sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Braima Camará: A Guiné-Bissau está na rampa do desenvolvimento, bem representada a todos os níveis.

Hoje dia 24 de fevereiro, estive presente nas instalações da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), em Lisboa a convite de sua Excelência, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, para participar na conferência sobre a “Democracia em África”, a quem agradeço desde já.

A conferência foi promovida pela Internacional Democrática do Centro (IDC) e contou com a presença de dirigentes dos partidos que compõem a IDC Internacional e IDC África, a honrosa presença de chefes de Estado e de Governo, bem como os líderes partidários.

A Guiné-Bissau está na rampa do desenvolvimento, bem representada a todos os níveis.

HORA TCHIGA!

Braima Camará

DIREÇÃO-GERAL DA MIGRAÇÃO DETÉM CIDADÃO DA GUINÉ COM NACIONALIDADE FRANCESA ACUSADA DE TRÁFICO DE SERES HUMANOS

Por radiosolmansi.net 

O Governo, através da Direcção-Geral da Migração e Fronteiras, intercetou, esta semana, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, um cidadão da República da Guiné, com nacionalidade francesa, na tentativa de levar uma rapariga supostamente de forma clandestina para Europa.

Em conferência de imprensa, hoje, o Diretor-Geral da Migração e Fronteiras, Lino Leal da Silva, diz que nas linguagens da sua instituição o homem em causa estaria a cometer crimes de tráfico de seres humanos e de migração clandestina.

“Foi atropelado um cidadão da Guiné com a nacionalidade francesa, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, que tentava viajar com uma rapariga que supostamente era a sua filha, mas na realidade vimos que não era verdade. A sua própria filha tem a nacionalidade francesa, mas estava a viajar com a rapariga em nome da sua filha. Na nossa linguagem tratamos isso como trafico dos seres humanos e migração clandestina”, explica ainda este responsável questionando ainda do porquê de tomar um visto na Guiné e porque teria que vir via Quebo para embarcar na Guiné-Bissau.

Lino Leal explica ainda que o cidadão em causa será traduzido ainda hoje à Polícia Judiciária para que seja ultimado o trabalho de investigação.

“Estamos intransigentemente na segurança do nosso aeroporto e da nossa fronteira em todos os domínios. O nosso país, o nosso aeroporto e o nosso território não serão jamais usados para fins alheios e para atingir a Europa”, garante.

“Temos ainda a amabilidade de contatar a embaixada de França para pedir a autenticidade destes passaportes e esta manhã nos informaram que realmente é valido, mas que estavam a tentar levar uma pessoa que não é detentora de um dos passaportes”, avança.

Em relação à nova gama de passaporte que começou a circular no país desde janeiro último, o responsável máximo da Direcção-Geral da Migração e Fronteiras assegurou que este tem 80% de segurança, ou seja, é comparado com os passaportes francês, americano e brasileiro, e “por isso não vamos dar a ninguém este passaporte para que faça outros usos em nome da Guiné-Bissau”.

“O que é da Guiné-Bissau deve ficar para os seus filhos”.

No decorrer da conferência de imprensa, o responsável exibiu um monte de documentos obtidos de forma ilegal intercetados na tentativa da obtenção do passaporte guineense.

Por: Braima Sigá


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GUERRA NA UCRÂNIA: Vários detidos em cidades russas por protestos contra a guerra

© Contributor/Getty Images

POR LUSA   24/02/23 14

As forças de segurança russas detiveram hoje em várias cidades pessoas que protestavam solitariamente contra a campanha militar russa na Ucrânia, indicou a organização OVD-Info, vocacionada para acompanhar os detidos e declarada agente estrangeiro por Moscovo.

Pelo menos quatro pessoas foram presas no centro de Barnaul, Sibéria oriental, no dia em que se cumpre um ano da invasão militar da Ucrânia em larga escala pelas Forças Armadas russas.

Um dos detidos é um residente local que segurava numa praça um cartaz com a frase "Não fiques calado". Os restantes detidos depositaram flores, garante esta organização.

Sete pessoas também foram detidas em Ecaterimburgo (junto aos montes Urais) frente à estátua de bronze de três metros erguida em 2017 em memória das vítimas das repressões estalinistas.

Outras cinco pessoas foram detidas perto do monumento ao escritor ucraniano Taras Shevchenko em São Petersburgo e onde depositaram flores.

Também foram registadas detenções em Khabarovsk, Vladivostok, Irkutsk ou Nizhni Novgorod, onde foi detido um deputado municipal que transportava um cartaz com a frase "Paz para a Ucrânia. Soldado, regressa a rua casa".

Nos últimos 12 meses a OVD-Info registou em todo o país 19.586 detenções em 76 regiões russas durante protestos contra a campanha militar russa na Ucrânia.

Pelo menos 447 pessoas foram processadas por envolvimento em protestos contra a guerra, com 128 atualmente detidas.

Em 04 de março de 2022, oito dias após ter desencadeado a sua "operação militar especial" na Ucrânia, o Presidente russo Vladimir Putin promulgou uma lei que pune a difusão de "informação falsa" sobre o Exército russo com elevadas multas ou com três a 15 anos de prisão.

Em concreto, o decreto prevê entre 10 a 15 anos de prisão a propagação de informação falsa sobre as Forças Armadas que implique "graves consequências".

Prevê ainda penas de prisão até cinco anos por "ações públicas" que procurem desprestigiar o desempenho das Forças Armadas russas "na defesa dos interesses da Rússia e dos seus cidadãos, na preservação da paz e segurança internacionais".

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.199 civis mortos e 11.756 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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Pela primeira vez há consulta de asma num hospital da Guiné-Bissau

© Lusa

POR LUSA    24/02/23 

O Hospital Nacional Simão Mendes, principal unidade hospitalar da Guiné-Bissau, já realiza consultas para doentes com asma, o que é descrito pelo médico responsável, Ibrahim Silva Danso, como "algo inédito".

"Pela primeira vez há consulta de asma num hospital da Guiné-Bissau e é aqui no Simão Mendes", declarou à Lusa Ibrahim Silva Danso, clínico geral formado na China e que há um ano trabalha no principal hospital do país.

Ao regressar ao país, após um período de estágio no Brasil, Danso foi convidado pela direção do Simão Mendes a assumir a nova unidade de consulta de asma que até aqui não existia na Guiné-Bissau.

Normalmente, os pacientes guineenses com asma deslocavam-se até Ziguinchor ou Dacar, no Senegal, ou a Portugal para tratarem a doença.

Desde finais de dezembro que uma equipa, coordenada por Ibrahim Danso, em colaboração com a organização não-governamental espanhola Aida (Ajuda, Intercâmbio e Desenvolvimento), realiza às terças-feiras consultas de asma no Simão Mendes.

O médico responsável pelas consultas lembra que no primeiro dia que a iniciativa foi lançada apenas compareceu um doente: "Talvez porque ninguém acreditava que era verdade", disse.

"Na semana a seguir já tivemos 25 pacientes", observou Ibrahim Danso.

O doente, referiu ainda o médico, apenas paga mil francos cfa (cerca de 1,5 euros) e recebe gratuitamente os medicamentos disponibilizados pela Aida, que colabora com o Simão Mendes.

A consulta é feita apenas para doentes adultos, uma vez que ainda não existe no Simão Mendes um protocolo para o tratamento de crianças asmáticas, acrescentou Ibraim Danso.

"O hospital está a pensar criar um serviço de consulta para crianças com asma a partir da existência de um protocolo", sublinhou o médico.

De acordo com Ibrahim Danço, a Guiné-Bissau "tem muitos doentes de asma".

O clínico observou ainda que nas consultas que tem estado a liderar têm comparecido mais doentes de Bissau do que os do interior do país.

"Talvez porque ainda não sabem que já é possível fazer consulta de asma" no Simão Mendes, afirmou.


”Ligação à Base é parte mais importante da existência do PAIGC”, diz Domingos Simões Pereira

Bissau, 24 Fev 23(ANG) – O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), defendeu esta, sexta-feira, que a parte mais importante da existência de uma organização política como o PAIGC é a sua ligação à Base.

Domingos Simões Pereira falava na abertura da 1ª Conferência de Base do PAIGC do Círculo 27, do Sector Autónimo de Bissau que irá decorrer até o dia 27 do corrente mês.

“Este ato que simbolicamente estamos a testemunhar no Círculo 27, é bom para que camaradas, militantes, simpatizantes e a população em geral compreendam a sua importância”, frisou.

O líder do PAIGC afirmou que não era bom para que a Conferência de Base, seja tratado como simples ato de legitimação dos órgãos do partido.

“Deve servir de oportunidade para se questionar uns aos outros, se, de fato, a área que está compreendida nesta Base de que estamos a falar se sente representada nas estruturas do partido”, salientou.

Domingos Simões Pereira pede para se questionar se as estruturas do partido conseguem interpretar, corretamente, as expectativa das estruturas de base.

“Só através de um diálogo sério, franco e de camaradas, que seremos capazes de identificar onde estão as nossas forças, mas também onde estão as nossas fraquezas, de forma a podermos concentrar os esforços e energia para ultrapassar as nossas fraquezas”, disse.

O líder do PAIGC acrescentou que não se deve estar atrás dos políticos “só porque gostamos deles”, nem porque expressam “o que queremos ouvir”,  devemos estar atrás de quem faz a política, se a pessoa é honesta e se as questões que debate vão no sentido de melhorar as condições de vida das pessoas”, sublinhou.

Ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social Maria da Conceição Évora presidiu abertura hoje (24.02) a Mesa Redonda Sobre a Mutilação Genital Feminina na Guiné-Bissau.

Radio Voz Do Povo

A quarta reunião do Projeto de Relançamento do Ensino e Formação Técnica e Profissional foi aberta hoje em Bissau no âmbito do mercado de trabalho e criação de mão de obra qualificada na Guiné-Bissau.

Radio Voz Do Povo

PRESIDENTE DA REPÚBLICA E COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS, GENERAL ÚMARO SISSOCO EMBALÓ É PRESIDENTE DE HONRA DA REUNIÃO INTERNACIONAL SOBRE “DEMOCRACIA EM ÀFRICA”.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

O Presidente da República, General Úmaro Sissoco Embaló, participou hoje na sessão inaugural da Conferência "Democracia em África" organizada pela Internacional Democrática de Centro (IDC), que decorre em Lisboa, na sede da UCCLA. 

O Chefe de Estado guineense é o convidado de Honra deste evento que reuniu personalidades políticas do mundo inteiro.

Entre os dirigentes políticos presentes figuram para além do General Úmaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau, Ulisses Correia e Silva, Primeiro-ministro de Cabo Verde e Presidente do MpD, o partido no poder, Patrice Trovoada, Primeiro-Ministro de São Tomé e Príncipe e Presidente da ADI, o partido no poder, e Adalberto da Costa Júnior, presidente da UNITA, principal partido da oposição angolana.

O presidente da principal formação da oposição em Moçambique, Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Ossufo Momade, o secretário-geral do partido marroquino Istiqlal, Nizar Baraka, o presidente da IDC Internacional e ex-Presidente da Colômbia Andrés Pastrana, bem como diversos dirigentes de partidos políticos da Guiné-Conacri, Burkina Faso, Madagáscar, Somália, e especialistas de assuntos políticos e de segurança de Espanha, França, Hungria e Reino Unido, participam igualmente na reunião.

Ministro da Cultura Juventude e Desportos Augusto Gomes visita obras de construção da Autoestrada de Safim na companhia do Embaixador da China no País.

Radio Voz Do Povo 

UE e NATO desvalorizam plano da China lembrando proximidade ao Kremlin

© Lusa

POR LUSA  24/02/23 

A presidente da Comissão Europeia e o secretário-geral da NATO desvalorizaram hoje o plano de paz chinês para a guerra na Ucrânia, considerando que Pequim "não tem credibilidade", pois "tomou partido" e assinou uma "parceria ilimitada" com Moscovo.

Numa conferência de imprensa conjunta em Tallin, num evento para assinalar o aniversário da independência da Estónia, mas também o primeiro aniversário da guerra lançada pela Rússia na Ucrânia, Ursula von der Leyen e Jens Stoltenberg desvalorizaram assim o plano de 12 pontos com vista a um cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia apresentado por Pequim.

"Não é propriamente um plano de paz, mas antes princípios que a China partilha. E eu penso que temos de ver esses princípios contra um pano de fundo específico. E esse pano de fundo é que a China tomou partido, ao assinar por exemplo uma amizade ilimitada imediatamente antes de a invasão ter começado. Portanto, olharemos para os princípios, claro, mas vamos analisá-los tendo em conta esse pano de fundo de que a China tomou partido", declarou a presidente da Comissão.

Por seu lado, o secretário-geral da Aliança Atlântica comentou que "a China não tem muita credibilidade", porque, segundo frisou, as autoridades chinesas "não foram capazes de condenar a invasão ilegal da Ucrânia e assinaram dias antes da invasão um acordo entre o Presidente Xi [Jinping] e o Presidente [Vladimir] Putin sobre uma parceria ilimitada com a Rússia".

Quanto a um acordo de paz, Stoltenberg disse que o mesmo, atualmente, joga-se no campo de batalha, advogando que "uma solução de paz negociada" só poderá ser garantida com superioridade ucraniana no campo de batalha, razão pela qual é fundamental que seja reforçado o apoio a Kiev.

"O apoio militar é a única forma de criar as condições para fazer Putin ver que não vai ganhar no campo de batalha e que precisa de se sentar à mesa da negociação. Portanto, apoio militar hoje é a forma de assegurar um acordo de paz amanhã", defendeu.

A proposta da China foi divulgada hoje mas tinha sido anunciada no sábado pelo principal diplomata chinês, Wang Yi, durante a Conferência de Segurança de Munique e visa, segundo o responsável, alcançar "uma iniciativa de paz" que acabe com a guerra na Ucrânia cumprindo a Carta das Nações Unidas.

Com este anúncio, a China liderada pelo Presidente Xi Jinping reiterou a sua intenção de ser neutra na guerra, apesar de continuar a bloquear os esforços das Nações Unidas para condenar a invasão.

O documento, de que a Ucrânia disse aguardar para o estudar em pormenor, ecoa as alegações russas de que os Governos ocidentais são os culpados pela invasão de 24 de fevereiro de 2022 e critica as sanções adotadas contra a Rússia.

Na reunião de Munique, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, expressou ceticismo sobre a posição de Pequim mesmo antes da divulgação do plano, avançando ter informações de que a China está "a considerar fornecer apoio letal" à Rússia, alegação que Pequim considerou ser "uma difamação".

A China apelou hoje a um cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia e defendeu que o diálogo é a única forma de alcançar uma solução viável para o conflito, numa proposta com 12 pontos.

O plano, divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, também pede o fim das sanções ocidentais impostas à Rússia, medidas para garantir a segurança das instalações nucleares, o estabelecimento de corredores humanitários para a retirada de civis e ações para garantir a exportação de cereais, depois de interrupções no fornecimento terem causado o aumento dos preços a nível mundial.

A China afirmou ser neutra no conflito, mas mantém uma relação "sem limites" com a Rússia e recusou-se a criticar a invasão da Ucrânia. Pequim acusou igualmente o Ocidente de provocar o conflito e "alimentar as chamas" ao fornecer à Ucrânia armas defensivas.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, desencadeando uma guerra de larga escala que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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Colectivo dos jovens Visionários para Acções Concretas COJOVAC promove conferência da imprensa sobre a sua terceira Edição da Gala.

Radio Voz Do Povo 

UMARO SISSOCO EMBALÓ: "Juventude e mulheres" são cruciais para o desenvolvimento de África

POR LUSA  24/02/23 

O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse hoje numa conferência em Lisboa que África e a Guiné-Bissau precisam de apostar nas mulheres e na juventude para garantirem o desenvolvimento e ultrapassarem os muitos desafios que enfrentam.

"Alcançar o sucesso na concretização dos objetivos e na resposta aos desafios políticos e económicos, aos desafios sociais e culturais, de estabilidade institucional e de segurança vai depender muito da natureza e amplitude da aposta que fizermos na juventude e na mulher africana", disse o chefe de Estado da Guiné-Bissau, na conferência 'A Democracia em África', que decorre hoje em Lisboa, organizada pela Internacional Democrata do Centro (IDC).

Referindo-se especificamente ao seu país, Embaló vincou que existem duas "realidades sociais incontornáveis", que são a juventude e a mulher, e que devem enformar as políticas públicas neste país africano lusófono.

"Temos uma população muito jovem, em que 79% da população está concentrada entre os 0 e os 35 anos, e essa população espera que o Estado adote políticas públicas que garantam boa educação, melhor acesso ao sistema de saúde, melhor formação profissional, e só assim a juventude pode ser a portadora do futuro que todos queremos para os nossos países", disse o chefe de Estado guineense, acrescentando que a outra realidade é o peso da mulher na sociedade.

"Na Guiné-Bissau, 51,6% da população são mulheres, e são necessárias políticas ainda mais ativas de igualdade de género, formação e escolarização das raparigas, inclusão laboral e justiça salarial e acesso a funções de responsabilidade administrativa e proteção da maternidade", afirmou, destacando que "a política de igualdade de género é importante para configurar uma sociedade de progresso económico".

Na intervenção, o Presidente da Guiné-Bissau destacou a importância da democracia para a realização destes objetivos e para a sustentação do desenvolvimento económico, pegando nas palavras do primeiro-ministro de Cabo Verde que, minutos antes, tinha destacado que os tempos de incerteza vividos no seguimento da pandemia de covid-19 e da invasão da Ucrânia pela Rússia são "terreno fértil" para os ataques à democracia.

"O pior inimigo da democracia é os cidadãos acharem que são todos os políticos são iguais, porque isso é uma porta aberta para o populismo e o nacionalismo se instalarem", disse Ulisses Correia e Silva, lembrando a chamada 'lei de Gresham', segundo a qual a má moeda expulsa a boa moeda da circulação.

Os populismos, continuou, "são potenciados pelas redes sociais, que são ataques reais e que se desenvolvem em países democráticos, não apenas nos países autocráticos, que também têm um interesse em expandir o seu modelo de governação, e daí o confronto entre os países democráticos e os que querem alargar os seus regimes, que não são democráticos".

Na intervenção de defesa da democracia, Ulisses Correia e Silva considerou que "quanto mais pobre for o país, mais pobres serão as possibilidades de escolha dos cidadãos", e por isso defendeu a necessidade de apostar na educação para potenciar o desenvolvimento do país.

"Entre os partidos no poder e os partidos na oposição, há sempre um país no meio, há sempre cidadãos que precisam de ser protegidos contra abusos de poder", concluiu o governante, que é também o presidente da IDC África.

A reunião, que tem como tema "Democracia em África", é promovida pela Internacional Democrática do Centro (IDC), que reúne mais de 90 partidos políticos, e decorre na sede da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA).

A IDC África é presidida por Ulisses Correia e Silva, atual primeiro-ministro de Cabo Verde.

As conclusões do debate e respetivas linhas de força serão inscritas num documento final, denominado "Declaração de Lisboa".

O evento conta com a presença de diversos dirigentes dos partidos que compõem a IDC Internacional e IDC África, vários dos quais chefes de Estado e de Governo, assim como do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.

Entre os dirigentes políticos esperados figuram Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro de Cabo Verde e presidente do Movimento para a Democracia (MpD), o partido no poder, Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau, Patrice Trovoada, primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe e presidente da Ação Democrática Independente (ADI), o partido no poder, e Adalberto da Costa Júnior, presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), principal partido da oposição angolana.

O presidente da principal formação da oposição em Moçambique, Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Ossufo Momade, o secretário-geral do partido marroquino Istiqlal, Nizar Baraka, o presidente da IDC Internacional e ex-presidente da Colômbia Andrés Pastrana, bem como diversos dirigentes de partidos da Guiné-Conacri, Burkina Faso, Madagáscar, Somália, e especialistas de assuntos políticos e de segurança de Espanha, França, Hungria e Reino Unido, participam igualmente na reunião.


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Coordenador Nacional do Movimento para Alternacia Democratica MADEM-G15, Braima Camara, participou hoje em Lisboa na sede da UCCLA na Conferencia Democracia em Africa organizada pela Internacional Democratica de Centro (IDC).


Zelensky diz que os "assassinos russos têm de ser punidos"

© Alexey Furman/Getty Images

POR LUSA  24/02/23 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que a Ucrânia só vai parar quando os "assassinos russos forem punidos", dirigindo-se ao país no dia em que se assinala um ano sobre o ataque de Moscovo contra território ucraniano. 

"Nunca lhes vamos perdoar. Nunca descansaremos até que os assassinos russos sejam punidos. Por um tribunal internacional, por um julgamento de Deus ou pelos nossos soldados", disse Zelensky.

O chefe de Estado ucraniano destacou também que a Ucrânia "inspirou" e "uniu" o mundo.

"A Ucrânia surpreendeu o mundo. A Ucrânia inspirou o mundo. A Ucrânia uniu o mundo. Há milhares de palavras para o provar", disse Zelensky num discurso que acaba de ser difundido através das redes sociais.


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GUERRA NA UCRÂNIA: China apela a cessar-fogo na Ucrânia e divulga proposta para a paz

© GREG BAKER/AFP via Getty Images

POR LUSA   24/02/23

A China apelou hoje a um cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia e defendeu que o diálogo é a única forma de alcançar uma solução viável para o conflito, numa proposta com 12 pontos.

O plano, divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, também pediu o fim das sanções ocidentais impostas à Rússia, medidas para garantir a segurança das instalações nucleares, o estabelecimento de corredores humanitários para a evacuação de civis e ações para garantir a exportação de grãos, depois de interrupções no fornecimento terem causado o aumento dos preços a nível mundial.

O primeiro ponto destacou a importância de "respeitar a soberania de todos os países", numa referência à Ucrânia. "O Direito internacional, universalmente reconhecido, incluindo os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, deve ser rigorosamente observado", lê-se na proposta difundida pela diplomacia chinesa.

"A soberania, independência e integridade territorial de todos os países devem ser efetivamente preservadas", apontou.

A China afirmou ser neutra no conflito, mas mantém uma relação "sem limites" com a Rússia e recusou-se a criticar a invasão da Ucrânia. Pequim acusou o Ocidente de provocar o conflito e "alimentar as chamas" ao fornecer à Ucrânia armas defensivas.

O Governo chinês apelou ao fim da "mentalidade da Guerra Fria" - um termo frequentemente usado por Pequim para criticar a política externa dos Estados unidos.

"A segurança de uma região não deve ser alcançada através do fortalecimento ou expansão de blocos militares", afirma-se no documento, numa critica implícita ao alargamento da NATO. "Os legítimos interesses e preocupações de segurança de todos os países devem ser levados a sério e tratados adequadamente", sublinha-se.

Pequim defendeu que todas as partes devem contribuir para "forjar uma arquitetura de segurança europeia equilibrada, eficaz e sustentável".

E garantiu que "está disposta a desempenhar um papel construtivo", mas apontou que "problemas complexos não têm soluções simples".

Na quinta-feira, a China absteve-se quando a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução não vinculativa a pedir que a Rússia encerre as hostilidades na Ucrânia e retire as suas forças. A China é um dos 16 países que votaram contra ou abstiveram-se em quase todas as cinco resoluções anteriores sobre a Ucrânia.

A resolução, redigida pela Ucrânia em consulta com os seus aliados, foi aprovada por 141 votos a favor. Sete países votaram contra e 32 abstiveram-se. O documento constitui uma forte mensagem, na véspera do primeiro aniversário da invasão, e deixa a Rússia mais isolada do que nunca.

No entanto, Pequim considera a parceria com Moscovo fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, liderada pelos Estados Unidos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, reafirmou a importância dos laços com a Rússia durante um encontro com o Presidente russo, Vladimir Putin, esta semana, em Moscovo.

A China também foi acusada pelos EUA de estar possivelmente a preparar-se para fornecer apoio militar à Rússia.

Antes de a proposta de hoje ser difundida, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, considerou-a um primeiro passo importante.

"Acho que, em geral, o facto de a China ter começado a falar em paz na Ucrânia não é mau", disse, numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro de Espanha. "É importante para nós que todos os Estados estejam do nosso lado, do lado da justiça", acrescentou.

O Presidente chinês, Xi Jinping, expressou anteriormente "questões e preocupações" sobre o conflito, durante um encontro com Putin, e opôs-se abertamente ao uso e ameaça nuclear, após o homólogo russo ter sugerido o uso de armas atómicas na Ucrânia.


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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

SAÚDE: Carência de vitamina B12 ouve-se? O sintoma que deve preocupá-lo

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   23/02/23 

É a vitamina que mais preocupações dá aos vegetarianos. Mas até quem consome proteína de origem animal deve estar atento.

A falta de vitamina B12, essencial para o bom funcionamento do organismo, pode provocar zumbidos nos ouvidos, alerta um especialista contactado pelo Daily Express.

"Todas as vitaminas B desempenham um papel fundamental na produção de energia", mas  "a vitamina B12 é particularmente importante", sublinha, o médico Matthew Calcasola, da empresa Get A Drip, em declarações ao jornal. Como tal, adverte que "quem opta por dietas à base de plantas ou com baixo teor de carne devem estar atentos aos seus níveis de vitamina B12".

Calcasola afirma que "ouvir sons como e viessem do interior do corpo e não de uma fonte exterior" é um sinal de alerta que não deve ignorar.

Mas, afinal, qual a importância desta vitamina, cujas principais fontes são a carne, peixe, ovos, o leite e seus derivados? "A importância da vitamina B12 reside no facto de ser essencial e imprescindível para a hematopoiese, isto é, para a síntese dos elementos figurados do sangue e suas funções e para o normal funcionamento do sistema nervoso central e periférico", pode ler-se no portal do grupo Lusíadas. Além disso, "desempenhará, ao que se pensa atualmente, um papel importante para a normal densidade óssea".

Embora sejam raros, há casos em que a carência de vitamina B12 pode ser fatal. "Regista-se principalmente em demências ou paraplegias por défice de vitamina B12 e tanto de forma direta, como acontece em qualquer demência, como indireta, pelas complicações que ambas as situações acarretam, como imobilidade, úlceras de pressão, infeções."

Segundo o médico , eis outros sintomas de falta de vitamina B12 a que deve prestar muita atenção:

  • Falta de forças;
  • Falta de ar;
  • Palpitações;
  • Perda de apetite e de peso
  • Úlceras na boca;
  • Depressão;
  • Palidez;
  • Sensação de formigueiro;
  • Grave fraqueza muscular dos membros inferiores.

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"Paz justa". 141 países da ONU exigem retirada de tropas russas de Kyiv

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POR LUSA  23/02/23 

A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou hoje, com uma esmagadora maioria de 141 votos, uma resolução que exige a "retirada imediata" das tropas russas da Ucrânia e pede "uma paz abrangente, justa e duradoura".

O projeto de resolução, elaborado pela Ucrânia e aliados com apoio da União Europeia, obteve 141 votos a favor, sete contra e 32 abstenções dos 193 Estados-membros da ONU, reforçando mais uma vez o isolamento de Moscovo na panorama internacional.

Votaram contra este texto a Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte, Eritreia, Mali e Nicarágua, e entre os países que se abstiveram estão, China, Angola, Moçambique e Cuba.

A votação ocorreu numa sessão especial de emergência da Assembleia Geral para assinalar um ano de guerra da Rússia na Ucrânia e após dois dias de discursos de quase uma centena de Estados.

Apesar de não ter caráter vinculativo, esta resolução carrega um peso político e mostrou quais os países que continuam a recusar-se a condenar a Rússia, um ano depois da guerra.

Face à resolução votada, a Bielorrússia, aliada mais próxima de Moscovo, propôs uma série de emendas que foram votadas primeiramente, mas que foram rejeitadas.


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Cantor R. Kelly é condenado a 20 anos por pornografia infantil; ele já cumpre 30 anos por tráfico sexual

Michael Tercha/Chicago Tribune/Tribune News Service via Getty Images

Eric Levenson e Bill Kirkos da CNN  23/02/2023 

O juiz determinou que 19 dos 20 anos de sentença sejam cumpridos simultaneamente à outra pena; apenas um ano deve ser cumprido após as três décadas

O cantor R. Kelly recebeu uma pena de 20 anos de prisão em um tribunal federal de Chicago nesta quinta-feira (23) após sua condenação no ano passado por acusações de pornografia infantil e aliciamento de menores. É a segunda longa sentença que ele recebe desde o ano passado.

Kelly já está cumprindo pena de 30 anos de prisão por sua condenação em 2021 por extorsão e tráfico sexual em um tribunal federal de Nova York.

O juiz distrital dos Estados Unidos, Harry D. Leinenweber, disse no tribunal nesta quinta-feira que 19 dos 20 anos da sentença seriam cumpridos simultaneamente a sua outra sentença. Um ano seria cumprido após os 30 anos da primeira sentença, disse ele.

Kelly foi condenado em setembro por três acusações de produção de pornografia infantil e três acusações de aliciamento de menor de idade para se envolver em atividades sexuais criminosas. Uma moção para um novo julgamento foi negada na semana passada.

Os promotores pediram que uma sentença adicional de 25 anos fosse cumprida assim que sua outra sentença de 30 anos de prisão terminasse.

“Robert Kelly é um predador sexual em série que, ao longo de muitos anos, mirou especificamente em meninas e fez de tudo para esconder o abuso de Jane e outras vítimas menores”, disseram os promotores em um processo. “Até hoje, e mesmo após o veredicto do júri contra ele, Kelly se recusa a aceitar a responsabilidade por seus crimes.”

A defesa disse em seu processo que Kelly já está cumprindo uma “sentença perpétua de fato” e pediu que qualquer outra pena fosse cumprida ao mesmo tempo que a de 30 anos no caso de Nova York.

“No caso improvável de Kelly sobreviver à sua sentença de 30 anos, não há razão para acreditar que ele reincidiria em seus 80 anos”, escreveram seus advogados. “A esmagadora maioria da conduta criminosa de Kelly foi cometida há 25 anos.”

As diretrizes de sentença consultivas oferecem uma faixa de 14 a 17,5 anos de prisão, de acordo com os cálculos da promotoria, ou 11,25 a 14 anos de prisão, de acordo com os cálculos da defesa.

A questão de decidir se as duas sentenças serão cumpridas simultaneamente ou uma após a outra ficou a critério do tribunal.

A audiência de sentença ocorre após quase três décadas de alegações de que Kelly havia abusado sexualmente de meninas menores de idade, acusações apresentadas pela primeira vez no Chicago Sun-Times. Em 2002, Kelly foi indiciado por acusações de pornografia infantil por supostamente se filmar fazendo sexo com uma garota menor de idade não identificada, mas foi absolvido em 2008.

Mesmo com as alegações, Kelly foi um dos artistas de R&B mais bem-sucedidos dos anos 1990 e 2000, conhecido pelos sucessos “Bump N’ Grind”, “Ignition (Remix)” e “I Believe I Can Fly”, que lhe renderam três prêmios Grammy. Ele foi indicado para 26 prêmios Grammy ao todo, inclusive em 2015.

Na esteira do movimento #MeToo, Kelly enfrentou mais acusações após um artigo do BuzzFeed de 2017 e no documentário da Lifetime de janeiro de 2019, “Surviving R. Kelly”. Um mês depois, ele foi indiciado em Cook County, Illinois, por 10 acusações de abuso sexual criminoso agravado, e outras duas acusações federais se seguiram em julho de 2019.

O que aconteceu nos julgamentos

O julgamento federal em Chicago em setembro do ano passado foi baseado em alegações de cinco menores que os promotores alegam terem sido abusadas ​​por Kelly no final dos anos 1990, gravando vídeos explícitos com quatro delas.

Uma das testemunhas no julgamento, uma mulher de 37 anos, falou no tribunal federal sob o pseudônimo de Jane e testemunhou que Kelly começou a praticar atos sexuais com ela quando tinha 14 anos e que tiveram relações sexuais a partir dos 15. Eles haviam tido relações sexuais “centenas” de vezes antes de ela completar 18 anos, disse.

Ela disse que negou falsamente que eles tivessem um relacionamento sexual em entrevistas com o Departamento de Crianças e Serviços Familiares de Illinois, a investigadores da polícia de Chicago e a um grande júri em 2002.

“Por que você mentiu?” um promotor perguntou a Jane no tribunal.

“Porque eu estava com medo de expor Robert. Porque eu tinha medo do que poderia acontecer com meus pais”, disse ela. “Eu também não queria que essa pessoa fosse eu.”

O júri condenou Kelly por seis acusações, três acusações de gravar vídeos de conduta sexual com Jane e três acusações de incitar Jane e duas outras menores a se envolverem em atividades sexuais. Ele foi absolvido de sete outras acusações, incluindo conspiração para obstruir a justiça. Dois associados foram absolvidos de todas as acusações.

Durante o julgamento federal de Chicago, Kelly já havia sido condenado por extorsão e tráfico sexual em um julgamento federal de Nova York.

Nesse caso, os promotores do Distrito Leste de Nova York acusaram Kelly de usar seu status de celebridade e uma “rede de pessoas à sua disposição para atingir meninas, meninos e mulheres jovens para sua própria gratificação sexual”.

O julgamento de Nova York incluiu depoimentos de testemunhas que disseram ter sido abusadas sexual e fisicamente por Kelly. O tribunal também ouviu pessoas envolvidas na orquestração do casamento de Kelly com a falecida cantora Aaliyah, em 1994, quando ela tinha apenas 15 anos e ele já era adulto, depois que ela acreditou que estava grávida.

No mês passado, os promotores do Condado de Cook, Illinois, retiraram as acusações estaduais de crimes sexuais contra Kelly, citando em parte sua longa sentença federal.

“Entendo como foi difícil para essas vítimas se apresentarem e contarem suas histórias. Aplaudo a coragem delas e tenho o maior respeito por todos que se apresentaram”, disse o procurador do condado de Cook, Kim Foxx, em um comunicado à imprensa. “Embora este possa não ser o resultado que eles esperavam, devido às sentenças que o Sr. Kelly está enfrentando, sentimos que a justiça foi feita.”

Estados Unidos preparam novas sanções "drásticas" a Moscovo

© Reuters

POR LUSA  23/02/23 

Os EUA vão aplicar novas sanções "drásticas" contra a Rússia, anunciou hoje a Casa Branca, na véspera do primeiro aniversário da invasão russa da Ucrânia.

"Os Estados Unidos implementarão sanções drásticas contra setores-chave que geram rendimento para (o Presidente russo Vladimir) Putin", disse a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, numa conferência de imprensa.

Ao mesmo tempo, a vice-administradora da Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID), Isobel Coleman, anunciou um novo pacote de ajuda humanitária à Ucrânia.

Coleman lembrou que a USAID já forneceu cerca de 15 mil milhões de euros em assistência humanitária, económica e de desenvolvimento, para atender às necessidades urgentes provocadas pela guerra.

No total, os Estados Unidos já forneceram cerca de 30 mil milhões de euros em ajuda militar a Kiev, sendo o maior doador no esforço de resistência à invasão russa.

"A vitória é um termo que devem ser os ucranianos a definir, não os Estados Unidos. Portanto, continuarei a sublinhar o facto de que estaremos com a Ucrânia e caminharemos ao lado dos ucranianos enquanto eles precisarem de nós", disse Coleman, para justificar o novo pacote de ajuda.

A dirigente da USAID lembrou que há duas semanas visitou Kiev, numa viagem em que anunciou a entrega ao Governo ucraniano de uma central móvel de turbinas a gás com capacidade de 28 megawatts, suficiente para fornecer eletricidade a pelo menos 100 mil residências.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.199 civis mortos e 11.756 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Conselho Europeu garante apoio militar a Kyiv e novas sanções à Rússia

Blinken: "Última coisa" que Putin precisa é a entrada da NATO no conflito

© Reuters

POR LUSA  23/02/23 

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, considerou hoje que a "última coisa" que o Presidente russo, Vladimir Putin, necessita é uma ampliação da guerra na Ucrânia, forçando uma intervenção da NATO.

No decurso de um painel organizado pela revista The Atlantic, Blinken considerou ser este o motivo pelo qual em diversos momentos da ofensiva russa, onde foram emitidos alertas, não se cumpriram os piores receios dos aliados.

"Houve momentos em que a preocupação foi muito elevada. Por exemplo, quando os ucranianos contra-atacaram na primavera e obtiveram um êxito significativo. Houve palavras da parte de Moscovo de que admitia o uso de armas nucleares táticas", disse Blinken na sua intervenção, na véspera do primeiro aniversário da invasão militar russa em larga escala.

Os Estados Unidos e outros países, acrescentou o chefe da diplomacia norte-americana, falaram diretamente com os seus homólogos russos para manifestar a sua "absoluta oposição" ao uso deste tipo de armamento.

"A última coisa que Putin necessita é uma guerra mais ampla, uma guerra na qual se envolva a NATO", considerou.

Em simultâneo, Antony Blinken também indicou que a ajuda dos Estados Unidos à Ucrânia tem em consideração a necessidade de evitar uma escalada do conflito.

"O nosso apoio à Ucrânia é fundamental e estaremos com eles o tempo necessário. Mas não queremos dirigir esta guerra e decerto não queremos fazer nada que provoque uma confrontação mais ampla", disse.

Segundo Blinken, a Ucrânia já garantiu de alguma forma uma vitória, pelo facto de a Rússia não ter conseguido erodir o objetivo inicial de apagar a identidade do país como independente e soberano.

O secretário de Estado norte-americano recordou que Washington já estava a prever os planos da Rússia e assegurou que a Ucrânia tinha na sua posse "o necessário" antes da invasão de 24 de fevereiro de 2022 para repelir esse primeiro ataque.

Numa referência à ajuda que os Estados Unidos têm concedido à Ucrânia, Blinken indicou que não deve ser apenas prevista a entrega de armamento, mas também a forma como Kiev pode utilizá-lo de forma efetiva e a sua integração num plano coerente de batalha.

"Não é tão simples como alguns dizem", indicou Blinken, para quem será necessário assegurar que a Rússia não esteja em condições de repetir manobras semelhantes "em um ano ou em cinco", e após o fim do atual conflito.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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