sexta-feira, 16 de junho de 2023

Kyiv sob ataque russo no dia da visita de mediadores africanos

© REUTERS/Valentyn Ogirenko

POR LUSA  16/06/23 

As forças ucranianas abateram hoje 12 mísseis russos, incluindo seis mísseis hipersónicos Kinjal, num ataque a Kiev no dia da visita de uma delegação de dirigentes africanos, anunciou a força aérea da Ucrânia.

Alem dos mísseis hipersónicos, foram abatidos seis mísseis de cruzeiro Kalibr e dois 'drones' (aeronaves não tripuladas) de reconhecimento, disse a força aérea na plataforma digital Telegram, segundo a agência francesa AFP.

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, considerou que Moscovo estava a enviar uma mensagem aos mediadores africanos de que não queria a paz.

"Os mísseis russos são uma mensagem para África: a Rússia quer mais guerra, não quer paz", escreveu Kuleba na rede social Twitter.

No final da manhã (hora local), o presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, registou uma explosão num dos bairros da capital.

"Os mísseis continuam a voar, visando Kiev", disse Klitschko, enquanto a defesa antiaérea estava em ação, de acordo com as autoridades.

Jornalistas da AFP em Kiev ouviram explosões, mas não foi possível saber imediatamente se houve danos ou vítimas.

Ao meio-dia, toda a Ucrânia estava em alerta antiaéreo.

"Ameaças de armas balísticas no centro, leste e oeste, permaneçam nos vossos abrigos", declarou a força aérea ucraniana no Telegram.

A delegação africana, liderada pelo Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, esteve de manhã em Bucha, onde ocorreu um massacre de civis em março de 2022, atribuído ao exército russo.

"Os chefes de Estado e de Governo visitam a vala comum atrás da Igreja Ortodoxa de Santo André, onde foram enterrados 458 civis que perderam a vida durante a fase inicial do conflito", escreveu Ramaphosa no Twitter.

Ao contrário de todos os outros líderes internacionais que visitaram o local, Ramaphosa evitou mencionar a responsabilidade das forças de ocupação russas na morte das vítimas, segundo a agência espanhola EFE.

De Bucha, a delegação de dirigentes da África do Sul, Senegal, Egito, Uganda, Zâmbia, República do Congo e Comores viajou para Kiev, onde visitou outro memorial de guerra com um representante do Ministério da Defesa ucraniano.

A delegação africana deverá encontrar-se ainda hoje com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e com o homólogo russo, Vladimir Putin, no sábado, em Moscovo.

A missão de paz africana é uma iniciativa de Ramaphosa e visa aproximar russos e ucranianos de uma solução negociada para a guerra provocada pela invasão militar russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.


Leia Também: Rússia pagou bónus a mais de 10.000 soldados pela destruição de armas

GUERRA NA UCRÂNIA: General russo terá morrido durante ataque no sul da Ucrânia... A confirmar-se, trata-se do primeiro general morto em combate este ano.

© ANATOLII STEPANOV/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto    16/06/23 

O Ministério da Defesa do Reino Unido afirmou, esta sexta-feira, que o general russo Sergei Goryachev foi "morto num ataque a um posto de comando" durante o início da semana, no sul da Ucrânia. A confirmar-se, trata-se do primeiro general morto em combate este ano. 

Segundo o governo britânico, no seu mais recente relatório sobre a guerra na Ucrânia, "Goryachev era o chefe do Estado-Maior do 35º Exército de Armas Combinadas (35 CAA)" e o ataque terá ocorrido por volta do dia 12 de junho.

O general estaria a ocupar o lugar do comandante daquela brigada, Alexandr Sanchik, que está "supostamente a preencher uma lacuna num quartel-general superior", existindo uma "forte possibilidade de que Goryachev fosse o comandante interino do exército na altura da sua morte".

"Este é o prosseguimento de um registo de guerra que tem sido simultaneamente difícil e controverso para a 35ª CAA: em março de 2022, elementos do exército estiveram presentes durante o massacre de civis em Bucha e, em junho de 2022, a força foi em grande parte dizimada perto de Izium", acrescentam os serviços de informação britânicos.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que quase nove mil civis morreram e cerca de 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


Leia Também: O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, chegou hoje à Ucrânia liderando uma missão de chefes de Estado africanos que se vai reunir com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky deslocando-se depois à Rússia.


Submarino nuclear dos EUA capaz de lançar mísseis guiados chega à Coreia

© Lusa

POR LUSA  16/06/23 

Um submarino norte-americano de propulsão nuclear e capaz de lançar mísseis guiados chegou hoje à Coreia do Sul, no âmbito dos recentes compromissos de defesa assumidos por Washington com Seul.

O USS Michigan chegou ao porto de Busan, a 320 quilómetros a sudeste de Seul, informou o Ministério da Defesa sul-coreano, em comunicado.

É a primeira vez em seis anos que um submarino deste tipo chega a um porto sul-coreano, numa demonstração do compromisso de reforço dos mecanismos de dissuasão contra a Coreia do Norte, assumido pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, perante o homólogo sul-coreano, Yoon Suk-yeol, através da chamada Declaração de Washington.

A visita do USS Michigan à Coreia do Sul "tem como objetivo implementar substancialmente o que foi acordado na declaração de Washington, feita em abril, para aumentar a visibilidade regular dos meios estratégicos na península coreana", disse o vice-almirante Kim Myung-soo, na mesma nota.

A chegada do submarino "demonstra as capacidades esmagadoras e a prontidão da aliança entre a República da Coreia [nome oficial do país] e os EUA para alcançar a paz através da força", acrescentou.

O USS Michigan, com 170 metros de comprimento e 18.000 toneladas de peso, tem capacidade para transportar 154 mísseis de cruzeiro Tomahawk, com um alcance de 2.500 quilómetros.

O submarino permanecerá em águas sul-coreanas até 22 de junho, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

A chegada ocorreu um dia depois de a Coreia do Norte ter lançado dois mísseis balísticos de curto alcance, no primeiro lançamento em dois meses, num aparente protesto contra os maiores exercícios de fogo real de sempre realizados por Washington e Seul, que terminaram na quinta-feira.

Entretanto, as forças armadas sul-coreanas anunciaram terem recuperado grande parte do foguetão norte-coreano que caiu no mar, ao fim de 15 dias de busca.

A 31 de maio, a Coreia do Norte tentou colocar em órbita um primeiro satélite de vigilância militar, mas o engenho e a carga "caíram no mar" pouco depois do lançamento devido, de acordo com Pyongyang, a uma falha no foguetão.

A tensão na península coreana tem vindo a aumentar desde o ano passado, quando a Coreia do Norte, que recusou retomar o diálogo, efetuou um número recorde de testes de mísseis e os aliados retomaram exercícios militares combinados e o destacamento rotativo para a península de meios militares norte-americanos, como o USS Michigan.


Leia Também: EUA, Coreia do Sul e Japão condenam disparos de mísseis norte-coreanos

Japão eleva idade de consentimento sexual de 13 para 16 anos

© iStock

POR LUSA   16/06/23 

O parlamento japonês aprovou hoje o aumento da idade de consentimento sexual de 13 anos, uma das mais baixas do mundo, para 16 anos, no âmbito de uma reforma legislativa contra agressões sexuais.

A reforma, que também clarifica os pré-requisitos para processos por violação e criminaliza o voyeurismo, foi aprovada por unanimidade pela câmara alta do parlamento.

A idade mínima de consentimento, abaixo da qual qualquer atividade sexual é considerada violação, é de 16 anos no Reino Unido e na Coreia do Sul, de 15 anos em França e de 14 anos na Alemanha e na China.

A idade da maioridade sexual no Japão nunca sofreu alterações desde que foi legislada, em 1907.

Ao abrigo da nova legislação, as relações sexuais entre dois adolescentes com mais de 13 anos não serão punidas se os dois parceiros não tiverem mais de cinco anos de diferença.

O Japão alterou a legislação contra a violência sexual em 2017, a primeira vez que o fez em mais de um século, embora críticos considerassem que a reforma não foi suficientemente ambiciosa.

Em 2019, uma série de absolvições em casos de violação provocaram protestos em todo o país.

A reforma aprovada hoje contém também uma nova infração que pune aqueles que, por via de intimidação, sedução ou dinheiro, forcem encontros com menores de 16 anos para fins sexuais. Estes atos vão ser punidos com uma pena de prisão até um ano ou uma multa de 500 mil ienes (3.250 euros).

Um dos pontos mais criticados da legislação japonesa em matéria de violação é o facto de o Ministério Público ter de provar que o acusado usou "violência e intimidação".

Os críticos argumentam que as vítimas são frequentemente responsabilizadas por não oferecerem resistência suficiente e salientam que as pessoas que são agredidas podem não ter capacidade para se defender.


Ranking das escolas: 40% das notas nos colégios privados foram de 19 e 20 valores


Por SIC Notícias   
15.06.2023  

De acordo com o jornal Expresso, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência, que faz ações de controlo, já pediu que fosse reposta a legalidade na atribuição de notas em 10 colégios e uma escola pública. Tanto no sistema privado como no público, destacam-se as disciplinas de Educação Física e Biologia pelas melhores notas.

No ano letivo anterior, 40% das notas dadas pelos professores aos alunos que frequentam colégios privados foram de 19 e 20 valores. A Inspeção-Geral da Educação e Ciência mandou repor de imediato a legalidade na atribuição de notas, como avança o Expresso.

A realização dos exames teve regras diferentes. Os do secundário não contaram para a média final, apenas para aceder ao ensino superior e os do 9.º ano não serviram para as contas finais das disciplinas de Português e de Matemática.

Na primeira fase, foram feitas mais de 250.000 provas, a larga maioria nas escolas públicas. Se olharmos para os resultados, a média nas escolas públicas ficou nos 11,4 valores e perto dos 13 nas privadas.

As raparigas conseguiram melhores resultados. Nos exames tiveram 11,7 de média.

Os rapazes ficaram quatro décimas abaixo, com 11,3. Quanto às notas internas dadas pelos professores, por norma, são mais altas, o que também se confirmou no ano passado: as raparigas conseguiram 15,3 valores e os rapazes 14,9.

Os dados revelados pelo Ministério da Educação mostram que 40% das notas dadas pelos professores aos alunos que frequentam colégios privados são de 19 e 20 valores.

De acordo com o jornal Expresso, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência, que faz ações de controlo, já pediu que fosse reposta a legalidade na atribuição de notas em 10 colégios e uma escola pública. Tanto no sistema privado como no público, destacam-se as disciplinas de Educação Física e Biologia pelas melhores notas.

Já a média no exame de Matemática rondou os 12 valores na primeira fase do ano passado e na disciplina de Português ficou nos 11,5. Geografia, Física e Química, Biologia e Geologia não chegaram aos 12 valores.

Quanto às negativas, foram praticamente inexistentes nos dois sistemas de ensino.

Consulte o Ranking das escolas 2022

Angolanos pedem ao "pai" João Lourenço para travar subida de preços

© Lusa

POR LUSA   16/06/23 

Vendedores e compradores dos principais produtos da cesta básica angolana em Luanda queixam-se da subida de preços, que quase duplicaram desde maio, e apelam à intervenção do "pai" João Lourenço, para travar os aumentos.

A vendedora de frescos a retalho Catarina Oliveira assume a preocupação e pede a intervenção do Presidente angolano, para travar a subida dos produtos da cesta básica, que quase duplicaram, receando o agravar da fome em casa.

O recurso à "sócia" (juntar valores com outros compradores para adquirir um mesmo produto), cuja adesão "quadruplicou", é, por isso, cada vez mais uma alternativa para garantir o sustento mínimo.

Num armazém de frescos, na conhecida zona da Arosfram, rua direita do Mercado dos Kwanzas (município do Cazenga) os preços dos produtos são afixados na parede em papéis brancos, e a tinta nítida revela que se trata mesmo dos mais recentes.

Ali acorreu Catarina de Oliveira, com 25.000 kwanzas (33,7 euros), que disse não terem sido suficientes para comprar sequer a metade de produtos que adquiria anteriormente em valores mais reduzidos.

"Hoje eu vim com 25.000 e fiz apenas 'sócia' de rabinho [de porco], uma caixa de carcaça de frango de 12.500 kwanzas [16,8 euros] e fiquei apenas com 4.000 kwanzas em mãos, a situação está mal, tenho filhos, marido sem emprego, vamos fazer como?", desabafou, em declarações à Lusa.

Sentada à entrada do armazém e ladeada de jovens, que com machados aguçados esquartejavam as carnes frescas, Catarina Oliveira explicou que se socorreu da "sócia", a que se juntaram mais três compradoras com 5.000 kwanzas (6,7 euros) cada para adquirir a caixa de "rabinho".

"Antes, com 12.500 kwanzas eu comprava duas a três caixas, Presidente [da República] tem de nos ajudar, pai, está mal tem de nos ajudar mesmo, estamos a confiar contigo pai, ajuda", apelou.

Naquela superfície comercial, a caixa de carcaça de frango de 15 quilogramas já custa 12.500 kwanzas, 10 quilogramas de rabinho de porco valem 15.800 kwanzas (21,3 euros), a caixa de 10 quilogramas de coxa de frango está a 13.200 kwanzas (17,8 euros), enquanto 10 quilos de fígado de vaca estão em 12.200 kwanzas.

Estes preços, segundo os consumidores, quase que duplicaram, se comparados com os praticados há mais de um mês, ocasião em que a caixa de coxa de frango custava 8.000 kwanzas (10,8 euros), recordou Cláudia Almeida.

"Está tudo alto, anteriormente comprávamos a coxa a 8 mil kwanzas, mas agora está a 12.00 kwanzas ou 13.000 kwanzas, comprávamos o saco de arroz a 7.000 kwanzas [9,4 euros], mas neste momento está a 14.000 kwanzas", disse Cláudia Almeida.

A enfermeira de 49 anos, que acorreu à zona da Arosfram para adquirir produtos para a casa, apontou a escassez de divisas no mercado como fator para o aumento dos preços, referindo que gastou hoje duas vezes mais do que no mês passado.

Mesmo fazendo "sócia", a profissional de saúde garantiu que "foi mesmo o dobro".

"Quando cheguei ao armazém, assustei com o preço, sinceramente não estava a acreditar", lamentou.

"A situação é preocupante e acho que há pessoas que não vão comer, se as coisas continuarem a subir diariamente há pessoas que não vão comer", atirou a enfermeira, criticando também a precariedade dos salários.

A subida do preço dos frescos foi confirmada por um dos funcionários do estabelecimento, Vitorino Kanangwa, justificando a medida pela escassez do dólar no mercado angolano e a subida do preço do combustível.

Os preços altos estão a afugentar os clientes e consequentemente reduzir a faturação: "Sim, a procura reduziu, praticamente os clientes começaram a limitar-se por causa dos preços e diminuiu a nossa faturação e esses dias estamos a ter pouca venda", declarou Kanangwa à Lusa.

Diversos produtos que compõem a cesta básica angolana também são vendidos em grande parte dos armazéns localizados na área que circunda o Mercado dos Kwanzas, um dos mais antigos da capital angolana, onde os preços também dispararam.

"Os preços estão muito alterados, desde o mês passado começaram a subir os preços, aqui o saco de arroz (de 25 quilogramas) já estava a 8.500 kwanzas e agora está a 14.000 kwanzas e está difícil, e depois esses dias temos poucos clientes", contou Isabel Afonso.

A funcionária do caixa do armazém referiu que a subida dos preços resulta da escassez do dólar, sendo que o arroz, o óleo e o açúcar "estão agora com pouca saída devido aos preços altos".

A procura por bens de primeira necessidade nesses armazéns é visível pelo número de pessoas que entra e sai do espaço, muitos de mãos vazias e até "indignados" com a subida dos preços, como desabafou Joana Nâmbua Lopes.

"Estamos a sofrer muito, como é que o arroz vai subir até 15.000 kwanzas? Querem nos matar devagar, se querem nos matar que nos matem já todos, a situação está mal, estamos a sofrer muito", queixou-se.

A "zungueira" Odete Daniel apontou que as vendas foram condicionadas devido ao processo de reordenamento do comércio na capital, e acrescentou que "levou um susto" ao ver o atual preço da caixa de massa alimentar fixado em 5.400 kwanzas (7,2 euros) contra os anteriores 3.100 (4 euros).

"É complicado, já não nos querem na 'zunga', a comida é essa que está cara e ficamos como? Vamos morrer de fome", atirou a vendedora ambulante.

Catarina Oliveira, tal como os demais vendedores e compradores, apontou igualmente a escassez do dólar como uma das razões para o escalar de preços de bens de consumo na capital angolana.


Leia Também: Relatório descreve drogas que estão a causar mais preocupação na Europa

Zelensky agradece a países que "treinam" e "tratam" as forças ucranianas

© Reuters

POR LUSA   15/06/23 

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu hoje aos países que treinam as forças ucranianas e tratam dos militares feridos, num dia em que o Grupo de Contacto para a Ucrânia se reuniu na sede da NATO.

"Glória a todos que treinam os nossos guerreiros! Que tratam e reabilitam os nossos defensores após as lesões", frisou o chefe de Estado ucraniano no seu habitual discurso noturno diário.

Zelensky agradeceu também a todos os militares: "a cada unidade, a cada brigada de combate por hoje - pelas batalhas de hoje".

O Grupo de Contacto para a Ucrânia, conhecido como Grupo Ramstein, do qual Portugal faz parte, reuniu-se hoje na sede da NATO, em Bruxelas, antes da reunião dos ministros da Defesa da Aliança.

O ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov, e os comandantes militares ucranianos, informaram hoje os países aliados e parceiros sobre a situação no terreno e delinearam as suas necessidades militares.

Os Estados Unidos deram um novo sinal de apoio nesta fase da contraofensiva ucraniana, ao anunciar 325 milhões de dólares em ajuda militar adicional na terça-feira, que inclui veículos blindados e munições.

A Alemanha, Reino Unido, Polónia, Canadá, Dinamarca, Países Baixos, Noruega e Itália também anunciaram contribuições.

Reznikov saudou também os compromissos e as "notícias importantes" da coligação formada pela Dinamarca e Países Baixos para formar pilotos ucranianos em caças F-16 dos EUA.


Leia Também: A coligação formada pelos Países Baixos e Dinamarca para treinar pilotos ucranianos em caças F-16 vai começar "o mais rápido possível", garantiu esta quinta-feira a ministra da Defesa neerlandesa.

Suicídio de jovens aumentou mais de 60% nos EUA desde 2007

Por SIC Notícias   15.06.2023  

Entre as pessoas entre os 20 e 24 anos, as taxas de suicídio e homicídio aumentaram durante a pandemia de covid-19 para o nível mais alto em duas décadas.

A taxa de suicídio nos jovens norte-americanos entre os 10 e os 24 anos aumentou 62% desde 2007 e até 2021, refere um relatório divulgado esta quinta-feira pelos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).

De acordo com este estudo, a taxa de suicídio passou de 6,8 mortes por 100 mil jovens em 2007, para 11 em 2021, após ter estado estabilizada entre 2001 e 2007.

Especificamente, a taxa de suicídio de adolescentes entre os 10 e 14 anos triplicou entre 2007 e 2018 e a de jovens entre 15 e 19 anos superou a taxa de homicídios em 2020.

Entre as pessoas entre os 20 e 24 anos, as taxas de suicídio e homicídio aumentaram durante a pandemia de covid-19 para o nível mais alto em duas décadas.

O maior aumento anual ocorreu em 2021, quando as taxas de suicídio entre os jovens com 20 anos dispararam 9%, atingindo 19,4 mortes por suicídio por 100.000 pessoas.

O relatório não detalha os motivos para este aumento, mas especialistas que estudaram fatores de risco para o suicídio e depressão entre adolescentes e jovens apontaram o stresse, as redes sociais e a pandemia como fatores.

PETR PAVEL: "Todos os russos que vivem nos países ocidentais devem ser vigiados"

© Getty Images

POR LUSA    15/06/23 

O presidente checo, Petr Pavel, declarou hoje que os russos que vivam nos países ocidentais deviam ser estreitamente vigiados pelos serviços de segurança enquanto cidadãos de um país em guerra contra a Ucrânia.

Este antigo general foi ao ponto de comparar a situação dos russos que vivem nos países ocidentais com a da população de origem japonesa que vivia nos EUA durante a Segunda Guerra Mundial, na qual cerca de 120 mil pessoas foram colocados em campos de internamento.

"Todos os russos que vivem nos países ocidentais devem ser vigiados mais do que antes, porque são cidadãos de uma nação que está a fazer uma guerra agressiva", declarou Pavel à Radio Free Europe/Radio Liberty, baseada em Praga e financiada pelos EUA.

Questionado pelo jornalista, depois desta referência histórica, sobre o que entendia por "vigilância", o presidente checo respondeu: "Isso significa sob a vigilância dos serviços de segurança".

Durante a Segunda Guerra Mundial, 120 mil pessoas de origem japonesa que estavam no território dos EUA foram colocados em campos de internamento, uma política pela qual o então presidente George Bush apresentou desculpa ao Japão, em 1991.

Antigo chefe do comité militar da NATO, Pavel é presidente checo desde março depois de ter vencido as eleições dois meses antes.

Membro da NATO e da União Europeia, com 10,8 milhões de habitantes, a República Checa forneceu à Ucrânia uma ajuda humanitária e militar substancial desde a invasão russa. Também acolheu cerca de meio milhão de refugiados de guerra provenientes da Ucrânia.


Leia Também: Mundo deve evitar um novo "desastre humanitário" no Darfur

quinta-feira, 15 de junho de 2023

Mais de 500 golfinhos mortos nas Ilhas Faroé. ONG mostra caça "horrível"

© iStock

Notícias ao Minuto   15/06/23 

A situação repete-se todos os anos, e é mesmo defendida pela população local. A caça consiste em encurralar os animais, para depois, numa baía, estes serem mortos à facada.

Mais de 500 golfinhos já foram mortos nas Ilhas Faroé, na Dinamarca, desde que esta caça nesta zona – que se realiza todos os anos – começou, em maio.

A caça é conhecida como grindadráp [ou grind, e consiste em vários pessoas que, com o seu barco, rodeiam baleias-piloto e golfinhos com os seus barcos, em forma de semi-lua, encurralando-as em direção até uma baía, onde ficam encurralados.

Aí, pescadores que estão no local matam os animais que estão a dar à costa com facas.

Todos os anos há imagens desta situação, que choca o mundo, e leva as organizações não-governamentais (ONG) e outras associações a manifestarem-se contra a prática.

“Ontem houve dois grinds, um onde foram apanhados 266 [animais], e noutro 180, de acordo com os primeiros dados”, referiu um porta-voz do governo do arquipélago, citado pela agência France-Presse.

Segundo a publicação britânica The Guardian, com estas já foram cinco as oportunidades de caça destes animais nesta temporada.

Simultaneamente, as ONG, como a Sea Shepherd, criticam a forma como os navios dinamarqueses podem impedir os ambientalistas que impedirem esta situação – isto porque em 2014, esta ONG conseguiu interromper a caçada. Já no Instagram, os ativistas partilharam os dados conhecidos hoje, considerando a caçada como "horrível", assim como algumas fotografias da baía, que, devido à violência, podem ser vistas aqui.

A situação é ainda muito apoiada pelos habitantes do arquipélago, que acusam os média e as ONG internacionais de desrespeitar aquilo a que se chamam cultura e tradição. Por norma, são mortos 800 animais por ano.

Já o ano passado, o número de animais mortos chegou aos 1.400, o que causou alguma polémica mesmo na população.


Leia Também: Ativistas em defesa dos golfinhos invadem tanque no Zoomarine

Entrevista com Domingos Simões Pereira

  • Irá Domingos Simões Pereira considerar um governo de coligação com partidos que não pertencem à sua plataforma e independentes? 
  • Alguns círculos políticos guineenses aventam que o Presidente Sissoco Embaló terá pedido alguns ministérios a Simões Pereira.  
  • O vencedor das legislativas respondeu esta manhã a estas e outras questões.👇


© VOA Português 

Cerimónia de posse do novo Conselheiro Especial do Presidente da República, Sr. Caramó Camará.



  @Presidência da República da Guiné-Bissau 

Deputados da UEMOA em formação na capital Bissau efectuam visita ao Presidente da ANP, Cipriano Cassamá. A deputada Paula Pereira, vice-presidente da CIP-UEMOA realça o papel do Presidente Cipriano Cassamá face aos desafios parlamentares.

Radio Voz Do Povo

O Porta voz da Associação dos Motoristas de setor Autónomo de Bissau, denúncia, aumento de cobranças ilícitas, por parte das autoridades fiscalizadoras das vias públicas da capital guineense.

Radio TV Bantaba

PRESIDENTE PRESIDE O CONSELHO DE MINISTROS

O Conselho de Ministros reuniu-se esta quinta-feira, 15 de junho  de 2023, em Sessão Ordinária, sob a presidência do chefe de Estado, General Umaro Sissoco Embaló.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Resultados das legislativas na Guiné-Bissau confirmados como definitivos

© Radio Voz Do Povo

POR LUSA   15/06/23 

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau confirmou hoje como definitivos os resultados da votação para as legislativas realizadas no dia 04, vencidas pela coligação PAI - Terra Ranka), por inexistência de contencioso eleitoral.

Em comunicado distribuído à imprensa, a CNE informa os partidos e coligações que participaram nas eleições, o público e os órgãos de soberania que os resultados provisórios, divulgados no passado dia 08, transformaram-se em definitivos a partir de hoje.

A nota da CNE realça que as partes interessadas no processo, neste caso partidos e coligações, "podem nos termos do artigo 142.º da Lei Eleitoral" interpor recurso para o plenário do Supremo Tribunal de Justiça, após a notificação do órgão eleitoral.

Fonte da CNE disse à Lusa que o Movimento para a Alternância Democrática (Madem G-15) e o Partido da Renovação Social (PRS) foram os únicos a apresentar reclamação por não concordarem com o número de deputados obtidos, mas que viram os protestos "liminarmente recusados, por falta de fundamentos".

"Os dois partidos, se assim o entenderem, podem recorrer junto do Supremo Tribunal nas vestes de Tribunal Constitucional", explicou a fonte da CNE.

A mesma fonte adiantou que com o comunicado de hoje, a CNE irá enviar, ainda esta semana, o edital com os resultados eleitorais ao Ministério da Função Pública, que por sua vez, fará os mesmos chegar à Imprensa Nacional (o equivalente à Casa da Moeda em Portugal) para serem publicados no Boletim Oficial (Diário da República).

A coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI - Terra Ranka, liderada pelo ex-primeiro-ministro Domingos Simões Pereira) venceu, com uma maioria absoluta, as eleições legislativas de 04 de junho, tendo conquistado 54 dos 102 deputados no futuro parlamento. O Madem G-15 obteve 29 e o PRS 12 assentos.


Coreia do Norte disparou um novo míssil de origem desconhecida

© Reuters

POR LUSA    15/06/23 

A Coreia do Norte disparou um míssil balístico de conceção indeterminada na direção do Mar do Japão, chamado Mar do Leste nas duas Coreias, anunciou hoje o exército sul-coreano.

O Estado-Maior da Coreia do Sul declarou que o lançamento ocorreu na quinta-feira à noite, mas não deu mais pormenores, segundo a agência norte-americana AP.

O Ministério da Defesa do Japão também disse ter detetado um possível míssil balístico disparado pela Coreia do Norte.

O lançamento norte-coreano é o primeiro desde que falhou a tentativa de colocar em órbita o seu primeiro satélite espião no final de maio.

A agência sul-coreana Yonhap assinalou que o lançamento ocorreu numa altura em que a Coreia do Sul e os Estados Unidos terminavam exercícios de fogo real em grande escala perto da fronteira coreana.

As forças armadas norte-coreanas tinham prometido uma resposta não especificada aos exercícios militares, iniciados em maio e concluídos hoje, que foram os maiores do género.

"A nossa resposta [aos exercícios] é inevitável", declarou um porta-voz não identificado do Ministério da Defesa da Coreia do Norte num comunicado divulgado pelos meios de comunicação social estatais.

"As nossas forças armadas irão combater totalmente qualquer forma de demonstração e provocação dos inimigos", acrescentou, citado pela AP.

Os exercícios de hoje foram acompanhados pelo Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, e por altos responsáveis militares sul-coreanos e norte-americanos.

A Coreia do Norte testou cerca de 100 mísseis desde o início de 2022.

A última vez que o regime de Pyongyang lançou um míssil foi em 13 de abril, quando alegou ter disparado um novo míssil balístico intercontinental Hwasong-18 de combustível sólido.

O lançamento de hoje ocorreu também numa altura em que as forças armadas sul-coreanas têm em curso uma operação para recuperar os destroços do foguetão espacial norte-coreano, segundo a Yonhap.

Em 31 de maio, a Coreia do Norte disparou o que alegou ser um foguetão de transporte de satélites, que se despenhou no Mar Amarelo.

Pyongyang disse que o acidente se deveu ao arranque anormal do motor da segunda fase, de acordo com os meios de comunicação social estatais norte-coreanos.

A península coreana, no nordeste da Ásia, está dividida entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul desde a guerra que as duas partes travaram entre 1950 e 1953.

Pyongyang e Seul continuam tecnicamente em guerra, dado que nunca assinaram um acordo de paz, embora um armistício tenha permitido cessar os combates e criar uma zona desmilitarizada no paralelo 38, que divide as duas Coreias.


Leia Também: Líder da Coreia do Norte oferece "apoio total" à Rússia e a Putin

Presidente da Nigéria suspende chefe da luta anticorrupção

© Olukayode Jaiyeola/NurPhoto via Getty Images

POR LUSA   15/06/23

O presidente da Nigéria, Bola Tinubu, suspendeu o responsável pela luta anticorrupção do país, por estar a ser investigado por abuso de poder, anunciou o governo.

A destituição do presidente da Comissão de Crimes Económicos e Financeiros (EFCC), Abdul Rasheed Bawa, é a segunda de um alto funcionário ordenada por Tinubu desde que assumiu o cargo, em 29 de maio, prometendo reformas económicas.

"O presidente ordenou Bawa a transferir imediatamente a gestão dos assuntos do seu escritório para o diretor de operações da comissão, que ficará no cargo até à conclusão da investigação", anunciou o governo, num comunicado divulgado na noite de quarta-feira.

Esta sanção foi decidida tendo em conta as "pesadas acusações de abuso de poder", acrescenta nota, sem as detalhar.

Bawa foi já interrogado neste contexto pelos serviços de segurança e inteligência do Estado, acrescentou o governo.

Esta suspensão ocorre logo após a destituição e prisão, na semana passada, do governador do Banco Central da Nigéria, Godwin Emefiele, também devido a uma investigação.

A EFCC investiga lavagem de dinheiro, peculato e outros crimes financeiros, incluindo crimes 'online'.

O presidente anterior, Muhammadu Buhari, tinha feito da luta contra a corrupção um dos seus principais objetivos durante as campanhas eleitorais em 2015 e 2019. Mas a Nigéria continua a ser um dos países mais corruptos do mundo, segundo a organização não-governamental especializada Transparência Internacional.

Eleito em 25 de fevereiro, após uma eleição disputada, Tinubu prometeu reformas para tirar das dificuldades financeiras a maior economia de África e um dos principais produtores de petróleo do continente.

Anunciou, assim que tomou posse, o fim dos subsídios aos combustíveis, que custaram ao Estado milhares de milhões de euros, segundo analistas.

A mudança fez com que os preços dos combustíveis triplicassem, levando ao aumento vertiginoso dos preços dos transportes e a preços mais altos dos alimentos e da eletricidade para muitos nigerianos que usam geradores a gasolina.

A recuperação económica é um dos muitos desafios de Tinubu, com a luta contra a insegurança alimentada em vários pontos do país por grupos jihadistas, gangues fortemente armadas ou rebeldes separatistas.


Leia Também: Nigéria. Mais de 100 mortos em naufrágio no regresso de um casamento

Governo australiano vai bloquear construção de nova embaixada da Rússia

© Getty  Images

POR LUSA   15/06/23 

O Governo australiano vai opor-se à construção de uma nova embaixada russa perto do Parlamento, em Camberra, anunciou hoje o primeiro-ministro, Anthony Albanese, citando um risco para a segurança do país.

"O Governo recebeu conselhos de segurança muito claros sobre o risco que representa uma nova presença russa tão perto do Parlamento", disse aos jornalistas.

A Rússia tem arrendado um terreno perto do Parlamento em Camberra, num contrato assinado em 2008 e que o Governo australiano já tentou, sem êxito, cancelar.

Albanese anunciou que, depois de ter explorado todas as vias legais possíveis em vão, o Parlamento irá aprovar novas leis para impedir a construção da embaixada russa neste terreno.

"Estamos a agir rapidamente para garantir que o local arrendado não se torne uma presença diplomática oficial", afirmou o primeiro-ministro.

Para a ministra da Administração Interna australiana, Clare O'Neil, a nova embaixada que a Rússia quer construir é uma clara ameaça à segurança do país.

"O principal problema da proposta de construção de uma segunda embaixada russa em Camberra é a localização", afirmou. "A localização é diretamente adjacente ao Parlamento".

A embaixada russa situa-se atualmente no bairro de Griffith, no sul da cidade.


Leia Também: Sismo de magnitude 6,2 registado nas Filipinas

SKY SONIC: Empresa israelita desenvolve sistema de defesa antimísseis hipersónico

© Reuters

POR LUSA   15/06/23 

A empresa israelita Rafael está a desenvolver há três anos um sistema de defesa antimísseis hipersónico, o primeiro do género, divulgou esta quarta-feira a construtora de equipamentos de defesa.

O míssil intercetor Sky Sonic neutraliza eficazmente mísseis hipersónicos - que viajam a velocidades mais do que cinco vezes superiores à velocidade do som - e será exibido pela primeira vez no próximo Paris Air Show na próxima semana, destacou a empresa aos órgãos de comunicação social israelitas.

Embora os primeiros testes estejam planeados para um futuro próximo, não se sabe quando o míssil estará pronto para uma utilização em situação real, noticiou a agência Efe.

Este anúncio surgiu depois do Irão, que Israel considera o seu maior inimigo, ter referido no início deste mês que tinha desenvolvido um novo míssil hipersónico.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, sublinhou na terça-feira que "mais de 90% dos problemas de segurança de Israel" são provenientes do Irão, reiterando a sua rejeição a qualquer acordo nuclear com a república islâmica.

Irão e Israel travam uma guerra secreta que inclui ciberataques, alegados assassinatos de cientistas nucleares iranianos e sabotagem de navios, embora nenhum dos países reconheça publicamente as suas ações.

Além disso, Israel considera que outras potências regionais, como o regime sírio de Bashar al-Assad, a milícia libanesa xiita Hezbollah, os grupos palestinianos Hamas ou Jihad Islâmica, ou milícias pró-iranianas na Síria e no Iraque, atuam como satélites do Irão na região, com o objetivo de destruir o país judeu.

Rafael é considerado um dos principais fornecedores militares de Israel, tendo ajudado a desenvolver alguns dos principais sistemas de defesa do país, incluindo o sistema de defesa aérea de curto alcance Iron Dome e o míssil guiado de precisão Spike.

Esta empresa de defesa também ajudou a desenvolver o sistema de defesa aérea de médio alcance David Sling, que o Exército israelita estreou em maio durante a última escalada entre Israel e Gaza.

Rafael também está a desenvolver um sistema de intercetação a laser de alta potência, apelidado de Iron Beam, que pode mudar o equilíbrio na batalha contra ataques de projéteis.

Israel, um dos principais produtores de armas do mundo, anunciou esta quarta-feira um recorde de exportações de defesa em 2022, que ultrapassou os 12,5 mil milhões de dólares (cerca de 11,5 mil milhões de euros), sendo as regiões Ásia-Pacífico e Europa os principais compradores.


Leia Também: Alemanha quer comprar sistema antimíssil israelita por quatro mil milhões

EUA insistem com Turquia: Suécia deve ser membro da NATO "sem demoras"

© Reuters

POR LUSA   14/06/23 

Os EUA insistiram hoje com a Turquia para que ratifique a adesão da Suécia à NATO "sem demora", depois de o presidente turco ter reduzido hoje as expectativas da ratificação turca antes da cimeira da aliança em julho.

"A Suécia é um parceiro de defesa forte e capaz que partilha os valores da NATO, que vai fortalecer a aliança e contribuir para a segurança europeia. Acreditamos que deve converter-se em membro quanto antes, sem demoras", disse a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, na sua conferência de imprensa diária.

Neste sentido, destacou que os EUA instam a Turquia a aprovar essa adesão, manifestando-se confiante em que essa ratificação ocorra antes da cimeira da NATO, em julho, em Vílnius.

Ancara tem criticado que Estocolmo permita manifestações de simpatizantes do proscrito Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado organização terrorista também pela União Europeia e Estados Unidos.

Nos últimos meses, no seguimento das exigências de Ancara, a Suécia endureceu a sua legislação antiterrorista e aprovou a extradição de vários cidadãos turcos acusados na Turquia, o que suscitou a esperança de levantamento do veto à sua entrada.

"A Suécia em expectativas, mas isso não significa que vamos corresponder. Para que as satisfaçamos, a Suécia tem primeiro de cumprir o seu dever", disse Recep Tayyip Erdogan, em conversa esta noite com jornalistas no avião em que regressava do Azerbaijão, segundo a agência Anadolu.


Leia Também: NATO. EUA bloqueiam armas à Hungria por não aprovar adesão da Suécia

quarta-feira, 14 de junho de 2023

Portugal: Médicos admitem demissões em massa para impedir novas regras para a classe

Unidade de hemodiálise em risco. Clínica privada em Vila Real está sem doentes do público há mais de dois anos

Por Cnnportugal.iol.pt  14/06/23 

Clínicos avisam que o novo estatuto das ordens profissionais aprovado em conselho de ministros põe em causa a qualidade dos serviços de saúde prestados e avisam que uma das soluções é seguir o exemplo do coordenador da comissão para a reforma de Saúde Pública que se demitiu por recusar ser "cúmplice" do Governo

Os médicos admitem avançar com demissões em massa no Serviço Nacional de Saúde. Isto como resposta à proposta do novo estatuto da Ordem dos Médicos que foi aprovada em conselho de ministros e que prevê várias alterações, como a de o Governo poder decidir questões relacionadas com a formação de clínicos ou vagas para estágios formativos nos hospitais.

Depois da demissão do Coordenador da Comissão para a Reforma da Saúde Pública, Mário Jorge das Neves, por recusar ser "cúmplice ativo desta ofensiva liquidacionista do Governo contra os médicos e o SNS", são vários os que defendem ser esse o caminho para contestar a nova lei-quadro das ordens profissionais e o novo estatuto da Ordem dos Médicos que o Executivo aprovou e que promete gerar polémica nos próximos dias. "É uma agressão à democracia", diz Mário Jorge das Neves à CNN Portugal.

"A demissão de Mário Jorge é um exemplo de dignidade, e um dos caminhos caso esta situação se mantenha é a demissão de todos os médicos que ocupam cargos governamentais ou no SNS",  afirma à CNN Portugal o antigo bastonário dos médicos, Germano de Sousa, que não coloca de parte a possibilidade desta demissão "se alastrar a todos os médicos do SNS".

Também Miguel Guimarães, ex-bastonário, considera que essa é uma das possibilidades. "Está em causa a qualidade dos serviços de saúde. Trata-se, aliás, de uma questão patriótica. Por isso, no limite, avança-se para demissões dos que ocupam cargos no SNS."       

Segundo informação oficial da Ordem dos Médicos, que está a ser enviada a todos os profissionais de saúde, há cinco alterações que são preocupantes. Uma é a de o Governo passar a ter iniciativa de propor os programas de formação médica; outra o facto de ser o Executivo a definir e a rever os critérios de idoneidade e da capacidade formativa dos hospitais e decidir quais os serviços que podem dar formação e quantos futuros médicos poderão ser formados por ano. A terceira medida que os médicos não aceitam é a que prevê que a tutela intervenha na criação, composição e competências dos colégios de especialidade. Além destas três alterações, que os médicos consideram ser uma "interferência inaceitável" do Executivo, há ainda outras duas novidades. Entre as medidas que "alteram substancialmente as competências da OM" está ainda a possibilidade da ACSS (Administração Central do Sistema de Saúde) intervir em várias matérias como órgão de recurso em situações como recusas de inscrição de médicos na Ordem ou em colégio de Especialidade. A quinta mudança que está a deixar os profissionais em alerta é o facto de os dirigentes de instituições de saúde não poderem fazer parte dos órgãos da OM.

Médicos preparam contraproposta

Os clínicos dizem estar indignados com a situação e estão a preparar contrapropostas.

"É uma situação totalmente fora do comum em que há uma intromissão do Estado", avisa Miguel Guimarães. garantindo que com este novo estatuto a OM passará a estar ao "serviço dos interesses do Governo e não dos cidadãos", uma vez que quem decidirá a formação dos médicos “serão pessoas que não percebem de Medicina”. A questão da formação é uma das alterações que está a levantar mais polémica entre os médicos. Atualmente cabe à OM definir que critérios e que serviços dos hospitais podem formar jovens médicos e que vagas se podem abrir para essa formação, o que tem depois impacto no número de especialistas no país. O Governo quer agora mudar essa regra, para que possa ser também a tutela a tomar decisões sobre a quantidade de médicos a formar. "A Ordem investe milhões nessa área da formação pois é isso que garante a qualidade da Medicina que é prestada no país e no SNS", sublinha Miguel Guimarães, avisando estar em risco a existência da própria OM.

O mesmo defende Germano de Sousa. "É uma intromissão total e absoluta do Governo na vida da OM e na formação dos médicos, o que é inaceitável", diz, alertando que com este diploma a OM "vai ser destruída". 

Neste momento, entre os médicos são várias as opções que se discutem para impedir que este projeto seja aprovado. Se muitos defendem demissões em massa, há outras ideias a serem lançadas como a criação de "uma nova Associação sem poderes delegados pelo Estado" ou a "suspensão do exercício de toda a Ordem dos Médicos" com exceção do bastonário para este negociar com o Governo.

Consumo de álcool aumenta no Kremlin: Do copo para a garrafa pela manhã

© Contributor/Getty Images

Notícias ao Minuto    14/06/23 

Alguns rumores envolvem uma figura bem conhecida e as suas polémicas publicações nas redes sociais: Medvedev.

O consumo de álcool aumentou entre os funcionários do Kremlin e altas figuras da política russa desde o início da invasão à Ucrânia, segundo uma reportagem do site russo de notícias independente Verstka, que cita vários fontes dos círculos político e empresarial da Rússia.

"Bem, vamos dizer assim: na administração presidencial nem todo a gente começava o dia com um copo de vodca. Agora conheço muito mais essas pessoas e, para alguns, o copo transformou-se numa garrafa", disse uma das fontes.

Um dos casos apontados é um governador de umas das regiões da Rússia, para quem "existe até uma pessoa especial para o procurar".

"Sempre bebeu, mas não assim", disse uma fonte próxima ao responsável, justificando estes comportamentos do chefe da região com o "nervosismo por notícias, pressão do Kremlin e das elites locais".

Contudo, as histórias de alcoolismo parecem afetar algumas figuras bem conhecidas, pelo menos são esses os rumores em torno do antigo chefe de Estado e atual vice-presidente do Conselho de Segurança a Rússia, Dmitry Medvedev. Segundo as fontes citadas pelo site russo, Medvedev costuma publicar as suas mensagens no Telegram, nas quais ataca o Ocidente e faz ameaças, quando está alcoolizado.

Além disso, o próprio Medvedev produzirá algumas bebidas, que gosta de dar a membros do governo e líderes estrangeiros.

As fontes indicaram ainda que altos funcionários têm recorrido a bebidas destiladas para lidar com o stress.

Já o presidente da Rússia, Vladimir Putin, quase não bebe, segundo fonte próxima do Kremlin.


Leia Também: O Ministério da Defesa da Ucrânia anunciou hoje que as suas forças continuam a avançar no leste e sul do país, tentando romper as linhas inimigas nas regiões de Donetsk e Zaporijia.


Leia Também: O líder do grupo de mercenários Wagner reiterou hoje a recusa de assinar contrato com o Ministério da Defesa russo, após o Presidente, Vladimir Putin, insistir nessa necessidade para dar cobertura legal aos benefícios sociais dos combatentes na Ucrânia