Bissau, 29 abr 19 (ANG) – O Primeiro-ministro defendeu no fim-de-semana a continuidade do ano lectivo 2018/2019 nas escolas públicas, devido aos esforços que estão sendo levados a cabo, tanto pelo governo como pelos professores, contrariamente as vozes que pedem a sua anulação devido a perda de mais de 90 dias lectivos.
Aristides Gomes que falava à imprensa após um encontro com organizações que actuam na fileira de caju, disse que não há razões para anular o ano lectivo 2018/19.
“Temos que estar vigilantes, porque asseguramos aos professores, que tanto o meu governo como o futuro executivo irão continuar na perspectiva que nós definimos, porque a nulidade do ano lectivo põe em causa os projectos de médio e longo prazo discutidos recentemente nos Estados Unidos.
Quanto a ameaça de paralisação da parte da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) agendada para o primeiro dia do mês de Maio, data também em que se celebra o dia dos trabalhadores, Aristides Gomes disse que a greve é um instrumento importante reconhecido pela lei mas que o seu exercício deve ser aquele que não prejudique o interesse da maioria.
Afirmou que o momento não é oportuno para a paralisação na função pública, porque o país acabou de sair de um processo eleitoral que, para além de difícil custaram muito ao Tesouro Público, porque muitas promessas de apoio financeiro às eleições não foram cumpridas e o governo foi obrigado a fazer despesas mais do que prevista.
Aristides Gomes sustentou que todos os parceiros estão a manifestar uma certa compreensão em relação a Guiné-Bissau, e que, nesta conjuntura de estabilização política, não considera razoável ser os próprios guineenses a arranjarem problemas para o país.
Gomes revelou que o governo está a negociar com o Fundo Monetário Internacional novo programa para que o país possa ter acesso ao novo financiamento que visa criar condições para fazer reformas institucionais , razão pela qual considera que não há motivos para greve.
Muitas correntes de opinião defendem a nulidade do ano lectivo nas escolas públicas devido a perda de três meses de aulas provocada pela greve dos professores, observada na abertura do ano lectivo.
ANG/LPG/ÂC//SG
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