domingo, 13 de abril de 2014
População da Guiné-Bissau vota para virar página dos golpes
Eleições marcam regresso a exercício democrático. PAIGC favorito nas legislativas, incerteza nas presidenciais. “As pessoas estão com receio” de repetição do golpe militar de há dois anos.
Já com o pensamento no “dia seguinte”, os guineenses votam hoje para escolher um novo Presidente da República e um novo Parlamento. A campanha decorreu de modo tranquilo, mas não afastou o receio de uma repetição do que aconteceu em Abril de 2012, quando um golpe militar interrompeu o processo eleitoral, antes da segunda volta.
As eleições assinalam o regresso à democracia, após o derrube do governo de Carlos Gomes Júnior, Cadogo. Para que a palavra fosse dada aos guineenses contribuíram a pressão internacional, o isolamento das autoridades pós-golpe e as dificuldades financeiras de um país em que as Forças Armadas têm sido instrumento de desestabilização.
Os maiores desafios chegarão quando forem conhecidos os resultados da vontade de 775 mil eleitores chamados a escolher entre 13 candidatos presidenciais e 15 partidos. A forma como os militares reagirem ao voto popular e a capacidade dos eleitos para gerirem equilíbrios internos e promoverem reformas, designadamente do aparelho militar, é determinante para o futuro próximo de um país que tem estado no mapa internacional por más razões – por ser frequente palco de violência político-militar, por ser plataforma do tráfico internacional de droga.
“As pessoas estão com receio de, a qualquer momento e à semelhança do que aconteceu a 12 de Abril, os militares poderem afastar a vontade popular”, confirma Luís Vaz Martins, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos.
Mais do que árbitro, decisor
O carácter parlamentar do regime faria pensar que são as legislativas as eleições verdadeiramente relevantes. Mas na Guiné-Bissau, como em outros países africanos, “o Presidente tem um papel decisivo em todas as questões importantes, mais do que árbitro é um decisor”, observa Eduardo Costa Dias, investigador do ISCTE-IUL (Instituto Universitário de Lisboa). O golpe de 2012, liderado por António Indjai, chefe das Forças Armadas, ocorreu precisamente antes da segunda volta das presidenciais, quando, após um triunfo na primeira volta, com quase 49%, tudo apontava para a eleição como chefe de Estado do então primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, Cadogo, então líder do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde).
Sem sondagens, sem forma de avaliar o modo como os guineenses encaram o golpe de 2012 e olham para as alternativas que lhes são apresentadas, é impossível fazer prognósticos. Mas, mesmo tendo partido tarde para a corrida eleitoral, por ter demorado a definir liderança e estratégia, seria uma surpresa – atendendo ao histórico – se as legislativas não fossem ganhas pelos “libertadores”. Nas anteriores legislativas, em 2008, o PAIGC conseguiu 49,52% e elegeu 67 dos cem deputados.
Confirmando-se um triunfo do antigo partido único, o próximo primeiro-ministro será o recém-eleito líder, Domingos Simões Pereira, DSP, antigo secretário executivo da CPLP (Comunidade dos País de Língua Portuguesa). Pereira já procurou tranquilizar a desconfiança da cúpula militar e anunciou que não haverá “caça às bruxas”. Terá confidenciado em círculos privados o desejo de formar um governo que inclua outras forças partidárias, e de – mesmo sem António Indjai, indiciado pelos EUA por tráfico de droga – manter a chefia militar em mãos balantas, a principal etnia do país, com grande peso nas Forças Armadas.
A outra grande força política guineense é o PRS (Partido da Renovação Social), que há seis anos elegeu para o Parlamento cessante 28 deputados conseguidos com 25,21% dos votos. É agora liderado por Alberto Nambeia e estava já antes da morte Kumba Ialá, a ensaiar, pela primeira vez, um caminho sem o seu fundador e mais carismática figura.
Incógnita presidencial
O desfecho eleitoral parece mais incerto na corrida presidencial, em que pela primeira vez não participam candidatos que tenham sido “combatentes da libertação do país” – a independência foi proclamada em 1973, ainda antes do 25 de Abril.
Os apoios que reúnem e a dinâmica das suas campanhas fazem com que quatro dos candidatos sejam encarados como os que mais probabilidades parecem ter de passar a uma previsível segunda volta: João Mário Vaz, do PAIGC; Abel Incada, que corre pelo PRS; Nuno Nabiam, independente apoiado por Kumba, e ao qual são atribuídas ligações à cúpula militar; e Paulo Gomes, economista que foi administrador do Banco Mundial para a África Subsariana e tem o apoio de pequenos partidos e intelectuais. A tardia entrada em cena dos concorrentes “oficiais” permitiu aos dois independentes, que há meses estão no terreno, ambos com importantes meios, somarem apoios que podem revelar-se decisivos.
Mundo/noticia
sábado, 12 de abril de 2014
ELEIÇÕES 2014: ENG.º NUNO GOMES NA BIAN REFORÇA QUE VAI INCENTIVAR FORMAÇÃO DUM GOVERNO DE UNIDADE NACIONAL
O candidato independente às eleições Gerais de 13 de Abril, Nuno Gomes Na Bian, disse que caso seja eleito Presidente da República vai incentivar formação dum Governo Unidade Nacional, onde todos vão participar.
«Com Nuno Gomes Na Bian como Presidente da República, vamos incentivar no sentido de partido ganhador formar um Governo de unidade nacional, onde tomarão parte todos os filhos da Guiné-Bissau, porque nenhum partido pode governar sozinho neste país», referiu o candidato, dizendo que a administração pública guineense está desorganizada e frisando as dificuldades no atendimento de pacientes no sistema sanitário do país.
«Para que haja desenvolvimento temos que ter bons alunos e bons professores», defendeu Gomes Na Bian, referindo-se ao Ensino no país.
O candidato a Chefe de Estado disse que, se for eleito, vai trabalhar em pareceria com o Governo que sairá do escrutínio de 13 de Abril, de forma a travar a realidade vigente no país.
Em termos de governação, Nuno Gomes Na Bian disse que, com a sua eleição ao mais alto cargo da magistratura guineense, vai executar uma Presidência aberta a todos sem distinções da cor, etnia ou religião.
«A partir do dia 13 de Abril vocês têm responsabilidade nas vossas mãos para mudar tudo neste país. Não podemos continuar a ver falta de escolas, falta de luz eléctrica, falta de estradas», defendeu. IBD
http://bambaramdipadida.blogspot.com/2014/04/eleicoes-2014-eng-nuno-gomes-na-bian.html
ONU Nigerianos dominam lista de filantropos africanos
Os nigerianos dominam a lista dos dez principais filantropos de África, com metade dos integrantes, à frente dos sul-africanos e do único zimbabuano, mas o principal contribuinte é da África do Sul, revelou a Organização das Nações Unidas (ONU).
A listagem foi estabelecida pela agência da ONU para os Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em Inglês), com base em informação da revista Forbes e do sítio na internet de informação de negócios AFK Insider, que apurou um total anual de sete mil milhões de dólares (cinco mil milhões de euros) de ajuda filantrópica em África.
François van Niekerk, fundador do Mertech Group, é o maior filantropo africano conhecido, deu 70% dos seus ativos, num total estimado de 170 milhões de dólares, à sua fundação Mergon, que atua nas áreas da educação, formação e saúde.
O segundo maior filantropo, Allan Gray, também é sul-africano e proprietário da empresa homónima de gestão de investimento. A sua fundação Allan Gray Orbis foi dotada de 150 milhões de dólares, com que financia, designadamente, bolsas a estudantes do ensino superior.
O primeiro nigeriano, Theophilus Danjuma, presidente da South Atlantic Petroleum, surge em terceiro lugar, ao financiar a sua fundação TY Danjuma com 100 milhões de dólares, com que financia ações na educação, saúde e pobreza, entre outras áreas.
O homem mais rico do Zimbabué, Strive Masiyiwa, fundador da Econoet Wireless, é o oitavo da lista, e tem ações de filantropia um pouco por toda a África. Em 2012 criou um fundo com 6,4 milhões de dólares, para financiar os estudos de 40 estudantes e também apoia organizações de apoio a órfãos no Zimbabué.
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/202723/nigerianos-dominam-lista-de-filantropos-africanos
A listagem foi estabelecida pela agência da ONU para os Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em Inglês), com base em informação da revista Forbes e do sítio na internet de informação de negócios AFK Insider, que apurou um total anual de sete mil milhões de dólares (cinco mil milhões de euros) de ajuda filantrópica em África.
François van Niekerk, fundador do Mertech Group, é o maior filantropo africano conhecido, deu 70% dos seus ativos, num total estimado de 170 milhões de dólares, à sua fundação Mergon, que atua nas áreas da educação, formação e saúde.
O segundo maior filantropo, Allan Gray, também é sul-africano e proprietário da empresa homónima de gestão de investimento. A sua fundação Allan Gray Orbis foi dotada de 150 milhões de dólares, com que financia, designadamente, bolsas a estudantes do ensino superior.
O primeiro nigeriano, Theophilus Danjuma, presidente da South Atlantic Petroleum, surge em terceiro lugar, ao financiar a sua fundação TY Danjuma com 100 milhões de dólares, com que financia ações na educação, saúde e pobreza, entre outras áreas.
O homem mais rico do Zimbabué, Strive Masiyiwa, fundador da Econoet Wireless, é o oitavo da lista, e tem ações de filantropia um pouco por toda a África. Em 2012 criou um fundo com 6,4 milhões de dólares, para financiar os estudos de 40 estudantes e também apoia organizações de apoio a órfãos no Zimbabué.
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/202723/nigerianos-dominam-lista-de-filantropos-africanos
Autoridades sanitárias da Guiné-Bissau avançam com plano de prevenção do vírus do Ébola
Governo ainda não decidiu fechar as fronteiras mas avança com medidas preventivas.
As autoridades sanitárias da Guiné-Bissau puseram em acção um plano de prevenção e resposta contra a doença provocada pelo vírus do Ébola, que já vitimou dezenas de pessoas na vizinha República da Guiné.
Bissau em prevenção contra o Ébola
Orçado em cerca de 170 mil dólares americanos, o plano inclui a activação de equipas de triagem sanitária no aeroporto e nos diferentes postos fronteiriços com a Guiné-Conakri, conforme disse à VOA Cristóvão Majuba, director de Serviços de Doenças Transmissíveis e não Transmissíveis do Ministério da Saúde Publica, em Bissau.
Questionado sobre o facto de as fronteiras se manterem abertas, ao contrário de outros países vizinhos da República da Guiné, Cristóvão Majuba, que relega essa responsabilidade para o Governo, mas diz que as medidas tomadas controlam os movimentos perto das fronteiras.
As autoridades guineenses dispõem já de alguns medicamentos sintomáticos para eventuais contágios e máscaras para o pessoal de saúde que venham a ser eventualmente afectados à luta contra o vírus da ébola.
VOA
HAPPY 35TH BIRTHDAY DJARA SONCO IYERE
Money can buy designer clothes, luxury homes, expensive cars,
lavish holidays and the lifestyle of the royals. But all that is useless
without the love of an honest and beautiful queen. Thank you for being the
queen in my life. Happy Birthday MY QUEEN!!!
DJARA SONCO IYERE |
segunda-feira, 7 de abril de 2014
Nigéria supera África do Sul e assume-se líder da economia Africana
Apesar da falta de infraestruturas e de boa governação, a Nigéria supera a África do Sul e assume-se líder da economia africana
Bissau (GBissau, 7 de Abril de 2014) – A Nigéria tornou-se na primeira economia africana, ultrapassando a África do Sul com um Produto Interno Bruto (PIB) de 510 mil milhões de dólares em 2013, de acordo com fonte oficial nigeriana.
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segunda-feira, abril 07, 2014
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sábado, 5 de abril de 2014
Kumba Yala, a biografia de um político com história
Kumba Yala
Kumba Yala envergava um sentimentalismo nacionalista, que em várias ocasiões sugeria outras interpretações e compreensões, ao ponto de muitos o considerarem uma figura controversial.
O antigo Presidente da República, Kumba Yala, morreu no princípio da madrugada de hoje em Bissau. A notícia apanhou os guineenses de surpresa, já que aparentemente Yala patenteava um aspecto físico razoável, tanto assim que estava envolvido na campanha eleitoral ao lado do candidato independente Nuno Gomes Nabian.
Os restos mortais do malogrado encontram-se na morgue do hospital militar, enquanto se espera da decisão do Governo sobre a data para a realização de cerimónias fúnebres.
Kumba Yala era o líder fundador do Partido da Renovação Social (PRS), criado em 1992 quando deixou de pertencer à Frente Democrática Social, partido onde ocupava o cargo de vice-presidente.
Do seu percurso político, consta que Kumba Yala foi dos mais espontâneos políticos da oposição. Experimentou a maior parte da sua formação política no PAIGC.
Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras na Universidade Clássica de Lisboa, cidade onde fez o Curso de Teologia na Universidade Católica, Kumba Yala envergava um sentimentalismo nacionalista, que em várias ocasiões sugeria outras interpretações e compreensões. Por isso, alguns o consideravam como uma figura controversial.
Assumiu o destino do país em 2000, após a queda de Nino Vieira, afastado do poder em consequência do conflito militar liderado por Ansumane Mané.
Yala exerceu a sua magistratura até 2003, quando foi afastado por um golpe militar, liderado pelo então chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, Veríssimo Correia Seabra, morto dois anos depois pelos seus camaradas de armas.
Desde ai, mesmo com o asilo em em Marrocos, Kumba Yala, ou Mohamed Yala, tal como foi baptizado em 2005 por se ter convertido ao islão, participou em todas as disputas eleitorais como candidato presidencial.
Em Dezembro, passado renunciou a liderança do seu partido, PRS, e anunciou a sua retirada da vida política activa:
No dia seguinte dizia aos guineenses que ia apoiar o candidato Nuno Gomes Nabian e o fez. De lado a lado, percorreram o país nesta presente campanha eleitoral.
O ex-presidente da República morreu nos primeiros minutos de hoje, 4,na clínica do seu médico pessoal e sobrinho. Segundo o médico, Kumba Yala lhe disse, antes do seu último suspiro, para que queria ser sepultado “só após o anúncio da vitória do candidato Nuno Gomes Nabian nas presidenciais de 13 de Abril”.
Quem está interessado na desgraça do povo guineense ??
BLOG: "DOKA INTERNACIONAL"
PROFISSIONAIS DA DESINFORMAÇÃO DO INCITAMENTO À SUSPEIÇÃO E À DESESTABILIZAÇÃO MORAL DE UMA POPULAÇÃO.
BLOG: "DITADURA DO CONSENSO"
Fonte: bissauresiste.blogspot.com
OPINIÃO: LANTE NDAN NÃO MORRE, PORÉM, SE DEITA PARA DESCANSAR
Diz-se, jamais os seres humanos se conformarão ou se acostuma com a morte, pois, não foram criados para ter esse fim, apesar de antecipadamente, terem consciência desse seus fim, e de há muito tempo estar à lidar com ela (morte).
Faleceu Dr. Koumba Yalá, antigo presidente da República da Guiné-Bissau. Aliás, partiu para o destino posterior de vida de todos seres humano, apesar de um modo não muito comum, mas, deixou corações magoados dos familiares, amigos, etc…
Segundo testemunhou Dr. Martinho Cobdé Nhanca Ialá, sobrinho e médico pessoal do Ex-Presidente:
“Os ponteiros do meu relógio que estava afixado numa das paredes que contornam a minha sala de visita, indicavam zero horas e alguns minutos, foi quando inesperavelmente tocou o meu celular. Atendi, era Dr. Koumba, depois de tomar banho, ao chegar de uma longa viagem, depois de um comício no sul de pais, com o candidato independente às eleições presidencial, à que apoia, Eng°. Nuno Gomes Nabiam. Me anunciou que sabia que vai morrer, por isso, queria morrer na minha casa, sendo filho mais velho, assim poderei cuidar dos mais novos. Entretanto, respondi que estarei lhe esperando em casa.
Minutos depois, senti alguém na porta, não hesitei, deduzi logo que era Dr. Koumba. Abri a porta. Entrou, e lhe perguntei, mas o que está havendo, por me fez anuncio da sua morte?
Respondeu me: “nada, chegou a minha vez, vou atender ao chamado do SENHOR, portanto, vou lhe recomendar sobre como pretendo que tratem o meu corpo e como devem me render as últimas homenagens.”
Pediu que realizemos as cerimônias fúnebres após o anúncio dos resultados finais das eleições gerais, para não paralisar o pais, nem por um segundo, e interromper o processo de eleição geral, já em curso, pois, Eng.° Nuno Gomes Nabiam será o grande vencedor da mesma.
E, ironicamente, lhe perguntei se o Eng°. Nuno vier a sair derrotado?
Respondeu que o Eng.° Nuno vai ganhar para Guiné-Bissau, assim como qualquer outro candidato, pelo que, nenhum guineense sairá derrotado com esse processo eleitoral. Portanto Nuno nunca será derrotado.
Também, me solicitou que depois de dar o banho no seu cadáver para sepultura, primeiramente quer que lhe coloque o seu Barrete Vermelho, pois já sou homem grande.
Respondendo me, após lhe perguntar onde prefere que seja a sua última morada (na sua casa, aldeia, etc.…), disse que preferiu ser sepultado na sua aldeia natal, Bicon, na cidade de Bula, região de Cacheu. Ainda me salientou que se alguém viesse a sugerir outro lugar, sob pretexto que ele foi presidente da República da Guiné-Bissau, podemos deixar.
Depois de termos essa conversa, menos de cinco minutos morreu.”
Contudo, foste cedo e muito repentino, sem se despedir, deixando saudades e perdas incomensuráveis ao seu povo e à sua pátria.
As memorias da fase da minha infância, que ainda são vivas na minha mente, lembro dessa figura de pequena porte, simples, conhecida e respeitada como grande líder ousado, que ambulava no Bairro de Míssira, concretamente em Nghala. Ora na sede, ora na feira do meu tio Cundoc, ora no campo de Cundoc, ora no beco de Sucnandaké, ao lado da nossa casa, ora no campo de bairro d’ajuda, e enfim.
Foi grande estadista, ativista e combatente da democracia guineense, do seu jeito humilde, simples e frontal. Com muita coragem e abnegação pelas causas nacionais, lutou incansavelmente contra qualquer tipo de jugo e exploração contra o seu povo e sagrados valores da democracia, que lhe fez destacar de forma impar como lendário político populista e combatente da liberdade e democracia na Guiné-Bissau.
Hoje apartou-se das nossas vistas e das nossas convivências, porém, permanecerá indelevelmente nas nossas memorias, assim como, as suas marcas emblemáticas e incontornáveis de humildade, simpatia e alto espirito de patriotismo.
Dr. Koumba Yalá, Cobdé Nhanca, obrigado por tudo que fez em prol do desenvolvimento da nossa querida e amada pátria, Guiné-Bissau.Pêsames à toda família enlutada.
"Lanti ndan wot ma lod, a ma ringui a iab. Lanti ndan(Koumba) iab a fiab nin nghala" – (na língua balanta significa, o homem adulto não morre, porém, se descansa. Koumba descanse na paz de DEUS.)
“Un dia no kabas na sabi, nona kume toku no limbi mon”
Nataniel Sanhá (Velho Nael)
Fonte: IBD
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Morreu o antigo Presidente da Guiné-Bissau Kumba Ialá
O antigo Presidente da Guiné-Bissau Kumba Ialá morreu nesta sexta-feira, aos 61 anos, poucos meses depois de ter renunciado à vida política activa.
O governante terá morrido na sequência de uma paragem cardíaca e os seus restos mortais estão em câmara ardente no Hospital Militar de Bissau, adiantou à RDP África fonte da família. Os familiares e amigos de Kumba Ialá já estão a dirigir-se para a sua residência privada, segundo a mesma fonte.
Kumba Ialá renunciou à vida política activa em Janeiro deste ano, anunciando nessa altura que apoiava o candidato independente às eleições presidenciais do país, Nuno Nabian. "Agora que me despeço não da política, mas de disputas e mandatos de cargos eleitorais, realço que não é necessário, que não é preciso, ter cargos para exercer a cidadania activa", disse então, na conferência de imprensa em que anunciou a sua decisão.
O antigo presidente esteve à frente do país entre 2000 e 2003, tendo saído do cargo na sequência de um golpe de Estado militar. Foi também fundador do Partido da Renovação Social, na década de 1990, e convertera-se há poucos anos ao islamismo, passando a chamar-se Mohamed Ialá Embaló. Estudou Teologia e Filosofia na Universidade Católica de Lisboa e, mais tarde, Direito em Bissau. Além de falar português, crioulo, espanhol, francês e inglês, lia latim, grego e hebraico.
http://www.publico.pt/mundo/noticia/morreu-o-antigo-presidente-da-guinebissau-kumba-iala-1630978?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoRSS+%28Publico.pt%29
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sexta-feira, abril 04, 2014
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Exclusivo: Morreu ex-presidente da Guiné-Bissau Kumba Ialá
DW.COM Autoria Braima Darame (Bissau) / Lusa
O ex-Presidente da Guiné-Bissau morreu por volta das três da manhã, hora de Bissau, devido a uma crise cardíaca, segundo fontes familiares. O Governo de transição propõe que sejam decretados três dias de luto nacional.
A morte de Kumba Yalá, de 61 anos, apanhou toda a gente de surpresa. O político guineense sentiu-se mal quando regressou a Bissau na quinta-feira (03.04), depois de ter participado, no sul do país, numa acção de campanha de Nuno Nabiam (às vezes também escrito "Nabian"), candidato independente à presidência da Guiné-Bissau.
Em memória do antigo chefe de Estado, o Governo de transição propõe decretar três dias de luto nacional, adiantou o ministro da Função Pública, Aristides Octante da Silva, após uma reunião de emergência do Conselho de Ministros.
Várias fontes familiares referiram esta manhã aos jornalistas, à porta da residência de Kumba Ialá, no Bairro Internacional, em Bissau, que o ex-presidente morreu devido a uma crise cardíaca.
Sem adiantar mais informações sobre as causas da sua morte, o médico que o assistiu, Martinho Nhanca, disse apenas que Kumba Ialá "pediu para ser sepultado só depois da vitória de Nuno Gomes Nabiam", candidato presidencial que apoiava na campanha para as eleições de 13 de abril.
O corpo do ex-Presidente da República e fundador do Partido da Renovação Social (PRS) encontra-se na morgue do Hospital Militar em Bissau sob vigilância de militares.
Na manhã desta sexta-feira (04.04.), militares patrulhavam as ruas de Bissau, controlando veículos em andamento pelas principais artérias. Algumas discotecas foram fechadas pelas forças de segurança como forma de precaução.
Morte de Ialá a dez dias das eleições
A morte de Kumba Ialá acontece a menos de dez dias da realização do pleito e em plena campanha eleitoral. José Ramos-Horta, representante da ONU em Bissau, pediu já para que não haja nenhum aproveitamento político da morte do antigo Presidente.
O corpo de Kumba Ialá encontra-se na morgue do Hospital Militar em Bissau, sob vigilância de soldados
"É preferível que ninguém politize a morte de Kumba", disse Ramos-Horta, acrescentando que o antigo chefe de Estado “deve ser sepultado com toda a dignidade e respeito“, acrescentou. Por outro lado, considerou que "os vivos devem continuar a fazer a campanha como melhor entenderem.”
Ovídio Pequeno, representante residente da União Africana (UA) no país, não espera distúrbios durante o processo eleitoral com a morte do eterno líder dos renovadores guineenses. “Espero que, de facto, não se aproveitem desta situação para poderem criar perturbações ao processo eleitoral”, afirmou.
O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Murargy, também apelou aos guineenses que mantenham a calma após a morte do antigo Presidente. "Encorajamos os guineenses a irem a votos com a consciência tranquila e dever cumprido", disse à agência de notícias portuguesa
“Tudo na vida tem o seu tempo”
Kumba Ialá, que fez 61 anos no passado dia 15.03, abandonou a vida política ativa no início do ano, dizendo na altura que "tudo na vida tem o seu tempo". Porém, Ialá estava a apoiar a candidatura independente de Nuno Nabiam à Presidência da República na campanha para as eleições gerais, marcadas para 13 de abril.
O homem do barrete vermelho recorreu a várias citações da Bíblia para argumentar que chegara a hora de deixar o seu lugar a outros, não deixando de parte a ideia de que poderia vir a ser “senador da República”.
Na política guineense durante duas décadas, Kumba Ialá fundou o PRS e ocupou o cargo de Presidente da República entre 2000 e 2003, tendo sido afastado por um golpe militar.
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sexta-feira, abril 04, 2014
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domingo, 30 de março de 2014
Presidente da Comissão da CEDEAO saúda sucessos da organização
Kadre Désiré Ouédraogo |
"As nossas populações e os amigos da região e de África, apesar das cenas horríveis no norte do Mali, lembrar-se-ão sempre do apoio internacional massivo que puderam reunir para rejeitar esta situação inaceitável'', disse Ouédraogo sexta-feira durante a cerimónia de abertura da cimeira dos chefes de Estado e de Governo da CEDEAO.
''Sobre o que aconteceu no Mali em 2013, a posteridade vai reter também que, apesar da obstrução à lei e à ordem provocada pelo aventurismo político de alguns, a realização de eleições presidenciais e legislativas no Mali é uma boa lição de prática democrática sã'', acrescentou.
Ele felicitou igualmente os dirigentes oeste-africanos pelos sucessos registados no Mali, afirmando que a restauração da estabilidade e da democracia tornou-se possível graças à ''vossa visão política clara e à implicação direta na implementação de decisões audaciosas".
Ele sublinhou os "esforços políticos, diplomáticos e militares sem precedentes'' para resolver a crise na Guiné-Bissau, um país que vai organizar eleições presidenciais em abril para restabelecer a democracia depois do golpe de Estado militar de 2012.
O presidente da Comissão da CEDEAO indicou que a região não deve estar satisfeita destes sucessos, mas permanecer vigilante face aos novos desafios.
http://www.panapress.com/Presidente-da-Comissao-da-CEDEAO-sauda-sucessos-da-organizacao--3-903459-47-lang4-index.html
Bissau lançam marca de produtos agrícolas
Uma associação de camponeses na Guiné-Bissau lançou hoje uma marca de produtos agrícolas e florestais intitulada "Sabores da Tabanca", criada com apoio financeiro da União Europeia (UE), anunciou a delegação da UE em Bissau.
O projeto nasceu com a construção de 30 unidades de transformação agroalimentar nas tabancas (aldeias) da Região de Oio, no centro da Guiné-Bissau, e geridas pelas mulheres camponesas.
A castanha de caju, sumo de caju, manga fresca e também transformada em compota, são alguns dos exemplos de produtos escoados através de um canal de distribuição que chega a Bissau e hoje apresentados em Djalicunda.
Espera-se que a transformação agroalimentar tenha grande impacto na região, porque "permite reduzir as perdas dos produtos agrícolas e florestais", evitando problemas periódicos de escassez de alimentos, e "favorece a criação de empregos", destaca a UE em comunicado.
O objetivo do projeto é ambicioso: envolver 600 camponeses de 30 tabancas da região, criar cerca de 180 empregos para mulheres e jovens e garantir o funcionamento efetivo de um centro de experimentação e controlo de qualidade.
Num país em que a agricultura ainda funciona de forma rudimentar e sobretudo para subsistência das comunidades, a UE pretende promover a mecanização do transporte das produções agrícolas e abrir novos circuitos comerciais.
O projeto intitulado "Melhoria da Segurança Alimentar, Promoção Económica das Fileiras Agrícolas e Florestais", tem três anos de duração e um financiamento a rondar 633 mil euros, cofinanciado a 89% pela UE e a 11% pelos parceiros de implementação - Federação Camponesa KAFO Djalicunda, Agência Francesa de Desenvolvimento e Comité Francês para a Solidariedade Internacional.
sábado, 29 de março de 2014
Candidato Nuno Nabiam quer mudar imagem externa da Guiné-Bissau
Engenheiro formado na Rússia em aviação civil, Nuno Gomes Nabiam, de 50 anos, é candidata-se como independente, mas com apoio de uma das alas do Partido da Renovação Social (PRS), a segunda maior força política da Guiné-Bissau.
O presidente da Agência de Aviação Civil, até aqui um desconhecido na cena politica guineense, está a ser orientado pelo antigo Presidente do país Kumba Ialá, fundador do PRS.
Segundo Nuno Nabiam, Kumba Ialá, que classifica como “um político incontornável no sistema político da Guiné-Bissau” entendeu que “é hora de dar oportunidade aos jovens, para criar uma certa dinâmica na governação”. Sublinha ainda que “o país só tem a ganhar com isso”.
O apoio de Kumba Ialá, que faleceu poucos dias antes da primeira volta, a Nuno Nabiam é uma indicação clara de que o PRS enfrenta divisões profundas, já que a cúpula partidária já apontou um outro candidato, na figura do empresário Abel Incada.
Mudar imagem da Guiné-Bissau
Nuno Nabiam apresentou-se no dia 25 de março como candidato às eleições presidenciais de 13 de abril como forma de ajudar a “mudar a imagem e estabilizar o país”, que, acrescentou, tem sido destruído por conflitos políticos e armados desde a independência até hoje.
“Depois da independência, houve muitas perturbações a nível da governação. O país está onde está hoje por causa da instabilidade, o que não ajudou de forma alguma ao desenvolvimento do país. E foi isso que me motivou a candidatar-me”, explicou.
Assume-se como um “candidato de consenso”, que “poderá de facto juntar a família guineense” e que vai apostar no saber para que a Guiné-Bissau possa sair da situação em que se encontra”.
O candidato disse que pode ajudar a criar um clima de entendimento com o Governo, promover o desenvolvimento e ainda dar as condições de base, nomeadamente água potável, energia eléctrica da rede pública, saúde e educação. Se ganhar as eleições, afirma que a sua prioridade será “trabalhar com o Governo que sair das eleições legislativas”, concentrando-se então “nos aspectos fundamentais do desenvolvimento”.
Remodelação militar
Nuno Nabiam disse que conta com o apoio de uma grande franja dos jovens e mulheres para ser eleito "próximo Presidente" da Guiné-Bissau, acrescentando que espera também o voto de António Indjai, actual chefe das Forças Armadas, que conhece desde os tempos me que ambos eram estudantes em Kiev.
Sobre as remodelações das chefias militares que muitos defendem com o mais ideal para a estabilização do país, Nuno Nabiam defende um modelo diferente. “A reforma não é só do setor de defesa e segurança. Tem de ser a todos os níveis”, sublinhou, defendendo que a remodelação das chefias militares “tem de ser bem pensada”.
Caso seja eleito presidente, promete recuperar os princípios e valores da sociedade guineense, para construir um Estado que proteja os interesses e os ideais dos seus cidadãos.
Água de alto risco na G-Bissau
Na Guiné-Bissau, as crianças morrem por beber água contaminada com fezes. Num país em que quatro em cada cinco pessoas não têm acesso a redes de distribuição de água, proliferam as doenças hídricas, a maioria mortais.
A malária é a principal causa de morte, sobretudo em crianças - as mais vulneráveis -, mas há também doenças gastrointestinais (diarreias) e doenças do foro respiratório, resultantes da falta de higiene. E 90% dos casos de diarreia acontecem em crianças até aos 15 anos, sobretudo em Junho, no início da época das chuvas. As raparigas são mais afectadas do que os rapazes - e uma em cinco crianças morre da doença.
“Esta realidade não tem sido percebida quer pelas ONG que operam no país, quer pela UNICEF, quer pela Organização Mundial de Saúde, que continuam a 'tapar buracos', em vez de ir ao fundo da questão”, denuncia Adriano Bordalo e Sá, que investigou durante sete anos as condições de acesso a água das populações na Guiné-Bissau. O professor de Hidrobiologia no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto acusa as organizações internacionais de promoverem sobretudo “ajuda de emergência” e não resolverem os problemas em si.
Na sua investigação, desenvolvida no país entre 2006 e 2013 em mais de 300 poços, Adriano Bordalo e Sá percebeu que um dos principais problemas a resolver é a elevada contaminação dos poços, onde as pessoas, sobretudo mulheres e crianças, vão buscar água - e que considera serem “presentes envenenados” das organizações internacionais.
“Oficialmente, 72% da população da Guiné tem acesso a água melhorada, mas isso refere-se apenas à infra-estrutura. Ou seja, considera-se melhorada quando o tambor metálico que envolve o poço é substituído por um murete em tijolo e tem à volta uma plataforma em cimento. Mas, incrivelmente, não são feitas quaisquer análises à água”, explica o investigador.
Água ácida
Por outro lado, a água tem níveis de acidez bastante elevados. “Na Guiné, a terra vermelha está impregnada de sulfureto de ferro que, em contacto com a chuva, se transforma em ácido sulfúrico e isso torna a água extremamente ácida”, adianta. Mas não só. Há ainda os níveis de contaminação fecal: 80% destes poços estão contaminados.
A contaminação começa com a retirada da água dos poços com baldes, puxados por cordas. Baldes que estiveram no chão, em contacto com as fezes que proliferam junto aos poços cavados à mão. “Como a água está a uma temperatura de 30 graus, as bactérias desenvolvem-se e multiplicam-se”, diz Bordalo Sá.
Também é comum haver latrinas e terrenos com animais junto a estas infra-estruturas: “Quando chove, estes contaminantes infiltram-se na terra até aos 20 metros de profundidade”. Precisamente a profundidade que têm os poços. E há ainda o transporte lateral de contaminantes, uma vez que os aquíferos estão todos ligados.
As crianças até aos 15 anos são as mais afectadas pelas doenças relacionadas com a falta de água potável - elas, além das mulheres, têm a responsabilidade de ir buscar água para a família.
Furos de profundidade
A solução seria abrir, em vez de poços, furos pelo país. “Os furos são bastante mais profundos. Atingem os 600 metros e, por isso, chegam aos aquíferos de profundidade”, que não estão contaminados e cuja água é alcalina. Estão protegidos por argila e, por terem uma placa sedimentar com dezenas de metros, composta por cascas de bivalves, contêm carbonato de cálcio que protege os dentes. Mas “estes furos, equipados com bombas solares, são mais caros do que os poços. As organizações não investem neles”, nota o hidrobiólogo.
Quando a água não vem contaminada do poço, acaba por ficar em casa. Num país em que uma família soma em média 13 elementos, cada pessoa consome 21 litros de água por dia (em Portugal, por exemplo, essa média ronda os 120 litros e, em África, os 50 litros).
Em casa, o líquido azul é mantido em potes de barro para arrefecer. Mas cada elemento da família mergulha a caneca em inox nesse pote, contaminando a água. O arroz, base da alimentação no país, é cozinhado com essa água, resultando muitas vezes em doenças como a cólera. Até porque o arroz é comido à mão por todos. E, nota Adriano Sá, a população considera “a cólera obra do diabo e não a relaciona com o consumo de água contaminada”.
Outra das questões levantadas pelo estudo do professor de Hidrobiologia é a relação entre o período das chuvas, sobretudo Agosto, e o pico de doenças como a malária, uma vez que o mosquito da doença eclode na água.
Para piorar a situação, a maioria dos hospitais distritais, mesmo aqueles que realizam partos e pequenas cirurgias, não têm água canalizada. A Guiné-Bissau é um dos países com as mais elevadas taxas de mortalidade de grávidas e parturientes do mundo. No que diz respeito à mortalidade infantil, o cenário é aterrador: a taxa de mortalidade infantil na Guiné-Bissau é de 120 a 243 por cada mil (consoante os critérios). Noutro PALOP, Moçambique, a mesma taxa é de 77 por cada mil. Em Portugal é 3 por mil.
Falta de acesso ao sistema de saúde
O sistema de saúde, num país em que apenas 1% do PIB é investido nesse sector, não é favorável. Até recentemente existiam apenas cem médicos em todo o país, concentrados sobretudo em Bissau. Há cerca de dois anos, saíram, para o interior, mais 88, formados por médicos de Cuba, mas os meios continuam a ser escassos e não há ambulâncias.
E na Guiné, onde a maioria da população ganha cerca de 80 cêntimos por mês, há o princípio de que a saúde deve ser paga, até mesmo pelas crianças. “Em 1987, na sequência da guerra civil que destruiu quase todas as infra-estruturas do país, a UNICEF convenceu a OMS e o FMI a ajudar o país e criaram essa regra, que acabou por afastar a maioria das pessoas do sistema de saúde”, lamenta Bordalo Sá.
(Sónia Balasteiro)
http://bissauresiste.blogspot.com/2014/03/agua-de-alto-risco-na-g-bissau.html
Comunidade internacional avisa que não aceita agressões a candidatos da Guiné-Bissau
A comunidade internacional reuniu-se hoje com o presidente de transição da Guiné-Bissau para dirigir um aviso aos militares do país: as agressões ocorridas a um candidato a deputado são um ato "inaceitável", referiu José Ramos-Horta, representante das Nações Unidas.
"É um ato totalmente inaceitável para o secretário-geral das Nações Unidas e para o Conselho de Segurança", que está a seguir a situação atentamente, sublinhou Ramos-Horta, numa declaração subscrita pelos restantes representantes das organizações internacionais presentes na reunião.
Aquele responsável falava no final do encontro no Palácio da Presidência em que participaram também a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), União Africana (UA), Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e União Europeia (UE).
http://noticias.sapo.pt/internacional/artigo/comunidade-internacional-avisa-que-nao-aceita-agressoes-a-candidatos-da-guine-bissau_17492687.html
"É um ato totalmente inaceitável para o secretário-geral das Nações Unidas e para o Conselho de Segurança", que está a seguir a situação atentamente, sublinhou Ramos-Horta, numa declaração subscrita pelos restantes representantes das organizações internacionais presentes na reunião.
Aquele responsável falava no final do encontro no Palácio da Presidência em que participaram também a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), União Africana (UA), Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e União Europeia (UE).
http://noticias.sapo.pt/internacional/artigo/comunidade-internacional-avisa-que-nao-aceita-agressoes-a-candidatos-da-guine-bissau_17492687.html
"República di mininos" pede Agenda Nacional para a Criança na Guiné-Bissau
Crianças e os jovens guineenses apresentaram hoje um Manifesto intitulado "Porque a Nossa Voz Conta: Unam-se pela Criança".
O documento de duas páginas que espelha a realidade social das crianças e jovens guineenses e apresenta propostas aos políticos que concorrem as eleições gerais de 13 de Abril próximo, cuja campanha eleitoral entra no sétimo dia.
São crianças e jovens que assim queram passar as suas mensagens junto aos candidatos presidenciais e partidos políticos que concorrem às eleições gerais de 13 de Abril.
Identificados por República di Mininos, coincidentemente o título do filme do cineasta guineense Flora Gomes, as crianças e jovens guineenses indignados, apreensivos, revoltados, preocupados, inquietos, afectados, defraudados, cansados e tristes, atributos qualificativos que constam do Manifesto apresentado hoje, dizem ainda: agastados
Eles dizem ser a maioria, até porque representam 64% da população guineense e por conseguinte apelam a mudança.
Aos políticos que concorrem ou não ao escrutínio geral do próximo mês, exigem que se unam, se reconciliem, que façam concessões e que sejam tolerantes ums para com os outros.
No entender das crianças e jovens guineenses, só assim será possível criar um ambiente favorável conducente á paz e estabilidade nacional, como disse Bacar Mané vice-presidente do parlamento infantil da Guiné-Bissau:
Para esta tarde, os meninos e jovens guineenses agendam um comício em Bissau para detalhar o conteúdo e os objectivos deste manifesto em que se pode ler ainda que as crianças e os jovens guineenses até aos 24 anos de idade propõem que os candidatos e dirigentes do país, assim como os que estarão na oposição, se comprometam a adoptar os princípios e a implementar acções de uma Agenda Nacional para a Criança, como roteiro para construir um Estado onde os direitos humanos da criança sejam garantidos.
http://www.voaportugues.com/content/rep%C3%BAblica-di-mininos-pede-agenda-nacional-para-a-crian%C3%A7a-na-guin%C3%A9-bissau/1881530.html
Homens armados tentam assaltar casa de vice-Procurador-Geral da Guiné-Bissau
A residência do vice-procurador-geral da República da Guiné-Bissau foi hoje alvo de uma tentativa de assalto por homens armados e encapuzados, disse à agência Lusa o presidente do sindicato dos magistrados do Ministério Público.
De acordo com Bacari Biai, desconhecem-se os motivos, mas presume-se que a tentativa de assalto à casa de Rui Sanha estará ligada aos "processos quentes" em fase de inquérito no Ministério Público.
"Não sabemos o que se passa, mas estamos preocupados, pois é uma situação gravíssima de atentado contra os responsáveis máximos do poder judicial", admitiu Bacari Biai.
Na última semana, o sindicalista denunciou ameaças à integridade física feitas por desconhecidos, via telefone, contra os magistrados que conduzem o inquérito sobre alegada corrupção na administração dos Portos de Bissau.
Tal como na altura, o sindicato voltou hoje a alertar para a situação em carta endereçada aos representantes da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da União Africana (UA).
A preocupação só não foi entregue hoje na sede da União Europeia (UE) e gabinete das Nações Unidas para a consolidação da paz na Guiné-Bissau (Uniogbis) devido ao adiantado da hora no momento em que os magistrados se deslocaram às sedes das duas representações.
"Pedimos segurança para os magistrados", disse Bacari Biai.
O presidente do sindicato dos magistrados do Ministério Público sublinhou que o documento representa um "grito de alerta" assinado pelos magistrados judiciais e oficiais de justiça.
"Se não houver segurança ponderamos mandar parar o trabalho de todos os magistrados", ou seja, ficarem "em casa até que haja segurança", disse Bacari Biai, citando parte da carta entregue às representações diplomáticas.
Questionado sobre a situação do vice-Procurador Geral, cuja residência foi atacada, Bacari Biai assinalou que Rui Sanhá encetou diligências junto do Governo de transição que lhe garantiu proteção com elementos da Guarda Nacional.
Em janeiro o Procurador-Geral da República, Abdu Mané, anunciou publicamente que estava a ser alvo de ameaças que o fizeram reduzir consideravelmente a circulação pelas ruas de Bissau.
http://www.dnoticias.pt/actualidade/mundo/438822-homens-armados-tentam-assaltar-casa-de-vice-procurador-geral-da-guine-bissa
De acordo com Bacari Biai, desconhecem-se os motivos, mas presume-se que a tentativa de assalto à casa de Rui Sanha estará ligada aos "processos quentes" em fase de inquérito no Ministério Público.
"Não sabemos o que se passa, mas estamos preocupados, pois é uma situação gravíssima de atentado contra os responsáveis máximos do poder judicial", admitiu Bacari Biai.
Na última semana, o sindicalista denunciou ameaças à integridade física feitas por desconhecidos, via telefone, contra os magistrados que conduzem o inquérito sobre alegada corrupção na administração dos Portos de Bissau.
Tal como na altura, o sindicato voltou hoje a alertar para a situação em carta endereçada aos representantes da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da União Africana (UA).
A preocupação só não foi entregue hoje na sede da União Europeia (UE) e gabinete das Nações Unidas para a consolidação da paz na Guiné-Bissau (Uniogbis) devido ao adiantado da hora no momento em que os magistrados se deslocaram às sedes das duas representações.
"Pedimos segurança para os magistrados", disse Bacari Biai.
O presidente do sindicato dos magistrados do Ministério Público sublinhou que o documento representa um "grito de alerta" assinado pelos magistrados judiciais e oficiais de justiça.
"Se não houver segurança ponderamos mandar parar o trabalho de todos os magistrados", ou seja, ficarem "em casa até que haja segurança", disse Bacari Biai, citando parte da carta entregue às representações diplomáticas.
Questionado sobre a situação do vice-Procurador Geral, cuja residência foi atacada, Bacari Biai assinalou que Rui Sanhá encetou diligências junto do Governo de transição que lhe garantiu proteção com elementos da Guarda Nacional.
Em janeiro o Procurador-Geral da República, Abdu Mané, anunciou publicamente que estava a ser alvo de ameaças que o fizeram reduzir consideravelmente a circulação pelas ruas de Bissau.
http://www.dnoticias.pt/actualidade/mundo/438822-homens-armados-tentam-assaltar-casa-de-vice-procurador-geral-da-guine-bissa
terça-feira, 25 de março de 2014
Guiné Bissau já está em campanha eleitoral
A Guiné Bissau já está em campanha para as eleições gerais marcadas para o dia 13 de abril. No sábado, primeiro dia da campanha, a maior parte dos candidatos escolheu a capital, Bissau, para apresentar os seus.
Bissau – A Guiné Bissau já está em campanha para as eleições gerais marcadas para o dia 13 de abril. No sábado, primeiro dia da campanha, a maior parte dos candidatos escolheu a capital, Bissau, para apresentar os seus projetos, defender a estabilidade política e social e a criação de empregos, informa a rádio francesa RFI.
As cidades de Bissau e as do Leste do país, nomeadamente, Mansóa, Bafatá e Gabu, foram os palcos de comícios da abertura de diferentes candidaturas.
Os candidatos apostaram em discursos onde o regresso à estabilidade foi a palavra de ordem comum.
Não esquecendo as preocupações dos mais jovens e do eleitorado feminino, os candidatos e partidos comprometeram-se a criar mais postos de trabalho no país, melhores condições de assistência médica e sanitária.
A reforma do setor militar, o relançamento da actividade económica e o reatamento das relações com a comunidade internacional foram também outras das propostas dos candidatos.
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terça-feira, março 25, 2014
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Guiné-Bissau: Partidos políticos "atacam" eleitores no interior do país
É uma fórmula política tradicional, pois a população eleitora do interior apresenta-se como a mais difícil de convencer pela importância dos conteúdos de projectos políticos.
Os candidatos presidenciais e partidos políticos na Guiné-Bissau entraram hoje, 24, no terceiro dia da campanha eleitoral.
Uma campanha eleitoral ainda a decorrer sem qualquer incidente, salvo o registo da detenção e do espancamento dias antes do candidato a deputado do PRS, Mário Fambé.
Cores de bandeiras e cartazes com respectivos slogans de partidos políticos e candidatos presidenciais concorrentes às eleições gerais de 13 de Abril pintam tudo o que é estático nas principais avenidas e ruas da capital guineense e no interior do país.
São movimentações políticas que se podem considerar expressivas, no terceiro dia da campanha eleitoral, ainda com viaturas, tal como é usual, em circulações permanentes sob cobertura exterior de fotos de campanha das figuras pretendentes ao cargo do Presidente da República.
Os candidatos presidenciais e legislativos optam, nesta primeira etapa, pela estratégia de investir mais no interior do país para depois atacar a capital nos últimos dias da contenda eleitoral.
É uma fórmula política tradicional, pois a população eleitora do interior apresenta-se como a mais difícil de convencer pela importância dos conteúdos de projectos políticos, ou melhor, a maior vantagem nestes corredores, é jogar pela exposição de meios materiais. Daí que o método mais usado é uma abordagem política de porta-a-porta.
Bissau, excepto as sedes das campanhas eleitorais, não testou ainda grande aglomeração política, que para alguns guineenses, tem uma explicação na "tristeza que abateu sobre este povo", como diz Sana Canté.
A campanha eleitoral tem apenas a cobertura dos órgãos privados.
A Rádio Difusão Nacional está em greve até o próximo dia 8 de Abril e a Televisão da Guiné-Bissau alega não dispor de meios materiais para fazer a cobertura eleitoral e não há qualquer sinal do Governo em fazer ultrapassar a situação.
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terça-feira, março 25, 2014
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sexta-feira, 14 de março de 2014
A VERGONHA DO SECRETÁRIO-GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS EM BISSAU - ANÓNIMO
Cada vez que o representante do secretário geral das nações unidas em Bissau fala aos órgãos de comunicação social, envergonha-nos, tanto aquilo que foi dito por ele :
- Quem for eleito nessas eleições legislativas e presidências deve imediatamente suspender o chefe estado maior das forças armadas e bem como os seus respectivos três ramos
- Aconselhamento o supremo tribunal de justiça para á não inviabilização das pretensões do José Mário Vaz, candidato do PAIGC.
José Ramos Horta, é uma pessoa que não sabe nada de direito constitucional, de saber que deve haver princípios de separação dos poderes : Poderes executivo, legislativo, judicial
No âmbito da justiça há que haver independência, imparcialidade, isenção.
A justiça não pode ser influenciado, pressionado por uma personalidade nacional ou estrangeira para pronunciar em favor de um candidato ou outro candidato durante o processo de instrução de prova ou de deliberação da referida sentença.
Não é da competência de José Ramos Horta a produzir comentários ou de tentar influenciar decisões de juízes do supremo de tribunal de justiça.
José Ramos horta devia pactuar pela equidistância, isenção, imparcialidade e a reserva moral como um diplomata que é, e não ser teleguiado pelo exterior como( Angola, Cabo-verde, Portugal) e de não ingerência nos assuntos internos da Guiné-Bissau, porque nós somos um país soberano, e pensamos com a nossa própria cabeça.
Ao Dr. Rui Diã Sousa do PAIGC :
Ao Dr. Rui Diã Sousa do PAIGC, é sempre bom ter presente na cabeça de Rui Diã Sousa que ninguém é dono da vontade da cidadã, cidadão, ou dos cidadãos para votar no PAIGC. Foi o partido que delapidou a economia da Guiné-Bissau e deixou de rasto todas as industrias deixada por antigo presidente Sr. Luís Cabral.
Não há padrão que assegure a posse da alma de quem quer que seja que devemos votar no PAIGC. Cada eleitorado vai depositar o seu boletim de voto por onde achar que deve pôr.
Há muita gente na Guiné-Bissau, disponível para tentar dar a volta a perpetuação cíclica de 40 anos de governação do PAIGC, que distribui todo o tecido económico do país ao seu proveito próprio.
In Doka
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sexta-feira, março 14, 2014
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José Mário Vaz pode candidatar-se às eleições gerais de Bissau
O Supremo Tribunal de Justiça ouviu os argumentos do Procurador-Geral da República, Abdu Mané, e do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e decidiu que o candidato José Mário Vaz se pode candidatar às eleições gerais da Guiné-Bissau.
Com seis votos a favor e um contra, os juízes do Supremo Tribunal consideraram que não existem razões suficientes para impugnar o candidato presidencial José Mário Vaz às eleições gerais de 13 de Abril, como solicitara o Procurador-Geral da República da Guiné-Bissau, Abdu Mané.
A decisão foi justificada pelo facto de não ser possível impedir qualquer cidadão de se candidatar às eleições pelo facto de ser indiciado pela prática de um crime. Isto é, desde que não haja um processo em que o indiciado é condenado, e cuja sentença tenha transitado e injulgada, não pode ser objecto de restrições às liberdades políticas.
O Procurador-Geral da República aceitou o veredicto do Supremo Tribunal, no entanto continua a pensar que José Mário Vaz, mais conhecido em Bissau por Jomav, vai ter liberdades limitadas ao longo deste mês de campanha eleitoral, uma vez que ainda se encontra sob fortes medidas de coacção.
"Todas as partes devem sempre acatar as decisões do tribunal. O nosso entendimento é que, a nível do código do Processo Penal, está sob forte medida de coação. Tem a sua liberdade de circulação restringida", disse o Procurador-Geral da República, Abdu Mané,
O Procurador-Geral da República queria ver o candidato do PAIGC, José Mário Vaz, fora da corrida eleitoral pelo facto de este estar a ser investigado no caso de cerca de 12.5 milhões de dólares. Valor que tinha sido desviado das contas de Estado guineense, quando Jomav desempenhava as funções do ministro das Finanças, do governo deposto de Carlos Gomes Júnior. A soma, oferecida por Angola, não deu entrada nos cofres do Estado da Guiné-Bissau, em 2011.
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sexta-feira, março 14, 2014
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