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POR LUSA 20/12/23
Cerca de 30 pessoas terão sido executadas por soldados malianos e mercenários do Grupo Wagner durante uma operação realizada na segunda-feira na localidade de Gathié Loumou, na região de Mopti (centro), segundo fontes citadas pela Rádio França Internacional.
As execuções terão ocorrido no quadro da ofensiva militar maliana contra movimentos fundamentalistas islâmicos.
Fontes da segurança e da sociedade civil disseram que entre 27 e 28 pessoas foram alegadamente executadas num mercado local e afirmaram que tinham sido baleadas.
Os corpos foram enterrados horas depois na cidade.
O exército maliano, que não comentou as acusações, garantiu que durante a operação "neutralizou" onze "terroristas" e apreendeu treze veículos, armas e rádios, segundo um comunicado publicado na sua conta da rede social X.
A operação enquadra-se na luta contra "grupos armados terroristas" e, no comunicado, o Estado-Maior do Exército garante à população que vai continuar as suas ações para garantir a segurança em todo o território e pede que "mantenha a calma e a tranquilidade".
Nos últimos anos, foram registados numerosos casos de assassínios perpetrados pelo exército e por mercenários do Grupo Wagner.
No centro do Mali, registaram-se igualmente massacres e confrontos intercomunitários entre membros dos Peul - pastores tradicionalmente muçulmanos identificados com grupos islamistas - e os Dogon, uma comunidade agrícola protegida por milícias de autodefesa.
O Mali é atualmente governado por uma junta militar após os golpes de Estado de agosto de 2020 e maio de 2021, ambos liderados por Assimi Goita, o atual Presidente de transição.
Goita afastou-se da antiga potência colonial, França, e apelou à retirada das forças de manutenção da paz da ONU, ao mesmo tempo que estreitou as ligações à Rússia.
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