Esta prepotente e lamentável atitude de confronto, é um mau começo para o novo governo de Aristides Gomes e constitui um sinal especialmente grave, indiciando a má-fé com que o PAIGC parece encarar a tarefa de funcionalizar um governo efémero como o actual, vocacionado essencialmente para a realização de eleições justas e transparentes.
Efectivamente, o PAIGC parece estar deliberadamente a procurar criar atritos descabidos, no intuito de alargar a sua esfera de competências e minimizar o papel do PRS. Para além de um atentado ao espírito de uma inclusividade construtiva, este acto constitui-se como um desafio à própria CEDEAO, signatária deste acordo, na pessoa de Robert Dussey, presidente do Conselho de Ministros.
Este parece igualmente ser um teste à autoridade de Aristides Gomes, como Primeiro-Ministro, com o PAIGC a esticar a corda, a ver até onde consegue chegar. No entanto, tais atitudes poderão minar o clima de confiança mínimo, necessário para o desempenho pretendido para este Governo, e colocar em causa os progressos até aqui obtidos pela mediação.
Publicada por Bardadi Malgos à(s) 19:19
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