Começa a sessão extraordinária da Assembleia Nacional Popular para debater o Programa do Governo e Orçamento Geral do Estado.
O lider do Parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, abriu esta noite de quinta-feira, 19 de setembro de 2019, a sessão parlamentar para debater o programa do executivo liderado por Aristides Gomes, na ausência da bancada parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-verde (PAIGC) e do governo.
Além da falta de comparência dos deputados do PAIGC, que é partido maioritário, não estiveram presentes na abertura dos trabalhos, dois deputados da Assembleia Povo Unido- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), deputado da União para Mudança (UM) e Partido da Nova Democracia (PND).
A sessão que decorreu num dos hotéis da capital Bissau, contou com 52 deputados, 27 do Movimento para Alternância Democrática Democrática (MADEM-G15), 21 do Partido da Renovação Social (PRS), um deputado da APU-PDGB e o presidente e o seu vice, Cipriano Cassama e Nuno Gomes Nabian, respectivamente.
Durante a sua explanação, Cassamá fez lembrar aos guineenses, que a sessão foi marcada para ter lugar nesta data em concertação com o primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, que não compareceu.
Devido a falta de comparência do executivo e de um grupo de parlamentares, Cipriano Cassamá acabou por suspender os trabalhos para segunda-feira, embora o MADEM-G15 não gostar da ideia do líder do hemiciclo guineense.
A sessão do debate do programa foi transferido para unidade hoteleira devido a uma greve convocada pelo sindicato dos funcionários da Assembleia Nacional Popular (ANP), que iniciou na segunda-feira para reivindicar o pagamento de salários em atraso.
O MADEM G 15 e o PRS acusam o executivo e a bancada parlamentar do PAIGC de manobras dilatórias para bloquear o normal funcionamento do Parlamento para não permitir a discussão do programa do atual executivo.
Em conferência de imprensa, no final de uma reunião convocada pelo líder do hemiciclo guineense, Cipriano Cassama para analisar a paralisação, o deputado do Madem, Marciano Silva Barbeiro, afirmou que independentemente das exigências laborais, há uma falta de vontade do executivo e a bancada do PAIGC para que a sessão tenha lugar esta quinta-feira.
A Rádio Jovem Bissau tentou obter a reação da bancada parlamentar dos libertadores, mas sem sucesso.
Segundo o documento, na primeira sessão extraordinária da décima legislatura, os deputados vão analisar também a situação da apreensão de drogas no país, discutir e votar o orçamento da Assembleia Nacional Popular, votar os novos membros do conselho de administração e decidir sobre o novo modelo de cartão de identificação e livre-trânsito dos deputados.
Aliu Cande/ radiojovem
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