sexta-feira, 12 de maio de 2023

EUA dizem à China que querem ultrapassar as tensões provocadas pelo caso do balão espião

sicnoticias.pt  12/05/23

O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, e o responsável máximo pela política externa chinesa, Wang Yi, tiveram “discussões francas, substanciais e construtivas”.

O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, disse hoje ao responsável máximo pela política externa chinesa, Wang Yi, em Viena, que Washington está a "procurar ir além" das tensões provocadas pelo caso do balão chinês.

A reunião não foi anunciada por Washington ou Pequim com antecedência. A Casa Branca descreveu as amplas discussões, nas quais os dois líderes passaram mais de oito horas juntos, como "sinceras" e "construtivas".

Um funcionário do Governo norte-americano, citado pela Associated Press, informou os jornalistas, sob condição de anonimato, que ambos os lados reconhecem que o incidente do alegado balão de espionagem chinês, abatido nos EUA, em fevereiro passado, foi "infeliz" e que estão agora à procura de "restabelecer os canais normais de comunicação".

O encontro é o último de uma série de pequenos sinais de que as tensões podem estar a diminuir entre as duas maiores economias do mundo.

À medida que a rivalidade política e militar entre a China e os EUA se intensifica, os analistas temem que a falta de linhas de comunicação possa transformar um confronto menor em hostilidades maiores.

Eles apontam como exemplo a importância da capacidade de os EUA comunicarem com a antiga União Soviética para evitar uma guerra nuclear.

  • A Casa Branca disse, em comunicado, que a reunião faz parte dos "esforços contínuos para manter linhas de comunicação abertas e administrar a competição com responsabilidade", e que Sullivan e Wang discutiram questões-chave no relacionamento EUA - China, incluindo a invasão russa da Ucrânia ou a questão de Taiwan.

A reunião ocorreu num hotel de luxo ao longo da histórica Ringstrasse de Viena, de acordo com uma autoridade austríaca familiarizada com o assunto. O funcionário revelou que o planeamento da reunião foi feito em segredo e que as autoridades austríacas foram avisadas com apenas alguns dias de antecedência de que Viena foi escolhida como local para as negociações.

“Discussões francas, substanciais e construtivas”

As autoridades chinesas consideraram as discussões "substantivas" e disseram que ambos os lados vão "continuar a fazer bom uso dos canais de comunicação estratégica", segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

Sullivan referiu as preocupações da Casa Branca sobre a falta de um "envolvimento construtivo" pela parte de Pequim, para pressionar a Rússia a pôr fim à invasão da Ucrânia, e pediu à China que faça mais para impedir a exportação de drogas ilegais para os EUA, segundo o funcionário do Governo.

Washington tem, em particular, pressionado a China a combater a produção de precursores químicos usados para fazer fentanil, o opióide que mais mata nos EUA.

Sullivan também referiu os casos de três cidadãos norte-americanos presos na China - Mark Swidan, Kai Li e David Lin.

As tensões entre os países aumentaram no ano passado, após a visita da então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan, que levou a China, que reivindica a ilha como uma província sua, a lançar exercícios militares em torno do território.

As tensões agravaram-se no início deste ano, depois de os EUA terem derrubado um balão chinês alegadamente usado para fins de espionagem, que cruzou o território norte-americano.

Pequim também reagiu com exercícios militares à escala da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, nos EUA, no mês passado, que incluiu um encontro com o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy.

Mas há sinais de que os dois lados estão a retomar as comunicações diplomáticas.

Joe Biden e Xi Jinping reuniram-se em Bali

O presidente norte-americano, Joe Biden, e o homólogo chinês, Xi Jinping, reuniram-se em Bali, na Indonésia, em novembro passado. O secretário de Estado, Antony Blinken, tinha programado viajar para a China em fevereiro, mas a viagem foi adiada após o incidente com o balão.

A Casa Branca manifestou interesse em reagendar a visita de Blinken. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse no início desta semana que a secretária do Tesouro, Janet Yellen, e a secretária do Comércio, Gina Raimondo, também poderão visitar Pequim a qualquer altura.

O embaixador dos EUA na China, Nicholas Burns, e o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, também se reuniram, em Pequim, esta semana, e o enviado especial de Biden para o clima, John Kerry, falou por telefone no mês passado com o seu homólogo, Xie Zhenhua.

Durante um fórum virtual organizado pelo Stimson Center, no início deste mês, Burns disse que a comunicação está a melhorar.

  • "Sim, tivemos casos em que queríamos ter certas conversas de alto nível mas que não era possível", disse Burns. "Mas devo dizer que, nas últimas semanas, no último mês ou mais, houve uma comunicação consistente entre mim e altos funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros", acrescentou.


Leia Também:  O chefe da diplomacia chinesa, Qin Gang, defendeu hoje que a China e a Europa devem "rejeitar a mentalidade da Guerra Fria", numa altura em que a União Europeia (UE) discute o reajustamento da relação com Pequim.


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‼ Financiamento líbio: PGR francesa pede julgamento de Sarkozy

DW Português para África   12/05/23 

O Ministério Público francês requereu o julgamento do ex-Presidente Nicolas Sarkozy e de 12 pessoas no caso de suspeitas de financiamento líbio da campanha presidencial de 2007. A Procuradoria-Geral francesa exige que o ex-chefe de Estado (2007-2012) seja julgado por corrupção passiva, associação criminosa, financiamento ilícito de campanha eleitoral e ocultação de desvio de fundos públicos líbios. 

O crime de associação criminosa sugere que Nicolas Sarkozy, que contesta os factos, conscientemente permitiu que colaboradores próximos, apoiantes políticos e intermediários "agissem para obter ou tentar obter" do regime de Muammar Kadhaf (na foto) "apoio financeiro para o financiamento da sua campanha eleitoral de 2007", no valor de vários milhões de euros. 

Cabe agora aos dois juízes de instrução responsáveis por este extenso processo aberto desde abril de 2013 determinar ou não um julgamento no tribunal criminal e, se necessário, determinar quais os crimes a reter. Treze pessoas foram indiciadas ao longo de dez anos de investigações conduzidas pelo departamento anti-corrupção. (Lusa)


Um tribunal russo condenou esta quinta-feira a dois anos de prisão, com pena suspensa, uma mulher de São Petersburgo que deixou uma mensagem no túmulo dos país do Presidente Vladimir Putin, dizendo que "criaram uma aberração e um assassino".

© Reuters

POR LUSA   12/05/23 

Russa que deixou mensagem no túmulo dos pais de Putin foi condenada

Um tribunal russo condenou esta quinta-feira a dois anos de prisão, com pena suspensa, uma mulher de São Petersburgo que deixou uma mensagem no túmulo dos país do Presidente Vladimir Putin, dizendo que "criaram uma aberração e um assassino".

Irina Tsybaneva, de 60 anos, foi considerada culpada de profanar cemitérios motivada por ódio político.

O seu advogado revelou que a mulher não se declarou culpada porque não profanou o túmulo fisicamente ou procurou divulgação pela sua ação.

A nota que Tsybaneva colocou no túmulo na véspera do aniversário de Putin em outubro dizia: "Pais de um maníaco, levem-no para sua casa. Ele causa tanta dor e problemas. O mundo inteiro reza pela sua morte. Morte a Putin. Vocês criaram uma aberração e um assassino".

Desde que Putin determinou a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, Moscovo tem empreendido uma repressão à dissidência nunca vista desde a era soviética.

Num outro caso, uma agência do Governo russo adicionou o ator Artur Smolyaninov e um ex-consultor que aconselhou o gabinete do Presidente ucraniano a uma lista de "extremistas e terroristas".

Numa entrevista de janeiro para a edição europeia do jornal russo independente Novaya Gazeta, Smolyaninov afirmou que, hipoteticamente, participaria no conflito apenas pelo lado ucraniano.

O consultor presidencial ucraniano, Oleksiy Arestovich, renunciou após afirmar 'online' que um míssil russo que causou a morte de 45 pessoas na cidade de Dnipro atingiu um prédio residencial como resultado das defesas aéreas ucranianas.

Já um tribunal militar russo condenou Nikita Tushkanov, um professor de história de Komi, a cinco anos e meio de prisão pelos comentários que fez sobre a explosão no ano passado da ponte Kerch que liga a península ucraniana da Crimeia à Rússia continental.

Tushkanov foi considerado culpado de justificar o terrorismo e "desacreditar" o Exército russo.

O professor publicou mensagens nas redes sociais em outubro em que considerava a explosão da ponte "um presente de aniversário" para Putin.

A ampla campanha de repressão do Kremlin criminalizou as críticas à guerra.

Além de multas e sentenças de prisão, os acusados foram demitidos, colocados na lista negra, marcados como "agentes estrangeiros" ou fugiram da Rússia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Leia Também: O caso remonta a outubro de 2022, quando Irina Tsybaneva colocou um bilhete nas campas de Vladimir e Maria Putin, onde dizia serem "pais de uma maníaco" e que "o mundo inteiro reza pela sua morte".

GUINÉ-BISSAU/ELEIÇÕES: PAIGC quer reativar projeto 'Terra Ranka' para atrair investimento

© Getty Images

POR LUSA  12/05/23 

O PAIGC vai reativar o programa transversal de desenvolvimento da Guiné-Bissau "Terra Ranka" (Terra Arranca), que prevê medidas nas áreas económica, financeira, social ou política, atrativas para o investimento estrangeiro, anunciou o presidente do partido.

Em entrevista à agência Lusa em Lisboa, Domingos Simões Pereira referiu a importância de "resgatar este programa estratégico" para o país por se tratar de "um instrumento central de toda a política, de toda a estratégia de desenvolvimento".

O "Terra Ranka" foi lançado em 2014, quando o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) venceu as eleições com maioria absoluta e pretendia abranger as áreas de governação e paz, infraestruturas, industrialização, desenvolvimento urbano, desenvolvimento humano e biodiversidade.

O plano chegou a ter uma promessa de 1,5 mil milhões de dólares (1,36 mil milhões de euros, ao câmbio atual) em 2015, numa mesa-redonda realizada em Bruxelas, com financiamento do Banco Mundial, Nações Unidas ou União Europeia.

No entanto, a instabilidade política que culminou com a demissão do Governo em agosto desse ano e com a nomeação de sucessivos primeiros-ministros acabou por deixar o programa na gaveta.

Agora, para as legislativas de 04 de junho, o PAIGC volta a colocá-lo no centro do seu programa de Governo e inclusive dá nome à coligação que o partido lidera - Plataforma Aliança Inclusiva -- Terra Ranka (PAI -- Terra Ranka) - e que inclui ainda a União para a Mudança (UM), o Partido da Convergência Democrática (PCD), o Movimento Democrático Guineense (MDG) e o Partido Social-Democrata (PSD).

Domingos Simões Pereira considerou que este plano contrasta com a falta de propostas do atual Governo, que se limita a "construir estradas sem uma estratégia por detrás", criticando a opção de apenas "fazer algo que seja visível e que possa de alguma forma iludir a atenção das pessoas".

Questionado sobre a viabilidade de financiamento do "Terra Ranka" num contexto de crise internacional, o líder do PAIGC considerou que não deixou de haver dinheiro, mas "os critérios para a disponibilização do dinheiro apertam mais na questão da sua rentabilidade".

"Todos aqueles que têm algum dinheiro querem assegurar que nós oferecemos oportunidades de investimento que sejam rentáveis. Eu penso que é isso o que o programa "Terra Ranka" tem e é por isso que continua atrativo e terá condições de poder mobilizar esses montantes", concluiu.


Leia Também: Guiné. Líder do partido Madem-G15 apontou a estabilidade como prioridade

MNE da União Europeia discutem hoje apoio à Ucrânia e tensões com Pequim

© Lusa

POR LUSA   12/05/23 

Os ministros dos Negócios Estrangeiros (MNE) da União Europeia (UE) reúnem-se hoje em Estocolmo, na Suécia, para discutir o apoio a prestar à Ucrânia daqui em diante e as tensões diplomáticas com a China.

Portugal vai estar representado pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Francisco André, já que o ministro João Gomes Cravinho vai participar na XIV reunião de alto nível luso-marroquina que hoje decorre em Lisboa.

O primeiro tópico a ser discutido no encontro é o apoio que está a ser prestado à Ucrânia desde o início da guerra e o que está previsto para os próximos meses.

No último Conselho Europeu, em março, os 27 Estados-membros do bloco comunitário concordaram com a disponibilização de mil milhões de euros para a aquisição conjunta de munições de artilharia, através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz.

Portugal foi dos primeiros países a anunciar a participação na compra conjunta de projéteis de grande calibre, especificamente de 155 milímetros, que são utilizados pelas Forças Armadas da Ucrânia.

Nas últimas semanas, a Comissão Europeia apresentou um mecanismo para incentivar o investimento na indústria da produção de munições, dotado de 500 milhões de euros, para modernizar fábricas existentes e com a possibilidade inédita de utilizar fundos de coesão e dos Planos de Recuperação e Resiliência (PRR) para desenvolver este setor da indústria da Defesa.

A UE prometeu que vai enviar um milhão de munições de artilharia para a Ucrânia nos próximos 12 meses.

Os governantes com a pasta da diplomacia vão discutir posteriormente as tensões cada vez maiores com Pequim.

A China está a ser acusada pela UE e pelos Estados Unidos de manter uma posição ambígua em relação à invasão russa da Ucrânia e até hoje persistem dúvidas sobre se Pequim pretende fornecer armamento a Moscovo.

A China apresenta-se como um interlocutor neutro no conflito, apesar das relações próximas com Moscovo.

No final de abril, o Presidente chinês, Xi Jinping, e o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, tiveram uma conversa telefónica, a primeira desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

Bruxelas tem estado atenta às movimentações de Pequim nos últimos meses e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que visitou o país asiático em abril, tem insistido que reenquadrar as relações com a China deve ser uma prioridade dos 27.

A líder do executivo comunitário tem insistido que é preciso romper gradualmente com a dependência que a UE tem da China, enquanto Pequim está a tentar reforçar os laços comerciais, aproveitando a incerteza em relação à conjuntura geopolítica internacional.

Em 2022, a China era o terceiro maior parceiro da UE nas exportações e o principal nas importações.

Ao final do dia em Estocolmo, pelas 19:00 locais (18:00 em Lisboa), está prevista uma conferência de imprensa com o alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.


BOAD apoia projeto agrícola Guiné-Bissau.

BOAD entrega nove viaturas ao ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural no âmbito da implementação do PAIPV, projeto de apoio a intensificação da produção alimentar nas regiões de Gabu, Bafata e Oio.





O Ministro do Comércio Abás Djaló em conferência de imprensa para anunciar o despacho conjunto com o Ministro das Finanças Ilídio Vieira Te para viabilizar a campanha de comercialização e exportação da castanha de caju 2023.

Radio Voz Do Povo

CNE analiza o Boletim de Voto provisório na pelenária com Representantes dos partidos políticos

A plenaria da CNE verifica o Boletim de Voto com Representantes dos partidos políticos.

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Radio Voz Do Povo

quinta-feira, 11 de maio de 2023

Moscovo acusa forças de Kyiv de ataque a refinaria em solo russo

© Getty Images

POR LUSA  11/05/23 

As autoridades russas acusaram hoje o Exército ucraniano de realizar um ataque com 'drones' contra uma refinaria na região de Briansk, a sudoeste de Moscovo.

O governador da região, Alexander Bogomaz, indicou no Telegram que os 'drones' atingiram a refinaria de Klintsi e não provocaram vítimas.

No entanto, adiantou, como resultado do ataque houve danos em alguns tanques e parte das instalações, tendo sido chamados os serviços de emergência.

Moscovo tem acusado a Ucrânia de ataques com 'drones' e ações de sabotagem em solo russo nas últimas semanas, mas Kiev não assume a sua autoria.

O incidente mais grave aconteceu na semana passada, quando dois 'drones' explodiram no Kremlin, no que Moscovo alegou ser uma tentativa ucraniana de assassinar o Presidente russo, Vladimir Putin.

Kiev negou responsabilidade pelo incidente, que vários aliados e analistas consideraram ter-se tratado de uma encenação.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 441.º dia, 8.791 civis mortos e 14.815 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Afinal, o que são os mísseis de cruzeiro Storm Shadow?   ...O Reino Unido anunciou esta quinta-feira o envio de mísseis de longo alcance para a Ucrânia, que dará novo fôlego às tropas de Kyiv para a anunciada - e tão esperada - contraofensiva ucraniana.

Pretória considera "lamentável" acusação dos EUA de apoio militar à Rússia

© REUTERS/Valentyn Ogirenko

Notícias ao Minuto  11/05/23 

A Presidência da África do Sul considerou hoje "contraproducente" e "lamentável" a atitude do embaixador dos Estados Unidos em Pretória, ao acusar "sem provas" o país de fornecer armas à Rússia, e anunciou uma investigação ao caso.

"As observações do embaixador minam o espírito de cooperação e parceria entre os dois países" e "nenhuma evidência foi fornecida para apoiar essas acusações", refere um comunicado divulgado pela Presidência da África do Sul.

Pretória classifica como "lamentável" que o diplomata norte-americano tenha "adotado uma atitude pública contraproducente".

No Parlamento, o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou entretanto que o governo está a investigar as acusações de que o país forneceu armas à Rússia na guerra contra a Ucrânia.

"Estamos todos cientes das notícias (...) e todo esse assunto está a ser investigado", disse Ramaphosa no Parlamento, questionado sobre o assunto pelo líder do maior partido da oposição, a Aliança Democrática (AD), John Steenhuisen.

"Permita que o processo continue para chegarmos a um esclarecimento. O assunto está a ser investigado e a seu tempo poderemos falar sobre ele", acrescentou o chefe de Estado.

Ramaphosa falou sobre esta questão depois de o embaixador dos Estados Unidos da América (EUA) em Pretória, Reuben Brigety, ter acusado hoje a África do Sul de fornecer apoio militar à Rússia, apesar da sua declarada neutralidade no conflito com a Ucrânia.

De acordo com Reuben Brigety, que falava num encontro com os meios de comunicação social locais, os EUA estão convencidos de que "armas e munições foram carregadas" a bordo de um cargueiro russo, que atracou perto da Cidade do Cabo no início de dezembro "antes de partir para a Rússia".

"Armar os russos é extremamente grave e pensamos que esta questão não está resolvida. Gostaríamos que a África do Sul começasse a praticar a sua política de não-alinhamento", acrescentou o diplomata durante a conferência de imprensa.

A África do Sul diz ter assumido uma posição neutra em relação à guerra na Ucrânia e apelou ao diálogo para resolver o conflito.

Esta posição está ligada não só ao papel estratégico político e económico que Moscovo tem em alguns países africanos, mas também a razões históricas como o apoio russo aos movimentos anticoloniais e de libertação do século XX, como a luta contra o regime segregacionista "apartheid" no caso da África do Sul.


Leia Também: Embaixador dos EUA na África do Sul acusa país de dar apoio militar à Rússia

Presidente ganês no Burkina Faso após polémica sobre mercenários russos

© Lusa

POR LUSA  11/05/23 

O Presidente do Gana, Nana Akufo-Addo, visitou o Burkina Faso na quarta-feira, cinco meses após declarações sobre a presença de mercenários do grupo paramilitar russo Wagner neste país terem causado polémica, anunciou hoje a presidência burquinabê.

Akufo-Addo reuniu-se com Ibrahim Traoré, que lidera o Governo de transição e autor de um golpe de Estado em 30 de setembro de 2022, para discutir "grandes questões na sub-região, enfrentando o desafio da segurança", segundo a fonte oficial.

A visita do Presidente ganês ocorreu cinco meses depois de uma querela diplomática entre os dois países, na sequência das suas declarações sobre um alegado acordo com o grupo Wagner no Burkina Faso, assolado por ataques de grupos extremistas islâmicos.

Em meados de dezembro, durante uma reunião nos Estados Unidos com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, o Presidente ganês disse que o Burkina Faso tinha "chegado a um acordo para, tal como o Mali, empregar forças Wagner".

"Acredito que lhes foi atribuída uma mina no sul do país como forma de pagamento pelos seus serviços", acrescentou, chegando a especificar que havia "mercenários russos na fronteira" entre o Burkina Faso e o Gana.

O Governo burquinabê reagiu qualificando as considerações como "muito graves", retirou o seu embaixador em Acra e convocou o embaixador ganês em Ouagadougou para apresentar o seu protesto.

Ibrahim Traoré e o seu Governo negaram repetidamente o recurso aos mercenários do grupo russo mas, depois de expulsarem os soldados franceses presentes em Ouagadougou, admitiram que o país se aproximou da Rússia, "um aliado estratégico" como outros.

"Continuaremos a adquirir meios importantes com esses países e cooperaremos com aqueles que desejam ajudar-nos nesta guerra" contra os extremistas, disse Traoré.

O Burkina Faso, palco de dois golpes militares em 2022, está envolvido desde 2015 numa espiral de violência de cariz extremista islâmico que surgiu no Mali e no Níger há alguns anos e se espalhou para além das suas fronteiras.

Nos últimos oito anos, a violência deixou mais de 10.000 mortos - civis e soldados - de acordo com organizações não-governamentais, e cerca de dois milhões de deslocados internos.

EUA confirmam transferência para Kyiv de fundos confiscados à Rússia

© Getty Images

POR LUSA  11/05/23 

O Governo dos Estados Unidos autorizou a primeira transferência para propriedade da Ucrânia de fundos bloqueados pelas sanções à Rússia, devido à invasão de território ucraniano, uma medida que já foi criticada hoje pelo Kremlin.

O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, confirmou que deu 'luz verde' para que o Departamento de Estado possa dispor desses fundos, essencialmente compostos por dinheiro confiscado ao oligarca russo Konstantin Malofeyev, que está na 'lista negra' de sanções dos EUA desde abril de 2022.

As sanções envolveram o bloqueio de milhões de dólares e Garland já tinha confirmado, em fevereiro passado, que o objetivo é ajudar a Ucrânia a lidar com os danos desta "guerra injusta".

"Os bens russos apreendidos já foram transferidos para o Departamento de Estado e serão utilizados para esse fim", explicou o procurador-geral norte-americano, que já prometeu que esta remessa "não será a última".

O porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, já reagiu a esta medida, denunciando que se trata de fundos "roubados ilegalmente" e avisando os Estados Unidos de que este tipo de iniciativa pode reverter contra quem a organizou.

"Antes de tudo, isto é um dano para aqueles que apreenderam ou roubaram esse dinheiro. (...) No que diz respeito aos EUA, tais decisões, é claro, vão atingi-los como um bumerangue", disse Peskov.

"Isto vai minar a confiança dos investidores, a confiança dos donos de ativos ligados de alguma forma aos EUA. E tudo isso, sem dúvida, não vai passar sem consequências", acrescentou o porta-voz do Kremlin, admitindo que Moscovo possa responder com "medidas simétricas" contra Washington.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 441.º dia, 8.791 civis mortos e 14.815 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Chegada do Coordenador Nacional – Sábado 13/05/2023 | 11:00 | Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira


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Já é oficial: Reino Unido envia mísseis de longo alcance para a Ucrânia

© Reuters

Notícias ao Minuto  11/05/23 

A notícia foi confirmada depois de várias especulações que davam conta da preparação dos britânicos para o fornecimento deste tipo de armas, na sequência de um relatório de "várias fontes ocidentais" citadas pela CNN Internacional.

O ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, confirmou, esta quinta-feira que o país está "a doar mísseis Storm Shadow para a Ucrânia", que têm "uma capacidade de ataque de precisão convencional de longo alcance", revela a Sky News.

"Complementa os sistemas de longo alcance já doados, incluindo os mísseis HIMARS e Harpoon, bem como o próprio míssil Neptune Cruise da Ucrânia e missões de longo alcance em outros lugares dotados", avançou numa declaração aos deputados na Câmara dos Comuns.

"A Ucrânia tem o direito de se defender. O uso deste sistema de armas permitirá à Ucrânia repelir as forças russas baseadas no território soberano ucraniano", acrescentou Wallace.

Os mísseis Storm Shadow têm um alcance operacional de mais de 563 quilómetros (350 milhas).

Na sequência das suposições sobre o fornecimento de mísseis de cruzeiro do Reino Unido a Kyiv, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, já tinha declarado que esta medida exigiria "uma resposta adequada", reportou a Sky News.

De recordar que a ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 441.º dia, 8.791 civis mortos e 14.815 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Reino Unido já terá fornecido mísseis de longo alcance à Ucrânia



O membro do Conselho de Soberania do Sudão Yaser al Ata afirmou hoje que o grupo russo Wagner está envolvido no conflito entre o exército e a Força de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) desde 15 de abril.

© Getty Images

POR LUSA   11/05/23 

 Grupo Wagner envolvido no conflito do Sudão, diz Conselho de Soberania

O membro do Conselho de Soberania do Sudão Yaser al Ata afirmou hoje que o grupo russo Wagner está envolvido no conflito entre o exército e a Força de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) desde 15 de abril.

Numa declaração publicada hoje pelo diário saudita Al Sharq al Awsat, com sede em Londres, Yaser al Ata, membro daquele conselho, afirmou que o exército "tem um corpo de atiradores do Wagner" e que os mercenários da empresa russa estão principalmente no Darfur (oeste) "onde se situam as empresas de produção de ouro" do líder da RSF, Mohamed Hamdan Daglo, conhecido por Hamedti.

O responsável acusou ainda Hamedti de traficar "grandes quantidades de ouro sudanês" e disse que "as informações indicam que tem 53 toneladas em armazéns na Rússia e 22 toneladas num país irmão", que não especificou, "além de quantidades mais pequenas noutros países e dezenas no Sudão".

Apesar disto, o militar sudanês disse estar confiante de que o conflito no Sudão "vai acabar em breve" e não se transformará numa guerra civil, porque, afirmou, o exército controla todos os estados do país, e os paramilitares estão apenas em "algumas partes de Cartum", a capital.

"Estas batalhas não conduzirão a uma guerra civil, porque o exército inclui todas as tribos do Sudão", acrescentou.

O chefe do Estado-Maior afirmou que o exército não aceitará os paramilitares no futuro e que o diálogo que os representantes das duas partes mantêm, em grande segredo, na Arábia Saudita, "tem como único objetivo retirar as forças rebeldes da capital".

Esse diálogo está a decorrer desde sábado na cidade portuária de Jeddah, mediado pela Arábia Saudita e pelos Estados Unidos e, com a ajuda da ONU, tem como principal objetivo chegar a um cessar-fogo permanente que permita o fluxo de ajuda humanitária para fazer face à situação dramática provocada pelos combates no Sudão.

As declarações de Al Ata surgem no momento em que termina hoje a trégua de sete dias anunciada pelo exército e pelas RSF, que, tal como as tréguas anteriores, não foi respeitada por nenhuma das partes.

Segundo a ONU, os combates no Sudão já mataram mais de 600 civis e feriram mais de 5.000, tendo ainda forçado à deslocação interna 700.000 sudaneses e à fuga do país de mais de 120.000.


Leia Também: ONU apela aos países que pressionem ao fim do conflito no Sudão

QUIPUX BISSAU - Matriz de ação para aplicação das recomendações do seminário de 10 e 11 de Maio de 2023 no Hotel Hala sobre a criação de um balcão único de transporte e sobre a criação do certificado de imigração





DOSSIE DE IMPRENSA QUIPUX - SAIBA MAIS SOBRE A QUIPUX... PDF

 


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Kremlin afirma: "Operação especial" na Ucrânia é "muito difícil"

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Notícias ao Minuto  11/05/23 

O porta-voz russo, Dmitry Peskov, declarou que a Rússia conseguiu derrotar "bastante a máquina militar ucraniana”, um trabalho que "vai continuar" a ser feito.

A operação militar da Rússia contra a Ucrânia é "muito difícil", mas irá continuar, admitiu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, na quarta-feira, a uma televisão bósnia, avança a agência de notícias Tass.

"A operação militar especial continua. Esta é uma operação muito difícil e, é claro, alguns objetivos foram alcançados num ano”, terá dito Peskov, acrescentando que a Rússia conseguiu derrotar "bastante a máquina militar ucraniana”, um trabalho que "vai continuar" a ser feito.

Segundo o porta-voz russo, a Rússia lançou inúmeros ataques com mísseis contra alvos militares em toda a Ucrânia. Diante da acusação de Kyiv de que os bombardeamentos visam alvos civis, Moscovo nega.

De recordar que a ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 441.º dia, 8.791 civis mortos e 14.815 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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Investigadores da Universidade de Algarve (Portugal), apresentaram o relatório da Investigação no domínio da Pesca Marítima com colaboração o Centro da Investigação Pesqueira da Guiné-Bissau "CIPA", do Ministério das Pescas

 Radio TV Bantaba

"Milagre". Bebés sobrevivem três dias a boiar durante cheias no Congo

© Reuters

Notícias ao Minuto  11/05/23 

Pais de ambos os bebés morreram durante as inundações. Meninos serão agora entregues a famílias adotivas.

Dois bebés foram resgatados com vida das margens do Lago Kivu, onde foram encontrados a boiar três dias depois das cheias que mataram mais de 400 pessoas no leste da República Democrática do Congo.

À BBC, o líder comunitário Delphin Birimbi contou que "todos ficaram maravilhados com o milagre". Não se sabe como é que conseguiram sobreviver , o que se sabe é que os bebés foram encontrados a flutuar no meio dos escombros, na água, e resgatados com vida na segunda-feira.

Um dos bebés foi encontrado em Bushushu e o outro em Nyamukubi, duas das vilas mais afetadas pelas cheias que na última semana se abateram sobre este país africano.

Apesar do "milagre" dos bebés, estes perderam ambos os pais e serão agora entregues a famílias de acolhimento.

Recorde-se que, além dos 402 mortos já confirmados, há ainda 5 mil pessoas desaparecidas e mais de 200 feridos em estado grave.