O presidente da federação de futebol da Guiné-Bissau, Manuel Lopes, negou hoje que tenha praticado qualquer ato de corrupção como foi acusado recentemente pelo antigo vice-presidente da instituição.
Inum Embaló acusou Manuel Lopes, entre outros, de ter utilizado em proveito próprio cerca de mil milhões de francos CFA (665 mil euros), verbas disponibilizadas à federação guineense pela FIFA e CAF (Confederação Africana de Futebol).
Em conferência de imprensa hoje na sede da Federação, em Bissau, Manuel Lopes, afirmou que está pronto para responder perante a justiça para que se esclareça se realmente praticou os atos de corrupção de que é acusado.
No entanto, o dirigente disse ser estranho que se dê credibilidade as palavras de Inum Embaló, que afirmou ser “um gatuno que aldrabou a toda gente” na Guiné-Bissau até ser expulso da federação por venda de vistos.
“Expulsei o Inum Embaló da Federação porque andava a fazer falcatruas nesta instituição. Vendia vistos e decidi para-lo com isso”, referiu Manuel Lopes, para justificar o que disse ser ódio de Embaló contra si.
O presidente da federação guineense sublinhou ainda que Inum Embaló agora faz-se acompanhar de pessoas que no passado trabalharam naquela instituição, mas “também corridas por falcatruas”.
Manuel Lopes citou os casos dos antigos dirigentes Tony Burgo, Alberto ‘Beto’ Vaz e Carlos ‘Caíto’ Teixeira.
Manuel Lopes frisou que não pretende entrar em polémicas com Inum Embaló na praça pública, mas pediu que este abandone “a proteção especial” que está a ter no ministério do Interior, onde, disse, se encontra escondido.
“Não vou responder a Inum Embaló, mas a justiça está aqui para atuar. Se eu cometer algo de errado, então que a justiça atue. Entrego-me à justiça a partir de hoje”, observou Lopes que também não gostou da cobertura mediática dada à conferência de imprensa de Embaló.
O presidente da federação guineense de futebol diz ser “uma vergonha” que a televisão pública do país “deixe que um gatuno” use aquele órgão para denegrir a sua imagem e que a RTP e os órgãos portugueses também façam a mesma coisa.
“Não me surpreende que os órgãos de comunicação social de Portugal dêem voz a Inum Embaló porque Portugal nunca quer bem da Guiné-Bissau”, enalteceu Manuel Lopes.
Fonte : Lusa
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