segunda-feira, 17 de abril de 2023

Outra guerra? O que se passa no Sudão e o que significa para o Ocidente?

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Notícias ao Minuto   17/04/23 

O conflito no território sudanês começou no sábado e já fez, pelo menos, 97 mortes. Apesar de ambos os lados já terem chegado a acordo sobre um corredor humanitário, este conflito pode não ser assim tão fácil de resolver - atingido, de certa forma, outros continentes.

As últimas 48 horas fizeram 'tremer' o território do Nordeste de África, e as réplicas sentiram-se noutros continentes, desde Nova Iorque, na América, até Lisboa, na Europa. Em causa está mais uma disputa territorial, nomeadamente, no Sudão, país que está entregue a duas forças militares desde 2019. A situação fez disparar os alarmes, e os líderes dos dois lados envolvidos neste conflito aceitaram, esta segunda-feira, uma "trégua temporária de três horas" por forma a que se consigam realizar corredores humanitários.

Um país sem líder?

Esta discórdia começou em 2019, quando o território sudanês estava sob o controlo de Omar Hassan al-Bashir. A ditadura e repressão vivida até aí fizeram com que o povo saísse à rua em protestos, que resultaram num presidente deposto e na esperança de existirem movimento semelhantes não só no continente africano, como também no mundo árabe.

Quatro anos depois, neste sábado, o líder do exército sudanês, Abdel Fattah al-Burhan e o comandante do grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF), Mohamed Hamdan, voltam a dizer ao mundo que ao país não está 'nas mãos do povo', afastando com esta disputa a ideia que o país será democraticamente gerido.

A violência e confrontos, que aconteceram na busca pelo controlo da capital, Cartum, fizeram, pelo menos, 97 mortos. Ambos os lados tentaram capturar reclamar tanto o palácio presidencial, como outros locais importantes, entre os quais o aeroporto.

Por que motivo é o Sudão um ponto estratégico?

Para além de ser o 3.º maior país dos 54 que compõe o continente africano, o local é também estratégico, de acordo com uma análise feita pelo New York Times. Nos últimos anos, o país tornou-se um foco de influência numa batalha entre os países ocidentais - principalmente, os Estados Unidos (EUA) - e a Rússia.

No que diz respeito a Moscovo, o Kremlin não só pressionou o Sudão a dar-lhe 'luz verde' para atracar navios de guerra nos seus portos, no Mar Vermelho, como também há operacionais do Grupo Wagner - mais reconhecido agora pelos seus avanços na Ucrânia - em território sudanês. Para além de os operacionais estarem lá para apoiar um governo militar, eles também são responsáveis pela concessão de uma mina de ouro.

Apesar da distância, é esta luta de influência entre os EUA e a Rússia que fizeram com que os alarmes não demorassem muito a soar na América do Norte, tanto em Washington, como em Nova Iorque.

Quem reagiu?

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, não demorou a reagir, e logo a seguir aos confrontos terem começado, recorreu ao Twitter para demonstrar a sua preocupação. "Estou profundamente preocupado com o aumento da violência entre as Forças Armadas do Sudão e as Forças de Apoio Rápido. Estamos em contacto com a embaixada em Cartum - as contabilizações estão feitas. Pedimos que todos os intervenientes que parem com a situação e que evitem assim eventuais escaladas", escreveu Blinken numa publicação partilhada no Twitter.

Também o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, reagiu no rescaldo do início deste confronto, condenado a violência no território e enfatizando que qualquer "nova escalada nos combates terá um impacto devastador sobre os civis e agravará ainda mais a já precária situação humanitária no país". A existência de corredores humanitários previstos para hoje foi arranjada em colaboração com a ONU.

Mas Guterres não foi o único português a reagir já que, deste lado do oceano, também o Governo emitiu um comunicado, referindo que para além de estar acompanhar toda a situação, não tem, pelo menos para já, notícias de portugueses afetados pelos dois grupos.

E quem são os dois líderes na busca pelo poder?

O líder do exército sudanês, Abdel Fattah al-Burhan, era, de acordo com o New York Times, praticamente desconhecido até 2019, e, apesar de ter sido próximo do presidente, ficou mais conhecido quando, na altura em que o líder foi deposto, um dos ministros assumiu o controlo do país. Tratava-se do ministro da Defesa, Awad Mohamed Ahmed Ibn Auf, cuja tomada de posição levou a que os manifestantes exigissem a sua demissão. 

O líder do exército sudanês, Abdel Fattah al-Burhan, era, de acordo com o New York Times, praticamente desconhecido até 2019, e, apesar de ter sido próximo do presidente, apoiou a ascensão do ministro da Defesa da altura, o tenente-general Awad Mohamed Ahmed Ibn Auf. Porém, este foi líder por apenas um dia, sendo substituído por al-Burhan, que deveria coordenar, durante dois anos, um período de transição na direção de uma democracia, devolvendo o poder a líderes escolhidos pelo povo. 

O que se passou foi o oposto: Abdel Fattah al-Burhan foi consolidando o seu poder.

Já o seu adversário,  Mohamed Hamdan, também conhecido como Hemeti, ter-se-á, nos últimos meses, unido a al-Burhan, por forma a atingirem o poder, e ter também uma posição importante. No entanto, os dois responsáveis entraram em atrito, aumentando as divergências gradualmente até eclodirem, este fim de semana. Hamdan culpa o antigo aliado do presidente deposto pela violência, e ambos os grupos têm vindo a ser persuadidos, pelos norte-americanos, para entregarem o poder ao povo - mas sem sucesso.


Leia Também: ONU dececionada com incumprimento de trégua de três horas no Sudão

MARQUES MENDES: Lula? "Quem quer a paz, começa por condenar quem começou a guerra"

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Notícias ao Minuto   16/04/23 

Marques Mendes comentou, entre vários assuntos, as polémicas declarações de Lula da Silva sobre a guerra na Ucrânia.

Após as polémicas declarações do presidente do Brasil sobre a guerra na Ucrânia, a contestação de alguns partidos sobre a participação de Lula da Silva numa sessão solene no 25 de Abril no Parlamento português começou a surgir. No entanto, para Luís Marques Mendes "esta matéria não deveria ser partidarizada".

"Acho que devemos fazer um esforço para analisar esta questão sem a lógica tradicional partidária", afirmou o comentador, no seu espaço habitual na SIC, considerando que "qualquer democrata está grato que tenha ganho a eleição do Brasil", uma vez que "é o melhor presidente possível ou apenas o mal menor". A vitória sobre Bolsonaro "foi uma vitória da democracia no Brasil, um sinal muito importante para o mundo e da decência política".

Desconsiderando a controvérsia em torno da participação de Lula da Silva na sessão solene do 25 de Abril, salienta que o que é "essencial" são "as declarações que Lula da Silva fez ontem na China" e descreve-as como "inaceitáveis".

"Não devíamos partidarizar, mas devíamos pensar nisto. Lula da Silva esteve ontem na China e veio dizer que, em grande medida, quem é culpado também desta guerra é a União Europeia (UE) e, como Portugal faz parte da UE, é indiretamente uma crítica também a Portugal. No fundo disse à UE, tal como aos Estados Unidos, que com o seu apoio militar à Ucrânia, evidentemente, estão a ajudar a que a guerra não acabe", destacou o antigo líder do PSD.

Neste âmbito, Marques Mendes comparou as declarações do presidente brasileiro à "posição do PCP em Portugal". "Quando Lula da Silva vier a Portugal, acho que o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República e o primeiro-ministro António Costa deviam, com a elegância que estes momentos exigem, com dignidade e frontalidade, explicar três coisas muito simples a Lula", acrescentou.

Primeiramente, na guerra da Ucrânia "há um agressor e há um agredido" e, por norma, um democrata "condena o agressor e apoia o agredido".

Depois, "queixa-se do apoio militar da União Europeia à Ucrânia", mas "é preciso explicar-lhe esta coisa muito simples: se não fosse o apoio militar do Ocidente, EUA e UE a esta hora já não havia Ucrânia livre e independente com a agressão na Rússia, a esta hora já não havia democracia na Ucrânia, a esta hora a Ucrânia já havia perdido a sua soberania".

Por fim, Marques Mendes garante que "todos nós queremos a paz e não é apenas ele. Todos nós queremos a paz, mas quem quer a paz, começa por condenar quem começou a guerra".

"O Brasil e o presidente Lula da Silva ainda não condenaram a Rússia por ter agredido e invadido a Ucrânia. A questão, como se vê, é nacional, não é partidária. Acho que Lula da Silva tem o direito de ter a sua posição, mas acho que Portugal também devia explicar o seu ponto de vista, porque quem não se sente, não é filho de boa gente", rematou.

Recorde-se que em causa estão as declarações do presidente brasileiro, que defendeu, no final de uma visita à China, que os Estados Unidos devem parar de "encorajar a guerra" na Ucrânia e que a União Europeia deve "começar a falar de paz".


Leia Também: Lula da Silva quer G20 político para negociar a paz na Ucrânia

Cabo Verde. Ulisses Correia e Silva reeleito líder do partido no poder

© Reuters

 POR LUSA   16/04/23 

O presidente do Movimento para a Democracia (MpD) e atual primeiro-ministro de cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, foi hoje reeleito na liderança do partido no poder em Cabo Verde, com "mais de 90% dos votos".

"Com os dados já expressos podemos adiantar que a vitória será do candidato Ulisses Correia e Silva", anunciou, pelas 20:30 locais (22:30 em Lisboa), Silvano Barros, do Gabinete de Apoio ao Processo Eleitoral (GAPE) do partido, em conferência de imprensa, na Praia.

Para estas eleições concorreram à liderança do MpD Ulisses Correia e Silva, atual presidente, e Orlando Dias, atual deputado do partido, com 4.440 militantes em condições de votar na diáspora e 28.058 em Cabo Verde.

Acrescentou que se tratam ainda de "resultados parciais", face ao "elevado número de mesas" para votação, em Cabo Verde e na diáspora, mas também devido aos "problemas de comunicação".

"Estamos estimando uma votação acima de 90% para o candidato Ulisses Correia e Silva. Acreditamos que será uma votação expressiva", disse ainda.

A votação decorreu, explicou, em 283 mesas nos 22 concelhos de Cabo Verde, bem como em 29 mesas na diáspora, nomeadamente na Guiné-Bissau, Senegal, São Tomé e Príncipe, Angola, Portugal, Espanha, França, Países Baixos, Itália e Estados Unidos da América.

Segundo o GAPE, "no geral, as eleições decorreram num bom clima" e com uma "votação expressiva", desconhecendo-se qualquer situação de fraude eleitoral, como chegou a ser alegado pelo candidato Orlando Dias.

Ulisses Correia e Silva é primeiro-ministro de Cabo Verde desde 2016 e foi eleito presidente do MpD, pela primeira vez, em 2013, tendo enfrentado, pela primeira vez, uma lista concorrente ao cargo, neste caso liderada pelo deputado Orlando Dias.

Nas eleições que decorreram durante o dia de hoje foram ainda escolhidos os delegados à XIII Convenção Nacional, agendada para 26 a 28 de maio.

"Esta campanha teve o condão de mobilizar os militantes e fazer com que o partido se sinta vivo, com vontade de ação política. Depois desta fase, é preparar a convenção que, espero, seja uma grande festa da democracia, da liberdade do MpD, e os novos embates que, estes sim, vão-nos confrontar com os nossos adversários, quer nas autárquicas quer nas legislativas", declarou Ulisses Correia e Silva, após votar nestas eleições, hoje, na Praia.

Ulisses Correia e Silva foi reeleito presidente do MpD em 09 de fevereiro de 2020 com 99% dos votos, liderando então a única lista que se apresentou à votação.

Nessa eleição para presidente do MpD, para a qual estavam inscritos 31.541 militantes (contra 29.449 da eleição anterior), votaram então 18.250 (abstenção superior a 41%).

Ulisses Correia e Silva foi eleito presidente do MpD, pela primeira vez, em 2013, com 98% dos votos expressos e reconduzido três anos depois com uma votação de 99%, sempre como candidato único.


Leia Também: Cabo Verde. Executivo e oposição acordam governação em São Vicente

domingo, 16 de abril de 2023

Mais de um milhar retirado da capital do Sudão graças a cessar-fogo

© Getty Images

POR LUSA   16/04/23 

Mais de um milhar de pessoas foram retiradas de centros e instalações em Cartum, capital do Sudão, através de corredores humanitários na cidade e numa breve pausa de três horas nos combates, disse um trabalhador do Crescente Vermelho sudanês.

A fonte disse, sob condição de anonimato à agência Efe, que as mais de 1.000 pessoas foram retiradas de várias escolas, escritórios e instituições no centro de Cartum, onde tinham estado escondidas desde a manhã de sábado, altura em que começaram os confrontos entre o exército do país e as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) paramilitares.

Ainda segundo o trabalhador do Crescente Vermelho, um grande grupo de jornalistas locais e correspondentes de televisão regionais encontravam-se encurralados, sem dar mais pormenores.

Entretanto, cerca de 450 estudantes da Escola Kamboni, no centro de Cartum, foram também retirados do estabelecimento de ensino, onde estiveram presos durante mais de 24 horas, disse a escola num comunicado.

Os combates entre os dois lados continuaram pelo segundo dia consecutivo e até agora deixaram pelo menos 56 civis mortos e cerca de 600 feridos, de acordo com o Comité de Médicos Sudanês.

Face à escalada da violência em cidades densamente povoadas, o exército e as RSF aceitaram uma proposta da ONU para estabelecer corredores humanitários e cessaram os combates em áreas residenciais entre as 16h00 locais e as 19h00.

No entanto, as hostilidades não cessaram em áreas distantes dos centros urbanos, tais como perto do quartel-general do exército, ou nas proximidades do Aeroporto Internacional de Cartum, onde ocorreu uma explosão num depósito de combustível.

Os confrontos começaram na manhã de sábado, dois dias após o exército ter advertido que o país atravessa uma "conjuntura perigosa" que poderia levar a um conflito armado, na sequência do destacamento de unidades das RSF na capital sudanesa e noutras cidades, sem o consentimento ou a coordenação das forças armadas.


Leia Também: Cessar-fogo entrou em vigor no Sudão para abrir corredores humanitários

A economia russa resiste, mas até quando? Putin arranja formas cada vez mais originais de contornar as sanções

Dmitry Medvedev visita fábrica da UralVagonZavod, Nizhny Tagil, em outubro (Getty Images)

João Guerreiro Rodrigues   Cnnportugal.iol.pt   16/04/23 

Depois de dez pacotes de sanções da União Europeia, a economia russa está longe do "colapso" que muitos previam e continua a financiar a invasão na Ucrânia. Mas, numa batalha que inclui o campo da informação, "temos de desconfiar um bocadinho" e olhar para o que podem esconder os números

A economia russa resiste. Longe do “colapso” antecipado por alguns líderes ocidentais, após terem sido aplicadas as sanções económicas por parte de algumas maiores economias mundiais. A contração foi inevitável: segundo o instituto de estatistica russo Rosstat, o PIB russo caiu 2,1% em 2022 e o Fundo Monetário Internacional aponta para um modesto crescimento de 0,3% para 2023. Mas os especialistas alertam que os números nem sempre dizem a verdade e que a economia russa pode estar agora mais frágil do que o Kremlin quer fazer parecer.

Os analistas financeiros pedem cautela a analisar os dados oficiais vindos de um país que se encontra em guerra e em que um dos campos de batalha é no espaço da informação. Essa tem sido uma das principais armas russas contra o Ocidente alargado: argumentar que as sanções não funcionam e que só estão a prejudicar o ocidente e os seus cidadãos, a quem é pedido um esforço para apoiar a causa ucraniana.  

“Ter em conta a fiabilidade dos dados. Temos de desconfiar um bocadinho. Há informação e contra-informação, é perfeitamente aceitável. Os números podem não dizer tudo, a economia russa não é uma economia saudável. Para já, a situação está estável, mas se [a guerra] demorar muito mais tempo, vai degradar-se”, afirma Filipe Garcia, presidente da Informação de Mercados Financeiros.

Essa estabilidade deve-se principalmente aos preços do petróleo e do gás em 2022, que compensou a queda no volume de exportações. De forma a dificultar a capacidade de financiamento da invasão russa, a União Europeia reduziu as importações de gás natural e de produtos petrolíferos, que lhe fornecia perto de 50% das suas necessidades energéticas. Os Estados-membros gastavam perto de 100 mil milhões de euros por ano apenas em produtos fósseis russos e reduziram esta dependência ao longo do ano. Atualmente, esse número encontra-se perto dos 12% e a tendência é para continuar a cair. 

Para colmatar esta queda, a Rússia canalizou as suas vendas de petróleo para a China e para a Índia. Mas isso não se aplica à venda de gás natural que requer infraestruturas muito caras e que demoram muito tempo a montar, que através da liquidificação ou do transporte por gasoduto. E esse terá sido um dos temas debatido no final de março por Xi Jinping e Vladimir Putin, em Moscovo. O acordo pode levar à construção de um gigante gasoduto com 2.600 quilómetros, que atravessa a Mongólia, para fornecer mais 50 mil milhões de metros cúbicos de gás por ano. Mas a quantidade é inferior à fornecida pelo Nord Stream 1 que liga a Rússia à Alemanha e o projeto, a correr dentro de prazo, só estará pronto em 2030.

A Rússia parece estar a encontrar formas cada vez mais originais de contornar as sanções ocidentais. Uma delas é a criação de uma “frota sombra”, que conta já com mais de 600 navios, para transportar o petróleo russo “fora do radar”.

“Podiam estar a vender gás e petróleo a preços muito mais altos e, por isso, estão a perder dinheiro. Portanto, temos de nos questionar se com isto a economia russa fica pior, melhor ou na mesma? Fica pior”, refere Filipe Garcia, que sublinha ainda que as expectativas de “uma queda a pique” da economia russa foram “uma hipótese rebuscada” e que dificilmente se materializarão.

Mas as sanções estão a funcionar. Apenas nos primeiros dois meses de 2023, a Rússia atingiu 88% do déficit total planeado para este ano. Os especialistas atribuem este facto à aplicação tardia das sanções. A exportação de gás natural para a Europa só foi travada no verão e a imposição de um teto ao preço de transação do crude russo só entrou em vigor em dezembro. E os efeitos já se sentem. Em janeiro e fevereiro deste ano, a receita de impostos do petróleo do gás, que representam quase metade do orçamento anual russo, caiu perto de 46%, comparado ao ano anterior.

Perante essas expectativas de colapso da economia russa, os dados são melhores do que o esperado, mas a realidade não é tão bonita quanto o Kremlin a pinta. E é isso mesmo que foi apontado por Evan Gershkovich, do The Wall Street Journal, no artigo que publicou no dia 28 de março e que argumenta que a economia russa está a começar a “desfazer-se”. Horas depois, o jornalista norte-americano, descendente de uma família judia que fugiu da União Soviética, foi detido na Rússia com acusações de espionagem.

Em alguns setores, é particularmente difícil substituir os componentes vindos das exportações. A Rússia está a tentar fazer tudo por si própria, mas está a deparar-se com problemas. O país atravessa a maior falta de mão-de-obra desde 1993, quando milhões de russos abandonavam o país em busca de uma vida melhor no estrangeiro após a queda da União Soviética, devido à mobilização de reservistas e à fuga do país de centenas de milhares de pessoas. Os especialistas russos do Banco Central apelidam o processo de “industrialização reversa”, num processo liderado pelo Estado.

“A Rússia olha para si própria como uma grande potência a nível mundial, o que já não corresponde à verdade. Continua a ser uma potência nuclear, mas a sua economia continua a ser débil, com uma economia semelhante em tamanho à da Espanha”, afirma o major-general Isidro Morais Pereira.

Os números dos relatórios de produção industrial até são positivos, mas isso deve-se ao esforço de guerra russo. Quase todas as fábricas de produção militar trabalham turnos múltiplos e expandem o número de linhas de produção, mas este setor não é representativo da economia real russa. Toda esta produção, que é contabilizada no PIB do país, é rapidamente consumida e destruída no campo de batalha, não acrescentando qualquer valor para a vida dos cidadãos russos.

Um dos oligarcas mais conhecidos da Rússia, o empresário Oleg Deripaska, sancionado pelos Estados Unidos em 2018 por ligações ao Kremlin, alertou para o facto de a economia russa precisar urgentemente de capital estrangeiro para funcionar e que, caso a situação não se altere, a Rússia poderá ter graves problemas de liquidez já em 2024. "Não haverá dinheiro já no próximo ano, precisamos de investidores estrangeiros", disse o oligarca Oleg Deripaska numa conferência económica na Sibéria.

“A incapacidade de importar tecnologia faz com que exista um constrangimento em várias empresas de se modernizarem. O financiamento da economia que seja feita por outra via que não seja a compra de produtos está fechada”, explica Filipe Garcia.

De acordo com a Comissão Europeia, desde fevereiro de 2022, os Estados-membros proibiram a exportação de bens para a Rússia no valor de 43,9 mil milhões e travaram a importação de produtos russos no valor de 91,2 mil milhões. Entre as proibições de vendas está o sistema tecnológico, com semicondutores e sistemas eletrónicos, bem como vários tipos de equipamentos industriais utilizados pela indústria russa.  

A solução russa foi comprar os equipamentos sancionados através de países terceiros, como o Quirguistão, a Turquia, a Arménia ou a Georgia. “A Rússia tem contornado as sanções através de outros países, como solução de recurso, mas isso não quer dizer que seja uma boa solução. Faz com que estejam a perder dinheiro, com o aumento dos custos e o piorar da qualidade”, destaca o especialista.

Declarações de Lula "dão a impressão de que quem apoia a Ucrânia é culpado da guerra"

O presidente brasileiro tem causado muita polémica ao fazer várias declarações acerca da criação de um processo de paz na Ucrânia. Para o comentador da CNN Portugal, José Azeredo Lopes, Lula da Silva "começa a caminhar num trilho bastante perigoso", onde corre o risco de ser mal interpretado por todos os países que apoiam a Ucrânia.

 José Alberto Azeredo Lopes  cnnportugal.iol.pt   16/04/23




SUDÃO: Pausa em combates permite retirar 450 alunos presos numa escola em Cartum

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POR LUSA   16/04/23 

Cerca de 450 alunos foram hoje retirados da escola Kamboni, no centro de Cartum, onde permaneceram presos mais de 24 horas após o início dos combates entre o Exército sudanês e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF).

A direção da escola de Kamboni disse, citada pela agência Efe, que "todos os alunos da escola", cerca de 450 meninos e meninas de diferentes idades, abandonaram a escola e foram encaminhadas para suas famílias.

A evacuação da unidade de ensino só foi possível após as Forças Armadas e as RSF (na sigla em inglês) concordaram em interromper os combates e abrir corredores humanitários por três horas, um compromisso alcançado por proposta das Nações Unidas.

A cessação temporária das hostilidades entrou em vigor às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e terminou às 19:00 locais de hoje.

Segundo a escola, "as autoridades atenderam ao pedido de socorro e providenciaram um caminho seguro para garantir a segurança dos alunos, que ficaram presos por mais de 24 horas dentro da escola".

Durante as horas de pausa, segundo a Efe, alguns confrontos continuaram na área do Comando de Operações de Cartum, distante dos centros urbanos, mas as áreas residenciais viveram uma calma tensa que permitiu que os moradores deixassem os locais onde estavam presos para buscar comida e água.

Os paramilitares das RSF envolveram-se em combates com o exército sudanês no sábado de manhã, em Cartum, mas a violência alastrou-se a outras zonas do país.

Em dois dias de combates no Sudão, pelo menos 56 civis foram mortos e quase 600 - também entre as partes em conflito - ficaram feridos, informou uma rede de médicos do Sudão. Entre as vítimas mortais, estão três funcionários do Programa Alimentar Mundial, que suspendeu as suas atividades no país.

Estes números não incluem, no entanto, vítimas na conturbada região ocidental de Darfur, onde há intensos combates em Al Fasher e Nyala, bem como em Al Obeid, no estado de Kordofan do Norte, devido a dificuldades de circulação naquelas áreas.

Os confrontos fazem parte de uma luta pelo poder entre o general Abdel Fattah al-Burhan, comandante das Forças Armadas, e o general Mohammed Hamdan Dagalo, líder das RSF.

Os dois generais são antigos aliados que orquestraram o golpe militar de outubro de 2021, o qual interrompeu a transição de curta duração do Sudão para a democracia.

Nos últimos meses, negociações apoiadas internacionalmente reavivaram as esperanças de uma transição ordeira para a democracia.

Contudo, as tensões crescentes entre Al-Burhan e Dagalo acabaram por atrasar um acordo com os partidos políticos.

Na capital e Omdurman, foram noticiados hoje combates junto do quartel-general militar, do Aeroporto Internacional de Cartum e da sede da televisão estatal.

Tanto os militares como as RSF afirmaram controlar locais estratégicos em Cartum e noutras áreas, mas estas reivindicações não puderam ainda ser verificadas de forma independente.

O Sudão, com mais de 49 milhões de habitantes, situa-se junto ao Mar Vermelho, que separa o país da Arábia Saudita.

Tem fronteiras terrestres com Egito, Eritreia, Líbia, Chade, República Centro-Africana e Sudão do Sul.


As obras de construção da auto-estrada Bissau/Safim encontram-se numa fase avançada. Trata-se da primeira auto_estrada na Guiné-Bissau, com distância de 8,2km e 3,5m de largura para cada das seis faixas de rodagem.


 Radio Voz Do Povo

Domingos Simões Pereira: 𝐊𝐔𝐌𝐔𝐒 foi finalmente apresentado ao público. Agradeço a presença de todos os que encheram a sala ontem. A próxima apresentação será em... Kumus!

#DSP

#KUMUS

 Domingos Simões Pereira 

Encerrados mais de 150 estabelecimentos no Irão por não respeitarem véu

© Pixabay

POR LUSA    16/04/23 

Mais de 150 estabelecimentos comerciais no Irão foram encerrados pelas autoridades, entre sábado e hoje, por não terem respeitado a obrigatoriedade do uso do véu por parte das funcionárias, anunciou a polícia.

Estes encerramentos foram decretados no dia seguinte à entrada em vigor de um novo plano policial, com recurso a câmaras de vigilância e reconhecimento facial, para controlar o uso do véu pelas mulheres, designado de 'hijab' e obrigatório desde a Revolução Iraniana, ocorrida em 1979.

"Infelizmente, a polícia teve de interditar 137 lojas e 18 restaurantes e salões de receção no país por não terem dado atenção aos avisos anteriores" relacionados com a obrigatoriedade do véu, disse o porta-voz da polícia no Irão, Said Montazerolmahdi, citado pela agência de notícias Tasnim.

O reforço da fiscalização sobre a obrigatoriedade do véu surge numa altura em que cada vez mais mulheres desafiam o código de vestimenta imposto, em particular o uso desta peça, e depois das manifestações desencadeadas pela morte de Mahsa Amini, em 16 de setembro, quando foi detida por violação das regras de vestuário.

A polícia alertou que os proprietários de carros também receberão uma mensagem de advertência se uma passageira violar o código de vestimenta, avisando que correm o risco de ter o veículo apreendido em caso de reincidência.

"Durante as últimas 24 horas, várias centenas de casos de incumprimento do uso do véu em automóveis foram registados por inspetores da polícia e os proprietários de carros foram informados por mensagens de texto", indicou Said Montazerolmahdi.

No final de março, o chefe da autoridade judicial, Gholamhossein Mohseni Ejei, avisou que todas as mulheres que removessem o véu seriam punidas.

Na sexta-feira, o chefe da polícia iraniana, Ahmad Erza Radan, anunciou que "a aplicação do plano do véu e da castidade" começaria no sábado. Grupos de estudantes anunciaram protestos contra o regresso da medida.

O responsável pelas forças policiais do Irão assegurou que "as câmaras não cometem erros" no momento de identificar as mulheres que não se cobrem com o véu.

A lei pune as mulheres que não usam o véu com multas e penas até dois meses de prisão, mas as autoridades estão a considerar outras opções, como a privação de utilizar serviços bancários.


Leia Também: Irão volta a impôr às mulheres uso do véu islâmico a partir de sábado

GTAPE começa sincronização após reclamações

Começa a segunda e última sincronização dos dados do recenseamento eleitoral após o período de 15 dias de reclamações e correcções de omissões. O diretor-geral do GTAPE, Gabriel Gibril Baldé garantiu que a impressão e a entrega dos cadernos definitivos à CNE vão respeitar o período fixado pela lei.

Radio Voz Do Povo

Associação dos Jovens Quadros da Guine-Conacry residentes no país adjuda na Reabilitação de furo da água na aldeia de N'Sunquin_Ndam arredores de Bissau

Radio Voz Do Povo

Coreia do Sul disparou tiros de aviso em direção a navio norte-coreano... Embarcação do Norte voltou a invadir as águas do Sul.

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Notícias ao Minuto   16/04/23 

A marinha sul-coreana disparou este domingo tiros de aviso em direção a uma embarcação de patrulha norte-coreana, apenas um dia depois de mais um teste balístico pela Coreia do Norte que acicatou as tensões na região.

Segundo contaram as forças da Coreia do Sul à agência Reuters, um navio avisou com tiros e com anúncios a patrulha, que atravessou a Linha de Limite do Norte (NLL, na sigla em inglês), a fronteira marítima que separa os dois países, por volta da 1h00 deste domingo.

Em comunicado, o Estado-Maior-General da Coreia do Sul reiterou que está "pronto" a responder às ameaças do Norte, enquanto "monitoriza os movimentos do inimigo que se prepara para potenciais provocações relativamente a violações da NLL".

Na mesma operação, uma patrulha da Coreia do Sul entrou em contacto com navio de pesca chinês, mas isto ocorreu devido à má visibilidade nas águas da região. Foram apenas registados pequenos ferimentos entre a tripulação sul-coreana.

O incidente deste domingo ocorre depois de um longo período de testes militares dos dois lados, com a Coreia do Sul a realizar exercícios na região com os Estados Unidos, enquanto que Pyongyang voltou a fazer ameaças nucleares e a testar mísseis interbalísticos de longo alcance.

Na sexta-feira, os norte-coreanos testaram um novo míssil intercontinental que, avisa a Reuters, pode facilitar o envio de mais mísseis sem qualquer aviso.

A NLL, a fronteira marítima imaginária, é contestada por Pyongyang desde o início da guerra da Coreia, em 1950 - um conflito que, tecnicamente, continua até aos dias de hoje, pois nenhum dos países assinou um acordo formal de paz após o armistício de 1953, e a constituição da DMZ, a fronteira terrestre desmilitarizada.


ALIMENTAÇÃO: Não brinque com coisas sérias! Eis 11 riscos da ingestão excessiva de sal... Fique a par.

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Notícias ao Minuto  16/04/23 

A ingestão de sal recomendada pela Organização Mundial de Saúde para prevenção de doenças cardiovasculares é de menos de cinco gramas por dia ou duas gramas de sódio. Porém, "em 2012 os portugueses ingeriam em média 10,7 gramas de sal por dia, mais de duas vezes o valor recomendado", lembra a cardiologista Lígia Mendes, num artigo assinado por si no portal do Hospital da Luz.

Já se perguntou o que acontece quando comemos sal e temos sódio em excesso no corpo? Eis 11 riscos:

1- Aumento da pressão arterial;

2- Doença cardiovascular independentemente do aumento da pressão arterial;

3- Doença renal;

4- Osteoporose;

5- Litíase renal ou pedra no rim;

6- Diminuição da massa muscular;

7- Aumento de suscetibilidade de aparecimento de diabetes e obesidade;

8- Promoção de estados inflamatórios;

9- Doenças autoimunes;

10- Envelhecimento da pele;

11- Tumores do estômago.


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O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, destacou hoje a posição comum da União Europeia (UE) sobre a China e exortou Pequim a deixar de apoiar Moscovo na guerra na Ucrânia.

© OLIVIER MATTHYS/POOL/AFP via Getty Images

POR LUSA  16/04/23 

 Borrell reafirma posição comum da UE sobre China e Ucrânia

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, destacou hoje a posição comum da União Europeia (UE) sobre a China e exortou Pequim a deixar de apoiar Moscovo na guerra na Ucrânia.

"A posição da UE sobre a China não mudou, e só pode ser definida a nível europeu", disse Borrell aos jornalistas, por videoconferência, sobre a reunião dos chefes da diplomacia do G7.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos sete países mais industrializados (G7) iniciaram hoje uma reunião de três dias em Karuizawa, uma estância de montanha a noroeste de Tóquio, a que Borrell não pôde comparecer por ter covid-19.

O Japão é o país anfitrião da reunião por exercer a presidência rotativa do G7, de que faz parte juntamente com Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália e Reino Unido.

A UE também participa no G7.

As questões da China, da Coreia do Norte e da guerra da Rússia contra a Ucrânia deverão dominar os trabalhos da reunião.

A UE considera a China "ao mesmo tempo como um parceiro, como um concorrente e como um rival sistémico", afirmou Borrell, citado pela agência espanhola EFE.

Disse também que o sistema político da China é "completamente diferente" do da UE e lembrou as preocupações europeias sobre a situação dos direitos humanos do gigante asiático.

O Presidente francês, Emanuel Macron, defendeu recentemente que a UE deve ter uma postura própria em relação à China e à questão de Taiwan, em vez de "se adaptar à agenda" dos Estados Unidos.

Quanto à guerra na Ucrânia, Borrell disse que a UE irá trabalhar com o G7 para continuar a apoiar Kiev, e defendeu que a reunião no Japão deverá enviar uma mensagem forte a este respeito.

"Ouço algumas vozes a dizer que temos de deixar de apoiar a Ucrânia para parar a guerra", afirmou, numa aparente alusão a acusações do Presidente brasileiro, Lula da Silva, de que UE e Estados Unidos alimentam o conflito.

A UE "não quer que a Ucrânia se renda e seja assumida pelo exército russo", disse Borrell, preconizando "mais apoio e mais rapidamente à Ucrânia".

O representante defendeu também as sanções contra a Rússia e que Moscovo deve responder por alegados crimes de guerra na Ucrânia.

Num telefonema ao homólogo japonês, Yoshimasa Hayashi, Borrell assinalou a importância de o G7 discutir a China e a Coreia do Norte no atual contexto geopolítico e regional.

As delegações enviadas à reunião, incluindo a do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, viajaram de Tóquio no comboio de alta velocidade japonês "Shinkansen", segundo a agência francesa AFP.

Os participantes na reunião devem encontrar-se para um jantar à porta fechada, durante o qual deverão falar sobre os desafios colocados pela China.

Espera-se que discutam também um plano global de investimento em infraestruturas no Sul, bem como outras crises, do Afeganistão a Myanmar (antiga Birmânia) e ao Sudão, onde os combates entre forças militares e paramilitares deixaram 56 civis mortos em 24 horas.

A reunião ministerial deverá preparar uma cimeira de líderes do G7 em maio, em Hiroshima.


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Paulo Rangel insta Governo a demarcar-se da posição de Lula da Silva em relação à Ucrânia

Paulo Rangel

Agência Lusa, 16/04/23

Vice-presidente do PSD lembra que este afirmou publicamente que "a União Europeia, a NATO e os Estados Unidos estão a fomentar e a estimular a guerra”

O vice-presidente do PSD, Paulo Rangel, instou este domingo o Governo a “tomar uma posição pública e formal” demarcando-se das declarações do Presidente brasileiro de que a União Europeia, NATO e EUA estão a estimular a guerra na Ucrânia.

“O Governo português – enquanto órgão de soberania responsável pela condução da política externa –, respeitando por inteiro a soberania do Brasil, através do primeiro-ministro, António Costa, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, não pode deixar de se demarcar, pelas vias diplomáticas adequadas mas também publicamente, da afirmação de que a União Europeia, a NATO e os Estados Unidos estão a fomentar e a estimular a guerra”, afirmou Rangel numa declaração política feita hoje no Porto.

Segundo sustentou, “com a mesma franqueza e, até, desassombro com que o Presidente do Brasil fala da cumplicidade e intervenção da União Europeia e procura suavizar ou omitir a responsabilidade do regime de Putin, o primeiro-ministro António Costa deverá afirmar a posição de Portugal a favor do direito internacional, da integridade territorial da soberania ucraniana e da paz”.


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Ministro da Cultura Juventude e Desportos Augusto Gomes visita Basarel preparativos para recepção da maior festival Cultural da etnia Manjaca

Secção de Basarel sector de Caliquis região de Cacheu acolhe de 5 a 7 a primeira edição da Jornada Cultural de Reflexão sobre a cultura da etnia Manjaca e a sua contribuição para a Paz na Guine-Bissau, a propósito disso o Ministro da Cultura Juventude e Desportos visitou este fim-de-semana a infra-estruturas que acolherá o evento.

 Radio Voz Do Povo 

Utru tragédia ontem 4/15/2023 na Sul na tabanka di Binhal na zona di Empada... camaradas si bo sibi ou kunsi um dos deputados pa kil area please bo passa és informações


Por Gervasio Silva Lopes

Explosivo caiu aos pés do primeiro-ministro japonês, antes de detonar... Veja as imagens que demonstram o momento em que o objeto foi atirado, antes das forças de segurança reagirem.

© Twitter/Jeffrey J. Hall

Notícias ao Minuto  16/04/23 

Novas imagens demonstram a 'sorte' que as forças de segurança do Japão tiveram no sábado, depois de uma tentativa de ataque contra o primeiro-ministro do país quando esteve visitava uma cidade portuária.

Nos vídeos, que estão a circular nas redes sociais, é possível ver um objeto a voar em direção a Fumio Kishida, caindo um pouco ao lado dos seus pés, sem explodir.

Um dos seguranças reage depois, dando um pontapé para afastar o objeto e tentando proteger o primeiro-ministro com um colete, antes de o líder do país ser então afastado do local, sem discursar. Kishida acabariam por regressar ao local para terminar o evento mais tarde.

O objeto atirado seria uma pequena bomba de fumo, lançada a partir da multidão, explodindo depois e soltando fumo branco, além do barulho que lançou o caos no local. Mas não houve quaisquer registo de feridos ou de danos.

As imagens transmitidas pela televisão japonesa NHK captaram ainda o momento em que uma pessoa foi detida pela polícia.

Através do Twitter, um especialista em política japonesa notou a 'sorte' que as forças de segurança tiveram, já que o explosivo, não só não detonou imediatamente, como caiu pouquíssimos metros ao lado de Kishida, que escapou incólume.

A imprensa japonesa notou ainda que o suspeito tinha uma mochila e que as forças de segurança não realizaram qualquer inspeção a mochilas no local, considerando que o evento, de pequena dimensão e dirigido para um pequeno número de pessoas, não seria de alto risco.

O incidente ocorreu apenas nove meses depois de um atentado contra o antigo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que, foi morto em julho do ano passado e cujo assassinato gerou discussão sobre a forma como os políticos são protegidos no país.


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Os Benefícios para a Libertação e a Construção de uma Nova Sociedade na África

Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA)

O dia 15 de abril deste ano marca o 111º aniversário de Sua Excelência o Sr. Kim Il Sung (1912-1994), Eterno Presidente da República Popular Democrática da Coreia e o grande pioneiro da obra de emancipação da humanidade.

Ele ainda goza de uma veneração sem limites por parte dos povos progressistas do mundo e é o grande benfeitor que prestou assistência implacável aos povos africanos para sua libertação nacional e construção da nova sociedade.

Em 15 de abril de 1995, uma cerimônia solene foi realizada na Nigéria para a apresentação do título de Patriarca Sol ao Presidente Kim Il Sung, o primeiro de seu tipo. Participaram representantes do governo e de outras localidades do país, além de artistas dos 21 grupos artísticos e uma grande massa de pessoas de todos os estratos sociais.

No dia seguinte, a Associação Nigerina do Sol foi formada pela vontade do povo deste país de honrar para sempre o Presidente como um sol eterno.

Sam Nujoma, ex-presidente da República da Namíbia, tendo recebido conselhos do Presidente Kim Il Sung no momento mais difícil da luta pela independência, disse aos seus combatentes da resistência: O que mais importa para um revolucionário é ter um mentor sábio. Caso contrário, a pessoa não pode se tornar um sábio. Escolher um bom mentor é o primeiro passo de um revolucionário digno. Portanto, farei do Presidente Kim Il Sung meu guia eterno.

Eleito Presidente após a independência, visitou a Coreia em setembro de 1992 com uma delegação de alto escalão. Expressando ao Presidente Kim Il Sung a gratidão de seu povo que seguiu o caminho soberano, com a alegria e o orgulho da independência, disse-lhe, expressando a emoção do povo por ter vencido na longa luta: Se não fosse por os sábios conselhos e a desinteressada assistência material e moral do Presidente Kim Il Sung, a Namíbia deveria ter permanecido como o único país colonizado da África. O Presidente Kim Il Sung, que tem estado ativo em nos ajudar em tempos difíceis, é o mentor e a benfeitor do povo namibiano.

O Presidente da República do Uganda, Yoweri Museveni, viajou várias vezes à Coreia para se encontrar com o Presidente Kim Il Sung, que lhe deu bons conselhos para a independência nacional e a construção de uma nova sociedade.

O Presidente Kim Il Sung atendeu a todos os pedidos e generosamente estendeu a assistência material e moral ao povo do Uganda na sua luta pela paz, segurança e construção da nação.

Por isso, o Presidente Museveni posteriormente expressou sua gratidão dizendo que o Presidente Kim Il Sung foi o benfeitor que ajudou material e moralmente a luta de libertação nacional africana, como a de Uganda pela independência e desenvolvimento. .

Os benefícios do Presidente Kim Il Sung concedidos para a libertação e construção da nova sociedade da África também permanecem em outros países como Senegal, Guiné-Bissau, Burkina Faso, Mali etc.

Os povos africanos sempre se lembram das façanhas imortais realizadas pelo Presidente Kim Il Sung em sua luta de libertação nacional e na construção de uma nova sociedade.


Pelo menos 16 mortos e nove feridos num incêndio em prédio no Dubai

© Getty Images

POR LUSA  16/04/23 

Um incêndio destruiu um prédio num antigo bairro do Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, matando pelo menos 16 pessoas e ferindo outras nove, disseram hoje as autoridades.

O incêndio ocorreu no sábado, no bairro de Al Ras, onde se situa o Dubai Spice Market, uma grande atração turística.

No comunicado do Governo, citado na notícia do jornal estatal The National, não se avança uma causa para o incêndio no prédio de cinco andares, mas a Defesa Civil do Dubai "sublinhou a importância de os proprietários e residentes de edifícios residenciais e comerciais cumprirem integralmente os requisitos e diretrizes de segurança e protecção para evitar acidentes e proteger a vida das pessoas".


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Pelo menos 56 mortos nos confrontos no Sudão

© Reuters

POR LUSA   16/04/23 

Os confrontos de sábado entre o Exército sudanês e paramilitares causou a morte de 56 civis, segundo um novo balanço divulgado hoje pelo Sindicato dos Médicos do Sudão.

O anterior balanço apontava para 26 mortos e 103 feridos. A mesma fonte adiantou que há a registar dezenas de mortes entre as forças de segurança.

As mortes ocorreram por todo o país, incluindo na capital, Cartum, e Omdurman, disse o Sindicato dos Médicos do Sudão.

A violência surge após meses de tensões crescentes entre as forças armadas e as paramilitares Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), que foram antecedidas de anos de agitação política, desde o golpe militar de outubro de 2021 no país de África.

O que conduz ao receio de um conflito mais vasto, uma vez que os combates continuaram até à noite.

Os combates entre o Exército do Sudão e a poderosa força paramilitar dão um novo golpe na esperança de uma transição para a democracia.

Os confrontos sucederam a meses de tensões acrescidas entre as Forças Armadas do Sudão e as RSF, que já tinham atrasado um acordo com os partidos políticos para que o país voltasse à curta transição para a democracia, que descarrilou com um golpe militar em outubro de 2021.

Os combates eclodiram no início do dia. Testemunhas disseram que ambos os lados dispararam de veículos blindados e de metralhadoras montadas em camiões em áreas densamente povoadas. Alguns tanques foram vistos em Cartum. Os militares disseram ter lançado ataques a partir de aviões e drones em posições das RSF dentro e em redor da capital.

Ao cair da noite, os residentes disseram que ainda ouviam os sons de tiros e explosões em diferentes partes de Cartum, incluindo ao redor do quartel-general dos militares e de outras bases.

Um dos pontos de fortes dos confrontos foi o Aeroporto Internacional de Cartum. Não houve qualquer anúncio formal de que o aeroporto estava fechado, mas as principais companhias aéreas suspenderam os voos.


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Fala África Guiné-Bissau: "Se quisermos ter uma justiça que funciona, temos que investir na formação dos cidadãos," Elias Man

 Hoje, no Fala África VOA, temos uma conversa com o jurista Elias Federico Lopes Man sobre o papel da justiça no processo de desenvolvimento dos países africanos de língua portuguesa, com destaque para a Guiné-Bissau.

voaportugues.com

Mulheres operadoras da central eléctrica de empresa BAIO_DJATA, da Região de Gabú recebe a visita da governadora local Elisa Tavares Pinto.

Após a visita o responsável da empresa pede a intervenção do Governo Regional junto ao executivo na isenção do combustível a central elétrica da Região.

 Radio Voz Do Povo

sábado, 15 de abril de 2023

Ataques simulados com caças russos "a uma velocidade estonteante". É assim que a NATO se prepara contra as novas agressões da Rússia

 A guerra na Ucrânia reacendeu a importância da NATO. No Mar Báltico, estão a decorrer exercícios conjuntos aeronavais, nos quais participa também a Marinha Portuguesa. 

Uma equipa da CNN Internacional acompanhou, aliás, uma missão da fragata Bartolomeu Dias.