sexta-feira, 5 de maio de 2023

ESPAÇO: Cientistas chineses revelaram hoje a descoberta de indícios da existência de água líquida na superfície de Marte, através dos dados recolhidos pelo robô Zhurong, que explora o planeta vermelho desde 2021.

© ESA

POR LUSA  05/05/23

 Sonda chinesa encontra vestígios de água em estado líquido em Marte

Cientistas chineses revelaram hoje a descoberta de indícios da existência de água líquida na superfície de Marte, através dos dados recolhidos pelo robô Zhurong, que explora o planeta vermelho desde 2021.

Os especialistas, que publicaram as suas descobertas na revista científica "Advances in Science and Research", garantiram que o Zhurong detetou crostas, rachaduras, granulações e outras marcas criadas pela água na superfície marciana.

As análises indicaram que, nas dunas de Marte, abundam minerais que contêm água, como sulfatos hidratados, pedras proteicas e óxidos de ferro hidratados.

"Acreditamos que a evidência sobre a existência de água não teve origem em águas subterrâneas mas sim na queda de neve ou geada", afirmou o autor do estudo Qin Xiaoguang, citado pelo jornal oficial Global Times.

A existência de água em estado líquido no planeta vermelho tem sido alvo de vários estudos, pois, se confirmada, serviria para entender melhor a evolução do clima marciano e para sustentar uma possível migração humana para o planeta no futuro.

De acordo com o jornal local Science and Technology Daily, a água líquida em Marte pode também indicar a existência de vida.

Investigações anteriores mostraram que água em estado líquido já existiu na superfície marciana, mas que desapareceu devido às mudanças meteorológicas experimentadas pelo planeta.

Este estudo revelou que Marte ainda pode abrigar algumas zonas húmidas em áreas de baixa altitude e relativamente quentes, segundo os cientistas.

Em setembro passado, especialistas chineses, também com base nos dados coletados pelo Zhurong, detetaram camadas de terreno de Marte moldadas pela atividade da água há cerca de 3,3 mil milhões de anos.

O Zhurong faz parte da missão Tianwen-1, que também inclui uma nave orbital e um módulo de pouso.

A Tianwen-1 é a primeira missão de exploração chinesa a Marte e visa encontrar mais indícios da existência de água ou gelo naquele planeta e realizar pesquisas sobre a composição material da sua superfície e as características do clima.


Leia Também: Fotografia aérea de Marte. Consegue ver onde está o rover Perseverance?

Escassez de pães: PANIFICADORES ALERTAM QUE IMPORTADORES CONDUZEM O POVO A UM SUICÍDIO COLETIVO PELA FOME

JORNAL ODEMOCRATA  05/05/2023  

O presidente da Associação dos Panificadores da Guiné-Bissau, Mamadu Camará, alertou na quinta-feira, 4 de maio de 2023, que o ministro do comércio e os importadores de farinha de trigo estão a empurrar a população para um suicídio coletivo pela fome.

“A maior parte das famílias guineenses tem o pão como parte da dieta alimentar ao jantar. Nas escolas, temos escassez de pães. As crianças estão aflitas. Temos informações de que há farinha no mercado, mas não está a ser comercializada. O governo e os exportadores não se dignaram vir ao público explicar à população o que se passa realmente”, indicou.

O sindicalista criticou o fato de a farinha ter sido bloqueada nos armazéns, obrigando os associados a adquiri-la no “mercado negro”.

“A Guiné-Bissau é um país democrático. Todos os seus filhos têm o direito a uma dieta alimentar saudável e equilibrada. Não se pode transformar o setor do comércio guineense num mercado negro para fustigar a população. Temos direito à vida”, criticou.

Mamadu Camará, presidente da Associação dos Panificadores da Guiné-Bissau, disse que é chegado o momento de os associados da organização encararem a escassez de pães no mercado nacional como um assunto sério.

“É preocupante. Todos os panificadores estão parados há três semanas. As suas famílias estão a passar muitas dificuldades, mas ninguém vem ao público explicar os motivos e como as autoridades pensam que o povo pode viver nessa situação de agitação e de penúria”, questionou.

O presidente da associação dos panificadores responsabilizou o ministro do comércio e os importadores do produto por tudo que está a acontecer e acusou as duas entidades de terem estocado a farinha nos armazéns para subir o preço e ganhar mais dinheiro.

Perante estes fatos, Mamadú Camará pediu a intervenção do primeiro-ministro, do vice-primeiro ministro e do Presidente da República na resolução dessa situação e salvar a população da penúria que a falta de pães poderá provocar, se medidas não forem tomadas.

“É urgente tomar medidas, porque a situação é crítica e grave.  Não podemos aceitar que as nossas famílias passem fome. Vamos desencadear contatos junto das autoridades competentes para pedir explicações sobre a escassez de farinha”, adiantou.

DIRETOR GERAL DO COMÉRCIO E CONCORRÊNCIA NEGA QUE A FARINHA TENHA SIDO ESTOCADA

Em entrevista ao Jornal o Democrata, o diretor geral do comércio e concorrência, Lassana Fati, negou que a farinha tenha sido estocada nos armazéns para subir o preço do produto ou para outros fins comerciais.

“Não há em curso nenhuma engenharia para ganhar dinheiro. Há, sim, escassez. Inspecionamos os armazéns e não vimos nada. Portanto, essa informação não corresponde à verdade. Temos informações de que o único fornecedor quer importar farinha, mas nessas condições poderá haver aumento de preço, o que o governo está a precaver. A farinha é um produto sensível e qualquer subida de preço pode ter impactos noutros produtos”, disse, para de seguida anunciar que a comissão interministerial criada pelo governo está a trabalhar para que a situação não chegue a esse ponto.

Lassana Fati lembrou que o país tem apenas um único importador de farinha da marca Bolala, que neste momento está a ter dificuldades em importar a farinha em quantidade, devido à subida do preço no mercado internacional e da subida dos preços do transporte.

O diretor do comércio e concorrência afirmou ter sido confrontado com a situação da escassez de pães e que estão a acompanhar a situação com preocupação, mas por ser um produto estratégico e sensível que pode agitar o mercado e fazer subir todos os outros produtos derivados. 

“O ministério do comércio está a analisar o assunto com muita cautela”, afirmou.

Lassana Fati revelou que o governo está neste momento em negociações com os importadores da farinha para encontrar a melhor forma de contornar a situação.

“Reconheço que há escassez da farinha. O ministério do comércio, através do serviço de inspeção, já mandou abrir todos os armazéns que comercializam esse produto em Bissau e constatamos que não têm farinha estocada e a quantidade que há nos armazéns é pouca”, sublinhou.

Segundo Lassana Fati, uma das soluções passa por, primeiro, identificar todos os outros importadores de farinha e estipular um preço ideal à próxima importação que não prejudique nem os importadores nem os consumidores, porque “estamos conscientes das agitações que a escassez do produto está a provocar nos bairros e no seio dos consumidores, sobretudo a nível de Bissau”.

ACOBES RESPONSABILIZA GOVERNO E O SETOR PRIVADO PELA FALTA DA FARINHA

Interpelado pelo nosso semanário, o secretário geral da Associação de Consumidores de Bens e Serviços (ACOBES), Bambo Sanhá, disse que a falta de farinha no mercado é da responsabilidade do ministério do comércio e do setor privado, porque “o governo é a entidade que emite as declarações para a importação dos produtos”.

“O importador trouxe a farinha e levou a proposta da estrutura do custo e o ministério alegou que a estrutura do preço proposta era elevada, porque podia levar ao aumento de preço de pães. Agora não há farinha e enquanto decorriam as negociações para a aprovação, em conjunto, da estrutura de preço, o importador já estava a vender o produto unilateralmente. Não   tinha autorização”, denunciou.

“Denunciamos essa situação junto do ministério do comércio, mas nenhuma medida foi tomada”, afirmou.

Para ACOBES, este tipo de comportamento põe em causa a autoridade do Governo, motiva a especulação no mercado e cria crises, alertando que o país corre o risco de enfrentar um aumento do preço de pão, numa altura em que a população está sufocada com constantes subidas de preços de produtos de primeira necessidade.

“Sabemos que a farinha está a ser vendida às escondidas a 30 mil francos cfa, ao invés de 22 dois mil. Tudo isso pode trazer ainda mais fome e influenciará na renda familiar , porque “as nossas mulheres sustentam as suas famílias com os pequenos negócios e os produtos são na maioria derivados da farinha”, disse.

Afirmou que, para o bem do mercado nacional, seria bom que o ministério e seus parceiros assumissem as suas responsabilidades para que não haja mais roturas nem adulteração de preços.

Bambo Sanhá disse acreditar que se não existisse um único operador potencial para cada produto, não haveria essas ruturas e subidas de preços e defendeu a necessidade de serem criadas as condições para a produção interna de diferentes produtos, de forma a dar alternativa alimentar à população.  

Sublinhou que o governo deveria ter subvencionado os produtos da primeira necessidade para que não houvesse uma crise de fome no país, mas “temos um governo que quer agradar ao Banco Mundial, colocando em causa os interesses da população”. 

“O nosso governo deve pensar na modernização e diversificação da nossa agricultura”, sugeriu, para de seguida denunciar que estão a ser comercializadas coxas de frangos fora do prazo de validade no mercado improvisado na subida de cabana e revelou que 200 mil guineenses estão a enfrentar a crise de fome.

Por: Filomeno Sambú/Epifania Mendonça


Supremo Tribunal do Brasil anula indulto dado por Bolsonaro a ex-deputado

© Lusa

POR LUSA   05/05/23 

O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil anulou o indulto que o ex-Presidente Jair Bolsonaro concedeu ao antigo deputado Daniel Silveira, condenado a pena de prisão por ameaças e incitação à violência contra juízes.

Após uma semana de discussão, a decisão foi tomada numa sessão do STF realizada na quinta-feira, em que seis juízes votaram pela nulidade do indulto, tendo os dois juízes nomeados por Bolsonaro votado a favor de manter o indulto.

A anulação do indulto será formalizada na quarta-feira, quando os restantes dois juízes do STF, Luiz Fux e Gilmar Mendes, apresentarem os seus votos.

Os seis juízes decidiram que o indulto foi concedido "com desvio de nulidade".

No seu voto, o juiz Alexandre de Moraes disse que a decisão de Bolsonaro "afrontou a separação de poderes, pois teve como objetivo exclusivo atacar uma decisão do judiciário", baseado numa "política eleitoreira".

O juiz Luís Roberto Barroso lembrou que o indulto foi concedido no dia seguinte à condenação de Silveira, "antes mesmo da publicação da sentença".

"O presidente julgou o mérito da decisão do Supremo, dele discordou e se arvorou na condição de juiz dos juízes", escreveu.

O juiz Dias Toffoli defendeu que os crimes de Silveira, "com ataques diretos ao Supremo, foram um embrião" da invasão da sede presidencial, do Congresso e do STF por apoiantes de Bolsonaro a 08 de janeiro.

Silveira foi preso em 2021 por ameaçar juízes do STF e atacar instituições judiciais, tendo sido condenado a oito anos de prisão por ameaças e incitação à violência contra juízes.

Após ter concedido um indulto a Silveira, Bolsonaro escolheu o então deputado para integrar cinco comissões da Câmara dos Deputados, a câmara baixa do parlamento brasileiro, incluindo a de Constituição e Justiça.

O representante do ultraconservador Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) foi destituído em 2022, tendo o tribunal imposto medidas cautelares, incluindo a prisão domiciliar.

Silveira está detido desde fevereiro por violar as medidas, após danificar a pulseira eletrónica, voltar a atacar as instituições democráticas do Brasil e questionar o processo eleitoral que levou ao regresso de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência.


Leia Também: Brasil. 28 detidos em operação contra rede que enviava droga para Europa

Forças ucranianas abateram um dos seus drones que se descontrolou em Kyiv

© Reuters

POR LUSA   04/05/23

A Ucrânia abateu um dos seus 'drones' sobre o qual perdeu o controlo esta quinta-feira à noite em Kyiv, provocando uma explosão seguida de um incêndio, adiantou a Força Aérea ucraniana.

"Em 04 de maio, por volta das 20:00 (18:00 em Lisboa) na região de Kyiv, durante um voo programado, o UAV Bayraktar TB2 perdeu o controlo", referiu o Comando da Força Aérea das Forças Armadas da Ucrânia através da rede social Telegram.

Na operação de abate do 'drone', e na sua queda, não houve vítimas nem feridos, segundo as mesmas fontes citadas pela agência Efe.

"O alvo foi destruído. É uma pena, mas isto é tecnologia e estes casos acontecem. Provavelmente foi devido a um mau funcionamento técnico, as razões estão a ser esclarecidas", detalhou a Força Aérea Ucraniana em comunicado.

De acordo com a agência France-Presse (AFP), o abete do 'drone' provocou uma explosão, seguida de um incêndio.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.709 civis mortos e 14.666 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Ataque ao Kremlin? "Operação encenada", diz ex-primeiro-ministro de Putin

Guterres empossa Moreira da Silva como diretor executivo do UNOPS

© Getty Images

POR LUSA  04/05/23 

O antigo ministro social-democrata Jorge Moreira da Silva anunciou que foi hoje oficialmente empossado como diretor executivo do Escritório das Nações Unidas para Serviços de Projetos (UNOPS) pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.

"Os choques globais sem precedentes exigem um impulso dramático na solidariedade e no multilateralismo. Fiquei muito honrado em ser oficialmente empossado hoje como diretor executivo do UNOPS pelo secretário-geral, António Guterres", escreveu Moreira da Silva na rede social Twitter.

"Estou comprometido em trabalhar com minha equipa, apoiando os nossos parceiros na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", acrescentou o ex-candidato à liderança do PSD, publicando uma fotografia sua ao lado de Guterres.

O UNOPS é um órgão operacional das Nações Unidas, cujo objetivo é ajudar diferentes parceiros a implementar projetos de ajuda humanitária, desenvolvimento e construção da paz, nos contextos mais complexos do mundo, mediante práticas sustentáveis.

Moreira da Silva e Guterres encontram-se em Nairobi, na capital do Quénia, onde decorre a primeira sessão deste ano do Conselho Executivo da ONU.

O Conselho encontra-se duas vezes por ano e reúne os líderes das agências, fundos e programas da ONU, naquele que é o fórum de coordenação de mais alto nível do sistema das Nações Unidas.


Leia Também: Marcelo felicita Moreira da Silva por nomeação para diretor na ONU

quinta-feira, 4 de maio de 2023

Dissolver o parlamento "seria trágico" para o país, alerta ministro da Economia

João Galamba, António Costa Silva e António Costa (Gonçalo Lobo Pinheiro/Lusa)

Por cnnportugal.iol.pt,   04/05/23 

António Costa Silva deu esta resposta após ser sido questionado sobre a evolução da execução do Plano de Recuperação e Resiliência e sobre se o país e a execução dos fundos aguentariam um cenário de dissolução do parlamento ou demissão do Governo

O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, considerou esta quinta-feira que um cenário de dissolução do parlamento "seria trágico" para o país, dizendo não acreditar nessa hipótese, após uma visita à Bosch em Braga.

"É evidente que se fala e continua-se a falar da dissolução do parlamento. Eu penso que isso eventualmente não vai acontecer, porque seria trágico para o país e o Governo é suportado pela sua legitimidade", disse esta quinta-feira António Costa Silva aos jornalistas, no final de uma visita à Bosch, em Braga, no âmbito da iniciativa Governo + Próximo.

António Costa Silva deu esta resposta após ser sido questionado sobre a evolução da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e sobre se o país e a execução dos fundos aguentariam um cenário de dissolução do parlamento ou demissão do Governo.

"O país tem estabilidade política, o Governo, como o próprio primeiro-ministro já disse, criou situações em que não agiu da melhor forma, já reconheceu isso e todos cometemos erros, temos que recuperar e olhar, sobretudo, para o futuro", afirmou o governante.

"Focar-nos na economia, nas empresas, na vida das pessoas e dos portugueses, e criar condições para melhorar. E isso nós vamos fazê-lo, com toda a certeza", acrescentou.

Anteriormente, questionado sobre a relação entre a economia e a política e sobre se o atual ambiente político poderia prejudicar a economia, o ministro disse que "há sempre uma interação entre a economia e a política".

"Mas nós, infelizmente, ligamos muito aos incidentes políticos e pouco à economia. E a economia portuguesa está a desenvolver-se. O crescimento no primeiro trimestre deste ano foi muito significativo em relação às previsões que existiam", assinalou.

"A mim não me incomoda muito esta gritaria que existe no país. Nós temos que gritar menos, pensar mais, fazer melhor", disse ainda.

Já sobre se os empresários manifestam preocupações acerca da vida política nacional, Costa Silva reconheceu que "podem ter as suas preocupações, mas estão sobretudo concentrados no que estão a fazer, e muitos estão a fazer de uma forma admirável".

O Presidente da República vai falar ao país esta quinta-feira às 20:00, dois dias depois de ter manifestado a sua discordância em relação à decisão do primeiro-ministro de manter João Galamba como ministro das Infraestruturas.

O chefe de Estado irá falar no Palácio de Belém, em Lisboa, disse à Lusa fonte da Presidência da República.

Na terça-feira à noite, após António Costa anunciar a decisão de manter João Galamba como ministro, Marcelo Rebelo de Sousa fez divulgar uma nota na qual afirmou que "discorda da posição deste quanto à leitura política dos factos e quanto à perceção deles resultante por parte dos portugueses, no que respeita ao prestígio das instituições que os regem".

Mais de uma dezena de explosões registadas em Kyiv

© SERGEI SUPINSKY/AFP via Getty Images

POR LUSA   04/05/23 

Mais de uma dezena de fortes explosões foram ouvidas hoje pouco depois das 19:00 locais (15:00 em Lisboa) no centro de Kyiv, minutos depois de soarem os alarmes antiaéreos que alertam os cidadãos ucranianos para ataques russos.

"O inimigo está a atacar a capital, as defesas antiaéreas estão a funcionar", escreveu o Centro de Comunicação Estratégica do Governo ucraniano numa nota publicada no Telegram, citando a Administração Militar da região.

A cidade de Kyiv é atacada quase todas as semanas pela Rússia com 'drones' suicidas de fabrico iraniano, mas as investidas costumam acontecer de madrugada e não à tarde, como aconteceu hoje.

Os ataques de hoje podem estar relacionados com uma retaliação das autoridades russas, que acusaram Kyiv de ser responsável pela explosão de dois 'drones' contra o Kremlin, visando assassinar o Presidente russo, Vladimir Putin.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.709 civis mortos e 14.666 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.



MENZIES AVIATION BISSAU / CABO VERDE AIRLINES

Tivemos a honra de receber nas nossas instalações hoje o Embaixador de Cabo-Verde, Sr. Camilo Leitão da Graça, o Administrador Executivo/ CCO da Cabo Verde Airlines, Sr. Carlos Salgueiral e o Sénior Commercial Technician da Cabo VerdeAirlines, Sr. António Socorro Silva, que vieram encetar contactos com a MENZIES AVIATION BISSAU e demais entidades aeroportuárias, para o retorno dos voos da Companhia Aérea Caboverdiana, com várias ligações/destinos a partir de Bissau e com destino à Praia. 

As ligações/destinos serão para Lisboa, Paris, Brasil e EUA.

Tudo está indicado para que as ligações de Bissau/Praia sejam retomadas já no próximo mês de Julho de 2023.

Bissau, 04 de Maio de 2023.

Dra. Sandra Pinto Pereira Intchasso 

Directora Comercial da Menzies Aviation Bissau

Por Aliu Soares Cassama

Vídeo. Adolescente desiste de concurso por "partilhar palco" com Rússia... Veja o discurso de Sofia Samoliuk, de 13 anos, em Itália.

© Reprodução InUkraine/ Twitter

Notícias ao Minuto   04/05/23 

Uma concorrente ucraniana da Sanremo Junior, em Itália, recusou, na terça-feira, cantar na competição, na qual participam crianças entre os seis e os 15 anos.

Sofia Samoliuk, de 13 anos, aproveitou o momento em que foi chamada ao palco não para cantar, mas sim para discursar, em inglês, deixando bem claro o motivo pela qual desistia da competição musical.

"Decidi que não posso cantar hoje. Descobri que há uma participante da Rússia, o Estado que já matou mais de 500 crianças ucranianas", começou por dizer, rematando: "Não posso cantar no mesmo palco que um representante do Estado terrorista".

Sofia concluiu a agradecer a quem assistia pela compreensão, e referiu que acreditava que "no próximo ano, o país terrorista não iria estar" na competição.

"Por favor, apoiem a Ucrânia", finalizou, sendo depois aplaudida.

Veja o momento na galeria acima.☝


A comunidade da Ponta Adolfo Ramos exige do Governo a Justiça no caso mais recente de conflito entre a Tabanka de Ntuss e Ponta Adolfo, a exigência foi tornado ao público está quinta-feira durante uma conferência de imprensa que decorreu na referida comunidade.

 Radio Voz Do Povo

DMYTRO LUBINETS: Kyiv acusa Rússia de deter 20 mil civis ucranianos

© Stringer/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA  04/05/23 

O Provedor de Justiça ucraniano, Dmytro Lubinets, acusou hoje a Rússia de manter em regime de detenção pelo menos 20 mil civis ucranianos nos territórios que ocupa na Ucrânia ou na própria Federação Russa.

"Penso que o número real é ainda muito maior", disse Lubinets, explicando que o seu gabinete está a fazer tudo o que é possível para garantir a libertação destes civis, bem como do seu regresso ao território controlado por Kyiv.


O Provedor de Justiça lembrou ainda que a Ucrânia criou um registo de pessoas desaparecidas para centralizar toda a informação disponível sobre os civis detidos pela Rússia nos territórios ocupados.

Lubinets lembrou que em janeiro passado entregou ao seu homólogo russo uma lista com os nomes de mais de dois mil civis ucranianos idosos ou doentes que se encontram em cativeiro, sob alçada russa, para tentar encontrar soluções que permitam a sua libertação.

De acordo com o Provedor de Justiça ucraniano, o pedido continua sem resposta.

Dmytro Lubinets pediu ainda aos aliados internacionais para que exerçam pressão sobre a Rússia e procurem mecanismos que garantam a libertação dos civis detidos pelas forças russas.

O representante denunciou também que 86% dos prisioneiros de guerra ucranianos libertados afirmaram ter sido sujeitos a tortura física ou psicológica pelos seus captores, e lançou duras críticas à atuação do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em relação a esta situação.

O provedor ucraniano criticou o CICV pela sua alegada inação no cumprimento do seu mandato de garantir que os prisioneiros de guerra recebam tratamento adequado de acordo com as disposições da Convenção de Genebra.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ofensiva militar russa causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.


Nota de condolências.

Por motivo de falecimento de irmão mais velho de Saïd Raïz Daula, General Umaro Sissoco Embaló, o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa esteve na mesquita central de Lisboa render última homenagem ao falecido.

Este ato de Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa de render homenagem a um civil sem nenhuma função a nível de Estado, podemos considerar ato inédito. 

Resumindo e concluindo, este ato tem a ver o respeito e dignidade conquistada pela Saïs Raïz Daula, General do povo, Umaro Sissoco Embaló. 

É salientar que, o Coordenador do MADEM-G15, Braima Camará também está na mesquita com o mesmo propósito, render última homenagem ao falecido.

É de informar que, o corpo do malogrado vai para Guiné-Bissau onde a cerimónia fúnebre será realizada.

Os meus pêsames nosso mano, que Deus lhe reserva um espaço importante na glória.




Fonte:  Mustafa Cassamá

Guiné-Bissau: Os nove estudantes guineenses que frequentavam a Universidade Internacional da África no Sudão já chegaram ao país sãos e salvos, após serem resgatados da zona de conflito armado que se regista no norte desse país africano.

 Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

Foram recebidos no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira pela Secretária de Estado das Comunidades, Salomé dos Santos, e pelo Diretor-Geral das Comunidades, Braima Mané.

A operação de resgate e evacuação dos nossos estudantes foi um trabalho conjunto dos Governos da Guiné-Bissau e do Senegal, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades. 

O Governo prontamente criou condições para o regresso ao país dos mesmos e enviou dinheiro para a alimentação dos estudantes durante o percurso. 

Em declarações à imprensa, o porta-voz dos estudantes não escondeu a alegria e satisfação de terem regressado ao país. Aproveitou também para, em nome dos colegas, agradecer os esforços e o apoio prestado desde o inicio  pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e a coordenação dos nossos Embaixadores na Arábia Saudita e na Etiópia.

A Secretária de Estado das Comunidades garantiu que o Governo vai dar todo o apoio necessário para a reintegração de cada um dos estudantes no país.

UNTG/ Sindicalistas denunciam “tentativa de sequestro” do Secretário-geral da organização

Bissau, 04 Mai 23 (ANG) - Os sindicatos filiais da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Central Sindical ( UNTG-CS) denunciaram esta quarta-feira, o que dizem ser “tentativa de sequestrro” ao  Secretário-geral da maior Central Sindical guineense, Júlio Mendonça, noticiou a Rádio Capital.

 Untg Untgcs  Os dirigentes sindicais e os seus delegados estão a posicionar-se em ordem de batalha atrás de Júlio António Mendonça, o líder que escolheram.☝

“A UNTG-CS tinha agendado uma manifestação no primeiro de Maio, mas, infelizmente, tivemos informações fidedignas em como havia  planos para sequestrar e espancar o Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné", revelou o sindicalista Seni Djassi, Porta-voz de Frente Comum dos Sindicatos do Setores de Educação, que considerou ainda "injusto" o que a UNTG-CS está a enfrentar.

De acordo com Malam Homi Indjai,presidente do sindicato de base dos funcionários do Ministério das Finanças, a UNTG-CS será assaltada brevemente, isto baseando nas informações que têm.

“Há membros do Governo que patrocinam um grupo contra a direção do Central Sindical”, acusou Homi Indjai.

“Queremos  chamar a atenção a alguns membros do atual Governo de que a UNTG-CS não é uma estrutura partidária. O  Secretário-geral da UNTG-CS é escolhido dentro do colégio de delegados indigitados pelas estruturas filiais da Central Sindical. O Conselho Central da UNTG-CS tem 150 membros permanentes, não se pode organizar um congresso sem a  maioria desses. Não vale a pena continuamos a ter este tipo de estado onde o tribunal decide e outro faz contrário”, refere o sindicalista.

Por sua vez, o porta-voz da Frente Social, Yoyo João Correia, disse que estão  perante um ataque com a pretensão de aniquilamento do  sindicalismo na Guiné-Bissau.

Correia pede união entre sindcalistas e diz tratar-se de um ataque frontal contra a democracia e a UNTG-CS.

“É de conhecimento de todos a história de carros que certos líderes sindicais receberam, outros  perderam congressos e recusaram entregar as chaves da sede. Atualmente pretendem assaltar o poder”, replicou.

Na semana passada, um grupo de sindicalistas liderado pelo ex-líder do Sindicato Democrático dos Professores, Laureano Pereira, realizou um  “congresso a margem da decisão do tribunal", que tinha dado improcedente o seu recurso.  O Grupo empossou Laureano como novo Secretário-geral da UNTG. 

ANG/JD/ÂC//SG



Governo e a União Europeia assinam acordo que suporta o programa multi-anual_2021 - 2027


A Guiné-Bissau e a União Europeia assinaram esta quinta-feira (04.05) convenções de financiamento, com objectivo primordial de assegurar a implementação do Programa Indicativo Multianual de 2021 a 2027. 

O documento incide sobre três áreas prioritárias de intervenção:  Desenvolvimento Humano, Economia Verde e Inclusiva, Boa Governação e Estabilidade. 

O acordo foi assinado pelo Ministro das Finanças, Ilídio Vieira TÉ e, pelo Embaixador da União Europeia na Guiné-Bissau, Artis Bertulis, embora, tinha sido assinado pelo Diretor Interino do INTPA, Sr. Hans Christian Stausboll.

Este programa irá suportar a implementação de ação para Cidades Verdes e Inclusivas, Economia Verdes Inclusivas, Educação e Empregabilidade dos Jovens, orçado em 38 milhões de euros.

©  Radio TV Bantaba  União Europeia e o Governo assinaram esta quinta-feira (4.5)  acordo do financiamento em duas áreas como Educação profissional e desenvolvimento Urbano, orçado em 38 milhões de euros.☝


Vladimir Putin voltou a trabalhar no Kremlin após ataque de 'drones'

© Getty Images

POR LUSA   04/05/23 

O Presidente russo, Vladimir Putin, regressou hoje ao trabalho no seu gabinete depois do ataque de 'drones' (aeronaves não tripuladas) contra o Kremlin, que aconteceu na noite de terça-feira, noticiou a imprensa internacional.

De acordo com a agência de notícias EFE, a televisão pública russa divulgou imagens de Putin numa reunião com o ministro da Economia da Rússia, Maxim Reshetnikov.

Quando o ataque aconteceu, o líder do Kremlin encontrava-se na sua residência de campo em Novo-Ogariovo, nos arredores de Moscovo, onde passa a maior parte do tempo.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, garantiu que o incidente não alteraria os planos do Presidente e que trabalharia hoje no Kremlin.

Peskov declarou que, em situações extremas, Putin sempre "mantém a serenidade, a concentração e a clareza nas avaliações e ordens que determina".

O Kremlin acusou hoje os Estados Unidos de estarem por trás de um ataque realizado pelos ucranianos ao Kremlin e de outros ataques ao território russo, mas Washington negou categoricamente qualquer envolvimento nestes atentados.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também negou qualquer ligação com o ataque ao Kremlin, referindo que Kiev só se defende e não tem como alvo o território russo.

Em 09 de maio, Putin presidirá na Praça Vermelha, conforme programado, o tradicional desfile militar por ocasião do aniversário da vitória sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial.

No entanto, no mesmo dia, o líder russo não participará na marcha popular que acontecerá nas ruas de Moscovo - na qual os russos carregam fotos dos seus familiares mortos na II Guerra Mundial - já que este evento [Regimento Imortal] foi cancelado por motivos de segurança.


Leia Também: Usar ataque como desculpa? Medvedev respondeu ao "velho tolo" Borrell

VOLODYMYR ZELENSKY: Rússia "está a tentar esconder a sua própria fraqueza"

© Artur Widak/NurPhoto via Getty Images

POR LUSA   04/05/23 

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu hoje no parlamento neerlandês que "nenhum agressor pensará agora que pode destruir os valores da Europa" e que a Rússia "está a tentar esconder a sua própria fraqueza".

"Estou grato porque alcançámos a maior unidade possível na Europa, com a qual sonhávamos há décadas, e isso não teria acontecido sem a ajuda dos Países Baixos e seus dirigentes", disse Zelensky perante os deputados, durante a sua visita aos Países Baixos.

Por essa razão, saudou que o país tenha "defendido a liberdade, o Estado de direito e a democracia", bem como "a Europa e o seu estilo de vida" ao ajudar a Ucrânia, invadida pela Rússia em fevereiro de 2022 e a travar, desde então, uma guerra contra a ocupação russa, que não tem poupado vidas e infraestruturas civis.

Zelensky agradeceu também "por Haia estar a tornar-se um eixo da justiça em nome de todos aqueles que sofreram uma agressão e outros crimes", referindo-se ao Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede naquela cidade e que está a investigar a perpetração de crimes de guerra na Ucrânia e emitiu um mandado de captura internacional para o Presidente russo, Vladimir Putin, e para a comissária russa para a infância, Maria Lvova-Belova, pelo sequestro de pelo menos 16.000 crianças ucranianas desde o início da guerra.

O chefe de Estado ucraniano sustentou igualmente que a cimeira da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) agendada para julho representa uma oportunidade para "cortar o oxigénio ao revanchismo russo de uma vez por todas" e que "está na altura de se sair da incerteza em matéria de segurança" na Europa.

"É absurdo deixar a Ucrânia fora do quadro jurídico do nosso território comum, que é a Europa", insistiu, antes de traçar um paralelo e dizer que "seria como deixar parte dos Países Baixos fora do âmbito jurídico do país, numa zona cinzenta".

Nesse sentido, pediu às autoridades neerlandesas que "tomem decisões importantes a nível estratégico para a segurança da Europa" e lembrou que "a defesa implica mais armamento".

"Queremos destruir a maldade destes Estados terroristas", prosseguiu, referindo-se às ações das tropas russas.

"Todas as semanas assistimos a algo terrível (...) Ocupações de centrais nucleares, lançamento de mísseis", descreveu, acrescentando que esses "atos vis devem fazer o país (a Rússia) perder".

Segundo Zelensky, "o Estado terrorista deve sentir que o mundo não quer sequer relacionar-se com ele", razão pela qual pediu mais sanções e mais isolamento para Moscovo, para "pressionar os seus cidadãos e fazer-lhes ver que é necessária uma mudança de regime do seu país".

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 435.º dia, 8.709 civis mortos e 14.666 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Ucrânia. Seis das oito novas brigadas estão "prontas" para contraofensiva

EUA envolvidos em ataque ao Kremlin? "Obviamente uma afirmação ridícula"

© Getty Images

Notícias ao Minuto   04/05/23 

O porta-voz do Kremlin acusou Washington de estar por trás de um alegado ataque ucraniano à presidência russa. A Casa Branca já reagiu: "Está a mentir".

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou que as acusações da Rússia sobre o envolvimento dos Estados Unidos num alegado ataque com drones ao Kremlin são uma "afirmações ridículas" e uma "mentira".

Em causa está o facto de o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ter afirmado que Washington está por trás do ataque e que "Kyiv está a fazer o que lhe foi dito para fazer". "Sabemos muito bem que as decisões sobre tais ações, sobre tais ataques, não são tomadas em Kyiv. São em Washington", disse o responsável russo. 

Questionado sobre as acusações de Peskov, John Kirby foi taxativo: "Eu diria apenas que o senhor Peskov está a mentir. Quero dizer, é obviamente uma afirmação ridícula. Os Estados Unidos não têm nada a ver com isto. Nem sabemos o que se passou. Mas posso assegurar-vos que os Estados Unidos não tiveram qualquer papel nisto". 

O porta-voz da Casa Branca assegurou ainda que o país "não apoia, não encoraja, ataques a líderes individuais". 

Sublinhe-se que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já garantiu que Kyiv não é responsável pelo alegado ataque. "Não atacámos nem Putin, nem Moscovo", asseverou, acrescentando que a Ucrânia está a "defender-se" e "apenas combate" no seu território.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 14 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


Leia Também: Kremlin? Kyiv "está a fazer o que lhe foi dito para fazer" pelos EUA

Rússia volta a atacar Kyiv com drones e mísseis iranianos

© Ukrainian servicemen use searchlights as they search for drones in the sky over the city during a Russian drone strike, amid Russia's attack on Ukraine, in Kyiv - GLEB GARANICH/REUTERS

POR LUSA  04/05/23 

O exército russo voltou a atacar esta madrugada Kyiv e arredores com drones de tipo "shahed", de fabrico iraniano, e que, segundo a Ucrânia, foram abatidos, disse o chefe da administração militar da capital, Serhiy Popko.

"Na madrugada de 03 para 04 de maio, o agressor voltou a atacar Kyiv com 'drones kamikaze' e mísseis, presumivelmente de tipo balístico. As forças de defesa aérea da Ucrânia abateram todos os alvos inimigos", afirmou Popko na plataforma Telegram.

"Esta é já a terceira vez que a capital é atacada nos primeiros quatro dias de maio. Desde o início do ano que a nossa cidade não sofria uma intensidade de ataques tão intensa", escreveu o militar.

Entretanto, um novo balanço dos ataques russos de quarta-feira contra a região de Kherson, no sul da Ucrânia, aumentou para 23, todos civis.

"Durante a agressão russa, 23 pessoas morreram, 46 - incluindo duas crianças - ficaram feridas", escreveu hoje no Telegram o chefe da administração militar da província de Kherson, Oleksandr Prokudin.

A Rússia atacou nesse dia 98 vezes os territórios de Kherson controlados por Kyiv, lançando 539 projéteis de artilharia pesada, foguetes, tanques, drones e aviões.

Na cidade de Kherson, ocupada pela Rússia no início da guerra e recapturada pelas forças ucranianas em novembro, o exército russo atacou a área da estação ferroviária, dois estabelecimentos comerciais, uma fábrica e um armazém de automóveis, segundo Prokudin.


Leia Também: Zelensky em Haia e vai reunir-se com representantes do TPI


Leia Também: EUA enviam ajuda militar a Kyiv no valor de 271 milhões de euros