Por Tuti Vitoria Iyere |
sábado, 17 de agosto de 2024
ABERTURA OFICIAL DO PRIMEIRO CONGRESSO EXTRAORDINÁRIO DO MADEM-G15, SOB O LEMA "JUNTOS PARA A RENOVAÇÃO E DEMOCRATIZAÇÃO DO PARTIDO".
Leopold Sedar Domingos fez uma transmissão ao vivo com Doka Ogiva... Toda verdade 👀...
Forças ucranianas deixam rasto de destruição até cidade russa de Sudzha
© OLGA MALTSEVA/AFP via Getty Images
Por Lusa 16/08/24
A incursão das forças ucranianas em território russo deixou um rasto de destruição até Sudzha, a maior cidade conquistada até agora na região de Kursk e que fica perto da fronteira com a Ucrânia.
As janelas de um edifício administrativo foram destruídas e a sua fachada amarela brilhante ficou queimada e marcada por buracos de balas, noticiou a agência Associated Press (AP), que viajou até ao local a convite do Governo ucraniano.
Num outro exemplo, o fogo de artilharia destruiu uma estátua do fundador soviético Vladimir Lenine. Pelo caminho até à cidade, e ao longo da estrada, a relva está repleta de escombros, incluindo um tanque queimado.
As fotos e vídeos que a AP publicou foram revistos pelo Ministério da Defesa ucraniano, como é procedimento padrão nestas viagens, acrescentou a agência de notícias.
A operação surpresa em solo russo, iniciada na semana passada, tem permitido às forças ucranianas conquistar localidades russas, umas atrás das outras.
Até agora, os militares da Rússia têm lutado para montar uma resposta eficaz ao ataque à sua região de Kursk, a primeira incursão terrestre que a Rússia sofre desde a II Guerra Mundial.
A dez quilómetros da fronteira, esta é a maior cidade a cair nas mãos de Kyiv desde o início da incursão, em 06 de agosto.
A incursão ajudou a redesenhar o conflito, levando à retirada de mais de 120 mil civis, segundo a Rússia, e à captura de pelo menos 100 soldados russos, segundo Kyiv.
É amplamente visto como um grande impulso moral para um país e um Exército que luta para resistir aos constantes avanços russos mais de dois anos depois de Moscovo ter enviado tropas para a Ucrânia.
Mas o objetivo da operação Kursk permanece pouco claro, incluindo saber durante quanto tempo a Ucrânia está disposta a manter o território russo e com que fim.
O presidente ucraniano, Volodomir Zelensky, e o comandante-chefe das Forças Armadas ucranianas, Oleksandr Sirski, destacaram hoje que a captura de soldados russos favorece numa nova troca de prisioneiros.
As autoridades e os soldados ucranianos realçaram também que desviar as reservas russas dos principais campos de batalha no leste da Ucrânia é um objetivo mínimo da ofensiva de Kursk, mas Moscovo não deu sinais de retirar um número significativo de tropas das batalhas na região ucraniana ocupada.
Zelensky frisou ainda que a Ucrânia vai estabelecer um gabinete de comando em Sudzha para coordenar a ajuda e os assuntos militares, sinal de que Kyiv pode planear permanecer na região de Kursk a longo prazo.
Os apoiantes ocidentais da Ucrânia mantiveram-se em parte em silêncio sobre a operação surpresa, embora o presidente dos EUA, Joe Biden, tenha dito que tem sido mantido a par dos acontecimentos.
Leia Também: Quer a Ucrânia conquistar a central nuclear de Kursk? "A Rússia já mandou cavar trincheiras a cerca de 15 quilómetros"
Opositor na Costa do Marfim condenado à prisão após criticar presidente
© Reuters
Por Lusa 16/08/24
O Tribunal de Primeira Instância da Costa do Marfim condenou hoje a dois anos de prisão um dirigente da oposição por comentários na rede social Facebook contra o Presidente, disse hoje o advogado de defesa.
Mamadou Traoré, dirigente do partido entretanto dissolvido Générations et Peuples Solidaires (GPS, na sigla em frances), do antigo líder rebelde e ex-primeiro-ministro Guillaume Soro, foi detido pela polícia em 08 de agosto.
Julgado em flagrante delito, compareceu em tribunal hoje e foi considerado culpado de "difusão de notícias falsas suscetíveis de prejudicar a moral da população" e de "perturbação da ordem pública", declarou à agência de notícias France-Presse (AFP) o seu advogado, Souleymane Diallo.
O procurador, Oumar Koné Braman, pedira a condenação de Traoré a 36 meses de prisão por ter publicado comentários em que qualificava de mentiras as promessas de construção de infraestruturas e de novas medidas sociais feitas pelo Presidente, Alassane Ouattara, e que não tinham sido cumpridas.
O seu advogado, Souleymane Diallo, considerou não existir qualquer delito e afirmou que se estava perante um "julgamento político". Por sua vez, Mamadou Traoré disse "nunca convidou ninguém a revoltar-se ou a odiar", mas admite ter realizado comentários "satíricos".
Em 2022, Mamadou Traoré foi condenado a um ano de prisão por factos semelhantes.
Outro membro do partido de Guillaume Soro, Kando Soumahoro, foi detido na quarta-feira depois de ter sido interrogado no âmbito de uma investigação sobre "perturbações da ordem pública" e de ter assinado um documento em nome do partido num comício que juntou movimentos da oposição, em Abidjan, em 09 de agosto.
Guillaume Soro, atualmente no exílio, foi condenado em 2020 a 20 anos de prisão por "manipulação de fundos públicos" na Costa do Marfim e, um ano mais tarde, a prisão perpétua por "atentado à segurança do Estado", acusado de ter fomentado uma "insurreição civil e militar" destinada a derrubar o regime de Ouattara.
Declaração de Fidelis Forbs após reunião da comissão política do MADEM-G15
O Coordenador Nacional do MADEM-G15, Braima Camará, abre a reunião da Comissão Política Nacional.
Comissão Organizadora do Primeiro Congresso Extraordinário do MADEM-G15, fala à imprensa...
Faladepapagaio 17/08/2024
Comunicado à Imprensa do Movimento, a ver com as controvérsias sobre a realização do Congresso Extraordinario do MADEM-G15
sexta-feira, 16 de agosto de 2024
Suécia confirma primeiro caso de nova estirpe de mpox fora de África
Por VOA News
Se o surto não for contido, alertam os especialistas em saúde, a doença pode espalhar-se por todo o mundo
Na quinta-feira, a Suécia notificou um caso de uma forma contagiosa de varíola que se está a propagar na África Central e Oriental. O caso sueco marca a primeira infeção conhecida desta estirpe fora de África.
Este acontecimento surge um dia depois de a Organização Mundial de Saúde ter declarado o mpox uma emergência de saúde pública mundial, após um surto na República Democrática do Congo se ter propagado a pelo menos 12 outros países da região.
“É evidente que é essencial uma resposta internacional coordenada para travar estes surtos e salvar vidas”, declarou o Diretor-Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na quarta-feira.
O grupo internacional de vacinas Gavi diz que tem até 500 milhões de dólares para gastar no envio de vacinas para os países afetados em África, informou a Reuters na quinta-feira.
“O dinheiro para as vacinas está pronto para ser utilizado”, disse a diretora-geral da Gavi, Sania Nishtar.
No entanto, poderá haver um atraso, porque a OMS tem de aprovar primeiro as vacinas, o que a agência disse esperar fazer até setembro.
“Com a crescente propagação do vírus, estamos a intensificar ainda mais a nossa ação internacional coordenada para apoiar os países a pôr fim aos surtos”, afirmou o Diretor Regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, num comunicado de quarta-feira. Esta é a segunda vez em dois anos que a OMS declara o vírus mpox uma emergência de saúde pública mundial.
A agência de saúde das Nações Unidas fez a mesma declaração em 2022, quando a doença ainda se chamava varíola dos macacos. Nessa altura, o surto global afetou quase 100 000 pessoas em todo o mundo, especialmente homens gays e bissexuais.
De acordo com a OMS, este ano registaram-se mais de 14 000 casos de varíola e 524 mortes em África. Os Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças afirmaram que os casos aumentaram 160% e as mortes aumentaram 19% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Esta versão do mpox - conhecida como mpox clade 1b - é diferente da versão do surto de 2022, que é conhecida como mpox clade 2. Os especialistas em saúde afirmam que o vírus da clade 1 e a sua nova versão, a clade 1b, podem causar uma doença mais grave do que a clade 2.
Criança infetada com mpox, perto de Goma, RDC 11 julho 2024 (arquivo) |
A doença provoca sintomas semelhantes aos da gripe, como febre e arrepios, bem como uma erupção cutânea com lesões dolorosas. Os sintomas tendem a durar cerca de duas a quatro semanas, de acordo com a Cleveland Clinic, e muitas vezes desaparecem por si próprios.
EUA: O ex-presidente Donald Trump afirmou hoje que, se vencer as eleições de novembro, será "amigável" com o Irão, mas garantirá que os iranianos não continuem a enriquecer urânio para fabricar armas nucleares.
© KAMIL KRZACZYNSKI/AFP via Getty Images
Por Lusa
Trump diz que se vencer eleições vai ser "amigável" com Irão
O ex-presidente Donald Trump afirmou hoje que, se vencer as eleições de novembro, será "amigável" com o Irão, mas garantirá que os iranianos não continuem a enriquecer urânio para fabricar armas nucleares.
"Espero que sejamos amigáveis, mas eles não podem ter uma arma nuclear porque quando a tiverem será um mundo completamente diferente", disse o candidato republicano numa conferência de imprensa a partir do seu clube de golfe privado em Bedminster, na Nova Jérsia.
Trump aproveitou para se referir à sua visão geopolítica caso regresse à Casa Branca, dizendo que durante o seu mandato não houve uma guerra aberta na Faixa de Gaza ou uma guerra na Ucrânia porque a comunidade internacional o "respeita".
"Nunca teríamos tido o Hamas, porque o Hamas não tinha dinheiro, e porque o Irão não tinha dinheiro. Eu disse à China e a todos os outros países que se comprassem [recursos] ao Irão, não poderiam fazer negócios nos Estados Unidos", acrescentou.
Sobre as relações internacionais, Trump disse ainda que, se regressar à presidência, os EUA "não terão problemas com a China, nem com Taiwan, a Rússia ou a Ucrânia".
Na política nacional Trump disse na conferência de imprensa que os americanos estão a enfrentar aumentos maciços de preços, culpando a vice-presidente Kamala Harris.
O ex-presidente dos Estados Unidos procurou sobrecarregar a rival democrata com o historial económico impopular do presidente Joe Biden: "Ela é uma liberal radical da Califórnia que quebrou a economia, quebrou a fronteira e quebrou o mundo", disse Trump aos jornalistas.
Trump apresentou-se rodeado de produtos de mercearia populares, incluindo café instantâneo, cereais de pequeno-almoço e pastelaria, dispostos em mesas enquanto salientava o custo de tudo, desde a alimentação ao seguro automóvel e à habitação.
A conferência de imprensa Trump aconteceu um dia depois de o Ministério do Trabalho ter anunciado que a inflação homóloga tinha atingido em julho o seu nível mais baixo em mais de três anos, último sinal de que o pior aumento de preços das últimas quatro décadas está a desaparecer.
Mas os consumidores ainda estão a sentir o impacto dos preços mais elevados, e a campanha de Trump está a apostar nesse fator para motivar os americanos para as eleições.
Por seu turno, Kamala Harris está a planear o seu próprio discurso sobre política económica para sexta-feira, na Carolina do Norte, prometendo promover a proibição federal da subida dos preços das mercearias.
Horas antes da conferência de imprensa, os líderes da campanha de Trump anunciaram que estavam a expandir a sua equipa, trazendo formalmente para o seu seio uma série de antigos assessores e conselheiros externos: Corey Lewandowski, Taylor Budowich, Alex Pfeiffer, Alex Bruesewitz e Tim Murtaugh irão aconselhar a direção da campanha.
Lewandowski foi o primeiro diretor de campanha de Trump durante a sua campanha de 2016, Budowich e Pfeiffer estão a transitar da MAGA Inc., Bruesewitz produz conteúdo pró-Trump para um grande número de seguidores nas redes sociais, e Murtaugh foi o diretor de comunicação da campanha de Trump em 2020.
Kusas na tem dia 17 de Agosto.
Adja Satu camara; Soares sambu; Marciano Silva BARBEIRO; Domenico sanca; Nelson Moreira; Sandji Fati; Aristides Ocante DA SILVA; Júlio Balde; Florentino; Viriato cassama; To Barbosa; Maria da Conceição Évora; Fernando delfim da Silva; Molano;
Essis ku sta ba reunião de aos.
Etc Etc.... Por Abel Djassi
Tarbadju ka para✊️ Congresso em pé✊️ 👇
CONSELHO NACIONAL: MADEM-G15 convoca o seu órgão máximo deliberativo entre os congressos para o dia sábado.
OMS preocupada com "escassez crítica" de vacinas contra a cólera
© Getty Images
Por Lusa 15/08/24
O diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou hoje para um aumento da produção de vacinas contra a cólera, cujas quantidades estão longe de ser suficientes para satisfazer a procura dos países.
"A resposta continua a ser afetada por uma escassez crítica da vacina, uma vez que a procura continua a ultrapassar a oferta, com 105 milhões de doses solicitadas por 18 países desde janeiro de 2023. No mesmo período, foram produzidos 55 milhões de doses", declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus na rede social X (antigo Twitter).
Na mesma publicação, o diretor da OMS defendeu "investimentos adicionais para aumentar a produção de vacinas" e pediu a todos os países para investirem "em água e saneamento, bem como na preparação para emergências, para evitar novos surtos epidemiológicos".
Dado o número de surtos e a sua distribuição geográfica, bem como a escassez de vacinas e outros recursos, a OMS continua a avaliar o risco global como "muito elevado", de acordo com o último boletim epidemiológico mensal sobre a cólera publicado pela organização.
De 1 de janeiro a 28 de julho de 2024, foram registados 307.433 casos de cólera e 2.326 mortes em 26 países, segundo a OMS.
A região do Mediterrâneo Oriental registou os valores mais elevados, seguida da região africana, do sudeste asiático, das Américas e da região europeia. Não foram registadas epidemias na região do Pacífico ocidental durante este período.
A cólera é uma infeção diarreica aguda causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados, que provoca desidratação grave e pode levar à morte em poucas horas.
Nhacra (jogudul-kom): Entrevista de ex-candidato a deputado do círculo 8 no acto da oferta de 800 folhas de zinco em Nhacra Carlos Sambu entrega zincos oferecido pelo Presidente da República General Umaro Sissoco
João Bernardo Vieira, alto dirigente do PAIGC e ex-governante apela paz e entendimento no país.
Por Radio TV Bantaba
Incentivar a violência urbana num país é muito feio porque pode aumentar a insegurança, levar à desvalorização das propriedades e ao agravamento da situação económica e também à deterioração da qualidade de vida.👇
quarta-feira, 14 de agosto de 2024
Estudo revela que os seres humanos envelhecem mais por volta dos 44 e dos 60 anos
Thierry Dosogne / GETTY IMAGES
Por Sicnoticias.pt
Uma nova investigação demonstrou o declínio súbito sentido pelos humanos em determinada idade, apontando que muitas das moléculas e microrganismos aumentam ou diminuem drasticamente por volta dos 44 e dos 60 anos.
Cientistas da Universidade de Stanford, que publicaram o seu estudo na revista Nature Aging, na quarta-feira, avaliaram milhares de moléculas diferentes em pessoas entre os 25 e os 75 anos, bem como os seus microbiomas -- bactérias, vírus e fungos que vivem no interior do corpo e na pele -- e descobriram que a sua abundância, na maioria, não se altera gradual e cronologicamente.
Pelo contrário, ocorrem dois períodos de mudanças rápidas ao longo da vida, em média por volta dos 44 e 60 anos.
"Não só mudamos gradualmente ao longo do tempo, como há mudanças realmente drásticas. Acontece que em meados dos 40 anos é uma época de mudanças drásticas, tal como o início dos 60 anos", frisou Michael Snyder, para quem é provável que tenha impacto na saúde.
O número de moléculas relacionadas com doenças cardiovasculares apresentou alterações significativas em ambos os momentos, e as relacionadas com a função imunitária mudaram em pessoas com 60 anos, realçou, em comunicado, a Universidade de Stanford.
Os cientistas utilizaram dados de 108 pessoas que acompanharam para compreender melhor a biologia do envelhecimento.
Entre outros, encontraram quatro tipos de idade diferentes (padrões de envelhecimento) que mostram que os rins, o fígado, o metabolismo e o sistema imunitário envelhecem a taxas diferentes em cada pessoa.
Humanos envelhecem em duas fases - aos 44 e aos 60 anos
Os investigadores analisaram amostras biológicas a cada poucos meses durante vários anos e rastrearam milhares de moléculas diferentes, incluindo RNA, proteínas e metabólicos, bem como alterações nos microbiomas dos participantes.
E observaram que as moléculas e os micróbios experimentam alterações na sua abundância, aumentando ou diminuindo. Cerca de 81% de todas as moléculas estudadas apresentaram flutuações não lineares em número, o que significa que mudaram mais em determinadas idades do que noutras épocas, aos 40 e 60.
O facto de tantas mudanças drásticas ocorrerem no início dos 60 anos pode não ser surpreendente, segundo Snyder, uma vez que se sabe que muitos riscos de doenças e outros fenómenos relacionados com a idade aumentam nessa altura da vida.
Já o grande número de mudanças em meados dos anos 40 foi surpreendente. No início, os cientistas assumiram que a menopausa ou perimenopausa provocava grandes alterações nas mulheres, distorcendo todo o grupo, mas quando dividiram o grupo de estudo por sexo, verificaram que a alteração também ocorria nos homens por volta dos 40 anos.
"Isto sugere que, embora a menopausa ou a perimenopausa possam contribuir para as alterações observadas nas mulheres na casa dos 40 anos, é provável que existam outros fatores mais significativos que as influenciam tanto nos homens como nas mulheres. A identificação e o estudo destes fatores deve ser uma prioridade", defendeu Xiaotao Shen, da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura.
Nas pessoas com 40 anos, foram observadas alterações significativas no número de moléculas relacionadas com o metabolismo de álcool, cafeína e lípidos, doenças cardiovasculares e a pele e os músculos.
O Secretário de Estado da Ordem Pública chama atenção à população a evitar de construir casa nas zonas húmidas do país.
Por: Sulai Seide Rádio Capital Fm 14.08.2024
UNICEF: Cerca de 123 milhões de crianças na África Ocidental e Central enfrentam a maior exposição de dias extremamente quentes do mundo, anunciou hoje o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef)
© Unicef
Por Lusa 14/08/24
123 milhões de crianças africanas enfrentam o maior número de dias quentes
Cerca de 123 milhões de crianças na África Ocidental e Central enfrentam a maior exposição de dias extremamente quentes do mundo, anunciou hoje o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
De acordo com o mais recente estudo da Unicef, 123 milhões de crianças da África Ocidental e Central - o equivalente a 39% das crianças destas regiões - enfrentam "a maior exposição a dias extremamente quentes e os aumentos mais significativos ao longo do tempo", sendo que esta exposição pode durar, pelo menos, 95 dias, com temperaturas superiores a 35 graus Celsius.
Assim, esta situação pode atingir "212 dias no Mali, 202 dias no Níger, 198 dias no Senegal e 195 dias no Sudão", explicou.
A nível global, de acordo com o estudo da Unicef, "uma em cada cinco crianças - ou seja, 466 milhões - vivem em zonas onde se regista pelo menos o dobro do número de dias extremamente quentes todos os anos, em comparação com o que se registava há apenas seis décadas".
Ao comparar-se a média da década de 1960 com a média de 2020-2024, é percetível que os dias extremamente quentes estão a aumentar "para quase meio bilião de crianças em todo o mundo, muitas delas sem as infraestruturas ou os serviços necessários para os suportar", lamentou.
"O calor extremo está a aumentar, perturbando a saúde, o bem-estar e as rotinas diárias das crianças", disse a diretora executiva da Unicef, Catherine Russell, citada em comunicado.
A análise concluiu também que, em 16 países, as crianças estão a vivenciar mais de um mês de dias extremamente quentes, comparativamente há 60 anos.
"No Sudão do Sul, por exemplo, as crianças estão a viver uma média anual de 165 dias de calor extremo nesta década, em comparação com 110 dias na década de 1960, enquanto no Paraguai esse número aumentou de 36 para 71 dias", frisou.
Um dos efeitos nocivos desta realidade é o stress térmico corporal, causado pela exposição ao calor extremo, que é uma "ameaça para a saúde e o bem-estar das crianças e das mulheres grávidas, especialmente se não houver intervenções de arrefecimento disponíveis", indicou.
Este stress térmico corporal contribui para a desnutrição infantil e para a propagação de doenças, tais como a malária e a dengue, explicou.
"As crianças não são pequenos adultos e os seus corpos são muito mais vulneráveis ao calor extremo pois aquecem mais rapidamente e arrefecem mais lentamente", afirmou Russell.
"O calor extremo é especialmente arriscado para os bebés devido ao seu ritmo cardíaco mais rápido, por isso, o aumento das temperaturas é ainda mais alarmante para as crianças", concluiu Russell.
A Unicef indicou ainda que o aquecimento climático impacta também a segurança e a contaminação dos alimentos e da água.