sexta-feira, 6 de abril de 2018

Governo da Guiné-Bissau baixa preço da licença para exportação do caju

O preço da licença de exportação da castanha de caju na Guiné-Bissau diminuiu para 1,5 milhões de francos cfa (cerca de 2.290 euros), anunciou hoje o presidente da Agência Nacional de Caju (ANCA), Malam Djaura.


"A licença de exportação, convencionalmente chamada de alvará de exportação, o ano passado custava cinco milhões de francos cfa (cerca de 7,6 mil euros) e este ano baixou para 1,5 milhões de francos cfa", afirmou Malam Djaura.

O presidente da ANCA, entidade que regula o setor do caju, disse também que este ano todo o caju tem de ser obrigatoriamente embalado em sacos com um timbre a indicar o ano da colheita e a origem do produto.

"Antes a castanha de caju era embalada em sacos sem nenhuma mensagem escrita e desta vez é obrigatório. A embalagem deve estar já com a origem e ano da colheita", explicou.

As novas medidas hoje anunciadas constam de um despacho elaborado depois de uma reunião, realizada no final de março, entre entidades governamentais e associações e organizações que representam os privados, que operam no setor do caju.

"Este despacho vem detalhar determinados aspetos relacionados com as obrigações dos operadores económicos que se vão envolver no setor e corrigir fragilidades que existiam nos instrumentos anteriores", explicou Malam Djaura.

A ideia, segundo o presidente da ANCA, é a Guiné-Bissau ter uma campanha de caju "com melhor acompanhamento para que todo o mundo possa sair satisfeito".

Outra novidade, é uma autorização especial que vai ser concedida a todos os veículos que vão estar envolvidos no escoamento da castanha de caju para Bissau.

"Este ano a Direção-Geral de Viação e Transportes Terrestres é a única entidade responsável pela emissão de uma autorização especial de circulação. O veículo que tiver este certificado pode circular livremente", disse.

O presidente da ANCA disse também que estão a ser criadas condições para desencorajar a saída de castanha de caju "por outras vias".

"Há uma sensibilização pedagógica que está a ser feita para que as pessoas entendam que há mais-valia em vender o produto cá dentro e há mais segurança", salientou.

A campanha de comercialização do caju na Guiné-Bissau, que arrancou a 24 de março, vai decorrer até meados de setembro.

A castanha de caju representa mais de 95% das exportações do país e é um dos principais motores do crescimento económico.

dn.pt/lusa

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