segunda-feira, 11 de setembro de 2023

EUA consideram rede Starlink de Musk "vital" para estratégia de Kyiv

© Getty Images

POR LUSA    10/09/23 

Os Estados Unidos consideraram hoje que a rede de satélites Starlink, do milionário Elon Musk, é uma "ferramenta vital" para a estratégia militar ucraniana, esperando que tal estrutura se mantenha "completamente disponível" para Kiev.

"A Starlink tem sido uma ferramenta vital para que os ucranianos possam comunicar entre si e, em particular, para que os militares comuniquem no seu esforço para defender todo o território da Ucrânia", assinalou o secretário de Estado dos Estados Unidos da América (EUA), Antony Blinken, no programa "State of the Union" da cadeia televisiva CNN.

Na semana passada, uma nova biografia do milionário com o título "Elon Musk", escrita por Walter Isaacson, revelou que o proprietário da Starlink pediu aos seus engenheiros que desligassem os satélites utilizados pela Ucrânia, com o objetivo de impedir um ataque de forças ucranianas contra a frota naval russa estacionada na costa da Crimeia.

Após a divulgação desta informação, Musk argumentou que a aceitação do pedido da Ucrânia e a manutenção da rede em atividade implicaria que a sua empresa SpaceX "seria explicitamente cúmplice de um grande ato de guerra e na escalada do conflito".

Blinken recusou pronunciar-se de forma direta sobre a situação, mas sublinhou que a Starlink "continua a ser e deveria ser algo com que [os ucranianos] possam contar para comunicar".

"Agora estão envolvidos numa contraofensiva decisiva e estamos a fazer o possível para maximizar o apoio que lhes fornecemos, juntamente com muitos outros países, para que obtenham êxito. A Starlink é uma parte importante do seu êxito, e como tenho referido, espero que continue a sê-lo", concluiu.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kyiv e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.


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