalização das fronteiras".
"A responsabilidade pelo resgate é transferida para países com recursos limitados, piorando a capacidade de resposta nestas emergências", indica no relatório.
Muitos resgates, acrescenta, "não foram acionados a tempo", mesmo quando a localização das embarcações em risco era conhecida, lamentando que "a falta de coordenação internacional e os atrasos na ajuda tenham sido fatores determinantes para estes números devastadores".
Leia Também: As autoridades do Mali lamentaram hoje a morte de 25 migrantes malianos, na sequência de um naufrágio em águas marroquinas, em 19 de dezembro, de um barco improvisado que teria 80 ocupantes e que tentava chegar a Espanha.
A NASA anunciou que a sonda Parker Solar Probe entrou em comunicação com a Terra esta quinta-feira, dia 27, confirmando assim o sucesso da maior aproximação de sempre ao Sol.
© NASA noticiasaominuto.com 27/12/2024
Sonda solar da NASA deu 'sinal de vida' depois de aproximação ao Sol
A Parker Solar Probe passou a apenas 6,1 milhões de quilómetros de distância da superfície da estrela do nosso Sistema Solar.
A NASA anunciou que a sonda Parker Solar Probe entrou em comunicação com a Terra esta quinta-feira, dia 27, confirmando assim o sucesso da maior aproximação de sempre ao Sol.
“Após a sua aproximação recorde ao Sol, a Parker Solar Probe da NASA transmitiu um sinal de volta à Terra indicando que está de boa saúde e a operar normalmente”, pode ler-se no comunicado partilhado pela agência espacial norte-americana nesta sexta-feira, dia 27.
Serve recordar que esta sonda tornou-se o objeto feito pelo Homem que passou mais perto da superfície do Sol - ficando a apenas 6,1 milhões de quilómetros de distância da superfície desta estrela.
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Médica sugere mudanças simples para perder barriga até ao final do ano... Pequenos ajustes na sua rotina podem ter efeitos poderosos.
© Shutterstock Notícias ao Minuto
Se pesquisar 'como perder barriga' no Google vai encontrar milhares de dietas, muitas delas perigosas. Mas não se iluda com promessas e foque-se, sobretudo, na alimentação.
Em declarações ao portal Metrópoles, no âmbito da rubrica 'Claudia Meireles', a endocrinologista e nutróloga Thais Mussi recomenda algumas medidas para desinchar com saúde.
1- Reduza o consumo de sal, substituindo-o por ervas naturais;
2- Fracione as refeições em porções menores e coma a cada três/quatro horas para evitar picos de fome;
3- Inclua fontes de fibra, como chia ou linhaça, na sua alimentação, para regular o intestino e diminuir o inchaço abdominal. Por outro lado, "evite os ultraprocessados, açúcares e carboidratos simples, que tendem a reter líquidos e a aumentar a inflamação", alerta;
4- À noite, faça refeições leves, como sopas ou saladas com proteínas magras.
5- Beba água e chás diuréticos, como o de hibisco e de cavalinha;
6- Aposte em treinos HIIT (sigla inglesa para high intensity interval training, ou seja, treino intervalado de alta intensidade) e atividades aeróbicas, como corrida, bicicleta ou dança;
7- Caminhe após as refeições;
8- Nada de dietas restritivas;
9- Mastigue devagar;
10- Bebidas alcoólicas são de evitar.
quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
O mais recente ataque maciço russo ao sistema elétrico ucraniano deixou centenas de milhares de habitantes de várias cidades sem acesso fiável à eletricidade e ao aquecimento em pleno inverno.
© Lusa 26/12/2024
Centenas de milhares de ucranianos sem eletricidade e aquecimento
O mais recente ataque maciço russo ao sistema elétrico ucraniano deixou centenas de milhares de habitantes de várias cidades sem acesso fiável à eletricidade e ao aquecimento em pleno inverno.
"O sistema elétrico ucraniano continua a recuperar, após 13 ataques russos maciços desde o início deste ano, e ainda há um défice significativo de capacidade", informou hoje o operador da rede elétrica do país, Ukrenergo.
Para equilibrar o consumo e o fornecimento de eletricidade, vigoram cortes programados de energia em grande parte da Ucrânia enquanto trabalhadores do setor "estão a fazer tudo o que é possível" para restaurar ou substituir o equipamento danificado pelos últimos ataques russos.
Apesar da maioria dos cerca de 80 mísseis e 106 'drones' terem sido abatidos, algumas instalações sofreram danos significativos, especialmente porque a Rússia atacou algumas regiões menos protegidas pelas defesas aéreas.
As centrais térmicas produtoras de eletricidade e calor foram os principais alvos do ataque russo de Natal, que deixou, só em Kharkiv, 520 mil casas sem aquecimento central, assim como centenas de edifícios residenciais em Ivano-Frankivsk, Zelenodolsk e Dnipro. Neste último caso, de acordo com as autoridades locais, mais de 100 pacientes do hospital local tiveram de ser retirados.
Devido aos constantes bombardeamentos, os residentes de Kherson estão também a ter problemas de acesso ao aquecimento, denunciou hoje o vice-primeiro-ministro ucraniano, Oleksy Kuleba.
Pelo menos 400 mil apartamentos recuperaram o acesso ao aquecimento em Kharkiv, tal como metade das casas afetadas em Dnipro, informou posteriormente Kuleba.
"Neste momento, estamos a reconstruir as nossas infraestruturas energéticas mais rapidamente do que os russos conseguem destruí-las",garantiu o diretor do Centro de Investigação da Indústria Energética, Oleksandr Jarchenko, à televisão ucraniana.
Porém, os cortes de eletricidade podem prolongar-se por mais de seis dias, dependendo das condições meteorológicas das próximas semanas, alertou o especialista. Até à data, o inverno tem sido relativamente ameno na Ucrânia, com temperaturas que raramente descem abaixo de zero em grande parte do país.
Os peritos alertaram já para o facto de novos ataques russos poderem agravar a situação.
O principal perigo vem dos ataques russos às infraestruturas que distribuem a eletricidade produzida pelas centrais nucleares, segundo Volodimir Omelchenko, do Centro Razumkov, em Kiev, citado pela agência noticiosa EFE.
Os ataques deliberados da Rússia a subestações chave correm o risco de danificar os reatores nucleares, exigindo procedimentos de emergência.
Assim, milhões de ucranianos podem ficar sem eletricidade em pleno inverno e em perigo de um acidente radioativo, alertou ainda o especialista, apelando a uma maior pressão internacional contra a Rússia e a sua indústria nuclear.
Finlândia admite envolvimento russo em avaria de cabo elétrico submarino
© Getty Images Lusa 26/12/2024
A polícia finlandesa declarou hoje suspeitar que o petroleiro Eagle S, proveniente da Rússia e suspeito de integrar "a frota-fantasma" russa, esteja envolvido na avaria de um cabo elétrico submarino entre a Finlândia e a Estónia.
Com pavilhão das Ilhas Cook, o navio transportava "gasolina sem chumbo carregada num porto russo", declarou Sami Rakshit, diretor-geral das alfândegas finlandesas, em conferência de imprensa.
A polícia abriu um inquérito por "sabotagem agravada", acrescentou Robin Lardot, do Serviço Nacional de Investigação, sobre o incidente que ocorre pouco mais de um mês após a rutura de dois cabos de telecomunicações em águas territoriais suecas no Mar Báltico.
Ainda na mesma conferência de imprensa, Robin Lardot informou que a polícia finlandesa já tinha abordado o petroleiro Eagle S.
"Já abordámos o navio, falámos com a tripulação e recolhemos provas", declarou Lardot.
O navio encontra-se atualmente ao largo da costa de Porkkala, a cerca de 30 quilómetros de Helsínquia, após a intervenção de um barco-patrulha finlandês.
No dia de Natal, a ligação de corrente contínua EstLink 2 entre a Finlândia e a Estónia foi desligada da rede, anunciou na ocasião o operador finlandês Fingrid, que não afastou a possibilidade de sabotagem e que garantiu na altura que o fornecimento de eletricidade não foi afetado.
O Presidente finlandês, Alexander Stubb, defendeu hoje na rede social X (antigo Twitter) a necessidade de "eliminar" os "riscos causados" pelos navios da chamada "frota-fantasma" russa.
"Acompanhámos a situação de perto desde ontem [quarta-feira]" com o primeiro-ministro finlandês, Petteri Orpo, acrescentou o chefe de Estado.
Também o Governo da Estónia anunciou a realização ainda hoje de uma reunião extraordinária.
De acordo com a primeira-ministra do país, Kristen Michal, e "apesar das férias", muitos estão a trabalhar para identificar e avaliar os contornos do incidente.
O cabo Estlink-2 foi desligado pouco depois do meio-dia de quarta-feira.
Nos incidentes ocorridos no mês passado no Mar Báltico, as suspeitas recaíram sobre um navio de pavilhão chinês, o Yi Peng 3, que se encontrava na zona na altura da rutura dos dois cabos de telecomunicações.
Segundo o Ocidente, a chamada "frota-fantasma" russa são navios que transportam petróleo russo e contornam as sanções impostas a Moscovo na sequência da guerra contra a Ucrânia.
Leia Também: Oavião da Azerbaijan Airlines que se despenhou no Cazaquistão, na quarta-feira, foi abatido por um sistema de defesa aérea russo, avançou a Reuters, citando quatro fontes no Azerbaijão com conhecimento da investigação. Entretanto, segundo a agência Lusa, duas fontes governamentais do Azerbaijão, sob condição de anonimato, também disseram que a aeronave foi atingida por um míssil antiaéreo russo.
Leia Também: Um autocarro com cerca de 60 pessoas despistou-se na região de Hadsel, na costa norte da Noruega, esta quinta-feira, acabando por cair no lago Asvatnet, onde ficou parcialmente submerso. Há pelo menos três mortos e quatro feridos.
Rússia detém quatro suspeitos de conspirar contra altos funcionários... O Serviço de Segurança Federal da Rússia adiantou que os quatro detidos são cidadãos russos.
© Shutterstock Notícias ao Minuto 26/12/2024
Quatro pessoas de nacionalidade russa foram detidas, esta quinta-feira, por serem suspeitos de planear a morte de altos oficiais russos, em Moscovo, segundo o Serviço de Segurança Federal da Rússia (FSB).
De acordo com a agência estatal Tass, que cita o FSB, foram detidas quatro pessoas dos serviços especiais ucranianos que estariam a atentar contra a vida de altos funcionários russos.
"O Serviço de Segurança Federal da Rússia travou uma série de tentativas de assassinato sobre a vida de altos militares do ministério da Defesa, planeadas por agentes dos serviços especiais ucranianos", cita a agência estatal.
O FSB adianta ainda que os quatro detidos são "cidadãos russos" e que as bombas que eram destinadas aos altos funcionários "foram disfarçadas como uma 'power bank' e uma pasta de documentos".
No comunicado, os serviços de segurança dizem ainda que "um cidadão russo residente na Ucrânia" chegou a Moscovo em novembro e que estava sob disfarce de um refugiado.
"Enquanto estava na região de Moscovo, ele recuperou um dispositivo explosivo improvisado e um sistema de vigilância por vídeo de um esconderijo", acrescentando que o dispositivo explosivo era um carregador portátil, também conhecido power bank e que seria "plantado no carro de serviço de um alto funcionário da defesa russa".
Os serviços de segurança revelaram ainda que a bomba era controlada "remotamente do território ucraniano" e que os planos para o ataque estariam também a ser "coordenados pela esposa do agente" que vive em Mirgorod, Poltava, na Ucrânia.
Os russos identificaram ainda um outro residente em Moscovo, que terá sido também recrutado pelos serviços ucranianos, que estava a "recolher dados de inteligência" sobre os militares do ministério: "Ele enviou fotos e vídeos para os seus supervisores para planear ataques".
De acordo com o comunicado, os FSB apreenderam materiais explosivos dos quatro suspeitos e estão agora a decorrer "investigações criminais", com os detidos a poderem ser acusados "de tráfico e dispositivos explosivos", pela "conspiração de atos terroristas" e ainda "por alta traição".
De recordar que, a 17 de dezembro, um general russo, Igor Kirillov, foi morto após uma bomba ter sido plantada numa mota estacionada junto do seu prédio, onde também morreu o seu assistente. A Ucrânia reivindicou o ataque.