sábado, 1 de junho de 2024

Hezbollah atinge base militar no norte de Israel

© FADEL SENNA/AFP via Getty Images
Por Lusa  01/06/24
O grupo xiita libanês Hezbollah abateu hoje um 'drone' israelita no sul do Líbano e disparou foguetes contra no norte de Israel, atingindo uma base militar e, alegadamente, posições de artilharia.

Em comunicado, o Hezbollah indicou ter abatido um 'drone' Hermes 900 Kochav, tendo Telavive confirmado a destruição do aparelho, capaz de disparar até quatro mísseis antitanque guiados e um dos mais sofisticados operados pela Força Aérea israelita.

O exército israelita indicou que um míssil terra-ar foi disparado contra o 'drone' que operava em espaço aéreo do Líbano, acrescentando que foi atingido e caiu em território libanês.

"O incidente está a ser investigado. A Força Aérea continuará a operar nos céus do Líbano para cumprir com as missões das Forças Armadas de Israel", disse um porta-voz militar israelita na rede social Telegram.

O Hezbollah não concretizou o lugar onde o 'drone' foi derrubado, mas os meios de comunicação libaneses indicam que terá sido no leste da cidade de Tiro.

Em resposta a ataques israelitas entre sexta-feira e hoje no sul do Líbano, o Hezbollah adiantou ter também atacado uma base do exército israelita na cidade fronteiriça de Kiryat Shmona com foguetes Burkan "provocando um incêndio e destruindo parte dela".

Sem dar detalhes, o exército israelita confirmou que um foguete atingiu a base militar de Kiryat Shmona.

A comunicação social israelita noticiou o ataque contra a base e divulgou imagens mostrando danos significativos nas infraestruturas, sem dar conta de vítimas.

O Hezbollah anunciou também hoje o lançamento de vários projéteis contra canhões de artilharia israelitas em Jirbet Maar, em território israelita, perto da aldeia libanesa fronteiriça de Bustan.

Apoiado militarmente pelo Irão, o Hezbollah intensificou os ataques contra Israel na sequência da ofensiva israelita na Faixa de Gaza contra o Hamas, iniciada no dia seguinte ao ataque do movimento islamita em território israelita.

Com a pressão militar de Israel sobre a cidade de Rafah, no sul de Gaza, a troca de fogo ao longo da fronteira entre o Líbano e Israel intensificou-se nas últimas semanas.

Na última madrugada, um ataque israelita no sul do Líbano perto da vila de Khirbet Selm deixou duas pessoas feridas e já esta tarde 'drones' israelitas visaram uma aldeia perto da cidade de Nabatiyeh, de acordo com a comunicação social local, citada pela agência AP.

Em quase oito meses de violência, já morreram cerca de 450 pessoas no Líbano, a maioria combatentes e mais de 80 civis, segundo uma contagem da AFP. Vinte socorristas, entre os quais dez membros do Comité de Saúde Islâmico, encontram-se entre os mortos.

Do lado israelita, pelo menos 14 soldados e 11 civis já morreram, segundo as autoridades.

Quatro pessoas, incluindo uma equipa de salvamento, foram mortas na sexta-feira por ataques israelitas no sul do Líbano, segundo o Hezbollah e uma organização afiliada.

Na rede social X, o coordenador humanitário da ONU para o Líbano, Imran Riza, lamentou o sucedido, dizendo estar "profundamente perturbado por saber que uma ambulância foi alvo de um ataque" e recordando que "vinte profissionais de saúde foram mortos desde 08 de outubro".

Em resposta, o Hezbollah reivindicou o ataque com "dezenas" de foguetes 'Katyusha' a três localidades do norte de Israel: os colonatos de Gaaton, Ein Yaakov, e Yehiam.

No âmbito da violência desencadeada em outubro passado, Israel atacou diversos centros de saúde e da Proteção Civil do Líbano, na sua maioria pertencentes a organizações humanitárias com ligações a formações armadas envolvidas nos confrontos.

A ação mais grave deste género ocorreu em março passado, quando sete paramédicos foram mortos pelos israelitas num centro da Associação Libanesa de Socorro em Habariyeh (sul), um ataque que a Human Rights Watch (HRW) pediu para ser investigado como potencial "crime de guerra".

Em meio à turbulência global, os cidadãos se unem pela paz: 11ª Caminhada Anual pela Paz em 50 países

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No meio dos conflitos que irrompem em todo o mundo, ameaçando a segurança e a coexistência global, a esperança de paz está surgindo dos cidadãos. Em maio de 2024, cidadãos de todos os continentes participaram na 11ª Comemoração Anual da Declaração da Paz Mundial e da Caminhada pela Paz da HWPL, organizada por uma ONG afiliada à ONU Cultura Celestial, Paz Mundial, Restauração da Luz (HWPL). 

Este evento visa promover e partilhar uma cultura global de paz sob o tema “Comunicação intercultural para a Cidadania Global de Reconciliação e Tolerância”.

O evento começou em 25 de maio no Portão da Paz no Parque Olímpico de Seul, patrocinado pelo Ministério de Assuntos de Patriotas e Veteranos da Coreia. Em cerca de 50 países, as Caminhadas pela Paz são complementadas por diversas atividades de construção da paz. Este evento global inclue caminhadas pela paz marcantes que refletem as características únicas de cada país, juntamente com as apresentações pela paz, exibições de vídeos, exposições de fotos, desenhos de cartazes, atividades esportivas, bazares e oportunidades de voluntariado. Cerimónias de plantação de árvores e iniciativas de “abraços livres” enfatizam ainda mais o espírito de unidade e bem-estar ambiental.

Foi realizada uma exposição ao ar livre sobre a história da guerra e dos conflitos, descrevendo o impacto que a guerra teve na humanidade. Os visitantes podem vivenciar como era ser um refugiado na Coreia na década de 1950 e participar de outros estandes de experiências.

Este evento anual comemora a proclamação da Declaração da Paz Mundial em 2013 no Portão da Paz no Parque Olímpico de Seul, onde 30.000 jovens de todo o mundo defendem a paz. Esta declaração descreve o papel dos indivíduos de todas as esferas da vida na consecução da paz e apela a um esforço global unido.

Na 10ª comemoração anual do ano passado, o Presidente Lee Man-hee disse: "Desde que nos comprometemos a trabalhar juntos pela paz mundial há 10 anos, viajei ao redor do mundo apelando à paz. Gritei que a paz deveria ser ensinada em casa e na escola e que todos devem se tornar mensageiros da paz." Ele também enfatizou: “Todos deveriam ser unidos sob o título de paz e trabalhar juntos para criar um mundo bom e torná-lo um legado para as gerações futuras. Isto é o que precisamos fazer nesta época em que vivemos”.

A HWPL emitiu recentemente uma declaração sobre o conflito Israel-Irão e destacou o impacto devastador sobre os cidadãos. “Organizações em todo o mundo, em aliança com a HWPL como solidariedade para a paz, instam o Irão e Israel a porem fim imediatamente aos actos de agressão e a avançarem para conversações para inaugurar a paz”, disse o comunicado.

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Korea_May25_A Korean War veteran addressed the importance of achieving peace to the audience
Korea_May25_A participant joined in writing a peace message in support of and in hopes for peace in Ukraine
Korea_May25_A participant wrote a peace letter in support of the DPCW
Korea_May25_The Peace Gate of Seoul Olympic Park, where the Declaration of World Peace was declared
Korea_May25_Young people signed up to become members of HWPL to act for peace

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Korea_May25_HWPL’s 11th Annual Commemoration of the Declaration of World Peace and Peace Walk

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Heavenly Culture, World Peace, Restoration of Light (HWPL)

ANC perde maioria absoluta na África do Sul

© Lusa
Por Lusa  01/06/24
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Congresso Nacional Africano, no poder desde o fim do 'apartheid', perdeu a maioria absoluta pela primeira vez em 30 anos de governação na África do Sul, nas eleições de quarta-feira, embora continue a ser o partido mais votado.

Com 99,35% dos círculos eleitorais declarados, correspondente a 15.812.177 votos auditados e divulgados às 15:09 locais (14:09 de Lisboa), o antigo movimento de libertação de Nelson Mandela vai permanecer no poder, mas perdeu a maioria absoluta com 40,24% (6.363.596 votos) nas eleições realizadas quarta-feira, indicou a Comissão Eleitoral Independente (IEC).

Em 2019, o partido liderado por Cyril Ramaphosa, que é também Presidente da República da economia mais desenvolvida no continente, obteve 57,5% dos votos, elegendo 230 deputados para o parlamento bicameral de 490 lugares.

A confirmarem-se os resultados, o Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês) terá de encontrar partidos à esquerda ou no centro-direita que queiram formar uma coligação para governar o país nos próximos cinco anos.

Segundo os resultados provisórios a esta hora, o Aliança Democrática (DA), principal partido da oposição na África do Sul, é o segundo mais votado com 27,71% dos votos (3.432.906), registando uma subida relativamente às últimas eleições, quando obteve 20.77%, elegendo 84 lugares no parlamento.

Em terceiro lugar está o uMkhonto weSizwe (Partido MK), o novo partido do antigo Presidente Jacob Zuma (2009-2018), fundado em setembro, com 14,65% (2.316.611 votos).

O partido de extrema-esquerda Combatentes da Liberdade Económica (EFF), de Julius Malema, antigo líder da Juventude do ANC Governante, está com 9,47% (1.497.593) dos votos escrutinados a nível nacional.

Segundo os dados da IEC, a afluência às urnas foi de 58,59%.

Os resultados declarados incluem os votos no estrangeiro, indicou a Comissão Eleitoral sul-africana à Lusa.

Com 27,6 milhões de eleitores registados, um total de 52 partidos concorreram às eleições nacionais de um novo parlamento de duas câmaras - a Assembleia Nacional (400 lugares) e o Conselho Nacional de Províncias (90 lugares) -, assim como às assembleias provinciais e regionais das nove províncias do país, em três boletins de voto.

Para as eleições de quarta-feira estavam registados 27.732.749 eleitores, que puderam votar em 23.392 assembleias de voto.

Os resultados finais devem ser anunciados no domingo, segundo a comissão eleitoral sul-africana.

Netanyahu insiste que cessar-fogo em Gaza só será possível após "destruição do Hamas"

ABIR SULTAN/AP
SIC Notícias  01/06/2025

O Presidente norte-americano informou na sexta-feira que Israel propôs um novo acordo de cessar-fogo em Gaza. Joe Biden instou o Hamas a aceitar a proposta, afirmando que é a melhor forma de pôr fim ao conflito.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, insistiu este sábado que não haverá um cessar-fogo permanente em Gaza enquanto o Hamas não foi destruído.

As declarações surgem após o Presidente norte-americano, Joe Biden, ter anunciado na sexta-feira a nova proposta de acordo de Israel para um cessar-fogo em Gaza.

  • "As condições de Israel para acabar com a guerra não mudaram: a destruição do Hamas e das suas capacidades militares, a libertação de todos os reféns e a garantia de que Gaza não será uma ameaça para Israel", disse Netanyahu.

O primeiro-ministro garantiu que Israel vai continuar a insistir que estas condições sejam cumpridas antes que um cessar-fogo permanente seja estabelecido: “A ideia de que Israel concordará com um cessar-fogo permanente antes que estas condições sejam cumpridas está condenada ao fracasso”.

Israel propõe novo acordo de cessar-fogo em Gaza com três fases

A nova proposta é composta por três fases, sendo a primeira um cessar-fogo de seis semanas. Durante este tempo, o exército israelita abandonará a Faixa de Gaza e o Hamas libertará os reféns em troca de prisioneiros palestinianos.

A nível de ajuda humanitária, a proposta prevê 600 camiões a entrar em Gaza todos os dias.

Na segunda fase, Israel e o Hamas devem negociar os termos de um acordo permanente para acabar com as hostilidades. O cessar-fogo continuará em vigor enquanto as negociações estiverem em curso.

A terceira e última fase é um plano de reconstrução da Faixa de Gaza.

Num comunicado divulgado no mesmo diz, o Hamas disse considerar positiva a proposta de Israel e acrescentou que está disposto a lidar "de forma construtiva" com qualquer plano que inclua um "cessar-fogo definitivo, a retirada das forças israelitas da Faixa de Gaza, a reconstrução de Gaza e a troca de prisioneiros".

O presidente Ibrahim Traore de Burkina Faso 🇧🇫 segue criando políticas de valorização dos trabalhadores em seu país. Ele ajustou o valor do salário mínimo em quase 50% desde que chegou ao poder. Ele também diminuiu o salário de políticos e ministros em 30%.

 @Afroliterato

'Gostas mais da mãe ou do pai?'. Cuidado: Pode não gostar da resposta

© Shutterstock
Por  Notícias ao Minuto  01/06/24

Este sábado, 1 de junho, celebra-se o Dia Mundial da Criança. Com isso em mente, falámos com a psicóloga Catarina Lucas, diretora do Centro Catarina Lucas, sobre uma das perguntas que mais melindra os miúdos.

Sim, alguns pais têm ciúmes da relação do outro progenitor com os filhos. "É muito comum", diz ao Lifestyle ao Minuto a psicóloga Catarina Lucas, diretora do Centro Catarina Lucas. Porém, será que esta disputa pelo amor das crianças é saudável? E é mesmo preciso escolher?

"É importante que os pais percebam que cada um deles tem um papel distinto na vida dos seus filhos e que a relação não é, nem precisa ser igual entre os dois pais e as crianças", afirma.

Gostas mais da mãe ou do pai? Esta pergunta é assim tão inofensiva como alguns pais julgam?

Não é, de todo. Aliás, é uma pergunta que nunca deve ser colocada a uma criança, porque só vai estar a colocá-lo numa tarefa difícil e ingrata de ter que escolher entre a mãe e o pai. A criança precisa, gosta e admira ambos os pais. Por isso, não deve ser obrigada a escolher entre um ou outro, nem ser colocada numa posição em que receia magoar um dos pais através da sua resposta. Além de ser uma questão com pouco sentido, obrigada a criança a estar numa zona de desconforto e de gestão emocional difícil.

© Catarina Lucas
Pode melindrar a criança?
Pode deixá-la numa zona de elevado desconforto e até de medo.

Medo?
Medo de magoar um dos pais, ao ter que optar e medo de perder o amor e afeto do progenitor preterido.

É muito comum ocorrer algum tipo de ciúme face à relação que a criança tem com o outro progenitor

Gostamos dos dois pais da mesma forma?
Os sentimentos pelos pais não são estanques. Estão relacionados com a fase em que a criança se encontra e a proximidade que naquele momento a criança tem com cada um dos pais.

É normal gostar-se mais da mãe do que do pai ou vice versa?

As crianças não gostam dos pais da mesma forma, porque as relações não são iguais e os pais não desempenham o mesmo papel nem se relacionam da mesma forma com a criança. No entanto, gostar de forma diferente não significa gostar mais ou menos.

Considera razoável os pais terem ciúmes da relação do outro progenitor com os filhos?
É muito comum ocorrer algum tipo de ciúme face à relação que a criança tem com o outro progenitor, mas é importante que os pais percebam que cada um deles tem um papel distinto na vida dos seus filhos e que a relação não é, nem precisa ser igual entre os dois pais e as crianças. Os pais não precisam nem são iguais, mas sim complementares, com papéis e 'inputs' diferentes na vida dos filhos.

Não devem existir sem medo ou competição pelo afeto dos filhos. Isso pode ser percecionado e usado pela criança para obter ganhos secundários

Essa 'disputa' é saudável?
Depende. Por vezes, ultrapassa o limite do saudável, gerando-se tensão e competição, que acaba muitas vezes por passar para a criança. Criança essa que acaba por ter de se posicionar ou ser usada como troféu. Cada um dos progenitores tem um papel diferente na vida do seu filho. Quando somos adultos e pensamos nos nossos pais, pensamos de forma distinta sobre as suas características, as brincadeiras com um e com outro, as expressões...

No fundo, não há nada a temer...
Os pais devem estar tranquilos na relação com os filhos. Não devem existir sem medo ou competição pelo afeto dos filhos. Isso pode ser percecionado e usado pela criança para obter ganhos secundários.

A Rússia disparou mais de uma centena de mísseis e 'drones' contra infraestruturas essenciais e centrais elétricas na Ucrânia desde sexta-feira à noite, anunciou hoje a força aérea ucraniana.

© OLEKSANDR GIMANOV/AFP via Getty Images
Por Lusa  01/06/24 
 Rússia lança novos ataques noturnos contra alvos energéticos na Ucrânia
A Rússia disparou mais de uma centena de mísseis e 'drones' contra infraestruturas essenciais e centrais elétricas na Ucrânia desde sexta-feira à noite, anunciou hoje a força aérea ucraniana.


Os ataques provocaram uma dezena de feridos civis, incluindo crianças, disseram as autoridades locais.

As forças ucranianas intercetaram 35 mísseis de vários tipos e 46 'drones' "Shahed", de fabrico iraniano, que foram lançados contra alvos no sul, centro e oeste do país, disse o comandante da força aérea, Mikola Oleschuk.

Os russos lançaram 53 mísseis, incluindo 35 mísseis de cruzeiro X-101 e X-555, da região russa de Saratov, e quatro mísseis balísticos Iskander-M e um míssil de cruzeiro Iskander-K da Crimeia.

Foram ainda disparados dez mísseis de cruzeiro Kalibr do Mar Negro e três mísseis guiados por ar X-59 e X-69 da zona ocupada pelas forças russas na região de Zaporijia, precisou a força aérea ucraniana.

"Os terroristas russos são implacáveis nos seus esforços para destruir o setor dos combustíveis e da energia do país", afirmou Oleschuk, citado pela agência espanhola EFE.

"O principal objetivo da Rússia é normalizar o terror", denunciou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, nas redes sociais, referindo-se aos ataques noturnos.

Zelensky disse que os aliados sabem que a Ucrânia precisa de "mais 'Patriots' e outros sistemas modernos de defesa aérea", de caças F-16 e que os soldados sejam dotados de todas as capacidades militares necessárias.

O Ministério da Energia afirmou que os alvos incluíam infraestruturas do sistema energético nas regiões de Zaporijia (sul), Dnipropetrovsk, Kirovohrad (centro), Donetsk (leste) e Ivano-Frankivsk (oeste).

Em mais de dois anos de guerra, as forças russas intensificaram os ataques aéreos contra as infraestruturas energéticas ucranianas, provocando cortes e restrições de energia, bem como danos significativos.

Durante o ataque noturno de hoje, foram atingidas duas centrais térmicas, informou o operador ucraniano DTEK, sem especificar a localização.

"Esta foi mais uma noite extremamente difícil para o setor da energia na Ucrânia", disse a empresa, citada pela agência francesa AFP.

"O inimigo atingiu duas das nossas centrais térmicas. O equipamento ficou seriamente danificado", acrescentou a empresa, o maior investidor privado no setor na Ucrânia.

Este é o sexto grande ataque às centrais térmicas da DTEK desde meados de março, ainda segundo a empresa.

As informações divulgadas pelas duas partes sobre o curso da guerra iniciada com a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022 não podem ser verificadas de imediato de forma independente.

A Rússia tem em curso uma nova ofensiva contra a Ucrânia desde 10 de maio, depois de uma contraofensiva ucraniana lançada no verão passado ter tido pouco sucesso.

Leia Também: Moscovo e Kyiv trocam prisioneiros de guerra pela primeira vez em 3 meses 


O presidente do Parlamento guineense, Domingos Simões Pereira, manifestou hoje, em entrevista à Lusa, a sua disponibilidade para concorrer às próximas eleições presidenciais e exige que se respeitem os prazos constitucionais para a sua realização.

© Lusa
Por Lusa  01/06/24
 Simões Pereira disponível para concorrer às presidenciais na Guiné-Bissau
O presidente do Parlamento guineense, Domingos Simões Pereira, manifestou hoje, em entrevista à Lusa, a sua disponibilidade para concorrer às próximas eleições presidenciais e exige que se respeitem os prazos constitucionais para a sua realização.


"Eu nunca fugi de reconhecer que, por tudo aquilo que tem sido o nosso percurso e o meu, particularmente, considero-me bem posicionado para continuar a merecer a confiança dos meus camaradas e se for designado lá estarei e como sempre disponível a dar o meu melhor nesse sentido", afirmou Simões Pereira.

O também líder do PAIGC, encontra-se em Lisboa para participar hoje no lançamento do livro "Guiné-Bissau - Pelas Flores de Quitafine: Um diálogo sobre perspetivas de democracia", de que é autor juntamente com a jornalista norte-americana Ricci Shryock, correspondente do The New York Times em Dacar.

O líder do PAIGC, partido que lidera a coligação PAI -- Terra Ranka, remete para o Comité Central do partido a decisão da escolha do candidato presidencial e recorda que as restantes formações que integram a coligação "serão ouvidas e terão direito a dar a sua opinião".

Domingos Simões Pereira contesta a leitura que está a ser feita em Bissau e salienta que o mandato do atual Presidente, Umaro Sissoco Embaló, termina em fevereiro de 2025, pelo que sobram apenas oito meses para organizar a próxima eleição presidencial.

"Eu compreendo que há toda uma preocupação do atual regime de distrair as pessoas invocando outras questões, chamando à colação e ao debate outras questões que não fazem qualquer tipo de sentido. Por exemplo falar-se de eleições legislativas, quando nós tivemos eleições legislativas em junho de 2023", destaca.

"Como é que se pretende que com a organização de novas eleições legislativas se vai resolver um problema que tem sido realmente uma absoluta incapacidade do atual Presidente viver num quadro de democracia? É triste o que está a acontecer", frisa.

Domingos Simões Pereira manifesta-se determinado em prosseguir a luta contra o que considera ser a deriva antidemocrática do Presidnete Sissoco Embalí.

"Há que continuar a luta, mas isso não dispensa a necessidade da realização de eleições. Nós estamos a pouco mais de oito meses do fim do mandato do atual Presidente. O mandato que começou a 27 de fevereiro de 2020, e que, de acordo com a Constituição, até ao dia 27 de fevereiro de 2025 devemos conhecer o novo Presidente, o que significa que alguns meses antes deve haver novas eleições", reitera.

Simões Pereira retomou ainda as críticas que a coligação PAI-Terra Ranka fez na quinta-feira ao constitucionalista português Jorge Bacelar Gouveia, que no passado dia 27 defendeu numa conferência internacional, em Bissau, a realização de eleições gerais em 2025.

À margem da conferência e em declarações à Lusa, Bacelar Gouveia questionou por que razão não entrou nenhuma queixa nos tribunais guineenses a contestar a dissolução do parlamento por Umaro Sissoco Embaló.

Em 04 de dezembro passado, também em declarações à Lusa, Jorge Bacelar Gouveia classificou a decisão do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, de dissolver o parlamento da Guiné-Bissau como "inconstitucional, inválida e sem força jurídica".

"Eu julgo que a decisão do Presidente da República [da Guiné-Bissau] não é correta. É uma decisão inconstitucional, porque viola o artigo 94.º da Constituição. O artigo diz que o parlamento não pode ser dissolvido no período de um ano após a sua eleição", disse então à agência Lusa Bacelar Gouveia.

Hoje, na entrevista à Lusa, Simões Pereira lamentou que sejam feitas afirmações sem que se tenha em conta o seu efeito na Guiné-Bissau.

"É lamentável que as pessoas talvez não deem conta da importância que podem ter nestas latitudes", vincou.

"Na Guiné-Bissau, aquilo que é dito por um constitucionalista, e um constitucionalista tido por arrumado, acaba por ter sempre implicações muito fortes e é muito importante que houvesse um pouco mais de cautela. Portanto não há aqui dúvida nenhuma, não só em termos legais, como na interpretação política que todos nós fazemos. Houve eleições em dezembro de 2019, houve posse em fevereiro de 2020. Como é que se pode pretender agora falar em eleições em novembro de 2025? Com que base legal, em que tipo de raciocínio é que se chegou lá", questionou.

Leia Também: Morreu um dos militares detidos no "caso 1 de Fevereiro" na Guiné-Bissau 


UM DE JUNHO DE 2024 DIA DAS CRIANÇAS NA GUINÉ-BISSAU?

Aqueles que nasceram, aprenderam a lutar pela liberdade e o fizeram toda a vida, não podem se compactuar com o que está a acontecer na Guiné-Bissau, neste momento.
Às crianças e aos povos da Guiné-Bissau, desejo a realização do sonho de Amílcar Cabral.
Às "Flores e razão principal da luta" que a geração de Amílcar Cabral travou, apelo à perseverança e esperança num futuro bem melhor, para o qual todos devemos lutar até a exaustão.
Feito em Bissau, no dia 01 de junho de 2024.
Por: Ariceni Abdulai Jibrilo Baldé.
(Djibril Baldé)

sexta-feira, 31 de maio de 2024

A NATO conclui hoje o seu maior exercício militar em décadas, no qual participaram mais de 90 mil soldados, acima de 50 navios e de 80 aeronaves, e ainda cerca de 1.100 veículos dos 32 estados-membros da organização.

© Lusa
Por Lusa  31/05/24
NATO termina maior exercício militar em décadas com 90 mil soldados
A NATO conclui hoje o seu maior exercício militar em décadas, no qual participaram mais de 90 mil soldados, acima de 50 navios e de 80 aeronaves, e ainda cerca de 1.100 veículos dos 32 estados-membros da organização.


O exercício de quatro meses, denominado Steadfast Defender 2024, foi o primeiro exercício em grande escala da NATO a pôr em prática os novos planos de defesa regional adotados no ano passado na cimeira de líderes em Vilnius, afirmou a Aliança Atlântica em comunicado.

A NATO indicou que o exercício teve como objetivo promover a preparação em todas as áreas e níveis de comando, desde o estratégico ao operacional e tático.

"Concebido para treinar e demonstrar a capacidade da Aliança para reforçar a Europa continental através do movimento transatlântico de forças da América do Norte e do Reino Unido, o 'Steadfast Defender' consistiu em vários exercícios liderados pela NATO e a nível nacional que reuniram as tropas aliadas numa impressionante demonstração de unidade e interoperabilidade", disse a organização transatlântica.

O comandante da Aliança para a Europa, o general norte-americano Christopher G. Cavoli, afirmou que as atividades militares realizadas durante o exercício demonstraram que a NATO "é capaz e está preparada para cumprir a missão central de defesa coletiva".

O exercício ocorreu em duas partes. A primeira centrou-se no domínio marítimo e envolveu vários quartéis-generais que ensaiaram o desdobramento estratégico de forças da América do Norte para a Europa continental.

A segunda parte foi uma demonstração das capacidades militares nacionais, multinacionais e da NATO em toda a Europa continental.

Leia Também: O ex-presidente da Rússia e vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, alertou, esta sexta-feira, que o Kremlin não estava a fazer "intimidação ou 'bluff' nuclear" quando abordou a possibilidade de utilizar armas nucleares táticas contra a Ucrânia e alertou que o conflito entre Moscovo e o Ocidente pode escalar para uma guerra. 


ONU exige inquérito "independente" aos assassinatos no Burkina Faso

© Lusa
Por Lusa  31/05/24 
O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos manifestou hoje estar "gravemente preocupado" com o aumento dos assassinatos de civis no Burkina Faso e exigiu uma "investigação independente e transparente" sobre alegações de violações dos direitos humanos.

"Estou profundamente perturbado com o facto de as forças de segurança e de defesa e os seus auxiliares, os Voluntários para a Defesa da Pátria [milícias pró-governamentais], terem alegadamente cometido assassínios arbitrários, incluindo execuções sumárias", escreveu Volker Türk num comunicado, reconhecendo, porém, que os grupos armados são responsáveis pela "grande maioria" dos incidentes.

Volker Türk abordou estas questões diretamente com o capitão Ibrahim Traoré, chefe do regime militar do Burkina Faso, durante uma visita ao país africano em março.

"Compreendo perfeitamente as ameaças complexas à segurança que o Burkina Faso enfrenta. A resposta a estas ameaças só será bem-sucedida se o direito internacional for plenamente respeitado em todo o lado", insistiu Türk.

"Reitero, pois, o meu apelo às autoridades do Burkina Faso para que tomem todas as medidas possíveis para garantir a proteção dos civis", acrescentou.

O Burkina Faso, palco de violência recorrente de grupos extremistas islâmicos, que resultou em milhares de mortes durante quase dez anos, assistiu a dois golpes militares em 2022.

Em janeiro de 2022, um golpe de Estado levou ao poder o tenente-coronel Paul Henri Sandaogo Damiba, que foi derrubado em setembro do mesmo ano pelo atual chefe da junta militar, capitão Ibrahim Traoré.

Na semana passada, o Burkina Faso adotou uma carta que permite que o regime militar liderado por Traoré se mantenha no poder durante mais cinco anos.

Forum da Juventude do PRS Pro-congresso em conferência de imprensa

 Radio Voz Do Povo

A Brigada Médica Cubana na Guiné-Bissau celebrou a 16ª Jornada Científica, evento que marca as comemorações do 40º aniversário da constituição da Unidade Central de Colaboração Médica.

O evento, iniciado no dia 27 de maio, contou com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, convidado para presidir a cerimônia de encerramento. 

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Cerimónia de XVIIª Jornada Científica da Brigada Médica Cubana na Guiné Bissau

Presidência da República da Guiné-Bissau

Pedido de Demissão: O Secretário de Estado da Ordem Pública, José Carlos Macedo Monteiro, entregou esta sexta-feira (31/05) ao Chefe de Estado a sua carta de pedido de demissão.

O secretário de Estado da Ordem Pública da Guiné-Bissau, José Carlos Macedo Monteiro, apresentou hoje o pedido de demissão ao Presidente da República, anunciou o próprio. 👇 

Fonte: Radio Voz Do Povo

Morreu um dos militares detidos no "caso 1 de Fevereiro" na Guiné-Bissau

© Lusa
Por Lusa  31/05/24
Um dos militares detidos no que ficou conhecido como o "caso 1 de Fevereiro" na Guiné-Bissau, Papa Fanhe, morreu hoje no hospital militar da capital guineense, disseram à Lusa fontes judiciais e militares.

Papa Fanhe, de 37 anos, "morreu na última madrugada" no Hospital Militar Central de Bissau, onde se encontrava em tratamento médico e para onde foi transferido das celas da Base Aera de Bissalanca.

O antigo guarda-costas do ex-primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, era um dos detidos da tentativa de golpe de Estado de fevereiro de 2022 e a morte ocorre na véspera do julgamento do caso, marcado para terça-feira.

O militar era capitão-de-fragata e foi um dos cerca de 50 detidos há mais de dois anos, entre civis e militares, acusados de tentativa de golpe de Estado no dia 01 de fevereiro de 2022.

Fonte familiar disse à Lusa que o militar tinha sido autorizado pelo Ministério Público, civil, a sair da prisão "por não existirem provas contra si".

A fonte observou que a ordem "nunca foi respeitada" e nos últimos dias a saúde do Papa Fanhe piorou e foi transferido para o hospital, onde morreu na madrugada de hoje.

No dia 1 de fevereiro de 2022, homens armados atacaram o palácio do Governo onde decorria a reunião do Conselho de Ministros.

O encontro era dirigido pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

Da ação morreram 11 pessoas, na sua maioria elementos do corpo de segurança dos governantes.

O Presidente guineense e o Estado-Maior General das Forças Armadas disseram tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado.

O julgamento de alguns dos acusados, concretamente 25 detidos está marcado para terça-feira e será feito pelo Tribunal Militar da Guiné-Bissau.

Entre os arguidos, que vão sentar-se no banco dos réus, estará o ex-chefe da Armada guineense, o vice-almirante, José Américo Bubo Na Tchuto, apontado pelo poder político como sendo o líder da intentona.

Fonte da justiça militar explicou à Lusa que dos 25 pronunciados para irem a julgamento, alguns "ainda continuam a monte".

Segundo a fonte, só deverão comparecer na sala do julgamento, na Base Aérea de Bissalanca, 12 pessoas "entre civis e militares", às 10:00 horas (11:00 em Lisboa).

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Zelensky diz que não vale a pena temer pelo início da 3.ª Guerra Mundial - é que já começou, garante

Por  CNN Portugal,   31/05/2024
Em entrevista ao Guardian, o presidente ucraniano afirma ainda que a hesitação de Biden sobre uso de armas ocidentais em território russo fez com que Moscovo se risse da Ucrânia. E sublinha: Os EUA precisam de "acreditar mais" na Ucrânia

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky criticou a hesitação do presidente dos EUA, Joe Biden, em autorizar o uso de armas ocidentais contra alvos em terreno russo. Numa entrevista ao Guardian, Zelensky afirma mesmo que a indecisão da Casa Branca permitiu que as forças do Kremlin se "rissem" da Ucrânia ao mesmo tempo que continuam a "caçar" ucranianos. “Penso que é absolutamente ilógico ter armas [ocidentais e não usá-las contra alvos russos] e ver os assassinos, os terroristas, que nos estão a matar do lado russo. Penso que, por vezes, eles estão a rir-se desta situação”, afirma presidente ucraniano.

Zelensky destaca que a falta de ação do governo dos EUA resultou na perda de vidas ucranianas e pediu a Biden que superasse os seus receios sobre uma possível escalada nuclear com Moscovo. Sublinha também a necessidade de armas de longo alcance para atingir alvos dentro do território russo, uma linha vermelha que a Casa Branca ainda não autorizou. “Irá aumentar significativamente a nossa capacidade de combater as tentativas russas de atravessar a fronteira em massa."

Na noite de quinta-feira, os EUA deram um pequeno passo ao permitir que algumas armas americanas fossem usadas pela Ucrânia para defender a cidade de Kharkiv. Contudo, Zelensky argumentou que esta medida não é suficiente e que a Ucrânia precisa de armas "poderosas" de longo alcance, como os mísseis Storm Shadow fabricados no Reino Unido, para se defender de forma eficaz.

Na entrevista ao Guardian, Zelensky enfatizou que os EUA precisam de "acreditar mais" na Ucrânia e que a Rússia "não entende nada além da força". "Não somos o primeiro nem o último alvo", diz Zelensky, que compara Vladimir Putin a Adolf Hitler. "Putin não é louco, ele é perigoso, o que é muito mais assustador."

O presidente ucraniano revelou ainda que novas armas dos EUA ainda não chegaram em quantidades suficientes para equipar brigadas adicionais no nordeste da Ucrânia, onde as forças russas estão a avançar.

"Esta é a verdadeira Terceira Guerra Mundial"
Na entrevista ao jornal britânico, Zelensky mencionou que pediu ao ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson para fazer lóbi junto de Donald Trump antes de uma votação crucial no Congresso dos EUA em abril passado, através da qual foram aprovados 61 mil milhões de dólares em ajuda à Ucrânia. Descreveu tanto Johnson quanto o líder trabalhista britânico Keir Starmer como "bons rapazes" e elogiou a política consistente do Reino Unido em relação à Ucrânia.

Zelensky referiu também que as negociações de paz com a Rússia são irrealistas, pois acredita que qualquer acordo seria violado por Putin. Alertando que uma pausa nos combates permitiria que Moscovo se fortalecesse e atacasse novamente, deu uma outra garantia: "Esta é a verdadeira Terceira Guerra Mundial", afirma, destacando que Putin não pára se vencer na Ucrânia e que vai continuar a procurar reformular ainda mais as fronteiras europeias, atacando outras nações.


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Dia Mundial sem tabaco: Deixar de fumar tem benefícios logo nos primeiros 20 minutos. Sabia?

© Shutterstock
Por  Notícias ao Minuto  31/05/24

Existem múltiplas razões para deixar de fumar. Eis algumas das mais convincentes.

Quase todos os fumadores conhecem os efeitos negativos que o tabaco tem para a saúde. Mesmo assim, convém relembrar os efeitos deste hábito, assim como os múltiplos benefícios de deixar de fumar, especialmente hoje, 31 de maio, no Dia Mundial Sem Tabaco. Alana Biggers, uma médica, enumerou, na Healthline, alguns exemplos e quando os começa a sentir.

Benefícios de deixar de fumar (e quando começa a senti-los):
  • 20 minutos depois de deixar de fumar: o ritmo cardíaco baixa. Geralmente, "os cigarros fazem subir a tensão arterial e aumentam o ritmo cardíaco". Por isso, normalmente, "o ritmo cardíaco começa a descer para níveis normais 20 minutos após o último cigarro";
  • Oito a 12 horas depois de deixar de fumar: o nível de monóxido de carbono no sangue desce. Caso não saiba, "o monóxido de carbono faz aumentar o ritmo cardíaco e provoca falta de ar", explica a médica. Felizmente, neste intervalo de tempo, "o nível de monóxido de carbono no sangue diminui e o oxigénio no sangue aumenta";
  • 48 horas depois de deixar de fumar: a sua capacidade de cheirar e saborear melhora. Sim, "as terminações nervosas danificadas pelo tabaco começam a crescer novamente, melhorando o olfato e o paladar";
  • Duas semanas a três meses depois de deixar de fumar: o risco de ataque cardíaco diminui. Geralmente, "a melhoria da circulação, a diminuição da pressão arterial e do ritmo cardíaco, assim como a melhoria dos níveis de oxigénio e da função pulmonar reduzem o risco de ataque cardíaco";
  • Um a nove meses depois de deixar de fumar: sentirá menos falta de ar e tossirá menos. É provável que "a tosse, a falta de ar e a congestão sinusal diminuam" e que sinta "mais energia em geral";
  • Um ano depois de deixar de fumar: o seu risco de doença cardíaca reduz para metade. "Fumar aumenta significativamente o risco de doenças cardíacas";
  • Cinco  anos depois de deixar de fumar: o risco de AVC (acidente vascular cerebral) diminui. É possível que o risco seja equivalente ao de "alguém que nunca fumou nos cinco a 15 anos seguintes a deixar de fumar";
  • 10 anos depois de deixar de fumar: o risco de cancro do pulmão diminui Pode ser o equivalente a o de uma pessoa que nunca fumou e, além disso, o risco de desenvolver outros cancros diminui significativamente;
  • 15 anos depois de deixar de fumar: o risco de doença cardíaca diminui. Fica o mesmo que o de alguém que nunca fumou. É ainda provável que tenha "um colesterol mais baixo, um sangue mais fino (o que reduz o risco de coágulos sanguíneos) e uma tensão arterial mais baixa".

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"Os egos estão a travar o desenvolvimento da Guiné-Bissau"

Escola na Guiné-Bissau  Foto: DW   Djariatú Baldé   DW

Greve de cinco dias na Saúde e na Educação volta a trazer à tona os desafios nos dois setores. Sociólogo guineense diz que um grande problema é o ego dos políticos, que impede o desenvolvimento do país.

Os setores da Saúde e Educação continuam a carecer de quase tudo para um bom funcionamento. Além dos baixos salários, que os profissionais dessas áreas denunciam, há falta de condições de trabalho, infraestruturas precárias, ausência de equipamentos modernos e pouco investimento.

As sucessivas greves nos últimos anos também têm prejudicado o funcionamento das escolas e dos serviços de saúde na Guiné-Bissau. Esta semana, houve mais uma greve da Frente Social, uma organização que reúne sindicatos de ambos os setores.

Em entrevista à DW, o sociólogo guineense Tamilton Teixeira afirma que a falta de sensibilidade e de compromisso político tem contribuído para o agravamento de todos esses problemas. "Sem a estabilidade política desejável, é impossível ter sistemas de saúde e de educação de qualidade", diz Teixeira.

DW África: Qual é o atual estado dos setores da saúde e educação na Guiné-Bissau?


Tamilton Teixeira (TT): É um quadro estrutural de crise que se revela cada vez mais caótico por falta de visão e de estratégias claras e definidas. Isso leva a greves recorrentes sem que os pontos acordados sejam realmente solucionados.

DW África: Decorre atualmente mais uma vaga de greve nos dois setores, a terceira desde o início do ano. O que falta? Porque é que estas paralisações continuam a acontecer?

TT: A estrutura da saúde pública guineense é praticamente ineficiente para os desafios atuais e não atende à demanda nacional. O setor da saúde pública nunca foi reformado, tem um modelo arcaico sem meios adequados de funcionamento, como exige a medicina moderna.

Tamilton Teixeira: "Precisamos de compromissos, responsabilidade e uma visão clara"
Além disso, a política de formação e de contratação de recursos humanos não é clara. Jovens que terminam a formação não têm encaminhamento profissional definido, apesar do país precisar de médicos e enfermeiros. É inaceitável que recém-formados passem anos estagiando sem efetivação.

No setor da educação, as políticas também são descoordenadas e os salários são baixos.

DW África: Qual tem sido o impacto destas greves constantes na vida dos cidadãos guineenses?

TT: Os guineenses estão numa situação em que parece que a falta de saúde e educação já não faz tanta diferença. No interior do país, a situação ainda é pior, com aulas em condições precárias e falta de profissionais. O impacto é grave. A Guiné-Bissau apresenta os piores indicadores de saúde e educação na sub-região.

A instabilidade política agrava a situação, tornando impossível a existência de sistemas de saúde e educação de qualidade.

DW África: Em concreto, como resolver esses problemas e ultrapassar esta situação?

TT: É preciso que os guineenses tomem consciência de que os tempos mudaram, globalmente, e que os egos – o excesso de personalismo – estão a substituir as instituições do Estado. Isso tem matado a possibilidade de a Guiné-Bissau se desenvolver.

Precisamos de compromissos, responsabilidade e uma visão clara. Quem vai para a vida política, quem quer governar, deve ter um projeto realista para o país.

DW África: Como mobilizar mais dinheiro para a educação e para a saúde?

TT: O problema da Guiné-Bissau não é a capacidade de mobilizar fundos, mas a falta de seriedade dos gestores públicos e a instabilidade política. Sem estabilidade, qualquer financiamento será inútil. Precisamos de políticas eficazes para que os recursos sejam bem utilizados.

O secretário-geral da NATO disse hoje confiar numa utilização "responsável e de acordo com o direito internacional", por parte da Ucrânia, do armamento doado pelo Ocidente e usado em território russo, após um alívio parcial norte-americano.

© Getty Images/Omar Havana
Por Lusa  31/05/24 
 Stoltenberg confia em uso "responsável" de armamento ocidental em território russo
O secretário-geral da NATO disse hoje confiar numa utilização "responsável e de acordo com o direito internacional", por parte da Ucrânia, do armamento doado pelo Ocidente e usado em território russo, após um alívio parcial norte-americano.


"Muitos Aliados deixaram claro que aceitam que a Ucrânia esteja a utilizar as armas que recebeu para se defenderem, inclusive atacando alvos imediatos dentro da Rússia, especialmente quando esses equipamentos militares são utilizados em ataques diretos em solo russo, [mas] todos esperamos que isso seja feito de acordo com o direito internacional e de forma responsável", afirmou o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), Jens Stoltenberg.

Nas declarações prestadas à chegada ao segundo e último dia da reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, na cidade checa de Praga, o responsável escusou-se a especificar, mas reforçou: "É claro que todos partimos do princípio de que isso será feito de uma forma responsável".

Jens Stoltenberg salientou que "a Rússia atacou a Ucrânia e esta tem o direito de se defender, o que inclui também atacar alvos militares ilegítimos dentro da Rússia", assinalando ser "muito difícil para a Ucrânia defender-se se não lhe for permitido utilizar armas avançadas para repelir esses ataques".

A posição surge depois de, na quinta-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter dado autorização à Ucrânia para que use armamento de origem norte-americana para atacar alvos russos, desde que limitados à defesa da cidade de Kharkiv, mantendo-se a política de Washington de que a Ucrânia não deve utilizar armas provenientes dos EUA para atacar dentro das fronteiras russas.

Também na quinta-feira, Jens Stoltenberg havia pedido aos Aliados que revejam as restrições colocadas ao armamento ocidental usado pela Ucrânia em território russo, sugerindo que as limitações poderiam ser "reconsideradas" dada a evolução da guerra.

Na última semana, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez um apelo para que o país possa utilizar armamento disponibilizado pelo Ocidente para atingir posições militares no território russo.

A questão está longe de ser consensual e há vários países do bloco político-militar que querem continuar a limitar a utilização do armamento ocidental à defesa ucraniana no seu próprio território.

Ataques ao território russo com armamento fornecido pelo Ocidente poderiam ser interpretados pelo Kremlin como um envolvimento direto no conflito e levar a uma escalada.

A República Checa, Finlândia, Canadá e Polónia já anunciaram que não se opõem à utilização do armamento que enviaram para a Ucrânia para atingir o território russo.

Na quarta-feira, o ministro português da Defesa, Nuno Melo, considerou que "qualquer pessoa normal" compreenderia a utilização de armamento por parte da Ucrânia, em "ações defensivas", contra alvos militares em território russo, uma posição pessoal que disse não comprometer o Governo.

Nas declarações de hoje em Praga, Jens Stoltenberg referiu que o encontro dos chefes da diplomacia da NATO servirá ainda para "discutir os preparativos para a cimeira de julho", nomeadamente no que toca ao reforço do apoio à Ucrânia e quando "os Aliados têm prestado um apoio sem precedentes à Ucrânia".

Na passada terça-feira, foi assinado em Lisboa um acordo de cooperação e segurança com a Ucrânia que prevê o compromisso de Portugal fornecer a Kiev apoio militar de pelo menos 126 milhões de euros este ano, incluindo contribuições financeiras e em espécie.

A invasão russa do território ucraniano foi lançada a 24 de fevereiro de 2022.


Biden autoriza uso limitado de armas dos EUA contra alvos na Rússia

© Anna Moneymaker/Getty Images
Por Lusa

O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, deu autorização à Ucrânia para que use armamento de origem americana para atacar alvos russos, desde que limitados à defesa da cidade de Kharkiv, disseram duas fontes à agência AP.

Os dois responsáveis norte-americanos, que pediram para não serem citados devido à sensibilidade do tema, sublinharam que se mantém a política de Washington de que a Ucrânia não deve utilizar armas provenientes dos Estados Unidos para atacar dentro das fronteiras russas.

De acordo com o jornal 'online' Politico, que deu a notícia em primeira mão, a Casa Branca decidiu, nos últimos dias, dar "flexibilidade" à Ucrânia para se defender de ataques na fronteira perto de Kharkiv.

"Na prática, a Ucrânia pode agora usar armas providenciadas pelos Estados Unidos da América para abater mísseis russos em direção a Kharkiv, sobre tropas que se estejam a reunir junto da fronteira ou para atacar bombardeiros que estejam a lançar bombas sobre território ucraniano", pode ler-se na notícia do Politico, que cita quatro fontes, também sem as identificar.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, pediu hoje aos Aliados que revejam as restrições colocadas ao armamento ocidental usado pela Ucrânia em território russo, sugerindo que as limitações poderiam ser "reconsideradas" dada a evolução da guerra.

"Temos de reconhecer que os Aliados estão a prestar muitos tipos diferentes de apoio militar à Ucrânia. Alguns deles impuseram restrições à utilização dessas armas, outros não impuseram quaisquer restrições às armas que forneceram à Ucrânia, estas são decisões nacionais, mas penso que, à luz da forma como esta guerra evoluiu face ao início, quando quase todos os combates tiveram lugar em território ucraniano, [...] creio que chegou a altura de reconsiderar algumas destas restrições", declarou o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês).

Intervindo numa conferência sobre os 75 anos da NATO, que antecede a reunião informal dos chefes da diplomacia da Aliança Atlântica na cidade checa de Praga, Jens Stoltenberg lembrou que, dois anos após a invasão russa da Ucrânia, "a maior parte dos combates pesados tem tido lugar ao longo da fronteira entre a Rússia e a Ucrânia", com a linha da frente a ser "o lado russo da fronteira".

O responsável frisou que a reavaliação sobre este alívio de restrições deveria acontecer para "permitir que os ucranianos se defendam efetivamente".

Na última semana, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez um apelo para que o país possa utilizar armamento disponibilizado pelo Ocidente para atingir posições militares no território russo.

A questão está longe de ser consensual e há vários países do bloco político-militar que querem continuar a limitar a utilização do armamento ocidental à defesa ucraniana no seu próprio território.

Ataques ao território russo com armamento fornecido pelo Ocidente poderiam ser interpretados pelo Kremlin como um envolvimento direto no conflito e levar a uma escalada.