quarta-feira, 12 de julho de 2023

Seita cristã no Quénia já fez 372 mortos. Foram encontrados 12 corpos

© YASUYOSHI CHIBA/AFP via Getty Images

POR LUSA   12/07/23 

O número de membros de uma seita cristã mortos no sul do Quénia após serem persuadidos a jejuar para se encontrarem com Cristo subiu hoje de 360 para 372, após terem sido encontrados mais 12 corpos, segundo a polícia.

De acordo com a inspetora da polícia queniana Rhoda Onyancha, as escavações - retomadas na segunda-feira após semanas de paragem - ainda não estão completas e o número de mortos pode continuar a aumentar nas próximas semanas.

As autoridades quenianas continuam a abrir valas comuns e sepulturas encontradas na floresta de Shakahola, no condado costeiro de Kilifi.

Quase todos os corpos do chamado "massacre de Shakahola" foram exumados da floresta, que cobre mais de 320 hectares, enquanto apenas alguns morreram no hospital depois de terem sido resgatados devido ao seu estado grave.

Rhoda Onyancha, citada pela imprensa queniana, confirmou na terça-feira que o número de pessoas resgatadas com vida continua a ser de 95, enquanto 613 pessoas foram dadas como desaparecidas até agora.

Em 27 de junho, o patologista chefe do Governo, Johansen Oduor, disse que, dos 338 corpos examinados até à data, 117 eram crianças e 201 adultos, enquanto 20 estavam demasiado decompostos para se poder determinar a idade.

As autópsias revelaram igualmente que, embora todos os corpos apresentassem sinais de inanição, alguns deles, especialmente as crianças, apresentavam também vestígios de estrangulamento e sufocação.

As primeiras investigações da polícia sugerem que os fiéis foram forçados a continuar o jejum, mesmo que o quisessem abandonar.

Até à data, foram detidos pelo menos 37 suspeitos relacionados com o caso, que chocou o país.

O ministro do Interior do Quénia, Kithure Kindiki, culpou terça-feira as forças de segurança e o sistema judicial quenianos de negligência por não terem tomado medidas adequadas em relação a alegações anteriores contra o alegado líder da seita, o pastor Paul Mackenzie.

O principal suspeito, que se encontra sob custódia policial desde 14 de abril, dirige a Igreja Internacional da Boa Nova e já trabalhou como motorista de táxi.


O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, proclamou hoje uma "vitória de segurança significativa" para o país na relação com a NATO, após ter irrompido na cimeira de Vilnius com críticas à ambiguidade dos aliados, no que Portugal considerou um "mal-entendido".

© Celestino Arce/NurPhoto via Getty Images

POR LUSA   12/07/23 

 NATO. Zelensky leva "vitória significativa" após "mal-entendido" inicial

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, proclamou hoje uma "vitória de segurança significativa" para o país na relação com a NATO, após ter irrompido na cimeira de Vilnius com críticas à ambiguidade dos aliados, no que Portugal considerou um "mal-entendido".

No primeiro dia da cimeira em Vilnius, o Presidente da Ucrânia exigiu "respeito", um calendário que delineasse o caminho para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e o fim da postura "absurda" que estava a atrasar a adesão do país que está há mais de um ano a tentar fazer face a uma invasão da Rússia.

A "bomba" de Volodymyr Zelensky ecoou imediatamente e irrompeu pela reunião. E nem a introdução da palavra "convite" nas conclusões da cimeira convenceu Zelensky, apesar da relutância de Washington e de Berlim em incluí-la.

Mas para o primeiro-ministro português, António Costa, "houve, seguramente, um mal-entendido" do Presidente da Ucrânia quanto às intenções dos aliados e foi precisamente isso que transmitiram a Zelensky.

Da noite para o dia, o discurso que até então sabia a pouco deu lugar a uma conquista. Os países que compõem o G7 (Alemanha, França, Estados Unidos, Itália, Reino Unido, Canadá e Japão) anunciaram uma declaração que dá garantias de segurança até à eventual adesão do país.

Não é um convite, muito menos um calendário, mas é um "primeiro documento legal que é como um guarda-chuva" para assegurar que a Ucrânia vai continuar a receber apoio, disse Zelensky.

A moeda de troca é o fim da guerra e o cumprimento das condições estabelecidas. Só aí é que vai ser possível olhar para a Ucrânia com um candidato à Aliança Atlântica.

O documento "cobrirá todos os aspetos que agora estão em falta como a defesa aérea, as aeronaves militares" e tudo o resto que a Ucrânia necessite para expulsar os militares russos do seu território.

Mas Zelensky lembrou que, no passado, o país ficou com um documento parecido "na mão" e isso não impediu a Rússia de violar a integridade do seu território, advertindo que, desta vez, tem mesmo de haver "respeito" pela Ucrânia.

Entre as declarações de unidade renovada, o Presidente da Ucrânia anunciou, ao lado do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que regressaria "a casa com uma vitória significativa de segurança" e um "sinal tático" para o Kremlin.

"Não é uma candidatura, mas é uma mobilização para a Ucrânia e um sinal poderoso", advogou.

E as críticas do dia anterior converteram-se, nas palavras do próprio, em sensatez, para tentar apaziguar a frustração da população ucraniana e de alguns aliados, como a Lituânia, que optariam por ir mais longe no processo de adesão.

"Percebemos isso, somos sensatos, os parceiros neste momento estão a ajudar-nos com armas, este é um momento de sobrevivência, entendemos que haja algum receio em falar sobre a nossa adesão agora. Ninguém quer uma guerra mundial, quero que todos entendam isso: a Ucrânia não pode aderir enquanto a guerra continuar, isto é absolutamente claro", esclareceu Zelensky.

Do encontro de dois dias, Portugal conseguiu convencer os aliados a incluir na declaração final o compromisso para uma "reflexão abrangente e profunda sobre ameaças e desafios" no flanco sul da NATO, que será feita até à próxima cimeira, em 2024, nos Estados Unidos da América.

Esta é uma 'bandeira' antiga do país, que tem alertado para várias preocupações no continente africano, nomeadamente na região do Sahel, e que incluem terrorismo praticado por mercenários como os do grupo Wagner.

No final do encontro, António Costa adiantou que Portugal respondeu à chamada e subscreveu as garantias de segurança dadas à Ucrânia pelos países do G7, ressalvando que ainda vai ser discutido de que forma é que o país pode ajudar a assegurá-las.

Portugal, que é um dos Estados-membros fundadores da Aliança desde 1949, vai ainda reforçar em um milhão e meio de euros a comparticipação no fundo da NATO "para a parceria com os países da vizinhança sul" da Aliança e participar no novo Fundo para a Inovação, constituído durante esta cimeira.



Japão promete enviar a Kyiv sistema de deteção de 'drones'

© Reuters

POR  LUSA   12/07/23 

O Japão anunciou hoje o envio de sistemas de deteção de 'drones' para a Ucrânia, para ajudar o país a fortalecer a sua defesa contra as tropas invasoras russas.

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, durante a cimeira da NATO que hoje terminou em Vílnius, capital da Lituânia.

Embora tenha lembrado a importância de não alterar o 'status quo' pelo uso da força, o chefe de Governo japonês prometeu que o seu país aumentará a cooperação com outros países para "manter e fortalecer uma ordem internacional aberta e livre".

Fumio Kishida disse ainda que a segurança na Europa e na região do Indo-Pacífico são questões inseparáveis e expressou a sua determinação em trabalhar para "reforçar as relações entre a NATO e países parceiros", como Austrália, Coreia do Sul e Nova Zelândia.

O líder japonês visitou a Ucrânia em março passado e anunciou uma ajuda de quase 30 milhões de euros em material não letal, através de um fundo criado pela NATO, o mesmo que Tóquio usará agora para enviar sistemas de deteção de drones.


ONU estima que 735 milhões de pessoas no mundo passam fome

© REUTERS/Ali Khara

POR LUSA  12/07/23 

Cerca de 735 milhões de pessoas passam fome no mundo, mais 122 milhões face a 2019, revelaram hoje as Nações Unidas (ONU) num novo relatório, que aponta múltiplas crises, incluindo a guerra na Ucrânia, como motivo para o aumento.

As conclusões constam na edição de 2023 do relatório "O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo" (conhecido pela designação SOFI), publicado hoje em conjunto por cinco agências do sistema das Nações Unidas, que estimam que entre 691 milhões e 783 milhões de pessoas foram vítimas do flagelo da fome no ano passado, numa média de 735 milhões de pessoas a viver em tal situação.

Se a tendência se mantiver, o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de acabar com a fome até 2030 não será alcançado, advertiram a Organização de Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Programa Alimentar Mundial (PAM) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), as agências que assinam o relatório.

De acordo com a ONU, a pandemia de covid-19 e repetidos choques climáticos e conflitos, como a guerra em curso na Ucrânia, contribuíram para que mais 122 milhões de pessoas fossem empurradas para a fome desde 2019 - ano em que esse número se fixou em 613 milhões de pessoas.

"A recuperação da pandemia global foi desigual e a guerra na Ucrânia afetou os alimentos nutritivos e as dietas saudáveis. Este é o 'novo normal' em que as mudanças climáticas, os conflitos e a instabilidade económica estão a empurrar os que estão à margem para mais longe da segurança", disse o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, citado no comunicado.

No ano passado, o progresso na redução da fome foi observado na Ásia e na América Latina, mas este flagelo ainda estava a aumentar na Ásia Ocidental, nas Caraíbas e em todas as sub-regiões de África. O continente africano continua a ser o mais afetado, com uma em cada cinco pessoas a passar fome, mais do dobro da média global.

"Há sinais de esperança, algumas regiões estão a caminho de atingir algumas metas nutricionais para 2030. Mas, no geral, precisamos de um esforço global intenso e imediato para resgatar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Devemos construir resiliência contra as crises e choques que levam à insegurança alimentar -- dos conflitos ao clima", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, numa mensagem de vídeo durante o lançamento do relatório na sede da ONU, em Nova Iorque.

De acordo com as cinco agências da ONU que elaboraram o relatório, quase 600 milhões de pessoas ainda passarão fome em 2030.

Ainda em relação a 2022, o relatório constata que aproximadamente 29,6% da população global, equivalente a 2,4 mil milhões de pessoas, não tinha um acesso constante a alimentos.

Entre estas, cerca de 900 milhões enfrentavam insegurança alimentar severa.

Enquanto isso, a capacidade das pessoas de ter acesso a dietas saudáveis deteriorou-se em todo o mundo: mais de 3,1 mil milhões de pessoas no mundo -- cerca de 42% da população global -- não conseguiram ter acesso a refeições adequadas e equilibradas no período em análise.

Isso representa um aumento geral de 134 milhões de pessoas em comparação com 2019.

De acordo com as conclusões do documento, a insegurança alimentar é mais sentida em áreas rurais.

Também milhões de crianças com menos de cinco anos continuam a sofrer de desnutrição: em 2022, 148 milhões de crianças com idades inferiores a cinco anos (22,3%) tiveram um crescimento atrofiado e 45 milhões (6,8%) estavam abaixo do peso recomendado.

Ainda na mesma faixa etária, 37 milhões de crianças (5,6%) apresentavam excesso de peso.


Leia Também: A ONU admitiu hoje que o número de civis mortos desde o início da guerra na Ucrânia seja muito superior às 9 mil vítimas documentadas, lamentando a falta de responsabilização pelas sistemáticas violações dos direitos humanos pelas forças russas.

G7 compromete-se em fornecer apoio militar à Ucrânia "a longo prazo"

© Getty

POR LUSA   12/07/23 

Os sete países mais industrializados do mundo (G7) comprometeram-se hoje em fornecer um apoio militar "a longo prazo" a Kyiv, com o objetivo de combater a atual ofensiva russa e dissuadir Moscovo de qualquer ataque futuro contra a Ucrânia.

"Vamos trabalhar com a Ucrânia na base de compromissos de segurança específicos e bilaterais a longo prazo, para garantir uma força duradoura e com capacidade de defender a Ucrânia hoje e de dissuadir no futuro qualquer agressão russa", indicou a declaração dos membros do G7 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Canadá, Alemanha, Itália e Japão).

"No caso de futuro ataque armado da Rússia (...), temos a intenção (...) de fornecer à Ucrânia uma assistência rápida em termos de segurança, equipamentos militares modernos nas áreas terrestre, marítima e aérea, e ainda uma assistência económica, e de impor custos económicos e outros à Rússia", acrescentou o documento redigido à margem da cimeira da NATO em Vilnius, que hoje termina na capital lituana.

Previamente, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já tinha saudado o anúncio deste compromisso, apesar de sublinhar que não poderá substituir uma adesão do seu país à NATO.

O líder ucraniano referiu ainda a determinação em tudo fazer para que essa adesão se concretize "após a guerra".

A decisão do G7 foi já comentada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, que advertiu que a concessão de garantias de segurança à Ucrânia "compromete a segurança da Rússia".

"Ao dar garantias de segurança à Ucrânia, [o G7] está a minar a segurança da Rússia", avisou Peskov.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Leia Também: Reino Unido dá a Kyiv mais veículos de combate, munições e apoio médico 

NASA celebra 1.º aniversário do James Webb com nova (e espetacular) foto... A fotografia mostra a Rho Ophiuchi, uma região de formação de novas estrelas.

© NASA

Notícias ao Minuto     12/07/23 

A NASA partilhou uma nova fotografia captada pelo James Webb destinada a celebrar um ano desde que foi revelada a primeira imagem captada por este telescópio espacial.

A imagem em questão é da Rho Ophiuchi, a região mais próxima da Terra onde são formadas novas estrelas - a qual fica a ‘apenas’ 390 anos-luz do nosso planeta. Na fotografia foi possível ao James Webb observar 50 jovens estrelas, com muitas a terem uma massa muito próxima à do nosso Sol.

Mais do que a fotografia em si, os investigadores da NASA enaltecem as capacidades do James Webb e o que o telescópio espacial tem permitido no espaço do último ano.

“Já com um ano de ciência completado, sabemos exatamente quão poderoso é este telescópio e partilhámos um ano de dados e descobertas espetaculares”, notou uma das responsáveis pelo projeto do James Webb, Jane Rigby.

 

Leia Também: James Webb. Aqui tem quatro planetas do Sistema Solar como nunca os viu

Direção do UNTG liderado pelo Júlio António Mendonça disse ser impedido pelo governo liderado pelo Nuno Gomes Nabiam de participar no Atelier organizada pela CEDEAO e OIT

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Cientistas descobrem na África do Sul vestígios de glaciares datados de há 2,9 mil milhões de anos

Estes glaciares não são apenas gelo: são fragilidade e beleza

Por cnnportugal.iol.pt,  12/07/23

Trabalho está a ser apresentado pela primeira vez na conferência de geoquímica Goldschmidt, em Lyon

Vestígios dos glaciares mais antigos do mundo, datados de há 2,9 mil milhões de anos, foram encontrados por baixo dos maiores depósitos de ouro do planeta, na África do Sul, anunciaram em Lyon cientistas sul-africanos e norte-americanos.

O facto sugere a presença de calotes polares continentais nessa altura e que a área se encontrava mais próxima dos polos, ou que partes da Terra poderão ter congelado num período de glaciação global anteriormente desconhecido, com um clima extremamente frio.

O trabalho está a ser apresentado pela primeira vez na conferência de geoquímica Goldschmidt, em Lyon, e foi publicado recentemente pela revista Geochemical Perspectives Letters.

Os cientistas concordam que deve ter havido grandes variações no clima da Terra primitiva, mas tem sido difícil encontrar provas convincentes das condições exatas no planeta nesse período.

Agora, os investigadores – um sul-africano, Axel Hofmann, da Universidade de Joanesburgo, e outro norte-americano, Ilya Bindeman, da Universidade de Oregon - descobriram no chamado Supergrupo Mesoarqueano Pongola, na África do Sul, provas de concentrações relativas de isótopos de oxigénio em rochas antigas, bem como provas físicas que revelam a existência de glaciares há 2,9 mil milhões de anos.

"Encontrámos depósitos glaciares extremamente bem preservados perto dos campos de ouro da África do Sul. Esta é uma das poucas áreas que permanecem relativamente intactas e inalteradas desde os primórdios da Terra”, anunciou Ilya Bindeman

Estes depósitos são moreias glaciares fossilizadas - restos deixados por um glaciar à medida que este se derrete e contrai gradualmente –, e são os “mais antigos alguma vez encontrados”, sublinhou ainda Bindeman.

“Conseguimos correlacionar isto com a análise dos isótopos de oxigénio destas rochas, o que mostrou que o clima devia ser frio quando as rochas foram depositadas", explicou.

Os investigadores propuseram algumas explicações possíveis, a área onde foi desenvolvida a exploração e recolha de amostras poderia estar próxima dos polos no período de formação das moreias,

Mas outra possibilidade é que toda a Terra estivesse num período de glaciação global, quando as baixas concentrações atmosféricas de CO2 e CH4 causaram um "efeito de estufa inverso", fazendo com que grande parte do planeta congelasse.

Os cientistas acreditam que isto pode ter acontecido em algumas ocasiões no passado mais recente e, se assim for, este terá sido o período mais precoce de arrefecimento global de que há registo.

“Qualquer uma destas possibilidades é cientificamente interessante", afirmou Axel Hofmann.


Leia Também: Pelo menos seis pessoas morreram e quatro ficaram feridas na terça-feira à noite num tiroteio perpetrado por homens armados não identificados no sul da África do Sul, anunciou hoje a polícia sul-africana.

FIM DOS TEMPOS

 
Por  Pastor Belizio

QUÉNIA: Polícia queniana dispersa com gás lacrimogéneo protestos não autorizados

© Lusa

POR LUSA   12/07/23 

A polícia queniana disparou hoje gás lacrimogéneo contra manifestantes que desafiaram a proibição de manifestações da oposição para protestar contra a subida dos preços e novos impostos decretados pelo Governo.

As lojas foram encerradas e a capital do país, Nairobi, esteve sob forte vigilância policial. No bairro pobre de Mathare, a polícia disparou gás lacrimogéneo contra os manifestantes, que atiraram pedras. A polícia também usou gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes na cidade portuária de Mombaça, no sul do país.

Na terça-feira, o chefe da polícia nacional proibiu as manifestações convocadas pela oposição, alegando que esta não tinha informado as autoridades, e convidou a população a não aderir às "concentrações ilegais".

Na passada sexta-feira, realizaram-se manifestações contra o Governo do Presidente William Ruto em várias cidades, em resposta a um apelo do líder da oposição, Raila Odinga.

Em Nairobi, a polícia disparou gás lacrimogéneo contra a caravana de Odinga e o mesmo foi feito para dispersar as manifestações em Mombaça (sul) e Kisumu (oeste).

De acordo com fontes hospitalares e policiais, pelo menos três pessoas foram mortas na sequência das manifestações nos últimos dias. A Comissão Nacional dos Direitos Humanos do Quénia apelou a que seja feita uma "investigação exaustiva de todos os casos de brutalidade policial".

No último sábado, ativistas afirmaram que a polícia disparou gás lacrimogéneo contra representantes da sociedade civil, incluindo um antigo presidente do Supremo Tribunal queniano Willy Mutunga, que exigiam a libertação de dezenas de pessoas detidas durante os protestos.

A aliança Azimio, liderada por Odinga, tenciona organizar manifestações semanais contra as políticas do Governo de William Ruto.

Odinga, que perdeu as eleições presidenciais de agosto de 2022 para o seu rival, afirma que as eleições lhe foram "roubadas".

No início de julho, Ruto promulgou uma lei das finanças que introduz uma série de novos impostos, apesar das críticas da oposição e da população de um país atingido por uma inflação elevada.

A lei prevê, nomeadamente, um aumento do IVA sobre os combustíveis de 8% para 16%, bem como uma taxa impopular sobre os salários para financiar um programa de habitação económica. Inicialmente prevista em 3%, esta taxa foi reduzida para 1,5%.


Leia Também: Polícia do Quénia proíbe "manifestações ilegais" da oposição

Taiwan prepara exercício de evacuação face a ameaça chinesa

© Getty Images

POR LUSA   12/07/23 

Taiwan vai fazer este mês o primeiro exercício de evacuação em larga escala em várias décadas, num sinal de que está a tentar reforçar as defesas civis contra um possível ataque chinês.

O exercício vai abranger diferentes partes do território, que abrigam, no total, três milhões de pessoas. A ilha tem 23 milhões de habitantes.

A polícia e os funcionários da defesa civil vão conduzir para abrigos antiaéreos todas as pessoas que estiverem nas ruas no momento do exercício, afirmou o Ministério da Defesa do território.

Num contexto de crescente intimidação militar chinesa, os planos marcam uma mudança significativa em relação a edições anteriores do chamado exercício de ataque aéreo de Wan'an, que Taiwan faz anualmente.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.

No ano passado, o Exército de Libertação Popular, as Forças Armadas chinesas, fez exercícios em grande escala ao redor da ilha e intensificou continuamente as patrulhas aéreas e navais nas proximidades do território.

O ministério da Defesa de Taiwan disse que 34 aeronaves militares chinesas operaram perto de Taiwan na terça-feira, entre as quais 29 cruzaram a linha mediana não oficial do Estreito de Taiwan.

No passado, o exercício de Wan'an exigia apenas que os civis ficassem em casa e o tráfego parasse por um período de 30 minutos quando as sirenes soassem.

No ano passado, as autoridades realizaram evacuações práticas pela primeira vez, mas as pessoas foram levadas para abrigos em apenas três aldeias, com uma população total de 32.000 habitantes.

"[Vamos] testar a paragem do trânsito e a retirada de pessoas para instalações reais de evacuação de defesa aérea", disse Chu Sen-tsun, funcionário da Agência de Mobilização de Defesa Total do Ministério da Defesa.

Acrescentou que o exercício visa fazer com que as pessoas "se acostumem a retirar imediatamente após o alarme soar, para que possamos consciencializar a sociedade sobre a defesa aérea".

As autoridades instruíram as pessoas a descarregar uma aplicação da polícia para localizar abrigos próximos e sugeriram que guardem um mapa que funciona sem ligação à rede, para localizá-los em caso de emergência se as comunicações forem cortadas.

Os Estados Unidos, o principal aliado de Taiwan no caso de um conflito com a China, pressionam Taipé há anos para fortalecer as suas defesas.

Os planos seguem um aumento nos gastos com a Defesa. A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, ampliou o período de serviço militar obrigatório de quatro meses para um ano e está a tornar o treino para recrutas mais rigoroso, enquanto Taipé planeia tornar as infraestruturas de telecomunicações mais resilientes.

Em entrevista à agência Lusa, o almirante Lee Hsi-ming, ex-vice-ministro da Defesa de Taiwan, defendeu a mobilização e treino da população taiwanesa, para resistir a uma "iminente" invasão chinesa através de táticas de guerra assimétrica.

"Temos que nos libertar do pensamento convencional em matéria de Defesa", frisou Lee Hsi-ming, defendendo o fornecimento de drones ("veículos aéreos não tripulados"), foguetes antitanque, granadas e outras armas pequenas à sociedade de Taiwan, junto com treino militar, para resistir a uma potencial ofensiva por parte da China.

Capacidades de combate assimétrico incluem o uso de sistemas de armas menores ou não convencionais, que são estrategicamente implantadas contra um inimigo muito maior. Este modelo tem sido usado na resistência e contraofensivas da Ucrânia na guerra com a Rússia.


Leia Também: Taiwan deteta 38 caças e 9 navios de guerra chineses perto da ilha

Governo considera irreparável a perda humana por descarga elétrica em Boé.

© Radio TV Bantaba  Julho 12, 2023

Na Nota de Condolências datado de 11 de julho de 2023, na posse de TV BANTABA, o Ministério da Administração Territorial e Poder Local disse ter recebido a triste notícia de que sete pessoas desapareceram e mais de uma dezena ficaram feridas no último fim de semana na tabanca de “Poro”, localizada a alguns quilômetros da fronteira com a Guiné Conacri.

A informação foi comunicada pela Brigada da Guarda Nacional estabelecida no setor de Boé.

Segundo a Nota,, de acordo com informações apuradas, essa tragédia ocorreu devido a uma forte descarga elétrica que resultou na perda de vida da quelas pessoas.

Diante deste triste evento que resultou na morte de compatriotas, o Ministério da Administração Territorial e Poder Local expressa suas sinceras condolências às famílias enlutadas e a toda a comunidade local por essa perda irreparável.

O Ministério encerra sua mensagem rogando a Deus que conceda consolo e força aos afetados por essa tragédia.

NATO: Cimeira da Aliança Atlântica termina hoje com participação de Zelensky

© Lusa

POR LUSA    12/07/23 

A cimeira da Aliança Atlântica em Vilnius, na Lituânia, termina hoje com a participação do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e a primeira reunião do novo Conselho NATO-Ucrânia.

Os trabalhos retomam pelas 9h00 locais (mais duas horas do que em Portugal continental), com uma reunião entre os 31 Estados-membros da NATO, e a participação, como convidados, da Suécia, dos parceiros do Indo-Pacífico e da União Europeia.

Com o processo de adesão da Suécia a avançar para a última etapa depois do desbloqueio do impasse imposto pela Turquia, na véspera do início da cimeira, e o esclarecimento no primeiro dia quanto a uma eventual adesão da Ucrânia, o último dia da cimeira vai abordar as "ameaças híbridas" e, em particular, a "assertividade chinesa" que "afeta a segurança" dos aliados e seus parceiros.

Por isso, países como o Japão, a Coreia do Sul, Nova Zelândia e a Austrália foram convidados a participar nas reuniões de hoje.

De acordo com o programa oficial, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky vão dar uma conferência de imprensa conjunta, que antecederá a primeira reunião do novo Conselho NATO-Ucrânia.

Este conselho coloca a Ucrânia em pé de igualdade com os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte, ainda que não faça parte dela.

Ao final do dia, o secretário-geral da NATO dará nova conferência de imprensa. O primeiro-ministro português António Costa também deverá falar à imprensa.

No primeiro dia da cimeira, o secretário-geral da NATO anunciou que o convite para a Ucrânia aderir à NATO será feito "quando houver concordância" de todos os Estados-membros e "as condições estiverem reunidas", e que nunca houve um calendário.

A Lituânia, país anfitrião da cimeira, aderiu à NATO em 2004, juntamente com a Bulgária, a Estónia, Letónia, Roménia, Eslováquia e Eslovénia, e faz fronteira com a Bielorrússia, a Letónia e o enclave russo de Kaliningrado.


Leia Também: A Ucrânia afirmou hoje ter abatido onze aparelhos aéreos não tripulados (drones) na região de Kyiv, na segunda noite de ataques da Rússia, na mesma altura em que decorre na Lituânia a Cimeira da NATO. 

Cuba denuncia presença de submarino nuclear americano em Guantánamo

© Reuters

POR LUSA    12/07/23 

Cuba denunciou terça-feira a presença "provocadora" de um submarino de propulsão nuclear norte-americano na baía de Guantánamo, que acolhe uma base militar dos Estados Unidos.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cuba "rejeita categoricamente a entrada na Baía de Guantánamo, em 05 de julho de 2023, de um submarino de propulsão nuclear que permaneceu até 08 de julho na base militar dos Estados Unidos", disse em comunicado.

Segundo o ministério trata-se de uma "escalada provocativa dos Estados Unidos, cujos motivos políticos e estratégicos não são conhecidos", o que constitui um "perigo representado pela presença e circulação de submarinos nucleares" nas Caraíbas.

O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, , citando "o porta-voz do Pentágono", afirmou que "continuaremos a voar, navegar e mover ativos militares onde quer que isso seja apropriado pela lei internacional".

Esta denúncia ocorreu quando, nos últimos meses, Havana e Moscovo multiplicaram os sinais de aproximação com o anúncio de futuros projetos conjuntos em várias áreas, em particular na "técnico-militar".

Na terça-feira, o navio-escola Perekop, da Marinha Russa, entrou no porto de Havana para uma "visita oficial" até quinta-feira, segundo a televisão cubana.

Os EUA também acusam a China de, durante anos, tentar desenvolver operações de espionagem a partir de Cuba, que fica a 160 quilómetros da Florida.

Havana reclama regularmente que sejam devolvidos os 117 quilómetros quadrados onde está localizada a base americana, propriedade dos Estados Unidos desde 1898.

Desde 2002, os Estados Unidos usam esta base como uma prisão militar como parte da "guerra contra o terrorismo" após os ataques de 11 de setembro de 2001.


Leia Também: Coreia do Norte disparou um míssil balístico não identificado, depois de Pyongyang ter ameaçado abater aviões espiões norte-americanos no espaço aéreo norte-coreano, anunciaram hoje as forças armadas da Coreia do Sul.


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terça-feira, 11 de julho de 2023

Ucrânia convidada a aderir à NATO quando cumprir "condições"

© Lusa

POR LUSA   11/07/23 

O secretário-geral da NATO anunciou hoje que o convite para a Ucrânia aderir à NATO será feito "quando houver concordância" de todos os Estados-membros e "as condições estiverem reunidas", e que nunca houve um calendário.

"Vamos convidar a Ucrânia [a aderir] quando os aliados concordarem e assim que as condições estiverem reunidas", disse Jens Stoltenberg, em conferência de imprensa no final do primeiro dia da Cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Vílnius, na Lituânia.

Os jornalistas questionaram várias vezes o secretário-geral da Aliança Atlântica sobre as críticas feitas pelo Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que considerou "absurdo" não haver um calendário para a adesão do país.

Stoltenberg rebateu que "nos outros processos de adesão nunca houve um calendário": "Não é uma questão de calendário, é uma questão baseada em condições."

Apesar de não ter um calendário ou um convite, a Ucrânia será dispensada de apresentar um Plano de Ação para Aderir (MAP), requerido pela organização a todos os países que querem integrá-la.

"Isto vai alterar o caminho de adesão de um processo de duas etapas para uma etapa, mas quando as condições estiverem reunidas", reforçou.

E mesmo "uma etapa" não é sinónimo de uma adesão imediata, alertou Jens Stoltenberg.

O secretário-geral preferiu concentrar-se no "programa de assistência multianual para a transição da era soviética para os padrões" da Aliança Atlântica e através do "apoio prático" para reforçar "a interoperabilidade" entre as Forças Armadas da Ucrânia e os destacamentos ao serviço da NATO.

Tudo isto, advogou Stoltenberg, "vai aproximar a Ucrânia da NATO" e vai fazer avançar o processo de adesão, que ainda não tem data e que, explicou, não pode sequer ser equacionado enquanto prosseguir o conflito.

Nos curtos momentos da conferência de imprensa que não estiveram dominados pela questão Ucrânia, o secretário-geral da NATO reconheceu que a China "não é um adversário" e que os 31 Estados-membros têm de trabalhar com Pequim, mas reconheceu a cada vez mais proeminente "assertividade chinesa afeta a segurança" dos aliados e a modernização das Forças Armadas chinesas "sem precedentes e que está a ser feita sem transparência".

Frisou ainda a insistência de Pequim em não condenar a Rússia pela agressão à Ucrânia.


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UCRÂNIA/RÚSSIA: Mísseis entregues por França são capazes de atingir alvos na Rússia

© Getty Images

POR LUSA   11/07/23 

Os mísseis de cruzeiro entregues pela França à Ucrânia são equivalentes aos já fornecidos pelo Reino Unido e aumentam a capacidade de Kiev atingir alvos dentro da Rússia.

Estes mísseis de cruzeiro - desenvolvidos em conjunto por França como SCALP e pelo Reino Unido como Storm Shadow - podmm ser lançado de um avião de caça e Londres já tinha anunciado o seu envio para a Ucrânia, para ajudar Kiev a resistir à invasão russa.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje, no primeiro dia da cimeira da NATO, que a França iria entregar à Ucrânia mísseis SCALP, numa decisão criticada pelo Kremlin, que ameaçou tomar "contra medidas".

Hoje, uma fonte militar francesa garantiu que os Scalp já estavam na Ucrânia, para que Kiev possa tirar proveito do seu alcance de mais de 250 quilómetros, o que lhe dá acesso às áreas a leste controladas pelas forças russas.

"É essencial que as forças ucranianas interrompam a logística e o comando e controlo russo", explicou Ivan Klyszcz, investigador do Centro Internacional de Defesa e Segurança (ICDS), na Estónia, para explicar a relevância destas armas.

Há vários meses que Kiev pedia este tipo de armas, procurando romper a resistência dos países ocidentais em fornecer armas com poder de atraque.

Com esses mísseis, o quartel-general da marinha russa no Mar Negro, localizado em Sevastopol, na Crimeia, fica agora ao alcance do fogo dos ucranianos, assim como várias cidades russas próximas à fronteira.

Londres insiste que estes mísseis devem "permitir à Ucrânia repelir as forças russas baseadas no território soberano da Ucrânia", nas palavras do ministro da Defesa britânico, Ben Wallace.

Quando, recentemente, mencionou o envio destes mísseis, o Presidente francês, Emmanuel Macron, disse que eles serão entregues "mantendo a clareza e a coerência" da doutrina ocidental, de permitir que a Ucrânia "defenda o seu território".


Região de Gabú: Descarga elétrica causa a morte de 7 jovens.

Por   Radio TV Bantaba   Julho 11, 2023

Região de Gabú, na localidade de Boé, a descarga elétrica resultou na morte de 7 pessoas na aldeia Boró vizinha, da Guiné-Conacri.

Contactado pela Rádio TV Bantaba, o Comandante de Proteção Civil e Bombeiros de Gabú, Mamadu Aliu Djalo, afirmou que a tragédia ocorreu durante a cerimônia de um casamento na localidade de Boró. Na tentativa de conectar um telefone via Bluetooth ao dispositivo de som, ocorreu uma descarga elétrica que resultou na morte de sete pessoas e deixou outras 12 feridas, sendo duas delas em estado grave.

O responsável pelos bombeiros relatou que, após ser contactado pelo Administrador local, enviou uma equipe para a área afetada.

“Após o contato com o Administrador, liguei para o delegado da proteção civil da área, que, ao chegar, encontrou alguns elementos da guarda nacional, polícia de ordem pública e algumas autoridades da Guiné-Conacri que estavam presentes. A menina que estava indo para o casamento era do país vizinho”, disse Mamadu Aliu.

Segundo as informações, a maioria dos feridos foram levadas para postos de saúde do país vizinho, devido às condições de travessia. No entanto, os dois casos graves foram levados para tratamento tradicional em uma aldeia próxima, antes da chegada das autoridades.

Das vítimas fatais, “quatro” são da Guiné-Conacri e “três” são da Guiné-Bissau, em decorrência da descarga elétrica que ocorreu no último domingo na localidade de Boró, na fronteira entre Guiné-Bissau e Guiné-Conacri, no setor de Boé.


As autoridades centrais, em especial o Ministério do Interior, já estão cientes do caso, conforme relatado pelo comandante de proteção civil e bombeiro de Gabú.

De acordo com informações apuradas pela RTB, este é o terceiro incidente relacionado a descargas elétricas durante esta temporada de chuvas. Há duas semanas, uma mulher foi atingida por uma descarga elétrica, deixando um bebê de um ano. Três semanas antes disso, a mesma situação ocorreu e vitimou três crianças, sendo que duas delas faleceram e uma foi salva graças ao atendimento médico. Os dois primeiros casos ocorreram nas margens do rio Fefine, na vizinha Guiné-Conacri.

Vale ressaltar que o setor de Boé encontra-se isolado desde o afundamento da Jangada que faz a ligação de Tchetche ao continente, o que dificulta a travessia de veículos e coloca em risco a situação sanitária e de catástrofes.


Presidente da República Umaro Sissoco Embalo recebe comprimentos de pregrinos muçulmanos


 Radio Voz Do Povo 

Bispo de Diocese de Bissau Dom José Lampra Cá recebido esta terça-feira (11.07) em audiência com chefe do estado.

Estamos muito satisfeito com o apoio do Presidente da República para realização da Jornada Mundial da Juventude catolica da Guine-Bissau._disse o Bispo de Diocese de Bissau Dom José Lampra Cá após a audiência com o Chefe do estado Umaro Sissoco Embalo.
 Radio Voz Do Povo

Comerciantes organizados na fileira de Caju, em conferência de imprensa para desanuviar a situação da comercialização da castanha de caju este ano.

Bacar Sissé técnico especialista do setor, Secuna Baldé Conselheiro e o porta-voz da organização Bubacar Buaró.👇

 Radio TV Bantaba 

Bielorrússia confirma: Grupo Wagner treinará com as suas Forças Armadas

© Reuters

POR LUSA    11/07/23 

O Governo da Bielorrússia confirmou hoje que membros do Grupo Wagner, chefiado por Yevgeny Prigozhin, vão participar em manobras de treino das Forças Armadas, poucas semanas depois da rebelião destes mercenários na Rússia.

O Ministério da Defesa da Bielorrússia anunciou num comunicado divulgado na rede social Telegram que "logo que os representantes do Grupo Wagner cheguem e sejam colocados nos campos de treino, para troca mútua de experiências, espera-se que seja dada uma atenção especial às técnicas de combate e métodos pelas Forças Armadas da Bielorrússia".

O Ministério sublinhou que "estão a ser concluídos os preparativos" para a chegada de soldados russos para tarefas de "coordenação de combate" e treino, no quadro de uma estreita colaboração a nível militar entre Moscovo e Minsk.

O anúncio ocorre depois de o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, ter desempenhado o papel de mediador após a rebelião de 24 de junho, liderada por Prigozhin, cujas forças avançaram até à capital russa.

Horas depois do motim, as partes chegaram a um acordo que previa a retirada dos membros do Grupo Wagner com vista à sua eventual integração no Exército e a retirada das acusações dos envolvidos na revolta.

Embora inicialmente houvesse informação que o líder do Grupo Wagner poderia ter-se instalado no território da Bielorrússia, na semana passada Lukashenko admitiu que Prigozhin estava na cidade russa de São Petersburgo.

Na segunda-feira, o Kremlin confirmou que o Presidente russo, Vladimir Putin, e o líder do Grupo Wagner se tinham reunido em 29 de junho, para discutir os acontecimentos de 24 de junho.


Campanha de Sensibilização sobre Violência Baseada no Gênero, promovida pela AGUIBEF (Associação Guineense para o bem estar Familiar).

 Radio TV Bantaba

Instituto Nacional de Segurança Social. Projeto imobiliario de construção de casas habitacionais e comerciais em SAFIM.

 Radio TV Bantaba 

França vai entregar à Ucrânia mísseis de longo alcance 'Scalp'

© Lusa

POR LUSA   11/07/23 

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje, no primeiro dia da cimeira da NATO, que a França vai entregar à Ucrânia mísseis de longo alcance 'Scalp', decisão já criticada pelo Kremlin, que ameaçou tomar "contra medidas".

"Decidimos entregar novos mísseis que permitirão à Ucrânia um ataque com maior profundidade", disse Macron à chegada à cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Vílnius, na Lituânia, sem adiantar quantos serão encaminhados para Kyiv.

"O que é importante para nós hoje é enviar uma mensagem de apoio à Ucrânia, de unidade da NATO e de determinação de que a Rússia não pode e não deve ganhar esta guerra", acrescentou.

O míssil de cruzeiro 'Storm Shadow', desenvolvido conjuntamente pelo Reino Unido e pela França e denominado 'Scalp' pelo exército francês, é lançado a partir o ar, tendo um alcance de mais de 250 quilómetros, mais do que qualquer outra arma fornecida a Kyiv pelos países ocidentais.

Com o seu longo alcance, estes mísseis são capazes de atingir áreas no leste da Ucrânia controladas pelas forças russas.

Em maio, o Reino Unido foi o primeiro país a anunciar que estava a enviar mísseis de longo alcance para a Ucrânia. Poucos dias depois, a Rússia afirmou ter intercetado um 'Storm Shadow' no âmbito do conflito na Ucrânia.

"[Os mísseis 'Scalp'] serão entregues mantendo a clareza e a coerência da nossa doutrina, ou seja, para permitir à Ucrânia defender o seu território", explicou Macron, excluindo implicitamente qualquer utilização para atacar a Rússia.

Segundo a revista especializada Défense et Sécurité Internationale, a França tem "menos de 400" destes mísseis.

O Presidente francês também se "congratulou" com o acordo alcançado com a Turquia para finalizar a adesão da Suécia à NATO.

Em Moscovo, através do porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a presidência russa considerou que o envio dos mísseis franceses para Kiev "é um erro" que vai obrigar a Rússia a tomar "contra medidas" no conflito com a Ucrânia.

"Do nosso ponto de vista, trata-se de uma decisão errada com consequências graves para a Ucrânia, porque naturalmente nos obrigará a tomar contra medidas", afirmou Peskov aos jornalistas.

A cimeira da NATO, que começou hoje na Lituânia, está centrada no apoio à Ucrânia contra a invasão russa e na adesão da Suécia à Aliança Atlântica, bem como no reforço dos meios militares dos aliados contra futuras ameaças.

O reforço das capacidades de dissuasão e defesa da Aliança é um dos principais temas da cimeira, que junta os 31 atuais membros para analisar uma revisão do modelo de organização militar e novos planos regionais - um plano cuja relevância foi fortalecida pela invasão russa da Ucrânia iniciada em fevereiro do ano passado.

A cimeira servirá para discutir ainda o reforço do investimento dos aliados, para dar resposta a este plano, bem como para suprir as necessidades da Ucrânia no seu esforço de guerra. 


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França. Mãe confessa ter matado filhos de 5 e 10 anos após separação... Mulher cometeu homicídio na sequência da separação do pai do filho mais novo.

© ´Getty Images/LOIC VENANCE

Notícias ao Minuto    11/07/23 

Uma mulher confessou ter matado os dois filhos, de 5 e 10 anos, cujos corpos foram encontrados a 10 de junho, numa casa em Wargnies-le-Grand, no norte de França.

A mãe das vítimas, de 35 anos, confessou agora o crime, segundo avança a procuradoria francesa num comunicado publicado esta terça-feira.

A tragédia terá ocorrido no contexto de uma separação do pai do filho mais novo e em que o tribunal terá decidido que a criança deveria ficar sob a guarda do homem. Contudo, segundo o France Bleu, a mulher "não tencionava entregar a guarda, em conformidade com a decisão do juiz do tribunal de família de Avesnes-sur-Helpe".

A mulher terá explicado que drogou os filhos para os adormecer. Em seguida, afogou-os na banheira da casa da família. Os bombeiros ainda foram chamados ao local mas já nada podiam fazer para reanimar as vítimas. 

A mãe foi encontrada inconsciente num tanque e levada de urgência para o hospital de Valenciennes, a cerca de dez quilómetros de distância. Acabou por sobreviver.

O Ministério Público francês considerou que o crime foi premeditado e a mãe foi acusada de homicídio e colocada em prisão preventiva.

A mulher foi sujeita a um exame psiquiátrico que permitiu constatar "uma diminuição do discernimento".


CEDEAO aprova candidatura da Guiné-Bissau a membro não permanente no Conselho de Segurança da ONU

Por LUSA

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) aprovou a candidatura da Guiné-Bissau e da Libéria a membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU, segundo o comunicado final da cimeira de domingo e hoje divulgado.

"Os chefes de Estado e de Governo aprovaram a candidatura da Libéria para 2026-2027 e da Guiné-Bissau para 2028-2029", refere-se no comunicado.

Os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO realizaram no domingo em Bissau a sua primeira cimeira anual, que marcou o fim da presidência rotativa da Guiné-Bissau da organização.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas é composto por 15 membros, dos quais cinco são permanentes.

Os membros permanentes são os Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.

Os membros não permanentes são eleitos pela Assembleia-Geral das Nações Unidas por um período de dois anos.

Ministro ucraniano garante ter provas de preparação de ataque russo à central nuclear de Zaporizhzhia

A Ucrânia insiste que a Rússia está a colocar minas na central nuclear de Zaporizhzhia.

Desta vez foi o ministro ucraniano da Energia, German Galushchenko, a garantir ter provas, em declarações à Associated Press. No caso serão fotografias de satélite que comprovam a preparação de um ataque contra a central.



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Hungria indica que adesão da Suécia à NATO é apenas uma questão técnica

© Thierry Monasse/Getty Images

POR LUSA   11/07/23 

O governo húngaro disse hoje que o processo de adesão da Suécia à NATO é "apenas uma questão técnica" dando um sinal favorável ao processo, um dia depois de a Turquia ter cedido na sua posição.

"A nossa posição é clara: o Governo apoia a adesão de Estocolmo à Aliança Atlântica (...). A conclusão do processo de ratificação é agora apenas uma questão técnica", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Peter Szijjarto.

A declaração foi difundida por Szijjarto na plataforma digital Facebook, antes de partir para a cimeira da NATO em Vilnius.

A questão da adesão sueca teve na segunda-feira um desenvolvimento importante, com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, a concordar com a entrada da Suécia na Aliança Atlântica.

Em contrapartida, Estocolmo garantiu que apoiaria os esforços de adesão da Turquia à União Europeia (UE), incluindo na liberalização de vistos.

O reforço das capacidades de dissuasão e defesa da Aliança é um dos principais temas da cimeira, que junta hoje e quarta-feira os 31 atuais membros para analisar uma revisão do modelo de organização militar e novos planos regionais - um plano cuja relevância foi fortalecida pela invasão russa da Ucrânia iniciada em fevereiro do ano passado.

A cimeira servirá para discutir ainda o reforço do investimento dos aliados, para dar resposta a este plano, bem como para suprir as necessidades da Ucrânia no seu esforço de guerra.


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