quinta-feira, 15 de maio de 2025

Quase metade dos portugueses não poupa e só 53% paga créditos a tempo... Um inquérito feito a 700 portugueses apresenta indicadores considerados preocupantes. O barómetro aponta ainda que o dinheiro é tema tabu nas famílias.

Por  sicnoticias.pt

Quase metade dos portugueses não conseguem poupar de forma regular e apenas 53% paga os créditos a tempo. As conclusões são do primeiro Barómetro de Hábitos Financeiros, coordenado pela Universidade Católica Portuguesa. O estudo revela ainda que as falhas nos pagamentos não estão relacionadas com o quanto se ganha.

“Quem não paga geralmente não diz que não paga. Sabemos que 53% paga sempre. Poderíamos inferir que 47% não pagariam. A questão é que 42% das pessoas não sabem ou não querem respondem - o que nos parece um grande indicador de que realmente não cumprem. E isto é preocupante”, aponta Rute Xavier, professora na Universidade Católica e coordenadora do estudo.

"Dois em cada dez gastam tudo o que têm"

O primeiro Barómetro de Hábitos Financeiros dos Portugueses, publicado no portal Doutor Finanças, demonstra também que os hábitos de poupança não chegam a metade dos portugueses. Dois em cada dez gastam tudo o que têm.

“Culturalmente, tendemos mais a tentar poupar no fim do mês do que no início. E dizem as boas práticas que devemos começar a poupar primeiro - o que é difícil com rendimentos baixos. Mas se isso é verdade para os rendimentos baixos, não deveria ser verdade para os mais elevados”, repara Rute Xavier.

Na gestão familiar, os filhos que recebem a semanada ou mesada também têm pouco hábito de amealhar. E o que mostra este barómetro é que o dinheiro é tema tabu nas famílias - pelo menos em uma em cada três.

"Temos uma geração que, não tendo melhor educação financeira para si própria, terá muita dificuldade em passá-la à geração seguinte. Principalmente se não é um tema falado”, refere a coordenadora deste estudo.

O Barómetro de Hábitos Financeiros foi feito com a colaboração da Universidade Católica Portuguesa e questionou, no mês de abril, 700 pessoas, residentes em Portugal, com idades entre os 18 e os 65 anos.


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