sexta-feira, 2 de maio de 2025
Balanço de 1 de Maio: Um óbito registado dentre oitenta casos recebidos
Por CAP GB
O maior centro hospitalar do país, registou oitenta casos no serviço do banco de Socorro, entre os quais, um óbito. A Informação foi avançada hoje, [02-05-2025] à imprensa pelo Diretor do serviço de urgência do Hospital, Bubacar Sissé durante uma conferência de imprensa.
"Os casos que deram entrada no serviço de urgência foram oitenta, nos quais, um óbito vítima de atropelamento na estrada que liga Lala Quema à Antula. Restos foram libertados por registarem menos gravidade.", Afirma.
Em relação ao ano anterior, o Deritor do serviço de urgência do Hospital Nacional Simão Mendes, Bubacar Sissé considerou de negativa os festejos do primeiro do maio celebrado como dia internacional do trabalho.
"Quando registar óbito sempre consideramos de negativa. Mais uma vez, devemos levar em conta as recomendações das autoridades competentes."Apela.
Serviço de urgência do Hospital Nacional Simão Mendes regista 80 casos, nos quais, 1 óbito, 13 de acidentes e 6 agressões físicas ligeiras. De lembrar que, no ano passado foram 29 casos que deram entradas, onde houve 2 óbitos e 6 agressões Físicas.
quinta-feira, 1 de maio de 2025
BOMBEIROS OFERECE AGUA MORADORES DE BAIRRO MILITAR
RSM. 02/05/2025
O Serviço de Proteção Civil e Bombeiros oferece água aos moradores do Bairro Militar que se encontram sem água potável há mais de uma semana.
Este gesto vem depois dos moradores se virem privado deste importante líquido na vida humana, pelo que quatro viaturas dos soldados de paz levarem a água aos moradores o qual disserem ser insuficiente para a cobertura de todo o bairro.
Em entrevista, realizada hoje, os moradores desse bairro lamentam a falta de água potável que os leva a buscarem água nos poços a partir das primeiras horas da madrugada, água que nem todos bebem.
Os moradores pediram ao governo e a Empresa de Eletricidades e Águas da Guine-Bissau que construam fontenário uma vez que o existente está estragado. Moradores do Bairro Militar encontra-se sem água potável há quase duas semanas, fato que levou os Bombeiros a fornecerem esta sexta-feira quatro viaturas de água potável.
A RSM tentou sem sucesso contatar um responsavel da empresa de Eletricidade e Aguas da Guiné-Bissau para saber o que realmente estava a acontecer e quando a situação será resolvida.

Declaração do líder do PAIGC e da coligação PAI–Terra Ranka, Domingos Simões Pereira, na sua transmissão em direto.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou hoje o que considera um acordo "verdadeiramente justo" com os Estados Unidos sobre a exploração dos recursos minerais da Ucrânia, depois de meses de negociações
Zelensky saúda acordo "verdadeiramente justo" com os Estados Unidos
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou hoje o que considera um acordo "verdadeiramente justo" com os Estados Unidos sobre a exploração dos recursos minerais da Ucrânia, depois de meses de negociações.
"O acordo mudou significativamente durante o processo de preparação. Agora é um acordo verdadeiramente justo que cria oportunidades para investimentos significativos na Ucrânia", afirmou Zelensky.
Nas mesmas declarações, Zelensky sublinhou que o documento não prevê a dívida inicial da Ucrânia aos Estados Unidos, como o Presidente norte-americano Donald Trump pretendia inicialmente, e visa criar um fundo "para investir na Ucrânia e ganhar dinheiro aqui".
O acordo firmado diz respeito à extração de minerais, petróleo e gás na Ucrânia, aos quais as empresas norte-americanas terão acesso.
O documento assinado entre Washington e Kyiv prevê também a criação de um "fundo de investimento para a reconstrução" da Ucrânia, mas não inclui garantias explícitas de uma futura assistência militar dos Estados Unidos.
Segundo a agência noticiosa norte-americana AP, os Estados Unidos pretendem aceder a mais de 20 matérias-primas da Ucrânia consideradas estrategicamente críticas para os seus interesses, incluindo o titânio, utilizado no fabrico de asas de aeronaves e outras indústrias aeroespaciais, e o urânio, que é utilizado na energia nuclear, equipamento médico e armas.
Uma versão anterior do texto devia ter sido assinada durante a visita de Zelensky à Casa Branca, no final de fevereiro, mas uma altercação sem precedentes com Trump em direto na Sala Oval precipitou a partida do líder ucraniano de Washington sem assinar o acordo.
Em paralelo decorrem negociações diplomáticas para encontrar uma solução para o conflito na Ucrânia, desencadeado pela Rússia há mais de três anos.
Washington forneceu à Ucrânia ajuda militar no valor de dezenas de milhares de milhões de dólares, durante a presidência do democrata Joe Biden (2021-2025), depois de a Rússia ter invadido o país em fevereiro de 2022.

1.º Maio: Centenas de trabalhadores de várias agências das Nações Unidas manifestaram-se hoje em frente à sede europeia da ONU para protestar contra os cortes de pessoal que muitas das organizações internacionais estão a sofrer.
© Michael M. Santiago/Getty Images Lusa 01/05/2025
1.º Maio. Trabalhadores da ONU manifestam-se contra cortes de pessoal
Centenas de trabalhadores de várias agências das Nações Unidas manifestaram-se hoje em frente à sede europeia da ONU para protestar contra os cortes de pessoal que muitas das organizações internacionais estão a sofrer.
Sob o lema "O pessoal da ONU não é mercadoria" e "Defendemos a humanidade", a manifestação contou com a participação da Public Services International (PSI), da Federação das Associações Internacionais de Funcionários Públicos (Ficsa) e do Comité Coordenador dos Sindicatos e Associações da ONU (Ccisua).
"Estamos numa situação muito difícil e infeliz, em que não são apenas os governos do mundo que estão a ser atacados, mas também a ONU e as suas agências", afirmou o secretário-geral da PSI, Daniel Bertossa, na manifestação de protesto.
Segundo a agência EFE, a situação está a ser agravada pela retirada de grande parte da ajuda do seu principal contribuinte, o governo dos Estados Unidos.
"Não somos uma mercadoria, mas seres humanos que têm direito a boas condições de trabalho e ao respeito pela nossa dignidade", acrescentou a presidente do sindicato dos trabalhadores da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Severine Deboos.
Muitas das agências da ONU já estavam a sofrer crises orçamentais antes da chegada de Donald Trump, mas o regresso à Casa Branca do Presidente dos Estados Unidos, com uma atitude hostil ao multilateralismo, exacerbou os problemas e causou graves cortes no pessoal.
Na sequência do corte drástico na ajuda dos EUA, a Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) e o Programa Alimentar Mundial (PAM) reduziram o pessoal em todo o mundo em cerca de 30%, enquanto a OIT cortou 10% dos seus postos de trabalho, de acordo com os organizadores da manifestação.
Outras agências, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a ONUSIDA e o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) também foram obrigados a reduzir milhares de postos de trabalho, enquanto o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) viu o seu orçamento diminuir em 20%.
"Não são apenas estatísticas, por detrás delas estão milhares de pessoas que levam ajuda humanitária, asseguram o acesso a água potável, alimentos e cuidados de saúde, protegem os refugiados e as pessoas deslocadas, mantêm as crianças na escola, previnem o trabalho forçado e defendem os direitos humanos", afirmaram as dirigentes da Ccisua e da Ficsa, Nathalie Meynet e Cristina Pierini.

Cerimônia da celebração do dia Internacional dos Trabalhadores 1 de Maio... sob o lema "União, Disciplina e Trabalho".

Estudo revela que trabalhadores são mais qualificados do que empregadores
No entanto, um quarto recebe o equivalente ao salário mínimo nacional
Os trabalhadores portugueses têm um nível de escolaridade mais elevado do que os empregadores, sendo que cerca de um quarto recebe o equivalente ao salário mínimo nacional, segundo um estudo da Pordata sobre o perfil do trabalhador em Portugal.
O número de trabalhadores em Portugal ascende a 5,1 milhões e, destes, a maior parte (34%) tem pelo menos o ensino superior. Esta percentagem compara com os 28% de empregadores que completaram este nível de ensino.
“No quadro da União Europeia, dos 23 países com dados disponíveis para 2024, Portugal é o país que tem maior proporção de empregadores sem escolaridade ou com o ensino básico no total dos empregadores”, refere o estudo.
A média da UE é, assim, de 16%, enquanto em Portugal se verifica um valor de 42% de empregadores com o menor nível de ensino, “percentagem ainda significativamente distante de Malta (34%), Espanha (32%) ou Itália (31%)”.
Em 10 anos (entre 2014 e 2024), refere ainda o estudo, registaram-se mais 700 mil trabalhadores com o ensino superior, o que traduz uma subida de 61,8% face a 2014, ano em que os que tinham este nível de ensino representavam 25%.
Entre os mais de cinco milhões de trabalhadores em Portugal, estão 302 mil de nacionalidade estrangeira, maioritariamente de países fora da UE27. Um número que quase triplicou em 10 anos, sendo mais 197 mil face a 2014.
Relativamente a remunerações, o retrato sobre o perfil do trabalhador português elaborado pela Pordata a propósito do 1.º de Maio, mostra que o salário médio anual em Portugal é o 9.º mais baixo dos países da União Europeia, sendo o salário médio em Espanha 30% mais elevado.
No topo desta lista dos salários médios surge o Luxemburgo (81.064 euros), seguido da Dinamarca (67.604 euros), sendo em Portugal de 22.293 euros – valor que supera a Letónia, Croácia, Polónia, Roménia, Grécia ou Hungria.
De referir que este valor foi calculado de forma a ter em conta, de forma ajustada, os trabalhadores a tempo parcial.
O estudo mostra ainda que um quarto dos trabalhadores recebe o salário mínimo nacional, sendo este o 10.º mais baixo dos 22 países com SMN (quando medido em paridades de poder de compra) e tendo já em conta o valor em vigor em 2025.
“Em duas décadas, Portugal foi ultrapassado pela Polónia, Lituânia e Roménia”, lê-se no mesmo documento que detalha que cerca de um em cada quatro trabalhadores em Portugal (22,8%) tinham um salário base equivalente ao SMN, em 2022.
A proporção de trabalhadores a receber o SMN era, naquele ano, mais elevada entre as mulheres (27,1%), os jovens (36,1%), aqueles com escolaridade até ao ensino básico (32,9%) e os trabalhadores de nacionalidade estrangeira (38,0%).
O estuado adianta ainda que, entre 2019 e 2023, o salário médio em Portugal, em termos nominais, registou um aumento de 24%, sendo que, no mesmo período, os preços das casas aumentaram 45%, segundo o Índice de Preços da Habitação. No conjunto da UE, o aumento destes dois indicadores, foi de 16% e de 23%, respetivamente.
No que diz respeito ao tecido empresarial, o documento refere que as pequenas empresas são a maioria no país, mas empregam apenas 44% dos trabalhadores.
Já as grandes empresas são responsáveis por mais de um milhão de empregos - tendo estas registado nos dois últimos anos um crescimento de 14% do pessoal ao serviço.

Já foram colocados militares e para militares, inspectores e fiscais em 35 postos fronteiriços, para travar o contrabando da castanha de caju. O Ministro do Comércio e Indústria, Orlando Mendes Viegas afrente de uma delegação, continua a sensibilizar os agentes a nivel da fronteira sobre a importância da fiscalização para economia do país.

Polvo duplica tentáculo ferido e utiliza ambos de forma independente
© Reuters Lusa 01/05/2025
Um polvo residente nas águas de Ibiza conseguiu uma regeneração invulgar de um dos tentáculos, dividido em dois após um ataque em que perdeu vários membros, e agora usa-o como se fossem dois tentáculos independentes, para tarefas diferentes.
Embora existam mais casos de bifurcação de tentáculos em polvos, este é o primeiro estudo a documentar como estes tentáculos regenerados e bifurcados são utilizados na natureza, de acordo com Jorge Hernández-Urcera, coautor desta investigação do Instituto de Investigação Marinha (IIM) e do Centro Oceanográfico Balear do Instituto Espanhol de Oceanografia (IEO), ambos do CSIC.
Após cinco meses a acompanhar Salvador nas águas de Ibiza, os cientistas confirmaram o uso diferenciado e adaptativo dos seus tentáculos bifurcados e regenerados, de acordo com uma nota do IEO citada na quarta-feira pela agência Efe.
Este 'Octopus vulgaris' (polvo-comum) macho, mostrou sinais de ter sobrevivido a um ataque no qual perdeu vários membros.
Durante a regeneração, um dos tentáculos bifurcou e gerou dois apêndices separados que cresceram com o tempo e começaram a ser utilizados de formas especializadas, um mais frequentemente para alimentação e o outro para comportamentos exploratórios, sugerindo uma adaptação progressiva e específica, de acordo com os investigadores.
Os cientistas observaram também uma menor utilização dos tentáculos afetados em comportamentos de risco, o que pode indicar uma forma de memória de dor ou aprendizagem experiencial.
"Estes padrões não só confirmam a capacidade de adaptação comportamental dos polvos, como também levantam questões sobre a forma como o seu sistema nervoso integra novos membros", sublinhou o IEO, destacando ainda "a surpreendente plasticidade motora do polvo, mesmo perante alterações morfológicas extremas", uma vez que utiliza os seus novos tentáculos individualmente.
"O facto de este polvo ter adaptado o seu comportamento e reorganizado o uso dos tentáculos de forma funcional sugere mecanismos neurais complexos que podem inspirar novas aplicações na robótica, neurociência e medicina regenerativa", acrescentou Miguel Cabanellas-Reboredo, investigador do IEO nas ilhas Baleares.
Os polvos são organismos com vida curta, mas têm uma capacidade de regeneração e adaptação notável, pelo que estudos como este podem ajudar a compreender como outros sistemas biológicos lidam com as lesões e a recuperação.
O caso de Salvador abre novos caminhos de investigação sobre a neurogénese em apêndices regenerados e como os sistemas nervosos central e periférico se reorganizam em resposta a estas anormalidades.
"Embora o estudo se baseie num único indivíduo, a sua raridade e o nível de detalhe obtido tornam-no um elemento-chave para futuras pesquisas sobre comportamento, regeneração e controlo motor em organismos marinhos", sublinhou Sam E. Soule, primeiro autor do artigo.

As autoridades indianas anunciaram o encerramento do espaço aéreo do país às aeronaves paquistanesas, em resposta a igual medida de Islamabad na sequência das tensões bilateais após um atentado na região indiana de Caxemira.
Por LUSA 01/05/2025
Índia fecha espaço aéreo a aeronaves paquistanesas
As autoridades indianas anunciaram o encerramento do espaço aéreo do país às aeronaves paquistanesas, em resposta a igual medida de Islamabad na sequência das tensões bilateais após um atentado na região indiana de Caxemira.
O Governo indiano disse na quarta-feira em comunicado aos operadores de companhias aéreas que o espaço aéreo do país está fechado a aeronaves registadas ou alugadas pelo Paquistão, "incluindo voos militares", até 23 de maio.
O Paquistão fechou o seu espaço aéreo às aeronaves indianas a 24 de abril.
A 22 de abril, vários homens armados mataram a tiro 26 pessoas na cidade turística de Pahalgam, na parte de Caxemira administrada pela Índia, o atentado mais mortífero em mais de 20 anos contra civis nesta região de maioria muçulmana.
Nova Deli acusou imediatamente Islamabad pelo atentado, que não foi reivindicado.
As duas potências nucleares estão desde então em pé de guerra: os respetivos Governos multiplicaram as sanções diplomáticas recíprocas e os cidadãos foram convidados a abandonar até terça-feira o território do país vizinho.
Os dois adversários partilham mais de 2.900 quilómetros de fronteira terrestre.
O Governo paquistanês afirmou na terça-feira ter "informações credíveis" de que a Índia planeia um ataque militar iminente em resposta ao recente atentado em Caxemira e prometeu uma "resposta decisiva" ao mesmo.
"O Paquistão tem informações credíveis de que a Índia pretende lançar um ataque militar nas próximas 24 a 36 horas, usando o incidente de Pahalgam como pretexto", disse o ministro da Informação do Paquistão, Attaullah Tarar.
"Qualquer agressão será recebida com uma resposta decisiva. A Índia será totalmente responsável por quaisquer consequências graves na região", acrescentou em comunicado.
Também na terça-feira, o chefe do governo indiano, Narendra Modi, garantiu ao Exército "liberdade operacional" para responder como quiser ao ataque que matou 26 pessoas na Caxemira indiana, indicou uma fonte governamental.
Numa reunião com os seus chefes de Estado-Maior, Modi repetiu que o seu país está "determinado a infligir um golpe decisivo ao terrorismo", declarou a fonte governamental que solicitou o anonimato, citada pela agência de notícias francesa AFP.
O Exército paquistanês anunciou ter discutido na terça-feira com o Exército indiano, no telefonema semanal, os disparos noturnos ocorridos nos últimos seis dias em Caxemira, onde as tensões aumentaram entre as duas potências nucleares.
"Discutimos as violações ao cessar-fogo" ao longo da Linha de Controlo (LoC), a fronteira 'de facto' no território em disputa, declarou o porta-voz do Exército do Paquistão, o tenente-general Ahmed Chaudhry.
A parte indiana de Caxemira é palco de uma rebelião separatista iniciada em 1989 que já fez dezenas de milhares de mortos entre rebeldes, soldados indianos e civis.
Os dois países acusam-se mutuamente de apoiar grupos armados do outro lado da fronteira.
Caxemira foi dividida entre a Índia e o Paquistão quando estes se tornaram Estados independentes, em 1947. Mas os dois adversários continuam desde então a reivindicar total soberania sobre a região.
Desde o cessar-fogo que pôs fim à primeira guerra, em 1949, as tropas indianas e paquistanesas têm-se enfrentado ao longo dos 770 quilómetros da LoC que divide Caxemira em duas, desde os picos nevados dos Himalaias até às planícies férteis do Punjab.
A Índia - o país mais populoso do mundo, com 1,4 mil milhões de habitantes - e o Paquistão - com 240 milhões - possuem ambos armas nucleares e Forças Armadas poderosas.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, pediu quarta-feira ao Paquistão que condene o atentado na região indiana de Caxemira e coopere com a investigação ao mesmo, além de exercer moderação nas tensões com a Índia.
Segundo a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Tammy Bruce, Rubio discutiu num telefonema com o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, "a necessidade de condenar o ataque terrorista de 22 de abril em Pahalgam", na Caxemira controlada pela Índia.
Numa chamada telefónica separada com o ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, Subrahmanyam Jaishankar, Rubio manifestou solidariedade e apelou à moderação da Índia.
Leia Também: Forças militares de Índia e Paquistão envolvidas em conflito em Caxemira

quarta-feira, 30 de abril de 2025
EUA alargam motivos para retirar estatuto legal a estudantes estrangeiros... A nova orientação permite revogar o estatuto dos estudantes se os seus nomes aparecerem numa base de dados criminal ou de impressões digitais de uma forma que não era permitida no passado, disse Charles Kuck, um advogado de imigração de Atlanta que interpôs uma ação judicial em nome de 133 pessoas nos EUA com vistos de estudante que perderam o seu estatuto legal.
© Shutterstock Lusa 30/04/2025
O governo norte-americano está a alargar os motivos pelos quais os estudantes estrangeiros podem perder o estatuto legal, quando milhares estão sob escrutínio e alguns enfrentam deportações.
Os advogados dos estudantes internacionais dizem que os novos motivos permitem deportações mais rápidas e servem para justificar muitas das ações que o governo está a tomar para cancelar a permissão de estudantes estrangeiros para estudar no país.
Depois de perderem subitamente o seu estatuto legal nas últimas semanas, com poucas ou nenhumas explicações, estudantes de todo o país apresentaram ações judiciais em tribunais federais.
Em muitos casos, os juízes tomaram decisões preliminares assumindo que o governo agiu sem o devido processo legal.
O governo disse depois que iria emitir novas diretrizes para cancelar o estatuto legal de um estudante.
Um documento do Serviço de Imigração e Alfândegas (ICE, na sigla em inglês) partilhado na segunda-feira num processo judicial dizia que os motivos válidos incluem agora a revogação dos vistos que os estudantes usaram para entrar nos EUA.
No passado, se fosse revogado o visto de um estudante, este podia geralmente permanecer nos EUA para terminar os estudos, mas se saíssem do país não conseguiria reentrar.
"Isto apenas deu carta branca para que o Departamento de Estado revogasse o visto e depois deportasse estes estudantes, mesmo que não tenham feito nada de errado", disse à AP Brad Banias, advogado de imigração que representa um estudante que perdeu o seu estatuto.
Este aluno já foi acusado de uma infração de trânsito, que apareceu numa base de dados policial pesquisada pelas autoridades de imigração.
Banias disse que as novas diretrizes expandem enormemente a autoridade do ICE para além da sua política anterior, que não considerava a revogação do visto como motivo para retirar a permissão de um estudante para estar no país.
A nova orientação permite revogar o estatuto dos estudantes se os seus nomes aparecerem numa base de dados criminal ou de impressões digitais de uma forma que não era permitida no passado, disse Charles Kuck, um advogado de imigração de Atlanta que interpôs uma ação judicial em nome de 133 pessoas nos EUA com vistos de estudante que perderam o seu estatuto legal.
"Basicamente, estão a tentar encobrir o que já fizeram de mau, tornando aceitável a coisa má que fizeram", disse Kuck à agência AP.
Muitos dos estudantes que tiveram os seus vistos revogados ou perderam o seu estatuto legal disseram que tinham apenas infrações menores nos seus registos, incluindo infrações de trânsito.
Os advogados do governo forneceram algumas explicações numa audiência na terça-feira no caso do cliente de Banias, Akshar Patel, um estudante estrangeiro no Texas.
O estatuto de Patel foi revogado e depois restabelecido este mês, impedindo que fosse deportado.
Nos autos do processo e na audiência, as autoridades do Departamento de Segurança Interna (DHS) disseram ter verificado os nomes dos titulares de vistos de estudante no Centro Nacional de Informação Criminal, uma base de dados gerida pelo FBI que contém grandes quantidades de informações relacionadas com o crime.
Enquanto o DHS revogava o estatuto legal dos estudantes, o Departamento de Estado cancelava os vistos que alguns estudantes utilizavam para entrar no país.
No total, cerca de 6.400 alunos foram identificados na pesquisa na base de dados, disse a juíza distrital dos EUA Ana Reyes numa audiência na terça-feira.
Um dos alunos era Patel, que foi mandado parar e acusado de condução imprudente em 2018. A acusação acabou por ser retirada --- informação que também está na base de dados.
Reyes disse que o curto período de tempo sugere que ninguém reviu os registos individualmente para descobrir por que razão os nomes dos alunos estavam na base de dados.
"Tudo isto poderia ter sido evitado se alguém tivesse agido", disse Reyes, que foi nomeado pelo presidente Joe Biden. Ela disse que o governo demonstrou "uma total falta de preocupação com os indivíduos que chegaram a este país".

EUA e Ucrânia chegam a acordo sobre minerais, avança a Bloomberg... Recorde-se que era esperado que os Estados Unidos e a Ucrânia assinassem o acordo esta quarta-feira.
© Getty Images Notícias ao Minuto 30/04/2025
Os Estados Unidos e a Ucrânia assinaram o acordo sobre o acesso aos minerais ucranianos, esta quarta-feira, informou a agência de notícias Bloomberg.
O acordo vai providenciar ao Estados Unidos o acesso privilegiado a novos projetos de investimento que permitam desenvolver os recursos naturais da Ucrânia, incluindo o alumínio, grafite, petróleo e gás natural.
O Departamento do Tesouro norte-americano confirmou o acordo, que criará um "fundo de investimento para a reconstrução", após semanas de negociações bilaterais sobre o acesso aos recursos naturais ucranianos.
Num vídeo publicado no X, o secretário norte-americano do Tesouro, Scott Bessent, adiantou que "esta parceria permite aos Estados Unidos investir em conjunto com a Ucrânia, desbloquear os ativos de crescimento da Ucrânia, mobilizar talentos, capital e padrões de governação americanos que irão melhorar o clima de investimento da Ucrânia e acelerar a recuperação económica do país".
A ministra da Economia da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, confirmou à Associated Press (AP) que o acordo foi assinado em Washington.
Numa publicação no X, Svyrydenko disse que Kyiv está a criar com os Estados Unidos "o Fundo que atrairá investimento global para o país".
"O documento na sua forma atual é uma garantia de sucesso para ambos os países", garantindo ainda que Kyiv mantém "a propriedade e o controlo totais" dos seus recursos naturais, adiantou Svyrydenko.
Segundo a agência AP, os EUA pretendem aceder a mais de 20 matérias-primas da Ucrânia consideradas estrategicamente críticas para os seus interesses, incluindo o titânio, utilizado no fabrico de asas de aeronaves e outras indústrias aeroespaciais, e o urânio, que é utilizado na energia nuclear, equipamento médico e armas.
"Em reconhecimento do significativo apoio financeiro e material que o povo dos Estados Unidos forneceu à Ucrânia desde a invasão da Rússia, esta parceria económica posiciona os nossos dois países para colaborar e investir em conjunto para garantir que os nossos ativos, talentos e capacidades possam acelerar a reconstrução económica da Ucrânia", refere o Departamento do Tesouro norte-americano em comunicado.
Washington forneceu à Ucrânia ajuda militar no valor de dezenas de milhares de milhões de dólares, durante a presidência do democrata Joe Biden (2021-2025), depois de a Rússia ter invadido o país em fevereiro de 2022.
O projeto de acordo esteve durante semanas no centro de tensões entre Kyiv e Washington, cujo apoio é essencial à Ucrânia.
O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, declarou hoje após uma reunião do Governo Trump que os Estados Unidos estavam prontos para assinar o acordo sobre minerais, detalhando que os ucranianos "decidiram [na terça-feira] à noite fazer algumas alterações de última hora".
Questionado sobre as alterações, o secretário do Tesouro respondeu: "Nada foi retirado. É o mesmo acordo que alcançámos este fim de semana. Não há alterações da nossa parte".
Por sua vez, o Presidente norte-americano, Donald Trump, reiterou que os Estados Unidos queriam algo em troca "dos seus esforços" em relação à Ucrânia.
"E nós dissemos: as terras raras. Eles têm terras raras muito boas", acrescentou.
"Concluímos um acordo que garante o nosso dinheiro e nos permite começar a escavar e a fazer o que precisamos de fazer", prosseguiu Trump, sublinhando que "também é bom para eles porque haverá uma presença norte-americana" na Ucrânia.
Uma versão anterior do texto devia ter sido assinada durante a visita do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, à Casa Branca, no final de fevereiro, mas a altercação sem precedentes com Trump em direto da Sala Oval precipitou a partida sem assinar o acordo.
Uma nova versão, proposta por Washington em março, foi considerada pelos deputados e pela comunicação social ucranianos muito desfavorável.
No decurso das negociações, esse documento foi transformado numa versão mais aceitável para Kyiv, segundo responsáveis ucranianos.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

DIREÇÃO DO HOSPITAL REGIONAL DE BAFATÁ COM DÍVIDA QUE SUPERA OS 20 MILHÕES DE FRANCOS CFA
Por Rádio Sol Mansi
A atual direção do Hospital Regional de Bafatá denuncia ter herdado uma dívida superior a 20 milhões de francos CFA, acumulada pela anterior gestão, que esteve à frente da instituição durante 11 meses.
Em entrevista exclusiva à Rádio Sol Mansi, a diretora do hospital, Ndafa Binalu, revelou que a situação financeira da unidade é crítica e afeta diretamente a missão de salvar vidas humanas. “Encontrámos muitas lacunas na parte financeira, o que poderia ter sido evitado”, afirmou.
Segundo Binalu, o hospital enfrenta atualmente os seus piores momentos financeiros, operando com limitações significativas. A responsável sublinhou que estas dificuldades comprometem o funcionamento normal do hospital.
Este caso soma-se a um outro escândalo de desvio de fundos ocorrido há quatro anos, também no mês de abril, quando foi denunciado o desaparecimento de mais de 100 milhões de francos CFA. O então ministro da Saúde Pública esteve envolvido na denúncia, e o caso continua a gerar constrangimentos no funcionamento não só do Hospital Regional de Bafatá, como também de outras regiões.
Confira o vídeo 👈.

Lisboa aprova consulta pública do plano para integrar migrantes
© Lusa 30/04/2025
A Câmara de Lisboa decidiu esta quarta-feira submeter a consulta pública os projetos do IV Plano Municipal para a Integração de Migrantes 2024-2027 e do Programa Municipal para a Educação Antirracista, Intercultural e para os Direitos Humanos.
Em reunião privada do executivo municipal, a proposta relativa ao projeto do IV Plano Municipal para a Integração de Migrantes de Lisboa (PMIML) foi aprovada com a abstenção de BE, PCP, Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) e Livre, e os votos a favor de PS e da liderança PSD/CDS-PP.
Subscrita pela vereadora dos Direitos Humanos e Sociais, Sofia Athayde (CDS-PP), o documento a ser submetido a consulta pública, por um período de 30 dias úteis, para recolha de contributos e sugestões, refere que a elaboração do novo PMIML surge do cumprimento do Plano Nacional de Implementação do Pacto Global das Migrações, do Plano de Ação para as Migrações e do Pacto Europeu em matéria de asilo e migração.
Estes três documentos, de âmbito nacional, europeu e mundial, "enquadram as políticas públicas municipais ao nível das migrações e interculturalidade", explica Sofia Athayde.
Também as Grandes Opções do Plano 2024-2028 da cidade de Lisboa incluem como medidas "promover, apoiar e participar em programas e iniciativas de integração das comunidades imigrantes, refugiados e requerentes de asilo, minorias étnicas, culturais e religiosas", assim como "fortalecer as associações, instituições e comunidades", e "reativar o Conselho Municipal da Interculturalidade e Cidadania -- CMIC".
Para a elaboração deste novo plano, foi feito pelo Instituto de Geografia do Ordenamento do Território -- IGOT o diagnóstico sociodemográfico, síntese da população migrante de Lisboa, lê-se na proposta, sem adiantar mais informação.
Apesar de votar a favor, sobretudo para que o plano possa entrar em vigor "o mais brevemente possível", a vereação do PS criticou a demora de "quase três anos" na apresentação do PMIML 2024-2027 por parte da liderança PSD/CDS-PP, sob presidência do social-democrata Carlos Moedas.
Os socialistas criticam ainda a ausência de informação sobre o grau de execução do anterior plano, o que não permite concluir o que já foi implementado, referindo que também não há um orçamento nem calendarização para as medidas.
"Faltam medidas essenciais que até já foram aprovadas, como campanhas para o recenseamento eleitoral dos migrantes e o Conselho Municipal para a Interculturalidade, que neste mandato só reuniu uma vez, não foi auscultado", apontou o PS, esperando que a fase de consulta pública permita corrigir falhas.
O Livre adiantou que o plano apresenta 66 medidas divididas por três eixos, mas, entre elas, "não há uma única que represente um verdadeiro investimento municipal em habitação para migrantes", avisando que "sem garantir o direito à habitação, não há integração possível".
O BE acusou Carlos Moedas de fazer "uma política de costas voltadas para as pessoas migrantes", por ter apresentado o plano sem aprovação do CMIC, crítica também subscrita pelos Cidadãos Por Lisboa, a que se juntam as preocupações com a ausência de cronograma e orçamento para a concretização do plano.
Para o PCP, o plano para integração de migrantes, assim como o Programa Municipal para a Educação Antirracista, Intercultural e para os Direitos Humanos, "pecam por já vir tarde, uma vez que o início do processo, remete para deliberações de 2022 e 2023".
A proposta de submeter a consulta pública o Programa Municipal para a Educação Antirracista, Intercultural e para os Direitos Humanos, subscrita por PSD/CDS-PP e pela vereação dos Cidadãos Por Lisboa (CPL), foi aprovada por unanimidade.
Lembrando que a proposta surge no seguimento da sua iniciativa, apresentada em julho de 2022, os CPL reforçaram que este programa "vai proporcionar às escolas de Lisboa projetos e ações de formação no terreno, já com maturidade e capacidade de replicação", entre eles está a iniciativa "Com uma mala na mão contra a discriminação", da Escola EB 1 do Castelo.

África: Mais de 500 mil crianças com menos de cinco anos morrem anualmente em África de doenças evitáveis, como o sarampo e a poliomielite, por falta de vacinas, anunciou esta quarta-feira a agência de saúde pública da União Africana (UA).
© Lusa 30/04/2025
Meio milhão de crianças morrem anualmente em África por falta de vacinas
Mais de 500 mil crianças com menos de cinco anos morrem anualmente em África de doenças evitáveis, como o sarampo e a poliomielite, por falta de vacinas, anunciou esta quarta-feira a agência de saúde pública da União Africana (UA).
"Apesar do poder comprovado das vacinas para salvar vidas, mais de 500 mil crianças com menos de cinco anos ainda morrem todos os anos em África devido a doenças evitáveis como o sarampo, a difteria, o tétano, a poliomielite e a tosse convulsa, doenças que foram quase erradicadas em grande parte do mundo", afirmou o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África) num comunicado.
"O financiamento nacional limitado da saúde, a desconfiança em relação às vacinas, a instabilidade política e a dificuldade de acesso às comunidades remotas" são alguns dos fatores que impedem milhões de crianças no continente de ter acesso às vacinas.
De acordo com o CDC África, em 2023, apenas 16 países africanos excederam 90% de cobertura para as vacinas infantis essenciais, como a terceira dose para a difteria, o tétano e a tosse convulsa ou a primeira dose para o sarampo.
De facto, nesse ano, o número de "crianças não vacinadas" (que não receberam nenhuma vacina) atingiu 7,9 milhões, um aumento de 16% em relação a 2019.
"Estes números refletem o impacto prolongado da covid-19, as iniquidades no acesso à saúde e as fragilidades de todo o sistema", referiu a agência.
Países como a Nigéria, a República Democrática do Congo, o Sudão do Sul, a Etiópia e o Zimbabué continuam a ter elevadas taxas de mortalidade por doenças que poderiam ser evitadas se tivessem as vacinas necessárias.
Estas doenças também custam a África um valor estimado em 13 mil milhões de dólares (mais de 11,4 mil milhões de euros) por ano, colocando mais pressão sobre os sistemas de saúde e abrandando o desenvolvimento económico.
"Atualmente, África produz menos de 1% das vacinas que utiliza. Estamos empenhados em mudar este desafio. O nosso objetivo é produzir localmente 60% das vacinas utilizadas em África até 2040", afirmou o diretor-geral do CDC África, John Kaseya.
A este respeito, a organização observou que, até 2024, 25 projetos estavam em curso para fabricar vacinas em África, enquanto oito antigénios deverão ser pré-qualificados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e estar prontos para o mercado entre 2025 e 2030.

Caxemira: Soldados indianos e paquistaneses estão há várias noites envolvidos em fogo cruzado na fronteira dos respetivos países na região de Caxemira, após um atentado que fez 26 mortos no lado indiano deste território disputado.
© TAUSEEF MUSTAFA/AFP via Getty Images Lusa 30/04/2025
Forças militares de Índia e Paquistão envolvidas em conflito em
Soldados indianos e paquistaneses estão há várias noites envolvidos em fogo cruzado na fronteira dos respetivos países na região de Caxemira, após um atentado que fez 26 mortos no lado indiano deste território disputado.
A 22 de abril, vários homens armados mataram a tiro 26 pessoas na cidade turística de Pahalgam, na parte de Caxemira administrada pela Índia.
Antes mesmo de qualquer reivindicação, Nova Deli responsabilizou Islamabad pelo atentado, o mais mortífero em mais de 20 anos contra civis nesta região de maioria muçulmana.
O Paquistão negou imediatamente qualquer envolvimento e exigiu a realização de um "inquérito neutro".
As duas potências nucleares estão desde então em pé de guerra: os respetivos Governos multiplicaram as sanções diplomáticas recíprocas e os cidadãos foram convidados a abandonar até terça-feira o território do país vizinho.
Islamabad afirmou esperar um ataque militar de retaliação indiana dentro de dois dias, acrescentando estar pronto para responder.
Os dois adversários partilham mais de 2.900 quilómetros de fronteira terrestre.
Caxemira foi dividida entre a Índia e o Paquistão quando estes se tornaram Estados independentes, em 1947. Mas os dois adversários continuam desde então a reivindicar total soberania sobre a região de maioria muçulmana.
Desde o cessar-fogo que pôs fim à primeira guerra, em 1949, as tropas indianas e paquistanesas têm-se enfrentado ao longo dos 770 quilómetros da "linha de controlo" (LoC) que divide Caxemira em duas, desde os picos nevados dos Himalaias até às planícies férteis do Punjab.
A parte indiana de Caxemira é palco de uma rebelião separatista iniciada em 1989 que já fez dezenas de milhares de mortos entre rebeldes, soldados indianos e civis.
Os dois países acusam-se mutuamente de apoiar grupos armados do outro lado da fronteira.
A Índia - o país mais populoso do mundo, com 1,4 mil milhões de habitantes - e o Paquistão - com 240 milhões - possuem ambos armas nucleares e Forças Armadas poderosas.
As Forças Armadas do Paquistão estão em grande parte equipadas com material militar chinês e também com 'drones' (aeronaves não-tripuladas) turcos.
A Índia é o maior importador de armas do mundo, segundo o Instituto Internacional de Investigação para a Paz, de Estocolmo.
Durante muito tempo, abasteceu-se de armamento junto da Rússia, mas entretanto diversificou os fornecedores, recorrendo aos Estados Unidos, a França e a Israel.
Ambos os países aumentaram as capacidades militares desde o último grande incidente armado entre os dois, em 2019, na sequência de um ataque suicida a uma coluna militar indiana.
Eis o nível das forças, de acordo com as estatísticas do Instituto Internacional para os Estudos Estratégicos (IISS), com sede em Londres:
Paquistão
Efetivos militares: 660.000
Polícia e paramilitares: 291.000
Orçamento da Defesa 2025: 10 mil milhões de dólares (8,79 mil milhões de euros)
Poder nuclear: O Paquistão dispõe de mísseis nucleares terra-terra e ar-terra de curto e médio alcance. Pretende adquirir submarinos com capacidade de lançar ogivas nucleares.
Aviões: 812
Helicópteros: 322
Veículos blindados: 6.137
Peças de artilharia: 4.619
Índia
Efetivos militares: 1.475.000
Polícia e paramilitares: 1.616.000
Orçamento da Defesa 2025: 81 mil milhões de dólares (71,3 mil milhões de euros)
Poder nuclear: Sobretudo mísseis terra-terra de alcance intermédio. Estão atualmente a ser testados mísseis de longo alcance. A existência de mísseis ar-terra com ogivas nucleares não foi confirmada. A Índia está também a desenvolver forças submarinas com capacidade para lançar ogivas nucleares.
Aviões: 1.437
Helicópteros: 995
Veículos blindados: 7.074
Peças de artilharia: 11.225.

𝐂𝐎𝐌𝐔𝐍𝐈𝐂𝐀𝐃𝐎 À 𝐈𝐌𝐏𝐑𝐄𝐍𝐒𝐀
LGDH - Liga Guineense dos Direitos Humanos
A Liga Guineense dos Direitos Humanos acompanha com bastante apreensão, os recentes casos de violações dos direitos humanos e de tentativa de restrição ao espaço de intervenção das organizações da sociedade civil da Guiné-Bissau, nomeadamente:
1. A detenção ilegal do cidadão Alexandre da Costa, militante do Partido dos Trabalhadores da Guiné (PTG), desde o dia 16 de abril de 2024, por três agentes da polícia à paisana em sua casa sita no Bairro de Bôr, donde foi conduzido através de um táxi para as instalações do Ministério do Interior;
2. A privação arbitrária de liberdade a 5 cidadãos, dentre os quais mulheres e ativistas ambientais pelo suposto envolvimento no fogo posto numa máquina de extração de minerais, em Varela;
3. Ameaça e intimidação ao Deputado Bamba Banjai, quem por via de uma denuncia, fez saber que a sua residência foi invadida duas vezes, nos dias 27 e 28 de Abril de 2025, por um grupo de homens armados e não identificados sem um motivo aparente.
Estes e demais casos de violações dos direitos humanos, intimidação e privação arbitrária de liberdade, agravados pela tentativa de coerção às organizações da sociedade civil, evidenciam inequivocamente a degradação dos indicadores dos direitos humanos na Guiné-Bissau.Aliás, esta nossa observação corresponde à recente declaração pública da Liz Throssell Porta-Voz da ONU para direitos humanos, segundo a qual a Guiné-Bissau regista “numerosas alegações de intimidação, assédio e, em alguns casos, prisões e detenções arbitrárias de defensores dos direitos humanos e do ambiente, jornalistas e sindicalistas”.
Perante o agravamento do contexto nocivo e prejudicial ao livre exercício dos direitos e liberdades fundamentais pelos cidadãos, a Direção Nacional da LGDH delibera o seguinte:
1. Condenar severamente todos os casos de detenção arbitraria, perseguição e intimidação aos cidadãos, com especial destaque para os recentes casos de detenção ilegal do Sr. Alexandre da Costa e a suposta invasão da residência do Deputado Bamba Banjai do MADEM- G15;
2. Exigir mais uma vez do Ministério do Interior, a libertação imediata e incondicional do ativista político Alexandre da Costa;
3. Exortar as forças de segurança, no sentido de adequarem a sua conduta aos ditames da lei, abstendo-se comportamentos capazes de pôr em causa os princípios do Estado de Direito;
4. Congratular-se com a declaração pública das Nações Unidas emitida, em 29 de Abril de 2025, que confirma a indubitável degradação da situação dos direitos humanos na Guiné-Bissau. 5. Reafirmar a sua inabalável determinação de continuar a promover, proteger os direitos e defender os valores e princípios de Estado de Direito no País.
Pela Paz, justiça e Direitos Humanos
Feito em Bissau, 30 dias do mês de Abril de 2025
A Direção Nacional
Para aceder a versão digital, vide o link em baixo:
https://drive.google.com/.../1z.../view...

O Presidente da República, chega a Brazzaville para uma visita de amizade e de trabalho de 72 horas. À sua chegada, foi calorosamente recebido pelo Primeiro-Ministro da República do Congo, Anatole Collinet Makosso, e manteve igualmente um encontro com o seu homólogo congolês, Denis Sassou-Nguesso.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, afastou os nomeados pelo ex-Presidente Joe Biden para o Conselho Memorial do Holocausto dos Estados Unidos, incluindo Doug Emhoff, marido da ex-vice-Presidente Kamala Harris.
© REUTERS/Kevin Mohatt Lusa 30/04/2025
Trump afasta do Conselho Memorial do Holocausto próximos de Joe Biden
O Presidente norte-americano, Donald Trump, afastou os nomeados pelo ex-Presidente Joe Biden para o Conselho Memorial do Holocausto dos Estados Unidos, incluindo Doug Emhoff, marido da ex-vice-Presidente Kamala Harris.
Emhoff, que é judeu e liderou os esforços da administração democrata de Biden para combater o antissemitismo, criticou a decisão de Trump, dizendo que "a memória e a educação do Holocausto nunca devem ser politizadas".
"Transformar uma das piores atrocidades da história numa questão polémica é perigoso --- e desonra a memória de seis milhões de judeus assassinados pelos nazis, que este museu foi criado para preservar", adiantou.
Outros demitidos juntamente com Emhoff incluem o ex-chefe de gabinete de Biden, Ron Klain, e a ex-assessora de política interna Susan Rice.
O Conselho Memorial do Holocausto dos Estados Unidos foi criado pelo Congresso em 1980 para preservar a memória do Holocausto e angariar fundos privados para construir um Museu, inaugurado em 1993.
Segundo o site da entidade, o Conselho tornou-se depois o conselho administrativo do Museu, independente do governo e que opera como uma parceria público-privada que recebe financiamento federal para apoiar as operações do edifício.
O Conselho, que se reúne duas vezes por ano, é composto por 55 membros nomeados pelo Presidente, para além de cinco membros do Senado e da Câmara dos Representantes e três membros dos Departamentos de Educação, Interior e Estado.
As nomeações presidenciais têm a duração de cinco anos, enquanto os mandatos de 11 membros expiram todos os anos, segundo o site.
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Depois de Burundi, o Presidente da República visita os seus homólogos da Ruanda Paulo Kagame e Félix Tshisekedi da RDC, dois países cujas relações são marcadas por conflitos.
O General Umaro Sissoco Embaló tenta influenciar as partes para sentar-se a mesa e, negociar a paz.
Durante a visita, o Presidente Embalo foi condecorado com Grande Coordenador na Ordem Nacional dos Heróis Kabila-Lumumba e nomeado Grão- Chanceler das Ordens Nacionais, em reconhecimento ao seu compromisso com o pan-africanismo e a paz na África.
Veja Também: O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, foi recebido pelo Presidente Paul Kagame, no Palácio Presidencial de Urugwiro.
