sábado, 1 de junho de 2024

Hezbollah atinge base militar no norte de Israel

© FADEL SENNA/AFP via Getty Images
Por Lusa  01/06/24
O grupo xiita libanês Hezbollah abateu hoje um 'drone' israelita no sul do Líbano e disparou foguetes contra no norte de Israel, atingindo uma base militar e, alegadamente, posições de artilharia.

Em comunicado, o Hezbollah indicou ter abatido um 'drone' Hermes 900 Kochav, tendo Telavive confirmado a destruição do aparelho, capaz de disparar até quatro mísseis antitanque guiados e um dos mais sofisticados operados pela Força Aérea israelita.

O exército israelita indicou que um míssil terra-ar foi disparado contra o 'drone' que operava em espaço aéreo do Líbano, acrescentando que foi atingido e caiu em território libanês.

"O incidente está a ser investigado. A Força Aérea continuará a operar nos céus do Líbano para cumprir com as missões das Forças Armadas de Israel", disse um porta-voz militar israelita na rede social Telegram.

O Hezbollah não concretizou o lugar onde o 'drone' foi derrubado, mas os meios de comunicação libaneses indicam que terá sido no leste da cidade de Tiro.

Em resposta a ataques israelitas entre sexta-feira e hoje no sul do Líbano, o Hezbollah adiantou ter também atacado uma base do exército israelita na cidade fronteiriça de Kiryat Shmona com foguetes Burkan "provocando um incêndio e destruindo parte dela".

Sem dar detalhes, o exército israelita confirmou que um foguete atingiu a base militar de Kiryat Shmona.

A comunicação social israelita noticiou o ataque contra a base e divulgou imagens mostrando danos significativos nas infraestruturas, sem dar conta de vítimas.

O Hezbollah anunciou também hoje o lançamento de vários projéteis contra canhões de artilharia israelitas em Jirbet Maar, em território israelita, perto da aldeia libanesa fronteiriça de Bustan.

Apoiado militarmente pelo Irão, o Hezbollah intensificou os ataques contra Israel na sequência da ofensiva israelita na Faixa de Gaza contra o Hamas, iniciada no dia seguinte ao ataque do movimento islamita em território israelita.

Com a pressão militar de Israel sobre a cidade de Rafah, no sul de Gaza, a troca de fogo ao longo da fronteira entre o Líbano e Israel intensificou-se nas últimas semanas.

Na última madrugada, um ataque israelita no sul do Líbano perto da vila de Khirbet Selm deixou duas pessoas feridas e já esta tarde 'drones' israelitas visaram uma aldeia perto da cidade de Nabatiyeh, de acordo com a comunicação social local, citada pela agência AP.

Em quase oito meses de violência, já morreram cerca de 450 pessoas no Líbano, a maioria combatentes e mais de 80 civis, segundo uma contagem da AFP. Vinte socorristas, entre os quais dez membros do Comité de Saúde Islâmico, encontram-se entre os mortos.

Do lado israelita, pelo menos 14 soldados e 11 civis já morreram, segundo as autoridades.

Quatro pessoas, incluindo uma equipa de salvamento, foram mortas na sexta-feira por ataques israelitas no sul do Líbano, segundo o Hezbollah e uma organização afiliada.

Na rede social X, o coordenador humanitário da ONU para o Líbano, Imran Riza, lamentou o sucedido, dizendo estar "profundamente perturbado por saber que uma ambulância foi alvo de um ataque" e recordando que "vinte profissionais de saúde foram mortos desde 08 de outubro".

Em resposta, o Hezbollah reivindicou o ataque com "dezenas" de foguetes 'Katyusha' a três localidades do norte de Israel: os colonatos de Gaaton, Ein Yaakov, e Yehiam.

No âmbito da violência desencadeada em outubro passado, Israel atacou diversos centros de saúde e da Proteção Civil do Líbano, na sua maioria pertencentes a organizações humanitárias com ligações a formações armadas envolvidas nos confrontos.

A ação mais grave deste género ocorreu em março passado, quando sete paramédicos foram mortos pelos israelitas num centro da Associação Libanesa de Socorro em Habariyeh (sul), um ataque que a Human Rights Watch (HRW) pediu para ser investigado como potencial "crime de guerra".

Em meio à turbulência global, os cidadãos se unem pela paz: 11ª Caminhada Anual pela Paz em 50 países

Germany_May25_PeaceWalk

No meio dos conflitos que irrompem em todo o mundo, ameaçando a segurança e a coexistência global, a esperança de paz está surgindo dos cidadãos. Em maio de 2024, cidadãos de todos os continentes participaram na 11ª Comemoração Anual da Declaração da Paz Mundial e da Caminhada pela Paz da HWPL, organizada por uma ONG afiliada à ONU Cultura Celestial, Paz Mundial, Restauração da Luz (HWPL). 

Este evento visa promover e partilhar uma cultura global de paz sob o tema “Comunicação intercultural para a Cidadania Global de Reconciliação e Tolerância”.

O evento começou em 25 de maio no Portão da Paz no Parque Olímpico de Seul, patrocinado pelo Ministério de Assuntos de Patriotas e Veteranos da Coreia. Em cerca de 50 países, as Caminhadas pela Paz são complementadas por diversas atividades de construção da paz. Este evento global inclue caminhadas pela paz marcantes que refletem as características únicas de cada país, juntamente com as apresentações pela paz, exibições de vídeos, exposições de fotos, desenhos de cartazes, atividades esportivas, bazares e oportunidades de voluntariado. Cerimónias de plantação de árvores e iniciativas de “abraços livres” enfatizam ainda mais o espírito de unidade e bem-estar ambiental.

Foi realizada uma exposição ao ar livre sobre a história da guerra e dos conflitos, descrevendo o impacto que a guerra teve na humanidade. Os visitantes podem vivenciar como era ser um refugiado na Coreia na década de 1950 e participar de outros estandes de experiências.

Este evento anual comemora a proclamação da Declaração da Paz Mundial em 2013 no Portão da Paz no Parque Olímpico de Seul, onde 30.000 jovens de todo o mundo defendem a paz. Esta declaração descreve o papel dos indivíduos de todas as esferas da vida na consecução da paz e apela a um esforço global unido.

Na 10ª comemoração anual do ano passado, o Presidente Lee Man-hee disse: "Desde que nos comprometemos a trabalhar juntos pela paz mundial há 10 anos, viajei ao redor do mundo apelando à paz. Gritei que a paz deveria ser ensinada em casa e na escola e que todos devem se tornar mensageiros da paz." Ele também enfatizou: “Todos deveriam ser unidos sob o título de paz e trabalhar juntos para criar um mundo bom e torná-lo um legado para as gerações futuras. Isto é o que precisamos fazer nesta época em que vivemos”.

A HWPL emitiu recentemente uma declaração sobre o conflito Israel-Irão e destacou o impacto devastador sobre os cidadãos. “Organizações em todo o mundo, em aliança com a HWPL como solidariedade para a paz, instam o Irão e Israel a porem fim imediatamente aos actos de agressão e a avançarem para conversações para inaugurar a paz”, disse o comunicado.

Germany_May25_PeaceWalk_02

Korea_May25_A Korean War veteran addressed the importance of achieving peace to the audience
Korea_May25_A participant joined in writing a peace message in support of and in hopes for peace in Ukraine
Korea_May25_A participant wrote a peace letter in support of the DPCW
Korea_May25_The Peace Gate of Seoul Olympic Park, where the Declaration of World Peace was declared
Korea_May25_Young people signed up to become members of HWPL to act for peace

Czech_May25 Peace Walk in Prague_2

Korea_May25_HWPL’s 11th Annual Commemoration of the Declaration of World Peace and Peace Walk

Czech_May25 Peace Walk in Prague_3

Czech_May25 Peace Walk in Prague_4

Germany_May25_DanceGroup_01
Heavenly Culture, World Peace, Restoration of Light (HWPL)

ANC perde maioria absoluta na África do Sul

© Lusa
Por Lusa  01/06/24
O
Congresso Nacional Africano, no poder desde o fim do 'apartheid', perdeu a maioria absoluta pela primeira vez em 30 anos de governação na África do Sul, nas eleições de quarta-feira, embora continue a ser o partido mais votado.

Com 99,35% dos círculos eleitorais declarados, correspondente a 15.812.177 votos auditados e divulgados às 15:09 locais (14:09 de Lisboa), o antigo movimento de libertação de Nelson Mandela vai permanecer no poder, mas perdeu a maioria absoluta com 40,24% (6.363.596 votos) nas eleições realizadas quarta-feira, indicou a Comissão Eleitoral Independente (IEC).

Em 2019, o partido liderado por Cyril Ramaphosa, que é também Presidente da República da economia mais desenvolvida no continente, obteve 57,5% dos votos, elegendo 230 deputados para o parlamento bicameral de 490 lugares.

A confirmarem-se os resultados, o Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês) terá de encontrar partidos à esquerda ou no centro-direita que queiram formar uma coligação para governar o país nos próximos cinco anos.

Segundo os resultados provisórios a esta hora, o Aliança Democrática (DA), principal partido da oposição na África do Sul, é o segundo mais votado com 27,71% dos votos (3.432.906), registando uma subida relativamente às últimas eleições, quando obteve 20.77%, elegendo 84 lugares no parlamento.

Em terceiro lugar está o uMkhonto weSizwe (Partido MK), o novo partido do antigo Presidente Jacob Zuma (2009-2018), fundado em setembro, com 14,65% (2.316.611 votos).

O partido de extrema-esquerda Combatentes da Liberdade Económica (EFF), de Julius Malema, antigo líder da Juventude do ANC Governante, está com 9,47% (1.497.593) dos votos escrutinados a nível nacional.

Segundo os dados da IEC, a afluência às urnas foi de 58,59%.

Os resultados declarados incluem os votos no estrangeiro, indicou a Comissão Eleitoral sul-africana à Lusa.

Com 27,6 milhões de eleitores registados, um total de 52 partidos concorreram às eleições nacionais de um novo parlamento de duas câmaras - a Assembleia Nacional (400 lugares) e o Conselho Nacional de Províncias (90 lugares) -, assim como às assembleias provinciais e regionais das nove províncias do país, em três boletins de voto.

Para as eleições de quarta-feira estavam registados 27.732.749 eleitores, que puderam votar em 23.392 assembleias de voto.

Os resultados finais devem ser anunciados no domingo, segundo a comissão eleitoral sul-africana.

Netanyahu insiste que cessar-fogo em Gaza só será possível após "destruição do Hamas"

ABIR SULTAN/AP
SIC Notícias  01/06/2025

O Presidente norte-americano informou na sexta-feira que Israel propôs um novo acordo de cessar-fogo em Gaza. Joe Biden instou o Hamas a aceitar a proposta, afirmando que é a melhor forma de pôr fim ao conflito.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, insistiu este sábado que não haverá um cessar-fogo permanente em Gaza enquanto o Hamas não foi destruído.

As declarações surgem após o Presidente norte-americano, Joe Biden, ter anunciado na sexta-feira a nova proposta de acordo de Israel para um cessar-fogo em Gaza.

  • "As condições de Israel para acabar com a guerra não mudaram: a destruição do Hamas e das suas capacidades militares, a libertação de todos os reféns e a garantia de que Gaza não será uma ameaça para Israel", disse Netanyahu.

O primeiro-ministro garantiu que Israel vai continuar a insistir que estas condições sejam cumpridas antes que um cessar-fogo permanente seja estabelecido: “A ideia de que Israel concordará com um cessar-fogo permanente antes que estas condições sejam cumpridas está condenada ao fracasso”.

Israel propõe novo acordo de cessar-fogo em Gaza com três fases

A nova proposta é composta por três fases, sendo a primeira um cessar-fogo de seis semanas. Durante este tempo, o exército israelita abandonará a Faixa de Gaza e o Hamas libertará os reféns em troca de prisioneiros palestinianos.

A nível de ajuda humanitária, a proposta prevê 600 camiões a entrar em Gaza todos os dias.

Na segunda fase, Israel e o Hamas devem negociar os termos de um acordo permanente para acabar com as hostilidades. O cessar-fogo continuará em vigor enquanto as negociações estiverem em curso.

A terceira e última fase é um plano de reconstrução da Faixa de Gaza.

Num comunicado divulgado no mesmo diz, o Hamas disse considerar positiva a proposta de Israel e acrescentou que está disposto a lidar "de forma construtiva" com qualquer plano que inclua um "cessar-fogo definitivo, a retirada das forças israelitas da Faixa de Gaza, a reconstrução de Gaza e a troca de prisioneiros".

O presidente Ibrahim Traore de Burkina Faso 🇧🇫 segue criando políticas de valorização dos trabalhadores em seu país. Ele ajustou o valor do salário mínimo em quase 50% desde que chegou ao poder. Ele também diminuiu o salário de políticos e ministros em 30%.

 @Afroliterato

'Gostas mais da mãe ou do pai?'. Cuidado: Pode não gostar da resposta

© Shutterstock
Por  Notícias ao Minuto  01/06/24

Este sábado, 1 de junho, celebra-se o Dia Mundial da Criança. Com isso em mente, falámos com a psicóloga Catarina Lucas, diretora do Centro Catarina Lucas, sobre uma das perguntas que mais melindra os miúdos.

Sim, alguns pais têm ciúmes da relação do outro progenitor com os filhos. "É muito comum", diz ao Lifestyle ao Minuto a psicóloga Catarina Lucas, diretora do Centro Catarina Lucas. Porém, será que esta disputa pelo amor das crianças é saudável? E é mesmo preciso escolher?

"É importante que os pais percebam que cada um deles tem um papel distinto na vida dos seus filhos e que a relação não é, nem precisa ser igual entre os dois pais e as crianças", afirma.

Gostas mais da mãe ou do pai? Esta pergunta é assim tão inofensiva como alguns pais julgam?

Não é, de todo. Aliás, é uma pergunta que nunca deve ser colocada a uma criança, porque só vai estar a colocá-lo numa tarefa difícil e ingrata de ter que escolher entre a mãe e o pai. A criança precisa, gosta e admira ambos os pais. Por isso, não deve ser obrigada a escolher entre um ou outro, nem ser colocada numa posição em que receia magoar um dos pais através da sua resposta. Além de ser uma questão com pouco sentido, obrigada a criança a estar numa zona de desconforto e de gestão emocional difícil.

© Catarina Lucas
Pode melindrar a criança?
Pode deixá-la numa zona de elevado desconforto e até de medo.

Medo?
Medo de magoar um dos pais, ao ter que optar e medo de perder o amor e afeto do progenitor preterido.

É muito comum ocorrer algum tipo de ciúme face à relação que a criança tem com o outro progenitor

Gostamos dos dois pais da mesma forma?
Os sentimentos pelos pais não são estanques. Estão relacionados com a fase em que a criança se encontra e a proximidade que naquele momento a criança tem com cada um dos pais.

É normal gostar-se mais da mãe do que do pai ou vice versa?

As crianças não gostam dos pais da mesma forma, porque as relações não são iguais e os pais não desempenham o mesmo papel nem se relacionam da mesma forma com a criança. No entanto, gostar de forma diferente não significa gostar mais ou menos.

Considera razoável os pais terem ciúmes da relação do outro progenitor com os filhos?
É muito comum ocorrer algum tipo de ciúme face à relação que a criança tem com o outro progenitor, mas é importante que os pais percebam que cada um deles tem um papel distinto na vida dos seus filhos e que a relação não é, nem precisa ser igual entre os dois pais e as crianças. Os pais não precisam nem são iguais, mas sim complementares, com papéis e 'inputs' diferentes na vida dos filhos.

Não devem existir sem medo ou competição pelo afeto dos filhos. Isso pode ser percecionado e usado pela criança para obter ganhos secundários

Essa 'disputa' é saudável?
Depende. Por vezes, ultrapassa o limite do saudável, gerando-se tensão e competição, que acaba muitas vezes por passar para a criança. Criança essa que acaba por ter de se posicionar ou ser usada como troféu. Cada um dos progenitores tem um papel diferente na vida do seu filho. Quando somos adultos e pensamos nos nossos pais, pensamos de forma distinta sobre as suas características, as brincadeiras com um e com outro, as expressões...

No fundo, não há nada a temer...
Os pais devem estar tranquilos na relação com os filhos. Não devem existir sem medo ou competição pelo afeto dos filhos. Isso pode ser percecionado e usado pela criança para obter ganhos secundários.

A Rússia disparou mais de uma centena de mísseis e 'drones' contra infraestruturas essenciais e centrais elétricas na Ucrânia desde sexta-feira à noite, anunciou hoje a força aérea ucraniana.

© OLEKSANDR GIMANOV/AFP via Getty Images
Por Lusa  01/06/24 
 Rússia lança novos ataques noturnos contra alvos energéticos na Ucrânia
A Rússia disparou mais de uma centena de mísseis e 'drones' contra infraestruturas essenciais e centrais elétricas na Ucrânia desde sexta-feira à noite, anunciou hoje a força aérea ucraniana.


Os ataques provocaram uma dezena de feridos civis, incluindo crianças, disseram as autoridades locais.

As forças ucranianas intercetaram 35 mísseis de vários tipos e 46 'drones' "Shahed", de fabrico iraniano, que foram lançados contra alvos no sul, centro e oeste do país, disse o comandante da força aérea, Mikola Oleschuk.

Os russos lançaram 53 mísseis, incluindo 35 mísseis de cruzeiro X-101 e X-555, da região russa de Saratov, e quatro mísseis balísticos Iskander-M e um míssil de cruzeiro Iskander-K da Crimeia.

Foram ainda disparados dez mísseis de cruzeiro Kalibr do Mar Negro e três mísseis guiados por ar X-59 e X-69 da zona ocupada pelas forças russas na região de Zaporijia, precisou a força aérea ucraniana.

"Os terroristas russos são implacáveis nos seus esforços para destruir o setor dos combustíveis e da energia do país", afirmou Oleschuk, citado pela agência espanhola EFE.

"O principal objetivo da Rússia é normalizar o terror", denunciou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, nas redes sociais, referindo-se aos ataques noturnos.

Zelensky disse que os aliados sabem que a Ucrânia precisa de "mais 'Patriots' e outros sistemas modernos de defesa aérea", de caças F-16 e que os soldados sejam dotados de todas as capacidades militares necessárias.

O Ministério da Energia afirmou que os alvos incluíam infraestruturas do sistema energético nas regiões de Zaporijia (sul), Dnipropetrovsk, Kirovohrad (centro), Donetsk (leste) e Ivano-Frankivsk (oeste).

Em mais de dois anos de guerra, as forças russas intensificaram os ataques aéreos contra as infraestruturas energéticas ucranianas, provocando cortes e restrições de energia, bem como danos significativos.

Durante o ataque noturno de hoje, foram atingidas duas centrais térmicas, informou o operador ucraniano DTEK, sem especificar a localização.

"Esta foi mais uma noite extremamente difícil para o setor da energia na Ucrânia", disse a empresa, citada pela agência francesa AFP.

"O inimigo atingiu duas das nossas centrais térmicas. O equipamento ficou seriamente danificado", acrescentou a empresa, o maior investidor privado no setor na Ucrânia.

Este é o sexto grande ataque às centrais térmicas da DTEK desde meados de março, ainda segundo a empresa.

As informações divulgadas pelas duas partes sobre o curso da guerra iniciada com a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022 não podem ser verificadas de imediato de forma independente.

A Rússia tem em curso uma nova ofensiva contra a Ucrânia desde 10 de maio, depois de uma contraofensiva ucraniana lançada no verão passado ter tido pouco sucesso.

Leia Também: Moscovo e Kyiv trocam prisioneiros de guerra pela primeira vez em 3 meses 


O presidente do Parlamento guineense, Domingos Simões Pereira, manifestou hoje, em entrevista à Lusa, a sua disponibilidade para concorrer às próximas eleições presidenciais e exige que se respeitem os prazos constitucionais para a sua realização.

© Lusa
Por Lusa  01/06/24
 Simões Pereira disponível para concorrer às presidenciais na Guiné-Bissau
O presidente do Parlamento guineense, Domingos Simões Pereira, manifestou hoje, em entrevista à Lusa, a sua disponibilidade para concorrer às próximas eleições presidenciais e exige que se respeitem os prazos constitucionais para a sua realização.


"Eu nunca fugi de reconhecer que, por tudo aquilo que tem sido o nosso percurso e o meu, particularmente, considero-me bem posicionado para continuar a merecer a confiança dos meus camaradas e se for designado lá estarei e como sempre disponível a dar o meu melhor nesse sentido", afirmou Simões Pereira.

O também líder do PAIGC, encontra-se em Lisboa para participar hoje no lançamento do livro "Guiné-Bissau - Pelas Flores de Quitafine: Um diálogo sobre perspetivas de democracia", de que é autor juntamente com a jornalista norte-americana Ricci Shryock, correspondente do The New York Times em Dacar.

O líder do PAIGC, partido que lidera a coligação PAI -- Terra Ranka, remete para o Comité Central do partido a decisão da escolha do candidato presidencial e recorda que as restantes formações que integram a coligação "serão ouvidas e terão direito a dar a sua opinião".

Domingos Simões Pereira contesta a leitura que está a ser feita em Bissau e salienta que o mandato do atual Presidente, Umaro Sissoco Embaló, termina em fevereiro de 2025, pelo que sobram apenas oito meses para organizar a próxima eleição presidencial.

"Eu compreendo que há toda uma preocupação do atual regime de distrair as pessoas invocando outras questões, chamando à colação e ao debate outras questões que não fazem qualquer tipo de sentido. Por exemplo falar-se de eleições legislativas, quando nós tivemos eleições legislativas em junho de 2023", destaca.

"Como é que se pretende que com a organização de novas eleições legislativas se vai resolver um problema que tem sido realmente uma absoluta incapacidade do atual Presidente viver num quadro de democracia? É triste o que está a acontecer", frisa.

Domingos Simões Pereira manifesta-se determinado em prosseguir a luta contra o que considera ser a deriva antidemocrática do Presidnete Sissoco Embalí.

"Há que continuar a luta, mas isso não dispensa a necessidade da realização de eleições. Nós estamos a pouco mais de oito meses do fim do mandato do atual Presidente. O mandato que começou a 27 de fevereiro de 2020, e que, de acordo com a Constituição, até ao dia 27 de fevereiro de 2025 devemos conhecer o novo Presidente, o que significa que alguns meses antes deve haver novas eleições", reitera.

Simões Pereira retomou ainda as críticas que a coligação PAI-Terra Ranka fez na quinta-feira ao constitucionalista português Jorge Bacelar Gouveia, que no passado dia 27 defendeu numa conferência internacional, em Bissau, a realização de eleições gerais em 2025.

À margem da conferência e em declarações à Lusa, Bacelar Gouveia questionou por que razão não entrou nenhuma queixa nos tribunais guineenses a contestar a dissolução do parlamento por Umaro Sissoco Embaló.

Em 04 de dezembro passado, também em declarações à Lusa, Jorge Bacelar Gouveia classificou a decisão do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, de dissolver o parlamento da Guiné-Bissau como "inconstitucional, inválida e sem força jurídica".

"Eu julgo que a decisão do Presidente da República [da Guiné-Bissau] não é correta. É uma decisão inconstitucional, porque viola o artigo 94.º da Constituição. O artigo diz que o parlamento não pode ser dissolvido no período de um ano após a sua eleição", disse então à agência Lusa Bacelar Gouveia.

Hoje, na entrevista à Lusa, Simões Pereira lamentou que sejam feitas afirmações sem que se tenha em conta o seu efeito na Guiné-Bissau.

"É lamentável que as pessoas talvez não deem conta da importância que podem ter nestas latitudes", vincou.

"Na Guiné-Bissau, aquilo que é dito por um constitucionalista, e um constitucionalista tido por arrumado, acaba por ter sempre implicações muito fortes e é muito importante que houvesse um pouco mais de cautela. Portanto não há aqui dúvida nenhuma, não só em termos legais, como na interpretação política que todos nós fazemos. Houve eleições em dezembro de 2019, houve posse em fevereiro de 2020. Como é que se pode pretender agora falar em eleições em novembro de 2025? Com que base legal, em que tipo de raciocínio é que se chegou lá", questionou.

Leia Também: Morreu um dos militares detidos no "caso 1 de Fevereiro" na Guiné-Bissau 


UM DE JUNHO DE 2024 DIA DAS CRIANÇAS NA GUINÉ-BISSAU?

Aqueles que nasceram, aprenderam a lutar pela liberdade e o fizeram toda a vida, não podem se compactuar com o que está a acontecer na Guiné-Bissau, neste momento.
Às crianças e aos povos da Guiné-Bissau, desejo a realização do sonho de Amílcar Cabral.
Às "Flores e razão principal da luta" que a geração de Amílcar Cabral travou, apelo à perseverança e esperança num futuro bem melhor, para o qual todos devemos lutar até a exaustão.
Feito em Bissau, no dia 01 de junho de 2024.
Por: Ariceni Abdulai Jibrilo Baldé.
(Djibril Baldé)