O crescimento económico guineense tem estado acima do registado na África subsaariana nos últimos três anos e deve ser potenciado, defendeu hoje o chefe da missão do FMI (Fundo Monetário Internacional) para a Guiné-Bissau, Tobias Rasmussen.
Tobias Rasmussen falava na conferência "Guiné-Bissau Rumo ao Crescimento Sustentável", organizada pelo FMI no âmbito da quarta consulta daquela organização ao país.
"O crescimento económico na África subsaariana teve um marcante declínio em 2015 e 2016. Compreendendo este crescimento, a Guiné-Bissau aparece em boa posição, porque nos últimos três anos o crescimento guineense esteve acima do registado no resto de África", afirmou Tobias Rasmussen.
Segundo o responsável, apesar de a África Subsaariana estar a ter uma "modesta recuperação", espera-se para a região um crescimento económico de 03 a 04%, o que contrasta com as previsões para Bissau, que apontam para um crescimento económico de 05% para este ano e 2018.
"Isto explica-se com a evolução muito positiva dos preços da castanha de caju, que aumentou para níveis recorde", tendo contribuído também uma "importante evolução na gestão da economia", salientou.
Tobias Rasmussen considerou igualmente que também contribuíram para o crescimento económico, o "investimento na melhoria do abastecimento elétrico e infraestruturas viárias e um maior controlo orçamental e de gestão dívida".
Mas, o responsável defende que aquele crescimento pode e deve ser "potenciado", através da estabilidade macroeconómica, por uma política orçamental prudente, a manutenção de um sistema bancário sólido e a continuação das reformas estruturais.
Para Tobias Rasmussen é também importante, para potenciar o crescimento económico, que seja promovido um ambiente de negócios com "regulamentação estável e transparente", mas também que proteja as pessoas para que ser mais inclusivo.
O FMI termina terça-feira a sua quarta avaliação à Guiné-Bissau no âmbito do programa que tem com o país e também a visita vinculada ao abrigo do artigo IV, que ocorre a todos os países que trabalham com aquela organização financeira internacional.
MSE // EL
Lusa/Fim
segunda-feira, 2 de outubro de 2017
Cueca disponível para mulheres que não confiam em seu marido
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segunda-feira, outubro 02, 2017
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Alerta-prévia!
Presumivelmente: não haverá possibilidade de Presidente da República convocar eleição legislativa em 2018, e não haverão condições técnicas, para sua realização, caso a Assembleia Nacional Popular não seja desbloqueada.
O Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), está permanentemente ausente do país, aliás definitivamente deixou o seu corgo como órgão máximo dessa instituição Técnica, e, consequentemente assumiu uma nova função (desconhecemos de do cargo) no Organismo Internacional.
Entretanto, estamos quase à assistir outra incompetência absoluta da comissão permanente da Assembleia Nacional Popular. Quer, em todo custo, eleger um novo Presidente dessa instituição, que na verdade não é regimental, será um ato meramente inconstitucional.
Prevê o nosso ordenamento jurídico, no que diz respeito esse cargo. É, da exclusiva competência da plenária da Assembleia Nacional Popular, eleger por voto secreto, o presidente da Comissão Nacional de Eleições.
( ...), porém, à boa fé, no que concerne o princípio de oportunidade e de privilégio, aliás procedimentos legais de matérias em causas.
Antes de convocar seção para elegir novo PCNE. A seção da ANP deve ser convocada para discussão, debate e eventual aprovação do programa do governo e orçamento geral do Estado.
Nha mantenha de ato de cidadania
Fonte: NO TERRA SABI
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segunda-feira, outubro 02, 2017
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Aumenta para 50 o número de mortos em Las Vegas
Novos dados dão conta de que outras 400 pessoas ficaram feridas.
Através da sua conta de Twitter, a Polícia Metropolitana de Las Vegas fez um novo balanço do número de vítimas do tiroteio que decorreu na noite deste domingo naquela cidade.
Segundo um comunicado publicado nas redes sociais, foram já contabilizadas 50 vítimas mortais e 400 feridos, número que tem sido revisto em alta. O anterior balanço dava conta de aproximadamente 200 feridos. Pelo menos dois agentes da polícia que se encontravam de folga morreram no ataque.
Estes dados tornam o tiroteio de Las Vegas no mais mortífero dos tiroteios em massa na história dos Estados Unidos, ultrapassando o tiroteio numa discoteca de Orlando, em 2016, onde 49 pessoas morreram.
Mais de 40 mil pessoas assistiam ao festival de música country que decorria num espaço ao ar livre junto a um casino de Las Vegas.
Entretanto, a polícia fez saber que já identificou as viaturas usadas no tiroteio e que terá localizado a mulher de quem andava à procura, e que será a colega de casa do suspeito, que foi abatido.
NAOM
Através da sua conta de Twitter, a Polícia Metropolitana de Las Vegas fez um novo balanço do número de vítimas do tiroteio que decorreu na noite deste domingo naquela cidade.
Segundo um comunicado publicado nas redes sociais, foram já contabilizadas 50 vítimas mortais e 400 feridos, número que tem sido revisto em alta. O anterior balanço dava conta de aproximadamente 200 feridos. Pelo menos dois agentes da polícia que se encontravam de folga morreram no ataque.
Estes dados tornam o tiroteio de Las Vegas no mais mortífero dos tiroteios em massa na história dos Estados Unidos, ultrapassando o tiroteio numa discoteca de Orlando, em 2016, onde 49 pessoas morreram.
Mais de 40 mil pessoas assistiam ao festival de música country que decorria num espaço ao ar livre junto a um casino de Las Vegas.
Entretanto, a polícia fez saber que já identificou as viaturas usadas no tiroteio e que terá localizado a mulher de quem andava à procura, e que será a colega de casa do suspeito, que foi abatido.
PRESS RELEASE: LVMPD Identifies Suspect in Sunday Night Shooting on the Strip http://www.lvmpd.com/en-us/Press%20Releases/PO%20235%2010-02-17.pdf …#LVMPDnews
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segunda-feira, outubro 02, 2017
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INTERNACIONAL - Camarões: Oito mortos em protestos pela independência
Forças de segurança dos Camarões reprimiram este fim-de-semana protestos pela independência das regiões anglófonas do país, maioritariamente francófono. Separatistas declararam simbolicamente a independência.
Os separatistas escolheram este domingo, 1 de outubro, aniversário da criação da República Federal dos Camarões, para proclamar simbolicamente a independência.
Pelo menos oito pessoas morreram e várias ficaram feridas durante a repressão dos protestos pelos soldados camaroneses e pela polícia, que usou gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes.
Segundo a agência de notícias Reuters, Buea e Bamenda, as principais cidades anglófonas do país, estavam praticamente desertas ao final do dia, com a polícia a patrulhar as ruas, detendo qualquer residente que contrariasse as ordens para ficar em casa. Já no sábado, em Kumba, no sudoeste anglófono, as forças de segurança abateram um jovem.
Este domingo, na sua página oficial no Facebook, o Presidente Paul Biya condenou os protestos, afirmando que embora não seja proibido "expressar preocupações na República, nada de bom pode ser alcançado com excessos verbais, violência nas ruas e desafiando as autoridades."
Contra a "discriminação"
As manifestações inserem-se num movimento que, desde novembro de 2016, denuncia a discriminação do Governo contra a minoria de língua inglesa - cerca de 20% dos 22 milhões de camaroneses. Os protestos tornaram-se um estandarte da oposição ao Presidente Paul Biya, há 35 anos no poder.
Nas vésperas da proclamação simbólica da independência, cerca de 700 pessoas atacaram estações de polícia e infraestruturas estatais em Ekok, no sudoeste do país. Segundo os manifestantes, preparava-se já a implementação do novo Estado, a Ambazónia.
Tambe Elias, que se apresenta como líder das manifestações em Ekok, garante que os separatistas já não reconhecem o Paul Biya como chefe de Estado: "Ele não é ninguém e nunca significará nada para as pessoas de Ambazónia. Biya tem de partir", disse.
Antecedendo os protestos, o Governo camaronês proibiu reuniões com mais de quatro pessoas, mandou encerrar estações de autocarros, lojas e restaurantes, e proibiu as deslocações entre as diferentes regiões anglófonas. As autoridades ordenaram ainda o encerramento da fronteira com a Nigéria durante o fim-de-semana.
Debn Ignatius, residente de Ekok, critica o comportamento das forças de segurança: "Pediram a retirada da bandeira ambazoniana. Não creio que seja tarefa da polícia".
"Falsas esperanças"
Na capital, Yaoundé, ministros e altos funcionários anglófonos receberam ordens de Paul Biya para convencer a população a não apoiar os separatistas. O secretário de Estado do Ministério das Minas, Fuh Calistus Gentry, promete alertar os camaroneses para o perigo das "falsas esperanças".
"Isto é uma guerra psicológica e as pessoas estão assustadas, porque alguns grupos fizeram as suas mentes reféns e deram falsas esperanças", afirma Gentry. "O Estado vai fazer tudo para assegurar os direitos fundamentais de todos e desintoxicar as mentes das pessoas convencidas por falsa esperança."
Entretanto, na cidade portuária de Douala, milhares de apoiantes do Governo marcharam contra os apelos à independência das regiões anglófonas.
O Presidente Paul Biya já afirmou que não está disponível para quaisquer negociações com os separatistas, sublinhando que o país é uno e indivisível.
Dw.com/pt
Forças de segurança camaronesas patrulham rua em Buea
Os separatistas escolheram este domingo, 1 de outubro, aniversário da criação da República Federal dos Camarões, para proclamar simbolicamente a independência.
Pelo menos oito pessoas morreram e várias ficaram feridas durante a repressão dos protestos pelos soldados camaroneses e pela polícia, que usou gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes.
Segundo a agência de notícias Reuters, Buea e Bamenda, as principais cidades anglófonas do país, estavam praticamente desertas ao final do dia, com a polícia a patrulhar as ruas, detendo qualquer residente que contrariasse as ordens para ficar em casa. Já no sábado, em Kumba, no sudoeste anglófono, as forças de segurança abateram um jovem.
Este domingo, na sua página oficial no Facebook, o Presidente Paul Biya condenou os protestos, afirmando que embora não seja proibido "expressar preocupações na República, nada de bom pode ser alcançado com excessos verbais, violência nas ruas e desafiando as autoridades."
Contra a "discriminação"
As manifestações inserem-se num movimento que, desde novembro de 2016, denuncia a discriminação do Governo contra a minoria de língua inglesa - cerca de 20% dos 22 milhões de camaroneses. Os protestos tornaram-se um estandarte da oposição ao Presidente Paul Biya, há 35 anos no poder.
Nas vésperas da proclamação simbólica da independência, cerca de 700 pessoas atacaram estações de polícia e infraestruturas estatais em Ekok, no sudoeste do país. Segundo os manifestantes, preparava-se já a implementação do novo Estado, a Ambazónia.
Tambe Elias, que se apresenta como líder das manifestações em Ekok, garante que os separatistas já não reconhecem o Paul Biya como chefe de Estado: "Ele não é ninguém e nunca significará nada para as pessoas de Ambazónia. Biya tem de partir", disse.
Antecedendo os protestos, o Governo camaronês proibiu reuniões com mais de quatro pessoas, mandou encerrar estações de autocarros, lojas e restaurantes, e proibiu as deslocações entre as diferentes regiões anglófonas. As autoridades ordenaram ainda o encerramento da fronteira com a Nigéria durante o fim-de-semana.
Debn Ignatius, residente de Ekok, critica o comportamento das forças de segurança: "Pediram a retirada da bandeira ambazoniana. Não creio que seja tarefa da polícia".
Protesto contra a independência das regiões anglófonas
"Falsas esperanças"
Na capital, Yaoundé, ministros e altos funcionários anglófonos receberam ordens de Paul Biya para convencer a população a não apoiar os separatistas. O secretário de Estado do Ministério das Minas, Fuh Calistus Gentry, promete alertar os camaroneses para o perigo das "falsas esperanças".
"Isto é uma guerra psicológica e as pessoas estão assustadas, porque alguns grupos fizeram as suas mentes reféns e deram falsas esperanças", afirma Gentry. "O Estado vai fazer tudo para assegurar os direitos fundamentais de todos e desintoxicar as mentes das pessoas convencidas por falsa esperança."
Entretanto, na cidade portuária de Douala, milhares de apoiantes do Governo marcharam contra os apelos à independência das regiões anglófonas.
O Presidente Paul Biya já afirmou que não está disponível para quaisquer negociações com os separatistas, sublinhando que o país é uno e indivisível.
Dw.com/pt
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segunda-feira, outubro 02, 2017
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Las Vegas: 20 mortos confirmados e mais de 100 feridos
O número de vítimas do tiroteio de Las Vegas foi revisto pelas autoridades.
Há 20 mortos confirmados e mais de 100 feridos no tiroteio que ocorreu nas imediações do hotel Mandalay Bay Casino Resort and Casino, em Las Vegas, EUA.
A informação é confirmada pela pelo xerife local, citado pela Associated Press.
De acordo com a informação da Polícia Metropolitana de Lagas Vegas, o autor dos disparos já foi abatido, desconhecendo-se, até ao momento, aos motivações que terão estado na base do crime.
Otiroteio que ocorreu nas imediações do Mandalay Bay Casino Resort and Casino, em Las Vegas, EUA provocou pelo menos 20 mortos e uma centena de feridos.
Vários dos feridos eram espetadores do concerto de Jason Aldean que atuava no placo do Route 91 Harvest Festival – um evento de três dias dedicado à música country.
As vítimas estão a ser encaminhadas para o Centro Médico Universitário do Sul do Nevada e para o Sunrise Hospital & Medical Center.
O atirador terá já sido abatido pela polícia.
As autoridades locais confirmaram também que o Aeroporto Internacional McCarran foi fechado e os voos foram interrompidos por precaução, segundo avança a Associated Press.
Veja as imagens.
Há 20 mortos confirmados e mais de 100 feridos no tiroteio que ocorreu nas imediações do hotel Mandalay Bay Casino Resort and Casino, em Las Vegas, EUA.
A informação é confirmada pela pelo xerife local, citado pela Associated Press.
De acordo com a informação da Polícia Metropolitana de Lagas Vegas, o autor dos disparos já foi abatido, desconhecendo-se, até ao momento, aos motivações que terão estado na base do crime.
Eis as imagens do tiroteio em Las Vegas que provocou 20 mortos
Estas são as imagens captadas no Route 91 Harvest Festival, realizado nas imediações do Mandalay Bay Casino Resort and Casino.Otiroteio que ocorreu nas imediações do Mandalay Bay Casino Resort and Casino, em Las Vegas, EUA provocou pelo menos 20 mortos e uma centena de feridos.
Vários dos feridos eram espetadores do concerto de Jason Aldean que atuava no placo do Route 91 Harvest Festival – um evento de três dias dedicado à música country.
As vítimas estão a ser encaminhadas para o Centro Médico Universitário do Sul do Nevada e para o Sunrise Hospital & Medical Center.
O atirador terá já sido abatido pela polícia.
As autoridades locais confirmaram também que o Aeroporto Internacional McCarran foi fechado e os voos foram interrompidos por precaução, segundo avança a Associated Press.
Veja as imagens.
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segunda-feira, outubro 02, 2017
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Dia Internacional da Não-Violência - 2 de outubro
O Dia Internacional da Não Violência está marcado em 2 de outubro, o aniversário de Mahatma Gandhi, líder do movimento de independência indiano e pioneiro da filosofia e estratégia de não violência.
De acordo com a resolução A / RES / 61/271 da Assembléia Geral, de 15 de junho de 2007, que estabeleceu a comemoração, o Dia Internacional é uma ocasião para "disseminar a mensagem de não-violência, inclusive através da educação e da conscientização pública". A resolução reafirma "a relevância universal do princípio da não-violência" e o desejo de "garantir uma cultura de paz, tolerância, compreensão e não-violência".
Apresentando a resolução na Assembléia Geral em nome de 140 co-patrocinadores, o Ministro de Estado da Índia para Assuntos Externos, Anand Sharma, disse que o amplo e diversificado patrocínio da resolução refletiu o respeito universal pelo Mahatma Gandhi e de a relevância da sua filosofia.
Citando as próprias palavras do líder tardio, ele disse: "A não-violência é a maior força à disposição da humanidade. É mais poderosa do que a mais poderosa arma de destruição inventada pela ingenuidade do homem".
ONU na Guiné-Bissau
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segunda-feira, outubro 02, 2017
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Continua excelente o relacionamento entre Lisboa e Bissau disse primeiro-ministro António Costa, porque a Guiné-Bissau é um país irmão são palavras António Costa, durante a visita do Primeiro-ministro General Umaro Sissoco Embaló
A República da Guiné-Bissau e de Portugal encontro oficial entre o primeiro-ministro guineense General Umaro Sissoco Embaló, com seu homólogo português Dr. António Costa, são provas que mostram que o executivo guineense liderado por General Sissoco Embaló tem uma boa relação de amizade e de cooperação com a República de Portugal o encontro acontece na presença de vários membros do governo de António Costa e de Umaro Sissoco Embaló também integra a comitiva o embaixador da Guiné-Bissau em Portugal Dr. Hélder Vaz.
Prs Diáspora
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segunda-feira, outubro 02, 2017
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domingo, 1 de outubro de 2017
Humor e Piadas
Trump considera negociações com Pyongyang uma "perda de tempo"
O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou hoje que negociar com a Coreia do Norte foi uma "perda de tempo", depois da revelação de Washington sobre a existência de "canais de comunicação" com Pyongyang.
"Eu disse a Rex Tillerson, o nosso maravilhoso secretário de Estado, que ele está a perder o seu tempo negociando com Rocket Man [o homem foguete]..." escreveu o Presidente na rede social Twitter, usando uma das referência cómicas para denominar o dirigente norte-coreano Kim Jong-Un.
Trump aconselhou ainda o membro da sua administração a poupar energia, porque "se fará o que se tiver que fazer".
No sábado, depois de várias reuniões com líderes chineses, incluindo o Presidente, Xi Jinping, Tillerson anunciou que os Estados Unidos têm "canais de comunicação" abertos con Pyongyang para avaliar a sua disposição para o diálogo.
"Temos dois ou três canais abertos com Pyongyang (...) Se pudermos falar com eles, falamos", afirmou.
Pouco antes, o Departamento de Estado norte-americano indicara que a Coreia do Norte não tinha manifestado qualquer sinal de interesse em dialogar sobre armas nucleares.
NAOM
"Eu disse a Rex Tillerson, o nosso maravilhoso secretário de Estado, que ele está a perder o seu tempo negociando com Rocket Man [o homem foguete]..." escreveu o Presidente na rede social Twitter, usando uma das referência cómicas para denominar o dirigente norte-coreano Kim Jong-Un.
Trump aconselhou ainda o membro da sua administração a poupar energia, porque "se fará o que se tiver que fazer".
No sábado, depois de várias reuniões com líderes chineses, incluindo o Presidente, Xi Jinping, Tillerson anunciou que os Estados Unidos têm "canais de comunicação" abertos con Pyongyang para avaliar a sua disposição para o diálogo.
"Temos dois ou três canais abertos com Pyongyang (...) Se pudermos falar com eles, falamos", afirmou.
Pouco antes, o Departamento de Estado norte-americano indicara que a Coreia do Norte não tinha manifestado qualquer sinal de interesse em dialogar sobre armas nucleares.
NAOM
O ENCONTRO ENTRE O PRIMEIRO MINISTRO DA GUINÉ BISSAU E O SEU HOMOLOGO DE PORTUGAL ULTRAPASSOU DE LONGE AS EXPECTATIVAS INCIAIS
O GENERAL SISSOKÓ EMBALÓ PRIMEIRO MINISTRO DA GUINE BISSAU VISITOU PORTUGAL ONDE MANTEVE ENCONTROS DE TRABALHO COM O SEU HOMOLOGO ANTÓNIO COSTA DE PORTUGAL.
SOBRE O CONTEÚDO DOS ENCONTROS AINDA NÃO CONSEGUIMOS APURAR, CONTUDO, VAMOS APRESENTAR ALGUMAS FOTOGRAFIAS QUE ILUSTRAM O AMBIENTE AMISTOSO E PROPICIO PARA BOAS CONVERSAS E ENTENDIMENTOS:
ACOMPANHARAM O GENERAL SISSOKÓ EMBALÓ NESTA VISITA O MINISTRO DE ESTADO E DOS COMBATENTES E REINSERÇÃO SOCIAL ARISTIDES OCANTE DA SILVA, MINISTRO FERNANDO VAZ DO TURISMO, O EMBAIXADOR HELDER VAZ E O DIRECTOR GERAL DO PROTOCOLO DE ESTADO ROGÉRIO HERBERT.
AGUARDAMOS O REGRESSO DA COMITIVA DO PRIMEIRO MINISTRO PARA MAIS PORMENORES.
Publicada por Ditadura do Progresso à(s)
O Embaixador Tulinabo Mushingi entregou o Certificado de participação no Programa IVLP ao Jornalista João Umpa Mendes. Jornalista da Televisão Nacional da Guiné-Bissau.
O programa IVLP é um programa de intercâmbio financiado pelo Governo dos Estados Unidos de América, que consiste em selecionar profissionais destacados nas suas áreas, a fim de participar num intercâmbio com tópicos específicos e com a duração de três semanas nos Estados Unidos.
Fonte: Representação da Embaixada dos Estados Unidos em Bissau
COOPERATIVA ‘ILHA DE PAZ’ – ESPERANÇA DE JOVENS BOLAMENSES ESTÁ ‘COXO’ E SEM APOIO DO GOVERNO
[REPORTAGEM] A Cooperativa “Ilha de Paz” de Bolama que cativava grande parte dos jovens que recorriam as suas oficinas para se formarem em diferentes cursos técnico-profissionais está numa situação lastimável. Em consequência disso a maior parte dos professores abandonou projeto.
Depois do abandono, as oficinas que ainda funcionavam a meio gás acabaram por fechar as suas portas. Na opinião de algumas pessoas que trabalhavam na cooperativa e que foram interpeladas pela repórter de O Democrata, a iniciativa que era vista como um centro de esperanças para os jovens bolamenses está ‘coxa’, porque o Estado guineense não assumiu a sua responsabilidade. Abdicou-se da sua missão com a saída dos belgas que geriam as oficinas e investiam na compra de equipamentos.
A iniciativa da criação de cooperativa para apoiar na formação técnica e profissional da comunidade bolamenses foi de um padre de nacionalidade belga. O missionário católico pertencia a uma organização da Bélgica que apoiava os povos africanos, particularmente a juventude, através de centros de formação técnico-profissionais. Foi nesse quadro que a iniciativa foi alargada também para a Burkina Faso, Mali e a Guiné-Bissau.
Dentro da cooperativa havia diferentes oficinas na área de confecção materiais que eram vendidos localmente e no exterior. Instituições públicas e privadas encomendavam materiais confeccionados na cooperativa. Havia uma oficina de carpintaria que produzia mobiliários. Havia também uma oficina naval que fazia botes de pesca e uma oficina de serralharia mecânica.
Bolama, antiga capital da administração colonial, conta com mais de dez mil habitantes, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) de 2009. A cidade de Bolama fica a 22 milhas da capital Bissau.
VICTOR CAMARÁ: ‘COOPERATIVA FAZIA CONSTRUÇÃO DE BOTES E CANOAS DE PESCA. PARAMOS POR FALTA DE MEIOS’
O responsável da antiga Cooperativa “Ilha de Paz” de Bolama, Victor Camará, explicou durante a entrevista exclusiva a O Democrata que a fundação da cooperativa foi uma iniciativa de uma organização belga, em 1986. Nos primeiros anos, a Cooperativa tinha um centro de formação em diferentes áreas, desde a carpintaria e produzia mobiliários. Tinha ainda uma oficina naval de pesca e uma de serralharia mecânica.
No âmbito dessa dinâmica inicial, os professores das diferentes oficinas recebiam formações de reciclagem que lhes permitiam ter mais capacidade e criatividade para a confecção de seus produtos. Lembrou que depois de 24 anos da gestão da cooperativa, os gestores resolveram entregar a cooperativa aos nacionais (filhos de Bolama). Passou logo a ter uma gerência autónoma.
“O edifício era da administração colonial e pertencia à empresa Gouveia, que exercia atividades comerciais de compra de ‘carus’, coconotes, mancara e outros produtos locais. Depois o edifício foi transformado em aquartelamento militar do exército português até aos anos setenta. Depois da independência, os dirigentes nacionais mantiveram-no como aquartelamento. Mais tarde foi abondado. Foi a partir desse momento que foi aproveitado para instalar a cooperativa com o aval das autoridades nacionais”, notou.
Conta, no entanto, que a iniciativa do missionário belga era ajudar a juventude local a ser independente bem como dotá-la de ferramentas, em matéria de cursos técnico-profissionais, que lhe permitisse ganhar a vida para a sua auto-suficiência alimentar.
Segundo Victor Camará, inicialmente os formadores recrutados para ministrar diferentes oficinas criadas na cooperativa eram os antigos carpinteiros do período colonial. Foram submetidos a formações de reciclagem para a construção de botes. Os responsáveis recorreram a especialistas estrangeiros.
Em relação ao setor das pescas, Victor Camará explica que ações da cooperativa não se limitavam apenas à cidade de Bolama. O projeto foi alargado as outras ilhas e, sobretudo para a ilha de Orango e Canhabaque.
Lembrou, neste sentido, que a oficina naval fabricava botes e canoas de pesca que eram vendidos aos jovens pescadores e isso rendia alguma coisa aos bolsos dos jovens bolamenses do ramo das pescas.
Para o efeito tinha sido montada uma Câmara Frigorífica para ajudar os pescadores a conservar o pescado. Assegurou que a iniciativa ajudava também aos pescadores de outras ilhas no armazenamento de gelo para a conservação do pescado.
“Construíamos canoas em madeira, mesas, cadeiras, entre outros. O tempo para a construção de uma canoa era de três meses, porque exigia muita técnica e profissionalismo. É importante ter materiais de qualidade, mas custava-nos muito caro. Era o caso de pregos a prova da água salgada. Cada quilograma custava cinco mil francos Cfa. Varões carbonizados e tábuas de cinco metros e quarenta centímetros de lado custavam aproximadamente vinte e cinco mil franco cfa . O pior é que havia materiais, como de serra-fitas e pregos cavarnizados que só podíamos encontrar no estrangeiro, no Senegal e na Gâmbia. Comprávamos tudo isso no SunnuKer, mas como o supermercado deixou depois de vender esses materiais resolvemos ir para exterior. Tudo isso motivou a venda de canoas a um preço estimado em mais de sete milhões de francos Cfa. Portanto, é para ter a ideia de como era difícil operar nesse setor. Vendemos canoas a esse preço para tirarmos lucros, ou seja, o rendimento de três meses que as pessoas levam na construção de canoas, mão-de-obra e compra de materiais”, informou.
Victor Camará, um dos antigos carpinteiros com mais de trinta anos de experiência, contou à repórter que podiam fazer vários estilos de canoas de pesca e de transporte de pessoas com diferentes tamanhos, mas a falta de poder de compra das pessoas que solicitavam o seu serviço a limitou a sua capacidade de produção.
“Nós exigíamos às pessoas que era obrigatório fazer a manutenção de canoas de seis em seis meses e a maioria cumpria. Mas outras não. Preferiam pagar um preço barato para a manutenção. Muitos recorriam às canoas construídas pelos `Nhomincas senegaleses que têm pouca qualidade em relação às canoas que construíamos aqui”, referiu o professor de carpintaria, para de seguida recordar que um dos exemplos de canoas frágeis construídas pelos Nhomincas é a canoa Quínara II que naufragou por causa de furos, em Dezembro de 2012, ceifando a vida de dezenas de pessoas.
“A primeira canoa que construímos foi em 2003 e a última foi em 2012, mas o fraco poder de compra limitou todo o mundo. E às vezes trabalhávamos apenas quando recebíamos solicitações”, disse.
Neste momento quase todos os serviços de diferentes oficinas da cooperativa estão todos encerrados por falta de meios. A única oficina que funciona é a de carpintaria, mas também com muita deficiência. Já não tem a capacidade técnica e financeira de fazer grandes trabalhos, por isso a maioria dos funcionários acabou por deixar a cooperativa para ganhar a vida noutros setores de maior rendimento económico.
“Para se conseguir a madeira aqui neste momento tem que se deslocar para a capital Bissau, porque a maioria das serrações ficam nas regiões de Oio, Bafatá e Gabú. Cada vez torna-se muito mais difícil, porque agora não temos a capacidade de fazer grandes encomendas como fazíamos antigamente”, reconhece.
Assegurou ainda que têm máquinas para fazer diversos trabalhos, mas lamenta que a única dificuldade tem a ver com a falta de materiais bem como de compradores que poderiam solicitar grandes serviços. Todavia diz que estavam com a esperança quando as autoridades nacionais anunciaram recentemente que as madeiras confiscadas seriam vendidas no mercado nacional. Esperançados na medida em que poderiam comprar madeira para fazer pequenos trabalhos que lhes permitissem ganhar alguma coisa.
“Agora os populares recorrem a Bissau para comprar os seus mobiliários, porque já não conseguimos produzir para vender. Nos últimos tempos não aceitamos solicitações, dado que temos dificuldades de encontrar a matéria-prima e materiais suficientes para fazer trabalhos de qualidade”, notou.
Revelou, contudo, que depois de recorrerem ao delegado da floresta local conseguiram fazer pequenos trabalhos com os troncos de madeira de árvores caídas.
“Tínhamos um compromisso para a construção de carteiras para a escola Católica desde o passado mês de Março, mas não conseguimos por causa de falta de madeiras. Este apoio de floresta permitiu-nos fazer alguns trabalhos. Se não trabalhamos não conseguimos rendimento. As pessoas ficam meses e meses sem salário ou subsídio e a luta pela sobrevivência é diária”, lamentou.
Relativamente à situação de sobrevivência na ilha, Victor Camará disse que o isolamento da ilha que carece de tudo e mais alguma coisa, não permite a nenhum chefe de família estar à vontade e muito menos ganhar a coragem de enviar o seu filho para a capital Bissau, a fim de prosseguir os estudos nas universidades, o que exige muitos meios, em particular os meios financeiros para pagar as despesas de transporte, alimentação e livros.
“Se não tiver alguém em Bissau, como um familiar muito próximo, é difícil mandar um filho estudar na capital. Mesmo se insistirmos, mais tarde o menino acaba por voltar à ilha sem concluir o ensino superior, por causa das dificuldades. Os pais são desempregados que apenas se preocupam em conseguir o almoço de cada dia,”, observou o velho carpinteiro.
“Viver em Bolama é muito difícil, mas como já temos raízes aqui não é fácil abandonar tudo, mulher, filhos, casa e amigos. O meu filho pediu-me que quer fazer enfermagem, mas como não tenho meios para sustentar o curso em Bissau, obriguei-o a tirar o curso do professor, na escola Amílcar Cabral de Bolama”, detalhou.
Neste particular explicou que, desde a partida dos belgas que geriam a cooperativa, passou a trabalhar por conta própria, e que jamais recebeu apoio tanto das autoridades guineenses nem de instituições públicas ou privadas.
“Ganhamos o que produzimos e a grande a verdade é que já não temos a capacidade financeira para a aquisição de materiais em grande quantidade. Tínhamos muitos alunos e agora restaram apenas seis que estão a aprender na seção de carpintaria. A maioria fugiu para a capital à procura de melhores condições de vida”, contou emocionalmente.
Por: Epifania Mendonça
Foto: E. M
agosto de 2017
OdemocrataGB
Depois do abandono, as oficinas que ainda funcionavam a meio gás acabaram por fechar as suas portas. Na opinião de algumas pessoas que trabalhavam na cooperativa e que foram interpeladas pela repórter de O Democrata, a iniciativa que era vista como um centro de esperanças para os jovens bolamenses está ‘coxa’, porque o Estado guineense não assumiu a sua responsabilidade. Abdicou-se da sua missão com a saída dos belgas que geriam as oficinas e investiam na compra de equipamentos.
A iniciativa da criação de cooperativa para apoiar na formação técnica e profissional da comunidade bolamenses foi de um padre de nacionalidade belga. O missionário católico pertencia a uma organização da Bélgica que apoiava os povos africanos, particularmente a juventude, através de centros de formação técnico-profissionais. Foi nesse quadro que a iniciativa foi alargada também para a Burkina Faso, Mali e a Guiné-Bissau.
Dentro da cooperativa havia diferentes oficinas na área de confecção materiais que eram vendidos localmente e no exterior. Instituições públicas e privadas encomendavam materiais confeccionados na cooperativa. Havia uma oficina de carpintaria que produzia mobiliários. Havia também uma oficina naval que fazia botes de pesca e uma oficina de serralharia mecânica.
Bolama, antiga capital da administração colonial, conta com mais de dez mil habitantes, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) de 2009. A cidade de Bolama fica a 22 milhas da capital Bissau.
VICTOR CAMARÁ: ‘COOPERATIVA FAZIA CONSTRUÇÃO DE BOTES E CANOAS DE PESCA. PARAMOS POR FALTA DE MEIOS’
O responsável da antiga Cooperativa “Ilha de Paz” de Bolama, Victor Camará, explicou durante a entrevista exclusiva a O Democrata que a fundação da cooperativa foi uma iniciativa de uma organização belga, em 1986. Nos primeiros anos, a Cooperativa tinha um centro de formação em diferentes áreas, desde a carpintaria e produzia mobiliários. Tinha ainda uma oficina naval de pesca e uma de serralharia mecânica.
No âmbito dessa dinâmica inicial, os professores das diferentes oficinas recebiam formações de reciclagem que lhes permitiam ter mais capacidade e criatividade para a confecção de seus produtos. Lembrou que depois de 24 anos da gestão da cooperativa, os gestores resolveram entregar a cooperativa aos nacionais (filhos de Bolama). Passou logo a ter uma gerência autónoma.
“O edifício era da administração colonial e pertencia à empresa Gouveia, que exercia atividades comerciais de compra de ‘carus’, coconotes, mancara e outros produtos locais. Depois o edifício foi transformado em aquartelamento militar do exército português até aos anos setenta. Depois da independência, os dirigentes nacionais mantiveram-no como aquartelamento. Mais tarde foi abondado. Foi a partir desse momento que foi aproveitado para instalar a cooperativa com o aval das autoridades nacionais”, notou.
Conta, no entanto, que a iniciativa do missionário belga era ajudar a juventude local a ser independente bem como dotá-la de ferramentas, em matéria de cursos técnico-profissionais, que lhe permitisse ganhar a vida para a sua auto-suficiência alimentar.
Segundo Victor Camará, inicialmente os formadores recrutados para ministrar diferentes oficinas criadas na cooperativa eram os antigos carpinteiros do período colonial. Foram submetidos a formações de reciclagem para a construção de botes. Os responsáveis recorreram a especialistas estrangeiros.
Em relação ao setor das pescas, Victor Camará explica que ações da cooperativa não se limitavam apenas à cidade de Bolama. O projeto foi alargado as outras ilhas e, sobretudo para a ilha de Orango e Canhabaque.
Lembrou, neste sentido, que a oficina naval fabricava botes e canoas de pesca que eram vendidos aos jovens pescadores e isso rendia alguma coisa aos bolsos dos jovens bolamenses do ramo das pescas.
Para o efeito tinha sido montada uma Câmara Frigorífica para ajudar os pescadores a conservar o pescado. Assegurou que a iniciativa ajudava também aos pescadores de outras ilhas no armazenamento de gelo para a conservação do pescado.
“Construíamos canoas em madeira, mesas, cadeiras, entre outros. O tempo para a construção de uma canoa era de três meses, porque exigia muita técnica e profissionalismo. É importante ter materiais de qualidade, mas custava-nos muito caro. Era o caso de pregos a prova da água salgada. Cada quilograma custava cinco mil francos Cfa. Varões carbonizados e tábuas de cinco metros e quarenta centímetros de lado custavam aproximadamente vinte e cinco mil franco cfa . O pior é que havia materiais, como de serra-fitas e pregos cavarnizados que só podíamos encontrar no estrangeiro, no Senegal e na Gâmbia. Comprávamos tudo isso no SunnuKer, mas como o supermercado deixou depois de vender esses materiais resolvemos ir para exterior. Tudo isso motivou a venda de canoas a um preço estimado em mais de sete milhões de francos Cfa. Portanto, é para ter a ideia de como era difícil operar nesse setor. Vendemos canoas a esse preço para tirarmos lucros, ou seja, o rendimento de três meses que as pessoas levam na construção de canoas, mão-de-obra e compra de materiais”, informou.
Victor Camará, um dos antigos carpinteiros com mais de trinta anos de experiência, contou à repórter que podiam fazer vários estilos de canoas de pesca e de transporte de pessoas com diferentes tamanhos, mas a falta de poder de compra das pessoas que solicitavam o seu serviço a limitou a sua capacidade de produção.
“Nós exigíamos às pessoas que era obrigatório fazer a manutenção de canoas de seis em seis meses e a maioria cumpria. Mas outras não. Preferiam pagar um preço barato para a manutenção. Muitos recorriam às canoas construídas pelos `Nhomincas senegaleses que têm pouca qualidade em relação às canoas que construíamos aqui”, referiu o professor de carpintaria, para de seguida recordar que um dos exemplos de canoas frágeis construídas pelos Nhomincas é a canoa Quínara II que naufragou por causa de furos, em Dezembro de 2012, ceifando a vida de dezenas de pessoas.
“A primeira canoa que construímos foi em 2003 e a última foi em 2012, mas o fraco poder de compra limitou todo o mundo. E às vezes trabalhávamos apenas quando recebíamos solicitações”, disse.
Neste momento quase todos os serviços de diferentes oficinas da cooperativa estão todos encerrados por falta de meios. A única oficina que funciona é a de carpintaria, mas também com muita deficiência. Já não tem a capacidade técnica e financeira de fazer grandes trabalhos, por isso a maioria dos funcionários acabou por deixar a cooperativa para ganhar a vida noutros setores de maior rendimento económico.
“Para se conseguir a madeira aqui neste momento tem que se deslocar para a capital Bissau, porque a maioria das serrações ficam nas regiões de Oio, Bafatá e Gabú. Cada vez torna-se muito mais difícil, porque agora não temos a capacidade de fazer grandes encomendas como fazíamos antigamente”, reconhece.
Assegurou ainda que têm máquinas para fazer diversos trabalhos, mas lamenta que a única dificuldade tem a ver com a falta de materiais bem como de compradores que poderiam solicitar grandes serviços. Todavia diz que estavam com a esperança quando as autoridades nacionais anunciaram recentemente que as madeiras confiscadas seriam vendidas no mercado nacional. Esperançados na medida em que poderiam comprar madeira para fazer pequenos trabalhos que lhes permitissem ganhar alguma coisa.
“Agora os populares recorrem a Bissau para comprar os seus mobiliários, porque já não conseguimos produzir para vender. Nos últimos tempos não aceitamos solicitações, dado que temos dificuldades de encontrar a matéria-prima e materiais suficientes para fazer trabalhos de qualidade”, notou.
Revelou, contudo, que depois de recorrerem ao delegado da floresta local conseguiram fazer pequenos trabalhos com os troncos de madeira de árvores caídas.
“Tínhamos um compromisso para a construção de carteiras para a escola Católica desde o passado mês de Março, mas não conseguimos por causa de falta de madeiras. Este apoio de floresta permitiu-nos fazer alguns trabalhos. Se não trabalhamos não conseguimos rendimento. As pessoas ficam meses e meses sem salário ou subsídio e a luta pela sobrevivência é diária”, lamentou.
Relativamente à situação de sobrevivência na ilha, Victor Camará disse que o isolamento da ilha que carece de tudo e mais alguma coisa, não permite a nenhum chefe de família estar à vontade e muito menos ganhar a coragem de enviar o seu filho para a capital Bissau, a fim de prosseguir os estudos nas universidades, o que exige muitos meios, em particular os meios financeiros para pagar as despesas de transporte, alimentação e livros.
“Se não tiver alguém em Bissau, como um familiar muito próximo, é difícil mandar um filho estudar na capital. Mesmo se insistirmos, mais tarde o menino acaba por voltar à ilha sem concluir o ensino superior, por causa das dificuldades. Os pais são desempregados que apenas se preocupam em conseguir o almoço de cada dia,”, observou o velho carpinteiro.
“Viver em Bolama é muito difícil, mas como já temos raízes aqui não é fácil abandonar tudo, mulher, filhos, casa e amigos. O meu filho pediu-me que quer fazer enfermagem, mas como não tenho meios para sustentar o curso em Bissau, obriguei-o a tirar o curso do professor, na escola Amílcar Cabral de Bolama”, detalhou.
Neste particular explicou que, desde a partida dos belgas que geriam a cooperativa, passou a trabalhar por conta própria, e que jamais recebeu apoio tanto das autoridades guineenses nem de instituições públicas ou privadas.
“Ganhamos o que produzimos e a grande a verdade é que já não temos a capacidade financeira para a aquisição de materiais em grande quantidade. Tínhamos muitos alunos e agora restaram apenas seis que estão a aprender na seção de carpintaria. A maioria fugiu para a capital à procura de melhores condições de vida”, contou emocionalmente.
Por: Epifania Mendonça
Foto: E. M
agosto de 2017
OdemocrataGB
sábado, 30 de setembro de 2017
As Crianças do Jardim Florentino Mendes Pereira, festejaram a vitoria do Sinhor Flora.
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