quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Homicídios aumentaram em Cabo Verde nos primeiros nove meses do ano

A criminalidade geral em Cabo Verde diminuiu ligeiramente nos primeiros nove meses deste ano, mas o número de homicídios aumentou em relação ao período homólogo de 2015, ascendendo já a 50 mortes, segundo dados divulgados hoje pela Polícia Nacional.


Segundo o diretor da Polícia Nacional (PN), Emanuel Estaline, citado pela agência cabo-verdiana Inforpress, entre janeiro e setembro de 2016, registaram-se em Cabo Verde 50 homicídios, mais 18 do que no mesmo período de 2015, na sua maioria na capital cabo-verdiana (27 homicídios).

Emanuel Estaline Moreno falava aos jornalistas à margem da cerimónia do 146º aniversário da PN que hoje se assinalou na cidade da Praia.

Os dados agora divulgados confirmam a tendência de aumento do número de homicídios em Cabo Verde que vinha do primeiro semestre de 2016.

Em termos globais, entre janeiro e setembro deste ano, a PN registou um total de 18.818 crimes, dos quais 9.518 contra o património e 9.300 contra pessoas, dados que representam uma diminuição de 0,8 por cento da criminalidade, comparando com as 18.974 ocorrências do mesmo período de 2015.

Roubo, furto, ofensas corporais, e casos de violência de género foram as ocorrências mais frequentes.

O diretor da Polícia Nacional considerou que a diminuição no número de crimes é um reflexo das medidas que a tem vindo a ser implementadas, sobretudo no último trimestre.

Emanuel Estaline Moreno lembrou que o "calcanhar de Aquiles" da ação da Polícia Nacional continua a ser a "falta de efetivos" e voltou a insistir na necessidade de reforço dos meios humanos e materiais.

No próximo ano, a PN vai receber um reforço de 120 novos agentes, mas o diretor nacional adiantou que mesmo com estes novos agentes, o quadro continua aquém das necessidades.

Por seu lado, o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, disse, na mesma cerimónia, que o Governo está "muito engajado e determinado" em vencer a criminalidade que se têm manifestado particularmente nos centros urbanos do país e a devolver o sentimento de segurança às populações.

"Temos estado a desenvolver uma série de intervenções, hoje temos mais patrulhamento urbano, a PN está muito mais visível" assegurou, afirmando a "ligeira diminuição" da criminalidade resulta desde processo.

NAOM

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