sábado, 13 de maio de 2023

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Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15

UCRÂNIA: Zelensky chegou a Itália para encontros com o Papa e líderes políticos

© Lusa

POR LUSA  13/05/23 

O Presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky chegou hoje a Roma e vai encontrar-se com o Papa Francisco e líderes italianos, anunciou o Vaticano.

Zelensky vai ter encontros com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que tem proporcionado ajuda militar à Ucrânia, e com o Presidente, Sergio Mattarella.

Os media italianos estão a divulgar que o Presidente ucraniano já está em Roma.

A agenda exata de Zelensky não foi divulgada, por razões de segurança. O Vaticano apenas confirmou uma reunião papal pouco antes da chegada a Roma do Presidente ucraniano.

A televisão estatal italiana noticiou que, no âmbito das medidas de segurança, foi aberta uma zona de exclusão aérea nos céus italianos e atiradores de elite da polícia foram colocados estrategicamente em edifícios altos.

Meloni encontrou-se com Zelensky em Kiev, pouco antes do aniversário da invasão russa em grande escala, em 24 de fevereiro de 2022.

Francisco, que tem apelado para a paz, encontrou-se pela última vez com o líder ucraniano em 2020.

O pontífice menciona frequentemente o "martirizado" povo da Ucrânia, nas suas palavras.

No final de abril, ao viajar de regresso a Roma após uma viagem à Hungria, Francisco disso aos jornalistas que o Vaticano estava envolvido numa missão de paz, mas não deu detalhes.

Nem a Rússia, nem a Ucrânia confirmaram qualquer iniciativa.


Leia Também: Alemanha anuncia novo plano de ajuda militar à Ucrânia de 2,7 mil milhões


ISRAEL: Recomeçou troca de tiros entre Israel e as milícias palestinianas em Gaza

© Lusa

POR LUSA  13/05/23 

A troca de tiros entre Israel e as milícias palestinianas em Gaza recomeçou esta madrugada, com aviões israelitas a bombardearem postos militares da Jihad Islâmica e 'rockets' a serem disparados da Faixa de Gaza, depois de algumas horas de calma.

Na noite de sexta-feira, os mediadores egípcios voltaram a apresentar uma nova proposta de cessar-fogo, seguida de uma pausa nos combates, aumentando as esperanças de que a escalada, que entra hoje no quinto dia, possa terminar.

A Jihad Islâmica cancelou na sexta-feira um lançamento de foguetes planeado para as 21h00 (18h00 TMG), altura em que também apelou aos habitantes de Gaza para que se dirigissem aos telhados para festejar com assobios e gritos de "Allaho Akbar" (Deus é grande), como fizeram no dia anterior.

Isso foi interpretado como um progresso nas conversações indiretas de tréguas no Cairo, bem como o facto de, por volta da mesma hora, os aviões e drones israelitas terem deixado de ser ouvidos na Faixa de Gaza, uma pausa que durou cerca de oito horas.

Mas durante a madrugada, Israel voltou a bombardear alvos da Jihad Islâmica Palestiniana (PIJ), nomeadamente dois "centros de comando" de altos responsáveis da PIJ na Faixa de Gaza, que eram utilizados para "planear e comandar atividades terroristas contra Israel" e para "organizar o lançamento de rockets contra Israel", informou esta manhã o Exército israelita.

"Sete lançadores de morteiros e de foguetes ocultos foram alvejados durante a noite em Gaza, incluindo os que foram identificados ontem [sexta-feira] a disparar contra o sul de Israel", acrescentou um porta-voz militar.

Esta manhã, a PIJ também retomou o lançamento de foguetes, fazendo disparar alarmes antiaéreos em vários locais do sul de Israel, embora na sexta-feira tenha disparado foguetes para o centro do país, em direção a Jerusalém, pela primeira vez desde o início da escalada, na terça-feira.

Desde esse dia, o exército atacou com sucesso 325 alvos da PIJ - incluindo casas de membros e instalações militares - enquanto o grupo, considerado um grupo terrorista por Israel, pelos EUA e pela UE, disparou 1.099 projéteis a partir da Faixa, incluindo foguetes e morteiros, dos quais 865 entraram em território israelita.

Os sistemas antimísseis israelitas intercetaram 340 foguetes, com uma taxa de eficácia de 90%, 202 dos quais caíram no interior do enclave, enquanto a maior parte dos restantes caíram em zonas despovoadas de Israel, de acordo com a última contagem do exército israelita.

Fontes palestinianas indicam que a PIJ não gostou da última proposta porque exige um cessar-fogo com compromissos por parte de Israel, que na terça-feira lançou a operação "Escudo e Flecha" com o objetivo de matar três dos líderes do grupo num bombardeamento pesado que também matou dez civis.

Desde então, Israel matou mais seis membros superiores da PIJ, cuja liderança em Gaza foi quase completamente eliminada, nesta escalada em que 33 palestinianos foram mortos e 147 ficaram feridos. Uma mulher foi morta em Israel pelo impacto de um foguete.

Horas antes de o Egipto apresentar uma nova proposta de tréguas, na noite de sexta-feira, Israel anunciou que abandonava as conversações por não estar disposto a ceder às exigências da PIJ - incluindo o fim do "assassinato seletivo" dos seus líderes - ao que o grupo respondeu ameaçando prolongar a escalada além de uma semana.

Parece haver mais espaço para negociação com outra exigência da PIJ, a devolução do corpo de Jader Adnan, um líder do grupo na Cisjordânia ocupada que morreu na semana passada numa prisão israelita após 186 dias de greve de fome.

A sua morte provocou uma breve troca de tiros durante 24 horas, depois de a PIJ ter lançado dezenas de 'rockets' em represália, ao que Israel respondeu com bombardeamentos contra as instalações militares do grupo, que mataram um civil de Gaza por estilhaços.


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Uma em cada oito crianças e jovens tem pressão arterial elevada

Por cnnportugal.iol.pt13/05/23

Alerta é da Sociedade Portuguesa de Hipertensão: problema está a aumentar e afeta entre 12 e 14% das crianças e jovens entre os 5 e os 18 anos

Uma em cada oito crianças e jovens tem pressão arterial elevada, um problema que está a aumentar, alertou, este sábado, a Sociedade Portuguesa de Hipertensão, que apela à medição da tensão a partir dos três anos.

Segundo dados da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), entre 12 e 14% das crianças e jovens entre os 5 e os 18 anos têm a pressão arterial elevada.

“São pressões arteriais elevadas, que nos alertam e obrigam a intervir, com alterações do estilo de vida, para não evoluir para diagnóstico de hipertensão arterial confirmado”, disse à Lusa a presidente da SPH, Rosa Pinho, a propósito do Dia Mundial da Hipertensão, que se assinala em 17 de maio.

A médica alertou que cerca de 6% das crianças e jovens nesta faixa etária (5-18) têm já um diagnóstico de hipertensão confirmado.

“Nós sabemos que a prevalência da hipertensão vai aumentando à medida que a idade vai avançando, mas o certo é que as nossas crianças e adolescentes estão cada vez com mais fator de risco cardiovascular”, disse a presidente da SPG,

Como razões para a prevalência crescente da hipertensão nas crianças e jovens, a médica apontou a alimentação desequilibrada, o consumo excessivo de sal, o sedentarismo e o excesso de peso e alertou que, se nada for feito, a situação vai piorar.

“Neste momento, provavelmente, metade das crianças até já tem excesso de peso”, realçou Rosa Pinho, adiantando que os três anos de pandemia de covid-19 não ajudaram.

Além de os menores terem ficado “privados de muito exercício físico”, a tecnologia também veio dificultar, porque “as crianças fazem muito mais atividades nas tecnologias do que propriamente ao ar livre, a correr, saltar, a brincar”.

Por outro lado, a alimentação também “é pior”, com muito sal.

Segundo a especialista, os adultos consomem “muito mais” sal do que deveriam, lembrando as recomendações da Organização Mundial de Saúde de cinco gramas de sal no máximo por dia para um adulto, sendo recomendado metade deste valor para as crianças.

“Tendo em conta que os adultos estão a consumir muito mais do que deveriam, e as crianças geralmente comem a mesma comida”, o consumo de sal é excessivo, elucidou.

Segundo Rosa Pinho, os médicos de família começam a medir a pressão arterial nas crianças saudáveis a partir da consulta de vigilância dos três anos.

No caso de crianças com problemas, como cardiopatia, prematuros, baixo peso à nascença, história familiar de doença congénita renal, a pressão arterial deve ser avaliada antes dos três anos, sendo habitualmente seguidas em consultas específicas.

Sobre os riscos que os mais novos correm por terem hipertensão, a médica explicou que, provavelmente, vão ser adultos com excesso de peso, que vão ter problemas mais cedo e podem vir a ter enfartes e acidentes vasculares cerebrais (AVC) “muito mais cedo” do que se está a verificar neste momento, se a situação não for alterada.

“A hipertensão é uma doença silenciosa, infelizmente, mas vai fazendo estragos a nível do rim, problemas a nível do coração, da circulação. Tudo isso vai começar a surgir muito mais cedo”, alertou.

Rosa Pinho defendeu que os pais devem estar sensibilizados para controlar a pressão arterial dos filhos e destacou a importância dos médicos de família na sua sensibilização.

“Quando fazemos o ensino a um adulto que tem hipertensão arterial, tentamos falar com a família (…) porque a alimentação de todo o agregado tem de mudar”, referiu a especialista em Medicina Geral e Familiar, sublinhando que, no caso de haver crianças pequenas, quem cozinha deve ter um cuidado ainda maior.

“Se não há o hábito de fazer exercício e de comer saudável, isto vai passar para as crianças. Nós ensinamos a família e também temos a ajuda dos enfermeiros que fazem a saúde escolar que habitualmente vão fazendo estas sessões e já começa a haver alguns programas a nível da escola para incutir mais horas de educação física, lanches saudáveis (…), mas tem que se reforçar e insistir mais, porque efetivamente o panorama nesta fase pós-covid agravou-se bastante”, rematou.


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Imagens que falam por si mesmas

 

Bakhmut. Recuo russo mostra "escassez de unidades de combate confiáveis"... Ucrânia conseguir recuperar pelo menos um quilómetro de território em Bakhmut.

© Reuters

Notícias ao Minuto   13/05/23 

As forças ucranianas recuperaram pelo menos um quilómetro de território em Bakhmut face a uma retirada russa que reflete a sua "grave escassez de unidades de combate confiáveis", de acordo com o Ministério da Defesa do Reino Unido, que revelou o seu mais recente relatório dos serviços de inteligência.

"Nos últimos quatro dias, elementos da 72.ª Brigada Separada de Fuzileiros Motorizados da Rússia (72 SMRB) provavelmente retiraram-se em má ordem das suas posições no flanco sul da operação Bakhmut. Forças ucranianas recuperaram pelo menos um quilómetro de território", refere o documento, segundo uma publicação da tutela britânica no Twitter.

A área "tem algum significado tático" porque era uma ponte russa "no lado oeste do Canal Donets-Donbas, que marca a linha da frente em partes do setor".

O Ministério da Defesa do Reino Unido explica que a "72 SMRB é um elemento do 3º Corpo de Exército da Rússia". Trata-se de "uma formação criada no outono de 2023 e perseguida por alegações de baixa moral e eficácia de combate limitada".

"A sua implantação num setor tão exigente e operacionalmente importante destaca a grave escassez de unidades de combate confiáveis ​​da Rússia", reitera o relatório.

Recorde-se que, ontem, o Exército da Ucrânia reclamou avanços em Backmut, referindo que as forças russas estão exaustas e foram massacradas na cidade. Uma informação confirmada pelo líder do Grupo Wagner, que admitiu que as tropas ucranianas se aproximaram até 500 metros a noroeste de Backmut, onde violentos combates decorrem há meses.


Leia Também: Ucrânia? Embaixador dos EUA na África do Sul diz que foi mal interpretado


José Milhazes conta esta sexta-feira no Guerra Fria que uma idosa de quase 90 anos foi chamada para servir na invasão russa contra a Ucrânia.

Por sicnoticias.pt   12.05.2023

 Guerra Fria: "Até os reformados são chamados para a Wagner"

José Milhazes conta esta sexta-feira no Guerra Fria que uma idosa de quase 90 anos foi chamada para servir na invasão russa contra a Ucrânia.

No dia 9 de Maio, um reformada de 87 anos, que viveu sob a ocupação nazi na Ucrânia durante a Segunda Guerra Mundial, recebeu um envelope fechado que nunca adivinharia qual seria o seu conteúdo.

  • "Talvez seja a felicitação pelo dia da vitória"

Qual não foi o espanto e indignação da idosa quando retirou de dentro de um envelope um convite para ingressar nas fileiras dos mercenários da Wagner.

"A minha mãezinha leu, jurou muito e perguntou: "Porque se comportam assim connosco?", recorda a filha da reformada.

Os comentadores da SIC, José Milhazes e Nuno Rogeiro, analisam no espaço de comentário Guerra Fria, os drones fornecidos por Irão à Rússia, debruçam-se sobre o fornecimento de armas e equipamentos à Ucrânia, a contraofensiva ucraniana e as eleições presidenciais na Turquia.

Empresa alemã vai reparar veículos militares e fabricar armas na Ucrânia

© Getty Images

POR LUSA  12/05/23 

A fabricante de armas alemã Rheinmetall vai expandir-se para a Ucrânia, numa cooperação com a indústria militar ucraniana para reparar veículos militares, sendo o primeiro passo antes de abrir uma fábrica no país invadido pela Rússia, foi hoje divulgado.

Vai ser criada uma 'joint venture' [empreendimento conjunto] entre o grupo alemão, um dos fabricantes dos tanques Leopard, e a estatal ucraniana Ukroboronprom - um conglomerado militar de propriedade do Estado, divulgou a Rheinmetall em comunicado.

"Num primeiro passo conjunto com a Ukroboronprom, as atividades no domínio da reparação de viaturas militares (...) devem constituir a pedra angular desta cooperação", detalha o comunicado de imprensa, citado pela agência France-Presse (AFP).

"Em fases subsequentes, a cooperação vai concentrar-se no fabrico conjunto de certos produtos Rheinmetall na Ucrânia com base numa transferência completa de tecnologia", acrescenta o grupo que prevê para o futuro que "novos sistemas militares também possam ser desenvolvidos em conjunto" na Ucrânia e exportados para outros países.

A 'joint venture' deve estar operacional a partir de meados de julho.

A Rheinmetall está preocupada "em cobrir as necessidades urgentes [da Ucrânia] o mais rápido possível", destacou Armin Papperger, CEO da Rheinmetall, citado no comunicado.

Papperger já tinha revelado que estava em negociações com o governo ucraniano para a instalação de uma fábrica no país.

O Governo alemão é um dos principais contribuintes para a ajuda militar prestada pelos aliados da Ucrânia e, em concreto, entrega armas e munições fabricadas pela Rheinmetall, como os tanques de combate ??Leopard que chegaram recentemente ao campo de batalha contra a Rússia.

A Rheinmettal também tinha divulgado na terça-feira que recebeu um grande pedido, no valor de várias dezenas de milhões de euros, "para o fornecimento de munição de artilharia a um cliente europeu" que não identificou.

O comunicado do grupo alemão acrescentava que "as munições serão entregues nos anos de 2023 e 2024".

O pedido "soma-se a uma série de pedidos na área das munições para veículos de combate de infantaria e tanques de batalha principais. A Rheinmetall, portanto, destaca o seu alto nível de competência na produção de munição para os seus clientes militares", destacava a empresa.

Este consórcio tecnológico possui uma gama que vai desde munições de médio calibre até veículos de combate de infantaria e armas antiaéreas.

Fabrica ainda armas aeronáuticas, 'lasers' de alta energia ou munições para tanques e artilharia.

Um dos principais fabricantes mundiais de armamentos e sistemas de munição, a Rheinmettal também está a construir uma nova unidade de produção de munição de calibre médio de 35 mm na sua sede em Unterlüß, Baixa Saxónia, para corresponder à atual procura na área da defesa aérea a partir do verão.

O grupo de Dusseldorf, no oeste da Alemanha, obteve lucros recordes em 2022 e este ano ingressou na elite da Bolsa de Valores de Frankfurt, o índice Dax que reúne as 40 maiores empresas alemãs.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.791 civis mortos e 14.815 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


sexta-feira, 12 de maio de 2023

Rússia acusa EUA de subornar TPI para ordenar prisão de Putin

© Lusa

POR LUSA   12/05/23 

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev, acusou hoje os Estados Unidos de subornarem o Tribunal Penal Internacional (TPI) para ordenar a prisão do presidente russo, Vladimir Putin.

"Lembro que este ano o orçamento daquele tribunal especial aumentou em 24 milhões de euros. Pode ser interpretado como quiser, mas em essência parece um suborno das autoridades dos EUA", disse Dmitri Medvedev num discurso no Fórum Jurídico Internacional de São Petersburgo.

O ex-presidente russo enfatizou que esse suborno visaria promover "casos anti-russos ligados ao conflito na Ucrânia".

O mandado de prisão "é, claro, demonstrativo e absurdo, até doloroso. Mas, infelizmente, tem certas consequências", disse.

Dmitri Medvedev enfatizou que o sistema jurídico internacional começou a ruir com a criação, em 1993, do tribunal penal internacional para a ex-Jugoslávia em Haia.

"Precisamente a partir desse período, a fé na justiça internacional foi seriamente abalada e começou a morrer", defendeu.

Dmitri Medvedev denunciou que as instituições internacionais têm sido substituídas por organismos que cumprem a vontade de vários países, aludindo aos EUA, não fazendo sentido à Rússia continuar a pertencer a essas organizações.

"Se as convenções internacionais não forem aplicadas e as decisões dos tribunais reconhecidas pelos países não forem cumpridas, então a artilharia funciona e até os mísseis hipersónicos voam", afirmou.


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NIGÉRIA: Grupo de nigerianos pede ao Supremo que impeça posse do novo presidente

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POR LUSA  12/05/23 

Um grupo de nigerianos entregou no Supremo Tribunal Federal um pedido para que impeça a posse do Presidente eleito do país e prolongue o mandado do atual titular do cargo, segundo documentos judiciais hoje divulgados.

Cinco nigerianos fizeram o pedido ao Supremo Tribunal em Abuja, argumentando que o Presidente eleito, Bola Tinubu, foi ilegalmente declarado vencedor das eleições presidenciais de 25 de fevereiro e, portanto, não deveria ser empossado no cargo em 29 de maio.

A petição está entre os vários desafios à vitória do partido no poder, e levantou preocupações sobre uma possível crise constitucional no país da África Ocidental, caso o Presidente Muhammadu Buhari permaneça no cargo até que o caso seja decidido.

O advogado dos queixosos, Chuks Nwachuku, disse que a declaração de Tinubu como Presidente eleito é inconstitucional porque não conseguiu obter pelo menos 25% dos votos expressos em Abuja, capital da Nigéria.

Para ser eleito Presidente, a Constituição nigeriana exige que um candidato obtenha o maior número de votos em geral e não menos de um quarto dos votos em cada um de pelo menos dois terços dos 36 estados do país e em Abuja.

A interpretação desta disposição constitucional continua a ser objeto de debate na Nigéria.

"Não pode haver juramento de quem não cumpriu as disposições da Constituição. Estamos a pedir que o Presidente permaneça no cargo até que a questão da sucessão seja resolvida", frisou Nwachuku à agência Associated Press.

Os dois principais partidos da oposição da Nigéria contestaram anteriormente a vitória presidencial do partido All Progressives Congress alegando que os resultados eleitorais foram fraudulentos.

Embora não se esperasse que o desafio eleitoral da oposição impedisse a posse de Tinubu, analistas advertiram que estender o mandato de Buhari poderia criar uma crise num país, com um histórico de longo regime militar e violência eleitoral.


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VISITA DE ESTADO A GUINÉ-BISSAU DE SUA EXCELÊNCIA NANA ADDO DANKWA AKUFO-ADDO, PRESIDENTE DA REPÚBLICA DO GHANA A 14 A 16 DE MAIO


Sobe para 179 os corpos de elementos de seita que morreram no Quénia

© Lusa

POR LUSA  12/05/23 

O número de alegados membros de uma seita cristã que jejuou até à morte no Quénia para se encontrar com Jesus Cristo subiu para 179, depois de as autoridades terem encontrado mais 29 corpos, informou a polícia.

Segundo o comissário da polícia regional da costa do Quénia, Rhoda Onyancha, os novos corpos foram enterrados na floresta de Shakahola, no condado costeiro de Kilifi, onde prosseguem as escavações e as investigações.

A polícia está também a tentar localizar 609 pessoas desaparecidas, disse Onyancha, embora não seja claro se todos os casos estão relacionados com o culto.

O número de pessoas resgatadas com vida continua a ser de 72.

Quase todos os mortos do chamado "massacre de Shakahola" foram exumados de sepulturas e valas comuns encontradas na floresta, com exceção de alguns que morreram no hospital em estado grave.

As autópsias efetuadas a mais de uma centena de corpos revelaram que, embora todos apresentassem sinais de fome, os corpos de pelo menos três menores e de um adulto apresentavam também vestígios de estrangulamento e sufocação.

As primeiras investigações policiais sugerem ainda que os fiéis foram forçados a continuar o jejum, mesmo que quisessem abandoná-lo.

Na quarta-feira, o tribunal de Shanzu, na cidade costeira de Mombaça, ordenou que a detenção do líder da seita que alegadamente persuadiu as vítimas a jejuar, o pastor Paul Mackenzie Nthenge, juntamente com a sua mulher e outros 16 suspeitos, fosse prorrogada por 30 dias (a contar desde 03 de maio).

Em 02 de maio, Nthenge e os outros detidos foram libertados pelo tribunal da cidade costeira de Malindi, depois de a acusação ter afirmado que tencionava apresentar acusações de terrorismo contra eles, o que o tribunal declarou não ter competência para fazer.

No entanto, o pastor e os seus correligionários foram detidos minutos depois e levados para o tribunal de Shanzu, a cerca de 120 quilómetros de distância, onde a polícia pediu, sem sucesso, autorização para os deter por mais 90 dias.

Hoje, o Presidente do Quénia, William Ruto, nomeou uma comissão de inquérito presidida pela juíza Jessie Lesiit para investigar os acontecimentos e determinar qualquer negligência administrativa ou de segurança que possa ter ocorrido.

Nthenge, que se encontra sob custódia policial desde 14 de abril, dirige a Igreja Internacional da Boa Nova. Ex-taxista, o pastor foi preso em março passado depois de ter sido acusado da morte de duas crianças em circunstâncias semelhantes, mas foi libertado sob fiança.


Exército ucraniano reclama avanços e massacre de russos em Bakhmut

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POR LUSA  12/05/23 

O porta-voz das forças armadas ucranianas no leste do país, Serhii Cherevaty, afirmou hoje que as forças russas estão exaustas e foram massacradas na cidade de Bakhmut nas últimas horas.

"Só no último dia houve 40 combates, e como resultado 190 ocupantes morreram, 244 ficaram feridos e outros 15 foram capturados", disse Cherevaty ao serviço noticioso de televisão nacional.

O porta-voz também mencionou a destruição de três tanques e cinco depósitos de munição russos na área.

"Isso indica que a nossa operação continua com sucesso", disse Cherevaty, acrescentando que o grupo mercenário russo Wagner, que liderou os ataques russos a Bakhmut, no leste do país e cenário da mais longa batalha na Ucrânia, "não cumpriu nenhum dos seus prazos".

Segundo o porta-voz, que destacou a baixa motivação das tropas russas, a campanha de Moscovo na cidade está a ser afetada pela substituição dos mercenários de Wagner por unidades do exército regular russo com pouca vontade de combater.

Cherevaty também disse que as forças ucranianas empurraram as forças russas para trás a uma distância estimada entre 250 metros e um quilómetro e meio.

Horas antes, a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Malyar, afirmara que as tropas ucranianas haviam forçado o recuo dos russos em dois na área de Bakhmut.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 441.º dia, 8.791 civis mortos e 14.815 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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