O número de mortes causadas pelo contágio do vírus Ébola, na província de Kivu Norte, no nordeste da República Democrática do Congo (RDCongo), aumentou para 865 até sábado, informou o Ministério da Saúde do país.
O Ministério da Saúde, que combate a epidemia conjuntamente com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e organizações não-governamentais, registou, desde o início da epidemia, 865 mortes confirmadas, 66 possivelmente causadas pelo Ebola, e 410 pessoas curadas.
O registo de casos de contágio do vírus Ébola cresceu na última semana fixando-se 1.439, dos quais 1.373 confirmados e 66 possíveis.
De acordo com a mesma nota das autoridades, existem agora 263 casos suspeitos da doença sob investigação.
Desde a semana passada, foram registados mais 22 novos casos confirmados, incluindo seis em Butembo, quatro em Katwa, quatro em Mabalako, três em Mandima, três em Kalunguta, um em Beni e um em Musienene.
O Ministério da Saúde da RDCongo admitiu que a epidemia de Ébola, nas províncias de Kivu Norte e Ituri, é já a maior da história do país relativamente ao número de contágios.
A RDCongo foi atingida nove vezes pelo Ébola, depois da primeira manifestação do vírus no país africano, em 1976.
É a primeira vez que uma epidemia de Ébola é declarada numa zona de conflito, onde existe uma centena de grupos armados, o que leva à deslocação contínua de centenas de milhares de pessoas que podem ter estado em contacto com o vírus e a dificuldades na resposta à doença das organizações de socorro.
O mais devastador surto de ébola a nível mundial foi registado em março de 2014, na Guiné Conacri, Serra Leoa e Libéria.
Dois anos depois, em janeiro de 2016, a OMS declarou o fim da epidemia, que causou 11.300 mortos, sendo que, no total, foram contagiadas 28.599 pessoas.
NAOM
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