A Polícia Judiciária (PJ) da Guiné-Bissau deteve 669 (Seiscentos Sessenta e Nove) caixas de medicamentos na sua operação denominada de ‘Morte Lenta’. De acordo com a corporação policial, os indivíduos envolvidos não obedeceram às regras estabelecidas para o transporte dos medicamentos, assim como às normas da conservação dos remédios.
Na ‘Subida de Cabana’ onde fora apreendida a maior quantidade dos medicamentos suspeitos [500 caixas de medicamentos], o armazém não tem nenhuma condição para uma boa conservação dos remédios, como constatou o repórter. O local armazena para além dos medicamentos, sacos de carvão e outros materiais, acima de tudo o local não Possui teto que protegia os medicamentos da poeira.
Já no bairro de São Paulo, nos arredores de Bissau, foram apreendidas 123 caixas de medicamentos mais três balotes, cuja conservação também não obedeceu às regras estabelecidas pelas autoridades nacionais, ainda o dono dos medicamentos apreendidos tentou subornar os agentes da PJ com mais de Um Milhão de francos CFA, mas foi detido logo pela PJ e o montante se encontra na sede da Polícia Judiciária. Em Gabú, no leste do país foi apreendido 46 caixas de medicamentos.
Segundo o Diretor Nacional da PJ, Bacari Biai, desde a apreensão dos medicamentos em causa os detentores não foram capazes de apresentar as faturas do laboratório onde compraram os medicamentos, assim como não conseguiram apresentar o documento que comprove que a entidade fabricante tem autorização para fabricar medicamentos no seu país, nem possuem certificados de qualidade que confirmem a validade dos remédios adquiridos na vizinha República da Guiné-Conacri.
Os medicamentos apreendidos foram transportados por via terrestre nos camiões sem condições para o efeito sob temperatura e poeira, explica Bacari Biai, que acrescenta ainda que mesmo sendo medicamentos com qualidades acabariam pour perdre a qualidade devido ao mau transporte e a má conservação.
O reponsável da PJ guineense considera que a não apresentação dos documentos comprovativos da origem dos medicamentos apenas confirma que os remédios são falsos.A outra operação chamada de ‘Lala Kema’ visa às Alfândegas da Guiné-Bissau, onde a PJ já deteve três pessoas suspeitas de estarem a trabalhar como agentes de despacho de uma forma ilegal. Os referidos agentes emitem despachos de produtos que saem das alfândegas sem entrar nos cofres do Estado.A Operação ‘Diário Nota dos Alunos’ também já tem pessoas detidas entre professores e alunos.
Nesta operação, a PJ deteve 54 certificados falsos em diferentes liceus da capital Bissau. Na limpeza ao sistema de ensino nacional, a Polícia Judiciária deteve um aluno de Bafatá que estuda 10ª Classe, mas que conseguiu comprar certificados de 10ª, 11ª classe e 12º Ano de escolaridade, que apresentou no Ministério da Educação para o efeito de uma bolsa de estudo em que fora selecionado, mas foi descoberto e detido pela PJ. O jovem do leste do país devia deixar o país no passado dia 5 de Agosto corrente.
Biai afirma que o combate contra a corrupção recai em cima dos corruptores passivos e ativos, ou seja, as pessoas que corrompem e os corrompidos.
Por: Sene Camará
Fotos: SC
OdemocrataGB
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