quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Cigarros eletrónicos definitivamente são perigosos, alerta OMS

Os cigarros eletrónicos são definitivamente prejudiciais, quer para os que os fumam quer para os que são expostos ao fumo, que pode causar danos aos fetos e cérebros dos adolescentes, alerta a OMS.


“Não há dúvida de que eles são perigosos para a saúde“, conclui a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma agência especializada da ONU, num relatório sobre cigarros eletrónicos.

No documento a organização diz que “ainda é cedo para se ter uma resposta clara sobre o impacto a longo prazo da sua utilização ou da exposição” aos cigarros eletrónicos.

No relatório sobre os cigarros eletrónicos, lançado no início da semana na forma de perguntas e respostas, a OMS observa que não há provas suficientes de que esses cigarros ajudem os fumadores a deixar de fumar. Ao contrário, os que utilizam o vapor são mais suscetíveis aos cigarros tradicionais.

Os aparelhos de vaporização são “particularmente arriscados” junto dos adolescentes, acrescenta a OMS, que divulga agora alertas mais fortes do que os que tinha feito no ano passado.

“A nicotina é altamente aditiva e o cérebro dos jovens desenvolve-se até aos 25 anos”, adverte a OMS, insistindo nos “efeitos nocivos a longo prazo” ligados à exposição da substância mais encontrada nos cigarros eletrónicos.

O uso dos cigarros eletrónicos cria “riscos significativos para as mulheres grávidas, porque pode alterar o desenvolvimento do feto”, diz a OMS.

O “vaping” também aumenta o risco de se contrair doenças cardíacas ou de se ser vítima de complicações pulmonares, acrescenta.

A organização diz ainda que os cigarros eletrónicos “colocam em risco os seus consumidores e aqueles que não os usam”.

A OMS exige que o uso de cigarros eletrónicos seja supervisionado e que seja proibida a venda a jovens e o uso em locais de trabalho confinados, mas também em espaços públicos.

A exposição aos fumos dos aparelhos eletrónicos é perigosa, devido à presença de substâncias tóxicas, incluindo o glicol, que é usado na fabricação de anticongelante para automóveis, afiança a OMS.

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