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POR LUSA 16/06/23
Um submarino norte-americano de propulsão nuclear e capaz de lançar mísseis guiados chegou hoje à Coreia do Sul, no âmbito dos recentes compromissos de defesa assumidos por Washington com Seul.
O USS Michigan chegou ao porto de Busan, a 320 quilómetros a sudeste de Seul, informou o Ministério da Defesa sul-coreano, em comunicado.
É a primeira vez em seis anos que um submarino deste tipo chega a um porto sul-coreano, numa demonstração do compromisso de reforço dos mecanismos de dissuasão contra a Coreia do Norte, assumido pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, perante o homólogo sul-coreano, Yoon Suk-yeol, através da chamada Declaração de Washington.
A visita do USS Michigan à Coreia do Sul "tem como objetivo implementar substancialmente o que foi acordado na declaração de Washington, feita em abril, para aumentar a visibilidade regular dos meios estratégicos na península coreana", disse o vice-almirante Kim Myung-soo, na mesma nota.
A chegada do submarino "demonstra as capacidades esmagadoras e a prontidão da aliança entre a República da Coreia [nome oficial do país] e os EUA para alcançar a paz através da força", acrescentou.
O USS Michigan, com 170 metros de comprimento e 18.000 toneladas de peso, tem capacidade para transportar 154 mísseis de cruzeiro Tomahawk, com um alcance de 2.500 quilómetros.
O submarino permanecerá em águas sul-coreanas até 22 de junho, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
A chegada ocorreu um dia depois de a Coreia do Norte ter lançado dois mísseis balísticos de curto alcance, no primeiro lançamento em dois meses, num aparente protesto contra os maiores exercícios de fogo real de sempre realizados por Washington e Seul, que terminaram na quinta-feira.
Entretanto, as forças armadas sul-coreanas anunciaram terem recuperado grande parte do foguetão norte-coreano que caiu no mar, ao fim de 15 dias de busca.
A 31 de maio, a Coreia do Norte tentou colocar em órbita um primeiro satélite de vigilância militar, mas o engenho e a carga "caíram no mar" pouco depois do lançamento devido, de acordo com Pyongyang, a uma falha no foguetão.
A tensão na península coreana tem vindo a aumentar desde o ano passado, quando a Coreia do Norte, que recusou retomar o diálogo, efetuou um número recorde de testes de mísseis e os aliados retomaram exercícios militares combinados e o destacamento rotativo para a península de meios militares norte-americanos, como o USS Michigan.
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