terça-feira, 23 de janeiro de 2024
Empresa Nacional de Pesquisa e Exploração Petrolifero Petroguin e a Empresa Apus Energia Guiné-Bissau, iniciam Consulta Publica para eventual exploração de hidrocarboneto no Bloco2, (Licença de Pesquisa Sinapa).
Cerimónia da Inauguração da Avenida Amílcar Cabral
Presidência da República da Guiné-Bissau / CANAL FALADEPAPAGAIO
Cerimónia de posse dos Membros de Governo Nomeados
Cerimónia de promoção de Combatentes da Liberdade da Pátria
REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU - A PROPÓSITO DO CENTENÁRIO LEMBRAR O CINQUENTENÁRIO HOMENAGEM AOS NOSSOS HERÓIS E MÁRTIRES
Dos dias 20 a 23 de janeiro de 2024, dias dos heróis nacionais e dos combatentes da liberdade das Pátrias guineense e cabo-verdiana, a História e a Memória coletiva dos Povos da REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU, exigem a assunção destes momentos como ápices para uma obrigatória e profunda reflexão sobre a nossa vereda no meio século de 1973 a 2023.
Dada a Nobreza dos Povos, da sua História e Luta, das causas, motivações, sacrifícios e desertos e oceanos que tiveram que atravessar, e a grandeza dos desígnios e do imensurável tributo dos resultados alcançados, inaceitável e escusado se tornam, choramingos ou lamentações, tampouco lograr-se em teias de arrependimento ou de tentações de ódio e do trilho, enganosamente fácil, da vingança.
Para chegarmos à fase da epopeia da luta político-militar que conduziu , vitoriosamente, ao insigne ato da proclamação unilateral da independência política da República da Guiné-Bissau e dos seus Povos no sagrado dia 24 de setembro de 1973, face aos invasores, colonialistas portugueses, os Povos deste território tiveram que viver, suportar, lutar e vencer várias e distintas etapas da sua História. Desde os desafios de luta pela sobrevivência diante dos adversos fenômenos da natureza e do meio ambiente, as guerras entre africanos, as incursões de povos e de indivíduos estranhos, as ocupações e colonizações europeias, a escravização e comercialização dos seus filhos, os massacres e assassinatos indiscriminados, a fome, a ignorância, o obscurantismo, até a violência religiosa de toda a ordem possível e imaginária.
Estamos a vivenciar, mais um dia, o dia em que foi barbaramente assassinado, o mais proeminente e saudoso filho deste país e dos seus resistentes e combativos Povos, aquele a quem se reconhece como sendo, "o segundo maior líder mundial de sempre", de acordo com pesquisas da BBC, de 07/03/2020, feitas junto de historiadores e investigadores de vários quadrantes. De seu nome, AMÍLCAR LOPES CABRAL, um Homem singular, um Guineense ímpar, um património nacional e mundial que está acima de todos os partidos e de todos os políticos, num ano em que se estivesse vivo completaria 100 anos, a 12 de setembro. Também, estamos todos convidados a sobreviver às datas como, 23 de janeiro, dia dos Combatentes da Liberdade das Pátrias guineense e cabo-verdiana; 24 de setembro, dia da independência nacional, completando 50 anos da proclamação da nossa autodeterminação e independência política.
Se aos primórdios do início da fase da nossa luta político-militar vitoriosa, a Guiné de então ainda chamada portuguesa, de todos os seus filhos "autóctones", de mais de 500 mil, só cerca de 1 500 saberiam ler e escrever alguma coisinha em português, quer dizer, os letrados. Dentre estes mais de 500 mil, já os considerados "indígenas", pelo regime colonial fascista de Portugal, que constituíam cerca de 90 por cento da população "nativa", era-lhes vedado o acesso à escola. Foi, pois, nestas condições, que os Povos deste país, com o seu suor e sangue, conquistaram a sua independência política, guiados pelo seu melhor filho, Amílcar Cabral.
A este feito glorioso, único, juntam-se alguns resultados bastante positivos granjeados, particularmente na massificação do ensino e na formação de quadros, na melhoria de algumas infraestruturas ( mais sonantes, as rodoviárias), na melhoria das condições de saúde das populações, na abertura ao conhecimento e ao mundo, na tentativa ainda ofuscada de instauração de um sistema político democrático, entre outros.
Entretanto, regista-se, com elevada tristeza, a nossa incapacidade de sacudir o pesado fardo da violência recorrente, adveniente do doloroso percurso da nossa história, sobretudo, dos últimos 500 anos.
Estima-se que de 1973 a 2023, tenham perecido cerca de 50 mil cidadãos guineenses, por motivos de desentendimento político e militar. A partir do víl assassinato de Amílcar Cabral, só no regime político que vigorou entre 1973 a 1980, morreram cerca de 30 mil guineenses, em execuções sumárias coletivas e individuais, e em assassinatos e mortes lentas provocadas. De 1980 a 2023, terão falecidos cerca de 20 mil guineenses, em guerra civil, golpes de estado, tentativas e inventonas, e em atos de assassinato e de vingança. Isto, para além dos estrangeiros que morreram no nosso território pelos mesmos motivos.
O apelo à nossa consciência, determinantemente da do grupo de cidadãos que exercem atividades políticas, é o de refletirmos profundamente sobre a nossa realidade social, económica e política, tendo como insumos os dados da nossa história, as precárias condições de vida dos Povos da nossa Terra, a situação educacional e sanitária das populações do nosso país comparando-as com as de outros países e povos, o baixo nível de produção e de produtividade, as nossas infraestruturas energéticas, de transportes (rodoviárias e fluviais), da destruidora exploração de alguns dos nossos recursos e a prospetiva de exploração de minérios, a nossa debilidade no contexto sub-regional e regional e no concerto dos estados a todos os níveis.
É importante reter, que não será possível exercitar reflexões sem liberdade de expressão e de pensamento. Não será possível a paz e a estabilidade, tão fundamentais, sem diálogo, sem aceitarmos a diferença de pontos de vista e de opiniões, sem pautarmo-nos pela frontalidade, pela verdade, com tolerância, sem combate aos vícios e males que nos assolam (a corrupção, o autoritarismo, as manias de "matchundadi", o oportunismo, o nepotismo, o clientelismo, as intrigas, o “sim senhor chefe”, o grupinho, entre outros).
GLÓRIA ETERNA A TODOS OS NOSSOS HERÓIS E MÁRTIRES
GLÓRIA, E, ETERNAS SAUDADES, AMÍLCAR LOPES CABRAL.
Bissau, 20 de janeiro de 2024.
POR. Ariceni Abdulai Jibrilo Baldé
(Djibril Baldé)
Embaixador de Portugal na Guiné-Bissau
Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau
No término natural da minha missão como Embaixador de Portugal neste país, missão que honradamente e com gosto empenhadamente assumi em 2020, visando e trabalhando, ao longo destes anos, com a equipa da Embaixada, para o desejado aprofundamento da fraterna relação entre Portugal e a Guiné-Bissau, nos mais variados domínios, gostaria de a todos profundamente agradecer a simpatia, amabilidade e inestimável contributo dados em prol desse desígnio maior, a bem dos nossos países irmãos e das suas populações.
Na despedida, recordando e já saudoso deste belo e magnifico país e da sua tão generosa população, reitero ainda o profundo apreço e reconhecimento justamente devido aos nossos compatriotas da Comunidade Portuguesa e Luso-Guineense que aqui vivem e trabalham, todos os dias ajudando a fazer a Guiné-Bissau prosperar.
Bem hajam a todos vós, portugueses e guineenses, sem exceção, e sinceros votos das maiores felicidades, prosperidade e sucessos pessoais, familiares e profissionais.
José Rui Velez Caroço
Embaixador de Portugal na Guiné-Bissau
DECRETO PRESIDENCIAL № 7/2024: A Senhora Fatumata Jau, nomeada Secretaria de Estado de Plano e Integração Regional
Vinte e um soldados israelitas mortos em ataque na Faixa de Gaza
© Reuters
POR LUSA 23/01/24
O exército de Israel afirmou hoje que 21 soldados foram mortos no centro da Faixa de Gaza, no ataque mais mortífero contra soldados israelitas durante a guerra de três meses frente ao grupo islamita palestiniano Hamas.
Os soldados preparavam explosivos para demolir dois edifícios na segunda-feira, quando um militante usou um lançador de granadas contra um tanque próximo, provocando o rebentamento prematuro dos explosivos, disse o porta-voz militar Daniel Hagari.
Os edifícios acabaram por desmoronar com os soldados no interior.
O Exército israelita adiantou na segunda-feira que 200 militares já morreram durante as operações terrestres contra o Hamas na Faixa de Gaza.
"O número de soldados que caíram em Gaza desde 27 de outubro é de 200", referiu um oficial militar israelita à agência France-Presse.
O conflito em curso entre Israel e o Hamas, que desde 2007 governa na Faixa de Gaza, foi desencadeado pelo ataque do movimento islamita em território israelita em 07 de outubro.
Nesse dia, 1.140 pessoas foram mortas, na maioria civis mas também perto de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 127 permanecem na Faixa de Gaza.
Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde então a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas pelo menos 25.000 pessoas e feridas mais de 63.000, também maioritariamente civis.
A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.
A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.
A pressão internacional está a aumentar sobre Israel para preparar um resultado após a guerra que inclua a criação de um Estado palestiniano.
A União Europeia (UE) sublinhou também na segunda-feira, antes de se reunir com os chefes da diplomacia israelita e palestiniana em Bruxelas, que Israel deve aceitar uma solução de dois Estados para garantir a sua segurança.
O conflito também está a fazer escalar as tensões entre Israel e os aliados pró-Irão do Hamas, como o Hezbollah libanês e os rebeldes Hutis do Iémen.
Leia Também: Morreram 200 soldados israelitas desde início da operação em Gaza
O Selecionador Nacional, Baciro Candé em Conferência de Imprensa após a derrota concentida diante da Nigéria por 1-0.
Israel propõe cessar-fogo de até dois meses em troca de reféns libertados... Proposta envolve acordo para libertar mais de 130 reféns e a libertação de presos palestinianos.
© Ahmad Hasaballah/Getty Images
Israel propôs ao Egito e ao Qatar, os principais mediadores no conflito com o Hamas, um acordo que prevê a libertação de mais de 130 reféns, de forma faseada, em troca de um cessar-fogo de até dois meses e a libertação de prisioneiros palestinianos.
Segundo o jornal norte-americano Axios, que cita duas fontes israelitas, as forças do país seriam, também, desmobilizadas dos principais centros populacionais da Faixa de Gaza, permitindo um "regresso gradual" de civis palestinianos para a cidade de Gaza e para o norte do enclave.
Ao fim dos propostos dois meses de cessar-fogo, as operações militares israelitas em Gaza seriam "significativamente menores em dimensão e intensidade", comparativamente à atualidade, asseguraram ainda as mesmas fontes.
Afirmaram, no entanto, que a proposta não prevê nem o fim da guerra, nem a libertação dos 6 mil palestinianos presos em prisões israelitas.
Segundo a agência Al Jazeera, o grupo islamita Hamas já afirmou, no passado, que, em troca da libertação de reféns mantidos em Gaza, está a exigir um fim completo da guerra e a libertação de todos os prisioneiros palestinianos.
Em Israel, o governo de Telavive está ainda a ser fortemente pressionado por familiares dos reféns em Gaza, apelando a um acordo imediato para os ver libertados. Israel calcula que cerca de 136 reféns israelitas - incluindo cerca de 25 mortos - ainda se encontra retidos na Faixa de Gaza e, nos últimos dias, as famílias intensificaram os protestos junto de Netanyahu para que este chegue a um acordo e tome medidas para a sua libertação. O primeiro-ministro mostrou-se relutante em chegar a um acordo com o Hamas e defendeu a pressão militar como forma de garantir a sua libertação.
No final de novembro do ano passado, durante uma semana de tréguas, foram libertados 105 prisioneiros, num acordo de tréguas que incluía também a libertação de 240 prisioneiros palestinianos.
A nova proposta de Israel incluiria a libertação de todos os reféns vivos e a devolução dos corpos dos mortos, e seria dividida em fases que poderiam durar até dois meses.
Uma primeira fase incluiria a libertação de mulheres cativas, homens com mais de 60 anos e reféns em estado grave de saúde. A fase seguinte incluiria a libertação de pessoas com menos de 60 anos, soldados e reservistas, e a devolução dos corpos das dezenas de mortos ainda detidos na Faixa de Gaza.
O jornal Walla refere ainda que Israel e o Hamas deverão chegar a acordo prévio sobre o número de prisioneiros palestinianos a libertar em troca da libertação de cada cativo, além de uma possível retirada faseada do exército de partes de Gaza.
Por sua vez, à medida que o acordo for implementado, permitirá o regresso gradual dos palestinianos deslocados internamente à cidade de Gaza e ao norte da Faixa.
Israel ainda aguarda uma resposta do Hamas à proposta, embora as fontes citadas indiquem que há "algum otimismo" de que seja possível avançar neste quadro.
Leia Também: O Exército israelita adiantou hoje que 200 militares morreram durante as operações terrestres contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, que começaram no final de outubro.
GUINÉ-BISSAU: No poder há um mês, presidente guineense faz remodelação no governo
© Lusa
POR LUSA
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, promoveu hoje uma remodelação governamental com a criação da Secretaria de Estado da Reforma Administrativa, liderada por Mónica Buaro, que deixa a Secretaria do Estado do Plano.
Através de decretos presidenciais, Sissoco Embaló dá conta da sua decisão de criar a Secretaria de Estado da Reforma Administrativa e de nomear para a pasta Mónica Buaro, que deixa a Secretaria de Estado do Plano e Integração Regional, agora ocupada por Fatumata Jau.
Até aqui, Jau era uma das conselheiras do Presidente da República, cargo do qual foi exonerada também hoje, refere um outro decreto presidencial, para ser nomeada secretária de Estado.
Mónica Buaro é dirigente do Partido da Renovação Social (PRS) e Fatumata Jau do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15).
Em notas divulgadas à imprensa, a presidência da República explica que as mexidas no Governo de iniciativa presidencial foram feitas sob propostas do primeiro-ministro, Rui Duarte de Barros.
A Secretaria de Estado do Plano e Integração Regional funciona sob dependência do ministério da Economia e a agora criada Secretaria da Reforma Administrativa funcionará sob a coordenação do Ministério da Administração Pública, Emprego, Formação Profissional e Segurança Social.
O Governo de iniciativa presidencial tomou posse a 21 de dezembro, depois de o Presidente guineense ter dissolvido o parlamento e destituído o executivo de maioria absoluta da coligação PAI-Terra Ranka.
A decisão presidencial é considerada inconstitucional pela coligação, por não terem decorrido 12 meses desde as eleições legislativas, realizadas em junho de 2023.
O Presidente Sissoco sustentou a dissolução, anunciada a 04 de dezembro, com uma alegada tentativa de golpe de Estado, na sequência dos disparos entre forças de segurança depois da detenção do ministro das Finanças e do secretário de Estado do Tesouro por suspeitas de corrupção.
O chefe de Estado apontou, recentemente, como data provável para novas eleições "outubro/novembro" e disse que o parlamento não está fechado, apesar de este órgão de soberania não funcionar desde a decisão presidencial da dissolução.
Leia Também: Guiné-Conacri. Tribunal ordena detenção de dirigente sindical da imprensa
AISSATA TALL SALL: Ministra senegalesa garante respeito pelos direitos humanos no país
© lasnews.sn
POR LUSA 22/01/24
A ministra da Justiça senegalesa, Aïssata Tall Sall, garantiu hoje, em Genebra, que "todas as liberdades políticas e de opinião são reconhecidas, aceites e exercidas" no seu país, quando falta cerca de um mês para eleições presidenciais.
A governante intervinha no Conselho dos Direitos Humanos da ONU em Genebra, na revisão periódica da situação no país.
As suas declarações surgem no mesmo dia em que a organização não-governamental de defesa dos direitos humanos, a Human Rights Watch (HRW), divulgou um relatório no qual as autoridades senegalesas são acusadas de "reprimir a oposição, os meios de comunicação social e a sociedade civil no período que antecede as eleições gerais".
O Senegal, país vizinho da Guiné-Bissau, tem agendadas eleições gerais para o dia 25 de fevereiro, às quais foi impedido de concorrer Ousmane Sonko, um dos principais opositores do Presidente Macky Sall, que não concorrerá à reeleição por limitação constitucional de mandatos.
Segundo Aïssata Tall Sall, o Senegal vai organizar as eleições presidenciais "em paz, estabilidade e respeito pelos princípios republicanos e democráticos".
Sem se referir ao relatório da HRW, a governante afirmou que "o Senegal (é) um país de direitos, um país de liberdades, onde todas as liberdades são exercidas sem entraves".
"Apenas 1,5% das manifestações são proibidas", disse, e apenas por risco de perturbação da ordem pública, destacando a independência dos tribunais.
"O uso da força é totalmente reprimido, e reprimido judicialmente", afirmou.
Referindo-se aos distúrbios de junho de 2023, garantiu que "todos os responsáveis serão responsabilizados e todos os responsáveis serão punidos em conformidade com a lei", quer se trate de manifestantes ou de membros das forças de segurança.
"Nenhum jornalista foi processado ou condenado por expressar a sua opinião", os que foram processados foram acusados de delitos comuns, disse.
No seu relatório, a HRW considera que "a promessa do Presidente Macky Sall de organizar eleições livres e justas está em contradição com o facto de as autoridades terem enchido as prisões com centenas de opositores políticos nos últimos três anos", quando o político da oposição Ousmane Sonko iniciou o seu confronto com o Estado.
"A repressão começou em 2021 na sequência de disputas judiciais envolvendo o líder da oposição, Ousmane Sonko, e sobre a possibilidade de Sall concorrer a um terceiro mandato", escreve a HRW, salientando que "houve um ressurgimento de detenções de figuras da oposição política e de dissidentes nos últimos meses", com a sociedade civil e a oposição a contabilizar mais de mil detenções desde março de 2021.
O Presidente senegalês, Macky Sall, eleito em 2012 por sete anos e reeleito em 2019, anunciou em julho passado que não se candidataria à reeleição em fevereiro de 2024, e escolheu o primeiro-ministro, Amadou Ba, para lhe suceder.
Leia Também: HRW denuncia aumento da repressão sobre opositores no Senegal
CAN 2023: Moçambique acompanha Guiné-Bissau no regresso à casa e Cabo Verde impõe-se ao Egito
Mexer luta pela bola com o avançado do Gana, Jordan Ayew, autor dos dois golos da sua equipa, durante o jogo do grupo B do CAN 2023 entre Moçambique e Gana, no Estádio Olímpico Alassane Ouattara em Ebimpe, Abidjan, 22 janeiro 2024. (Issouf SANOGO/AFP)
Alvaro Ludgero Andrade Voaportugues.com 23/01/2024
Angola decide nesta quarta-feira, 23, o seu estatuto.
ABIDJAN — A seleção de Cabo Verde conseguiu, nos últimos minutos de um longo tempo de compensação, manter a sua invencibilidade, ao empatar frente ao Egito na último jornada do grupo B, do CAN 2023, que decorre na Costa do Marfim.
No Estádio Feliz Houphouet-Boigny, em Abidjan, o técnico cabo-verdiano, Pedro Brito "Bubista", substituiu sete jogadores da equipa que entrou nos dois jogos anteriores, mas mesmo assim os Tubarões Azuis conseguiram sair na frente com golo de Gilson, ainda na primeira parte.
Os Faraós, que tinham de ganhar já que o Gana vencia Moçambique, entraram para a segunda parte ao ataque e empataram por Trezeguet, enquanto continuavam a pressionar o último reduto dos crioulos.
Jogadores de Cabo Verde celebram o segundo golo no jogo contra o Egito no Estádio Felix Houphouet-Boigny, em Abidjan, 22 janeiro 2024 (FRANCK FIFE / AFP)
Vozinha fez duas defesas importantíssimas que impediram que o Egito aumentasse o marcador, mas quase no final do jogo Ahmed Hegazy colocou a equipa do Magrebe em vantagem.
Cabo Verde, que refrescou a equipa com três novos avançados, teve algumas oportunidades de marcar, mas só quase no descer do pano desse excelente jogo conseguiu empatar, através de uma jogada de raça e insistência de Teixeira.
Com este resultado, Moçambique e Gana, que empataram no Estádio Felix Houphouet-Boigny a duas bolas, regressam à casa.
O jogo dos penalties
Jordan Ayew converteu dois penaltis, um em cada tempo, e tudo apontava que as Estrelas Negras tinham o passaporte para a segunda fase.
Entretanto, a surpresa estava reservada para depois do tempo regulamentar.
As apostas no jogo Gana-Moçambique
Um terceiro penalti, agora a favor de Moçambique, foi transformado por Geny Catamo, e Reinildo Mandava empatou a partida.
Com apenas dois pontos, Mambas e Estrelas Negras ficaram pelo caminho, ao acumularem apenas dois pontos cada.
Ambos também perderam com Cabo Verde.
Anfitriões na corda bamba
A grande supresa, no entanto, viria do jogo entre a Costa do Marfim e a Guiné-Equatorial, no Estádio Alassana Ouattar, onde também jogaram Moçambique e Gana.
Os equatorianos golearam a equipa anfitriã por 4-0, um autêntico "escândalo" para os marfinenses que não têm explicação para tal.
Agora, a equipa da casa aguarda os demais resultados para saber se passa ou não para fase seguinte.
Avançado da Nigéria, Victor Osimhen, luta pela bola com o defesa da Guiné-Bissau Edgar durante o jogo de futebol do grupo A no CAN 2024. (Foto de FRANCK FIFE / AFP)
Djurtos despedem-se sem glória
Para o mesmo grupo A, a Guiné-Bissau, que já estava eliminada antes de subir hoje ao relvado em Abidjan, perdeu o seu terceiro jogo do CAN 2023, ante a Nigéria por 1-0.
Os Djurtus jogaram bem e impediram os nigerianos de aumentar o marcador, mas voltaram a mostrar-se uma equipa perdulária.
Nesse grupo, Nigéria e Guiné-Equatorial, outra suepresa do CAN 2023, passam à fase seguinte, enquanto os Elefantes aguardam pelas contas.
Palancas Negras praticamente na segunda fase
Entre os lusófonos, depois de Cabo Verde terminar primeiro no grupo B, Angola defronta nesta terça-feira, 23, em Yamussoukro, o Burkina Faso, com a qualificação praticamente assegurada.
Os Palancas Negras têm os mesmos quatro pontos que o Burkina Faso, enquanto a Argélia, com dois pontos, joga contra a Mauritânia, que ainda não pontuou.
A segunda fase começa no dia 27.
segunda-feira, 22 de janeiro de 2024
Veja o que os ovos podem fazer pela saúde dos seus intestinos... Por esta podia não esperar, mas a verdade é que podem trazer vários benefícios.
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Notícias ao Minuto 22/01/24
Os ovos são um ingredientes bastante comum. Sejam cozidos, em saladas, estrelados, mexidos, em bolos e não só, são várias as opções que tem para juntá-los à sua dieta. Se não conhecia todos os benefícios que tinham, veja o que podem fazer pela sua saúde intestinal.
Segundo o 'website' Health Digest, comer ovos regularmente traz benefícios a pessoas que sofrem de doença inflamatória do intestino. A proteína que têm é facilmente absorvida pelo organismo e pode ajudar a trazer melhorias.
Revelam também que os ovos são recomendados por médicos especialistas neste tipo de saúde devido às vitaminas A, D e ómega-3. Contudo, nem todas as pessoas devem comer ovos com regularidade.
Por exemplo, em alguns casos, podem aumentar os gases. Também não são adequados para quem está com prisão de ventre. Podem ainda levar a dores na zona abdominal.
Guiné-Conacri. Tribunal ordena detenção de dirigente sindical da imprensa
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POR LUSA 22/01/24
Um tribunal da Guiné-Conacri ordenou hoje a detenção do dirigente de um sindicato da imprensa que, na semana passada, apelou a manifestações contra a censura em certos meios de comunicação social e na Internet.
Sekou Jamal Pendessa, secretário-geral do Sindicato da Imprensa Guineense (SPPG), foi detido a 19 de janeiro e, na sequência, interrogado durante cerca de duas horas no tribunal de Dixinn, nos arredores de Conacri, a capital da Guiné-Conacri, país que faz fronteira com a Guiné-Bissau.
O tribunal deu de seguida ordem para a sua prisão num estabelecimento prisional em Conacri por "participação numa manifestação não autorizada", disse um funcionário judicial à agência noticiosa France-Presse (AFP).
"Este é mais um caso flagrante de violação dos direitos humanos por parte das autoridades de transição", ou seja, da junta que tomou o poder pela força em 2021, declarou aos jornalistas o advogado do secretário-geral do SPPG, Salifou Béavogui.
O SPPG tinha convocado uma manifestação na quinta-feira "para libertar os meios de comunicação social e as redes sociais", com o apoio de organizações da sociedade civil. As autoridades tinham avisado que iriam reprimir a concentração. Todas as manifestações são proibidas na Guiné-Conacri desde 2022.
Nas últimas semanas, o acesso à Internet foi severamente restringido, os canais de televisão foram retirados dos principais pacotes de distribuição e as frequências de rádio foram bloqueadas.
Sem telemóvel durante 1 mês? Empresa dá 10 mil dólares a quem conseguir... A iniciativa faz parte do programa de desintoxicação digital da Siggi's Dairy.
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Notícias ao Minuto 22/01/24
A empresa norte-americana Siggi's Dairy está a oferecer um prémio de 10 mil dólares (cerca de nove mil euros) aos vencedores de um concurso, no qual o principal requisito para participar é que a pessoa consiga ficar sem o telemóvel durante um mês.
A iniciativa faz parte do programa de desintoxicação digital da empresa sediada em Nova Iorque, que produz iogurte islandês estilo 'skyr'. Os participantes têm de ser residentes legais num dos 50 estados dos EUA e precisam de se inscrever até 31 de janeiro.
Dez pessoas serão selecionadas para o programa e deverão manter os telemóvel num cofre fornecido pelos organizadores durante aquele período.
A proposta da Siggi's Dairy tem como objetivo promover um estilo de vida mais simples e menos dependente de distrações digitais.
O concurso, descrito como uma versão alternativa do 'Janeiro Seco' - uma campanha de saúde pública que pede às pessoas que se abstenham de álcool no primeiro mês do ano -, não só procura promover hábitos saudáveis, mas também demonstrar os benefícios da redução do tempo em frente a um ecrã.
Neste caso significa ficar 'sóbrio' no que diz respeito à tecnologia, sem olhar um único minuto para o aparelho durante um mês. No entanto, além do cofre para o telemóvel, os participantes vão receber um 'flip phone' (um telemóvel dobrável muito básico), um cartão cartão SIM pré-pago para um mês e iogurtes da empresa para três meses.
Kristina Drociak, diretora de Relações Públicas e Estratégia Digital da Siggi’s, explicou que a marca se inspira na simplicidade e que "ter menos é o que realmente liberta".
A diretor afirmou ainda que, assim como o iogurte com menos ingredientes, a falta de distrações digitais pode levar a uma vida mais satisfatória. "Acreditamos no poder de viver uma vida mais simples, com menos distrações. Uma das maiores distrações nas nossas vidas hoje em dia é o nosso telemóvel. Na verdade, uma pessoa passa, em média, 5,4 horas ao telefone todos os dias", afirmou a empresa no seu site.
Para participar no concurso, os interessados têm de preencher o formulário de inscrição disponível no site. Os rigorosos critérios de seleção serão baseados nas respostas e nos textos fornecidos pelos candidatos.
Marinha dos EUA acusa Irão de envolvimento direto nos ataques dos Hutis
© Reuters
POR LUSA 22/01/24
A Marinha dos Estados Unidos acusou hoje o Irão de estar "diretamente envolvido" nos ataques a navios feitos pelos Hutis do Iémen.
O vice-almirante Brad Cooper, chefe da Quinta Frota da Marinha norte-americana, não chegou a acusar Teerão de dirigir os ataques individuais dos Hutis no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, mas reconheceu que os ataques associados ao Irão ameaçam todo o Médio Oriente e não apenas o Golfo Pérsico e o Estreito de Ormuz.
"Claramente, as ações dos Hutis, no que diz respeito aos ataques à navegação mercante, são as mais significativas que vimos em duas gerações", disse Cooper, apelando a uma resposta firme da comunidade internacional.
Desde novembro, os Hutis, apoiados pelo Irão, lançaram pelo menos 34 ataques a navios através das vias navegáveis que conduzem ao Canal de Suez, no Egito, uma rota vital para o transporte de energia e cargas provenientes da Ásia e do Médio Oriente para a Europa.
Os Hutis - um grupo rebelde xiita que controla a capital Saná desde 2014 e que está em guerra com uma coligação liderada pela Arábia Saudita que desde 2015 apoia o Governo exilado do Iémen -- dizem que os seus ataques visam afetar Israel na sua guerra contra o movimento islamita Hamas.
No entanto, os navios visados pelos seus ataques, na maior parte das vezes, possuem apenas ligações ténues com Israel -- ou mesmo nenhuma.
Nos últimos dias, os EUA lançaram sete vagas de ataques aéreos contra instalações militares Hutis, visando bases aéreas sob o controlo dos rebeldes e locais suspeitos de lançamento de mísseis.
O ritmo dos ataques dos Hutis aos navios parece ter abrandado, para já, à medida que os EUA e os seus aliados aumentaram as suas patrulhas navais na região.
No entanto, os riscos para a economia global permanecem, uma vez que muitos navios continuam a contornar essa rota para uma viagem mais longa, pelo extremo sul de África.
Quando Cooper assumiu o comando da Quinta Frota, em 2021, a ameaça ao transporte marítimo concentrava-se principalmente à volta do Golfo Pérsico e do Estreito de Ormuz, através do qual passa um quinto de todo o petróleo comercializado no mundo.
Uma série de ataques atribuídos ao Irão e apreensões de navios por Teerão seguiram-se ao colapso do acordo nuclear do Irão com as potências mundiais.
"O que posso dizer é que o Irão está claramente a financiar, a fornecer recursos e formação", denunciou Cooper, que descreveu os ataques de navios no Médio Oriente como os piores desde a chamada Guerra dos Petroleiros, na década de 1980.
Hungria contra novo plano europeu de apoio militar a Kyiv
© Lusa
POR LUSA 22/01/24
A Hungria considerou hoje inaceitável e dececionante a nova proposta de União Europeia (UE) de criar um fundo de cinco mil milhões de euros provenientes do Fundo Europeu de Apoio à Paz para financiar o envio de armas à Ucrânia.
"É triste e dececionante que a reunião do Conselho dos ministros dos Negócios Estrangeiros de hoje tenha apresentado uma proposta, por parte do Serviço Europeu de Ação Externa, de assegurar milhares de milhões de euros para novos transportes de armas à Ucrânia", referiu em Bruxelas o chefe da diplomacia de Budapeste, Péter Szijjártó, que participou na reunião.
O ministro húngaro assinalou que para o seu país é "absolutamente inaceitável" que a UE aumente o seu fornecimento de armas dirigidas a Kiev, mas recordou que a proposta hoje apresentada é "mais branda" que a anterior, que tinha assegurado cinco mil milhões de euros anuais durante quatro anos para esse objetivo.
"A atual proposta é um pouco mais branda e propõe a criação de um fundo especial de cinco mil milhões de euros para o próximo ano, no âmbito do Fundo Europeu de Apoio à Paz, com contribuições dos países comunitários", disse.
De acordo com os planos, este orçamento anual será prolongado anualmente, explicou o ministro, assegurando que a Hungria não participará nesse projeto.
"Não podemos nem queremos impedir que os restantes países enviem armas, mas não assumiremos qualquer despesa com esse fundo", acrescentou Szijjártó.
O Governo do soberanista Viktor Orbán tem sido apontado como o maior aliado da Rússia no interior da UE.
Nos últimos anos as relações políticas com a Ucrânia deterioraram-se progressivamente, com Kiev a acusar Budapeste de apoiar os interesses russos enquanto a Hungria responsabilizada o país vizinho de desrespeito pelos direitos das minorias étnicas, incluindo a magiar.
Na próxima segunda-feira está previsto um encontro em Uzhgorod (Ucrânia) entre Szijjártó e o seu homólogo ucraniano Dmytro Kuleba para abordar temas bilaterais e um eventual futuro encontro entre Orbán e o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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AFEGANISTÃO: Talibãs impõem restrições a mulheres solteiras e não-acompanhadas
© Lusa
POR LUSA 22/01/24
Os talibãs estão a restringir o acesso das mulheres afegãs ao trabalho, a viagens e cuidados de saúde se não forem casadas ou não tiverem um guardião masculino, segundo um relatório da ONU hoje divulgado.
Num incidente, funcionários do Ministério dos Vícios e das Virtudes aconselharam uma mulher a casar-se se quisesse manter o seu emprego num centro de saúde, afirmando que era inapropriado que uma mulher solteira trabalhasse, revelou o relatório.
Os talibãs baniram as mulheres da maior parte das esferas da vida pública e proibiram as raparigas de ir à escola para além do sexto ano, no âmbito das rígidas medidas que impuseram após a tomada do poder em 2021, apesar de terem inicialmente prometido um regime mais moderado.
Também encerraram cabeleireiros e salões de beleza e impuseram um código de vestuário, detendo as mulheres que não cumprem a sua interpretação do uso do 'hijab', o véu islâmico.
Em maio de 2022, os talibãs emitiram um decreto exigindo que apenas os olhos das mulheres estivessem à vista e recomendando que estas usassem a 'burqa' (peça de vestuário que cobre o corpo da cabeça aos pés), semelhante às restrições impostas durante o seu anterior regime, entre 1996 e 2001.
No seu mais recente relatório trimestral, incidindo sobre o período entre outubro e dezembro de 2023, a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA, na sigla em inglês) afirma que os talibãs estão a reprimir as mulheres afegãs que são solteiras ou que não têm um guardião ou tutor masculino, um 'mahram', a acompanhá-las.
Não existem leis oficiais sobre a tutela masculina no Afeganistão, mas os talibãs estipularam que as mulheres não podem circular ou percorrer uma certa distância sem um homem que tenha laços de sangue ou de casamento com elas.
Três mulheres profissionais do setor da saúde foram detidas em outubro passado por irem trabalhar sem um 'mahram'. Foram libertadas depois de as suas famílias terem assinado uma garantia escrita de que não voltariam a repetir tal ato, refere o relatório.
Na província de Paktia, o Ministério dos Vícios e das Virtudes impediu, desde dezembro, o acesso das mulheres sem 'mahram' a unidades de cuidados de saúde e visita esses estabelecimentos para garantir que a lei é cumprida.
O ministério, que funciona como polícia da moralidade dos talibãs, está também a impor o uso do 'hijab' e a companhia do 'mahram' quando as mulheres se deslocam a locais públicos, escritórios e instituições de ensino, através de postos de controlo e inspeções.
Em dezembro, na província de Kandahar, responsáveis ministeriais visitaram um terminal de autocarros, para se certificarem de que as mulheres não viajavam grandes distâncias sem 'mahrams', e instruíram os motoristas dos autocarros a não autorizarem mulheres a embarcar sem um desses tutores, indicou a ONU.
As mulheres também têm sido detidas por comprarem contracetivos, embora os talibãs não os tenham proibido oficialmente.
O principal porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, declarou que o relatório da ONU assenta sobretudo em mal-entendidos e acusou a UNAMA de ignorar ou criticar a lei islâmica (a Sharia).
Estando um Governo islâmico no poder no Afeganistão, este deve "aplicar plenamente todos os aspetos da Sharia, tanto para homens como para mulheres", sustentou Mujahid num comunicado.
Tal significa impor regras relativas ao 'hijab', à tutela masculina e à segregação de género para as mulheres na educação e no trabalho, afirmou.
"Se a UNAMA critica estes casos ou considera as regras islâmicas explícitas um ato contra os direitos humanos, então isso é um insulto às crenças de um povo", defendeu o porta-voz do regime talibã afegão.
Mulher de soldado russo desafia Putin a trazer marido de volta a casa
© Reuters
Notícias ao Minuto 22/01/24
Esposa questionou como regressarão os seus maridos: "sem pernas, sem braços, doentes?".
A mulher de um soldado russo desafiou o presidente russo a trazer o seu marido de volta para casa num gesto que a SkyNews refere ser raro.
Maria Andreyeva começa por afirmar que não tem notado nenhuma preocupação por partes das autoridades em responder às preocupações das mulheres dos militares russos.
"Vladimir Vladimirovich Putin decretou que o meu marido tinha de estar lá (na Ucrânia). Estou interessada em saber quando vai decretar que ele tem de estar em casa", afirma.
Na sequência das suas reivindicações, uma outra mulher ter-lhe-á lembrado que os soldados russos na Ucrânia estavam a defender a pátria e que ela devia rezar por eles, o que espoletou uma troca acessa entre as duas.
"O que é que se segue? O Ministério da Defesa gastou o seu dinheiro, agora temos de espremer tudo dos nossos homens, tirar-lhes a última vida? Para que voltem para nós apenas como cepos?", respondeu Andreyeva, questionando ainda como regressarão eles: "sem pernas? ser braços? doentes?".
A troca de impressões teve lugar durante uma visita à base eleitoral de Putin por uma pequena delegação da 'The Way Home', uma organização de esposas de soldados que está a fazer campanha para o seu regresso, explica a SkyNews.
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HRW denuncia aumento da repressão sobre opositores no Senegal
© Getty Images
POR LUSA 22/01/24
A Organização Não-Governamental Human Rights Watch denunciou hoje uma repressão duradoura no Senegal sobre os opositores políticos, jornalistas e sociedade civil críticos do Presidente Macky Sall, incluindo centenas de detenções, defendendo uma investigação imparcial.
"As autoridades no Senegal têm reprimido a oposição, os media e a sociedade civil", lê-se num comunicado de imprensa, no qual se escreve que "a promessa do Presidente, Macky Sall, de realizar eleições livres e justas está em contradição com a realidade, com as autoridades a encherem as prisões nos últimos três anos com centenas de opositores políticos".
Para esta ONG dedicada à promoção dos direitos humanos, as autoridades deviam "investigar eficazmente toda a violência cometida pelas forças de segurança, libertar as pessoas detidas arbitrariamente e garantir os direitos de liberdade de expressão, associação e manifestações pacíficas".
O Senegal tem agendadas eleições gerais para o dia 25 de fevereiro, às quais foi impedido de concorrer Ousmane Sonko, um dos principais opositores do Presidente Macky Sall, que não concorrerá à reeleição por limitação de mandatos.
"A repressão começou em 2021 na sequência de disputas judiciais envolvendo o líder da oposição, Ousmane Sonko, e sobre a possibilidade de Sall concorre a um terceiro mandato", escreve a HRW, salientando que "houve um ressurgimento de detenções de figuras da oposição política e de dissidentes nos últimos meses", com a sociedade civil e a oposição a contabilizar mais de mil detenções desde março de 2021.
O Conselho Constitucional do Senegal, país vizinho da Guiné-Bissau, publicou no sábado uma lista final de 20 candidatos às eleições presidenciais de 25 de fevereiro.
Segundo a agência France-Presse, a lista inclui o candidato do campo presidencial, o primeiro-ministro Amadou Ba, os ex-chefes de governo e opositores Idrissa Seck e Mahammed Boun Abdallah Dionne, o ex-presidente da Câmara de Dacar Khalifa Sall, e Bassirou Diomaye Diakhar Faye, apresentado como candidato substituto ao opositor preso Ousmane Sonko.
Bassirou Faye, 43 anos, membro do partido dissolvido de Sonko, também está detido, mas ainda não foi julgado.
Ousmane Sonko, figura central num impasse que durou mais de dois anos com o Estado e que deu origem a vários episódios de agitação com dezenas de vítimas mortais não aparece na lista, como era de esperar. Popular entre os jovens, esteve entre os favoritos às eleições presidenciais.
Considerado culpado em junho de devassidão de uma menor e condenado a dois anos de prisão, foi preso no final de julho do ano passado por outras acusações, incluindo apelo à insurreição, associação criminosa relacionada com uma empresa terrorista e atentado contra a segurança do Estado.
Sonko denunciou uma conspiração para impedi-lo de participar nas eleições presidenciais de fevereiro de 2024, o que o Governo nega.
O Presidente senegalês, Macky Sall, eleito em 2012 por sete anos e reeleito em 2019, anunciou em julho passado que não se candidataria à reeleição em fevereiro de 2024, e escolheu o primeiro-ministro, Amadou Ba, para lhe suceder.
Na lista provisória publicada em 13 de janeiro, pelo Conselho Constitucional, já não constava Ousmane Sonko, cuja candidatura foi considerada incompleta.
A defesa de Sonko anunciou que ia apresentar um recurso à decisão do Conselho Constitucional, confirmou à agência noticiosa espanhola Efe um dos seus advogados, o franco-espanhol Juan Branco.