O vice-presidente do Sindicato de Jornalistas da Guiné-Bissau (Sinjotecs), Sabino Santos, disse hoje que o organismo vai lutar para "acabar com a vida indigna" dos profissionais, que passará por um salário justo para trabalho responsável.
Falando no encerramento de uma conferência de reflexão para assinalar o dia mundial da liberdade de imprensa, que juntou cerca de três dezenas de jornalistas nas instalações da ONU, em Bissau, Santos considerou que "muitos exigem um jornalismo sério e responsável" na Guiné-Bissau, "mas poucos param para pensar sobre as condições de trabalho" daqueles profissionais.
Para Sabino Santos, são poucos os guineenses com consciência das "condições, quase indignas" em que operam os jornalistas do país.
A nova direção do Sinjotecs, eleita em fevereiro, promete manter a linha de isenção, transparência, responsabilidade dos jornalistas, mas também irá lutar para garantir a sustentabilidade dos órgãos de comunicação social, por veicularem informações que são "bens essenciais" para a sociedade, defendeu Sabino Santos.
Para aquele sindicalista, antes de se pensar no reforço da fiscalização da atividade jornalística na Guiné-Bissau, os poderes deviam criar as condições para o exercício do jornalismo, disse.
Sabino Santos estava a rebater a questão levantada por vários jornalistas presentes na sala sobre a pretensão do Conselho Nacional de Comunicação Social, órgão regulador, em ver reforçada a sua competência passando, por exemplo, a ter poderes sancionatórios.
No lugar de pensar em sanções, Santos acredita que dando um "salário digno" os jornalistas passavam a ser "mais responsáveis".
dn.pt/lusa
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