O Ministério das Finanças instruiu os diretores de recursos humanos dos diferentes departamentos da administração pública a transmitir relatórios de faltas dos funcionários referentes aos meses de março, abril e maio do ano em curso, para efeitos de descontos de salários, disse a O Democrata uma fonte sindical.
O confidente de O Democrata avança que o ministério das Finanças autorizou apenas o pagamento dos órgãos da soberania, e, os funcionários públicos só vão ser pagos mediante o envio de faltas pelos respetivos diretores dos recursos humanos, por pretender proceder aos descontos.
A fonte adianta também que o governo pretende apenas proceder aos descontos nos setores de educação e saúde.
Da parte dos sindicatos do setor de saúde, disse a fonte, estes ameaçam deixar de prestar o serviço mínimo, caso o governo avance com os descontos sem que tenha cumprido as exigências da classe.
Uma fonte junto dos sindicatos dos professores disse que a intenção do governo visa fragilizar a luta da central sindical, apelando aos professores a manterem-se firmes nas suas lutas.
O Democrata soube que até hoje, 20 de maio de 2021, o executivo não pagou salários referente ao mês de maio em curso.
Desde a entrada em funções deste governo em março de 2020, o Ministério das Finanças tem pago regularmente o salário aos funcionários públicos o mais tardar até 19 de cada mês.
Contatada por O Democrata, uma fonte junto da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) avisa que, se até ao final do mês de maio os salários não forem pagos, a UNTG não vai sentar- se à mesa com o governo para negociar o levantamento da greve.
A fonte garante ainda que se o governo avançar com os descontos, a central vai exigir o pagamento de todas as dívidas contraídas com os funcionários públicos desde 2003.
Por: Tiago Seide
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