sábado, 27 de janeiro de 2018

Líder do PAIGC acredita na realização do congresso em Bissau na data prevista

O líder do PAIGC, principal partido no Parlamento da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, disse-se hoje convicto de que o 9º congresso daquela formação política vai iniciar-se na terça-feira, como previsto.


Domingos Simões Pereira, que falava aos jornalistas na sede do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), em Bissau, afirmou que o partido não recebeu nenhuma notificação judicial a ordenar a suspensão do congresso.

"As nossas estruturas judiciais estão a acompanhar todas as situações, eventualmente, pendentes, e estamos tranquilos em fornecer os dados (...) necessários", declarou o líder do PAIGC.

Domingos Simões Pereira disse acreditar que o congresso, marcado para decorrer entre 30 de janeiro a 04 de fevereiro, vai ter lugar, mesmo perante eventuais diligências judiciais.

"Estamos convencidos que não deverão constituir qualquer tipo de impedimento para o inicio e o bom desenrolar dos trabalhos", declarou o líder do PAIGC, que considera ser "relativo" afirmar que todas as condições estão reunidas para o arranque do congresso na terça-feira.

"O estar pronto é sempre relativo, mas nós pensamos que as condições mínimas estão criadas e os militantes saberão compreender e acomodar-se a nível daquilo que é possível disponibilizar", observou Simões Pereira.

Questionado sobre se o partido não teria sido notificado, nos últimos dias, sobre a suspensão do congresso, o líder do PAIGC disse que os serviços jurídicos têm reportado à direção que "têm a situação sob controlo".

"Na maior parte dos casos a notificação tem a ver com alguns elementos que alguns juízes solicitaram e eles (assessores jurídicos) pensam que o fornecimento dessas peças irá clarificar toda situação e assegurar as condições para início e bom desenrolar dos trabalhos", sublinhou.

Fontes do PAIGC indicaram à Lusa que os autores da providência cautelar - militantes de várias zonas das regiões de Oio e Cacheu, norte da Guiné-Bissau - "alegaram terem sido injustamente excluídos das listas de delegados" ao congresso.

O partido realizou conferências de base entre os meses de novembro e dezembro para a escolha de delegados ao congresso.

O partido vive momentos de crise interna com militantes e dirigentes devidos em dois grupos. Uns apoiantes da direção outros alinhados com os 15 deputados expulsos do partido em 2015, acusados de indisciplina partidária.

tsf.pt/lusa

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