terça-feira, 29 de agosto de 2017

CARTA ABERTA AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA

A mensagem "totalmente infeliz" de Marcelo ao MPLA.

O MPLA é Angola e Angola é o MPLA, reconheceu implicitamente Marcelo Rebelo de Sousa, passando um atestado de matumbez a todos os angolanos. Mas o que ele gostaria de dizer é que o MPLA é Portugal e Portugal é o MPLA(folha8, via facebook).

Por: Nuno Álvaro Dala, via facebook

Excelência,

Queira receber os meus melhores cumprimentos e votos cândidos de que Sua Ilustre Pessoa esteja a gozar de boa saúde, ao mesmo tempo que desejo bons ventos no desempenho das suas funções de Chefe de Estado da República Portuguesa, cargo ao qual chegou pela vontade dos cidadãos eleitores portugueses, expressa nas urnas. 

A razão que subjaz à escrita dessa carta aberta, endereçada à Sua Excelência, radica na incompreensível mensagem congratulatória dirigida ao senhor João Manuel Gonçalves Lourenço, na qual lhe concede os parabéns por ter sido eleito Presidente da República de Angola.

Sua Excelência foi totalmente infeliz ao felicitar a referida pessoa, pelas seguintes razões:
1. A Comissão Nacional Eleitoral da República de Angola (CNE) ainda não declarou vencedor a nenhum dos candidatos e os respectivos partidos pelos quais concorreram às eleições de 23 de Agosto do ano em curso;

2. O processo de escrutínio dos votos só foi iniciado pelos centros provinciais de escrutínio da CNE a 25 de Agosto, depois que essa instituição se viu obrigada a assim proceder, pois, violando escandalosamente a Lei Eleitoral vigente em Angola e a ética eleitoral, tinha dado início a 24 de Agosto ao anúncio de resultados totalmente forjados, na medida em que, tal como demonstrado por um grupo de comissários da CNE, os dados anunciados não eram originários dos centros provinciais de escrutínio;

3. À cautela, o partido UNITA e a coligação CASA-CE montaram e puseram a funcionar seus próprios centros de escrutínio paralelos, sendo que a UNITA conseguiu provar – mediante apresentação de actas operacionais e actas-sínteses – que, na verdade, a maioria qualificada (primeiro anunciada como sendo de 64%, a 24 de Agosto, e agora de 61%, como anunciada a 25 de Agosto) reclamada às pressas pelo MPLA não passa de ficção mirabolante. Note-se que, muito antes de a CNE ter dado início à divulgação de tais resultados falsos, já o responsável da campanha do MPLA afirmara que o seu partido tinha 66% dos votos!;

4. O processo de escrutínio dos votos ainda está em andamento, sendo que, mesmo quando estiver concluído, os resultados a serem anunciados pela CNE deverão, porém, ser confrontados com os dos centros de escrutínio paralelos do partido UNITA e da coligação CASA-CE;

5. O facto de existirem centros de escrutínio paralelos é seguramente estranho a países como Portugal, que Sua Excelência preside, pois são Estados Democráticos de Direito, onde os processos eleitorais são credíveis, porque as respectivas instituições de administração eleitoral são sérias e fortes. Se assim não fosse, as vitórias eleitorais de Sua Excelência, do Presidente dos Estados Unidos (Donald Trump) e do Presidente da França (Emmanuel Mácron), respectivamente, teriam sido conseguidas com recurso à fraude. Em Angola, os processos eleitorais não são credíveis. Daí a criação e funcionamento de centros de escrutínio paralelos, graças aos quais os partidos na oposição têm conseguido refutar a falsa estatística apresentada pela CNE, uma instituição que não tem poder real, não passando de instrumento de implementação da engenharia da fraude;

6. Em 2008 e 2012, os resultados eleitorais começaram a ser divulgados pela CNE horas depois da conclusão da votação e do encerramento das milhares de assembleias de voto espalhadas pelo País. Desta vez assim não aconteceu, facto que provocou tremendas suspeitas tanto nos Angolanos como nos partidos na oposição. Os falsos resultados anunciados inicialmente pela CNE no final da tarde de 24 de Agosto são dados de 2012. Tais dados falsos levaram ao total de 100,37%, em clara demonstração do carácter quixotesco da máquina que fabrica tais resultados, a mesma que o fez em 2008 e 2012;

7. Depois do anúncio dos referidos falsos resultados, ao contrário do que tem sido habitual, os militantes do MPLA não fizeram as costumeiras gritarias e festanças. Em 2008 e 2012, militantes e dirigentes do partido nem se deram ao trabalho de aguardar pelos resultados definitivos. As maratonas surgiram aos cogumelos.

Excelência, 

Como pode ver, a Sua declaração de felicitações ao candidato do MPLA é um grave erro político, que põe seriamente em causa a Sua idoneidade tanto de académico e especialista em Direito (um dos mais reputados em Portugal) como de político arguto e experiente. 

Sua mensagem de felicitações ao candidato do MPLA, um partido perverso que transformou Angola numa altamente risível anedota civilizacional, configura um desastre de comunicação política. Terá sido Sua Excelência mal assessorado?

Durante os 374 dias em que estive preso, junto com outros companheiros do célebre Processo 15+2 (sob a ridícula acusação de ter praticado actos preparatórios de rebelião e atentado contra o Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, e sob a sentença de actos preparatórios de rebelião e associação de malfeitores), calaram-me no fundo da alma as incontáveis manifestações de solidariedade do Povo Português, que muito se bateu pela nossa libertação. 

Constituiu para mim uma aziaga surpresa o facto de Sua Excelência ter felicitado não apenas um falso vencedor como, também, de ter legitimado a fraude que o regime do MPLA está a forjar, o mesmo regime cujas figuras fizeram de Portugal uma gigantesca lavandaria de dinheiro. Sim, milhões e milhões de euros depredados do erário público de Angola, cujo Povo vive numa revoltante e inenarrável miséria.

A Sua mensagem de felicitações ao prospectivo sucessor do ditador José Eduardo dos Santos envergonha todos os Angolanos e Portugueses que são pessoas de bem.

A Sua mensagem de felicitações ao candidato do partido-gângster faz de Sua Excelência um cúmplice do regime perverso e nojento do MPLA, tal como o são os analistas amorais locais, que se apresentam como académicos, mas que não passam de mercenários, aos quais tem sido atribuído tempo e espaço nos órgãos de comunicação social públicos e seus apêndices para defenderem o regime de José Eduardo dos Santos, recorrendo a elucubrações baratas de advogados desalmados.

Sua Excelência desrespeitou o Povo Angolano. 

Ao terminar essa já longa carta, aconselho Sua Excelência a retratar-se. Ao fazê-lo, talvez recupere a credibilidade.

Subscrevo-me

NUNO ÁLVARO DALA

Luanda, 28 de Agosto de 2017

Publicada por Bambaram di Padida à(s) 15:14:00 

Trump ameaça Coreia do Norte: "Todas as opções estão em cima da mesa"

Presidente dos Estados Unidos considera que Kim-Jong-un mostrou desrespeito pelo país vizinho.


Após o lançamento de um míssil da Coreia do Norte que sobrevoou o Japão, Donald Trump reagiu dizendo que a partir de agora "todas as hipóteses estão em cima da mesa".

"Este regime demonstrou o desprezo que tem para com os seus vizinhos, todos os membros das Nações Unidas e demonstrou um comportamento internacional pouco aceitável", diz, considerando que o comportamento "ameaçador e desestabilizador" da Coreia do Norte "aumenta o seu isolamento em relação a outras nações". 

Recorde-se que esta manhã o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acordaram, ao telefone, em exercer ainda mais pressão sobre Pyongyang após o novo lançamento de um míssil.

Donald Trump e Shinzo Abe "coincidiram totalmente" relativamente à postura e às medidas a tomar antes das constantes provocações da Coreia do Norte, assinalou o primeiro-ministro nipónico, e agora Trump afirma que "todas as hipóteses estão em cima da mesa".

Entretanto, o Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se de emergência a pedido de Washington e de Tóquio, tendo o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, chamado a atenção para uma "ameaça grave e sem precedentes".

No sábado, a Coreia do Norte disparou três mísseis de curto alcance no mar do Japão, quando milhares de soldados norte-americanos e da vizinha Coreia do Sul participavam em manobras, no âmbito de exercícios militares anuais, na Península Coreana.

Estes lançamentos ocorrem num contexto de tensão exacerbada entre Washington e Pyongyang.

No início de agosto, em plena escalada de tensão com a Coreia do Norte, Trump ameaçou o regime norte-coreano com "fogo e fúria nunca vistos", tendo ainda declarado que a opção militar estava pronta para ser acionada.

Na mesma altura, o líder norte-americano também assegurou que o arsenal nuclear dos Estados Unidos era "o mais poderoso e forte de sempre".

NAOM

UE condena lançamento pela Coreia do Norte e pede fim das provocações

A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, condenou hoje o lançamento pela Coreia do Norte de um míssil que sobrevoou o Japão e exortou Pyongyang a abster-se de mais provocações.


Segundo as autoridades japonesas, o míssil sobrevoou na segunda-feira à noite a ilha de Hokkaido (norte) e caiu no Oceano Pacífico, 1.180 quilómetros da costa japonesa, sem provocar danos.

"Estas ações constituem manifestas violações das obrigações internacionais da República Democrática da Correia do Norte estabelecidas em várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU", afirmou Mogherini em comunicado.

A chefe da diplomacia europeia proclama no texto "pleno apoio ao Japão e ao povo japonês face a esta ameaça direta".

O lançamento, feito depois de várias semanas de tensão e de escalada verbal entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, "representa uma grave ameaça à paz e à segurança internacionais", acrescentou Mogherini, pedindo a Pyongyang que se "abstenha de qualquer nova ação provocadora que possa acentuar a tensão regional e global".

Finalmente, a alta representante da UE para a política externa afirma que Bruxelas "apoia plenamente o pedido de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU" a realizar hoje e considera "essencial para a comunidade internacional estar unida para responder a este desafio".

Por Lusa

SINAMAR - Candidato João Cá promete continuar a luta para o bem-estar dos marinheiros


Bissau 29 Ago 17 (ANG) – O Presidente cessante e único candidato à presidência do Sindicato Nacional dos Marinheiros da Guiné-Bissau (SINAMAR) no seu 4º Congresso prometeu hoje continuar a lutar para a melhoria de condições de trabalho dos marinheiros guineenses.

Em entrevista à ANG, João Cá disse que caso for eleito irá priorizar a melhoria sócio profissional dos seus associados, salientando que a Guiné-Bissau é um país onde não existe infra-estruturas no sector das pescas.

“Por isso, queremos, em colaboração com o governo, que também tem a preocupação de empregar os jovens de forma a criar emprego no sector das pescas, proteger os jovens nacionais no que concerne ao embarque dos marinheiros “,disse.

João Cá sustentou que há maioria dos navios estrangeiros com  licenças da Guiné-Bissau, embarca  marinheiros estrangeiros, sem respeitar a cláusula de salvaguarda.

O candidato lembrou que na relação económica internacional deve-se proteger a mão-de-obra e o produto do país, mesmo sendo afiliado em organizações internacionais ou sub-regionais, como acontece por exemplo no Senegal.

“E quando um país precisa acelerar a sua economia para desenvolver, usa essa cláusula porque os serviços que os marinheiros prestam aos armadores estrangeiros beneficia directamente ao Governo, através das taxas que pagam”, explicou.

Questionado sobre o porque de ser o único candidato, uma vez que havia pretendentes à liderança do SINAMAR João Ca respondeu que , o que conteceu foi que houve pessoas que não são capazes mas que queriam dar nas vistas.

 “A comissão organizadora do congresso criou um regulamento para admissão dos candidatos, que determinou as condições de concorrência, nomeadamente, o pagamento das quotas, ser membro activo do SINAMAR e pagamento de caução no valor 100 mil francos cfa, uma vez que não há fundo para a realização do congresso. Eu cumpri os outros não “,informou.

João Cá pediu a participação dos delegados amanhã, 30 de Agosto, no encontro magno dos marinheiros, para legitimar a direcção, tendo pedido os que estão a pensar boicotar o congresso que não o façam, e pede à esses para se unirem para a  melhoria das condições dos homens do mar.

Cá concorre assim para o seu segundo e último mandato de quatro anos à frente do SINAMAR. 

ANG/MSC/JAM/SG

Nhacra - Presidente da República se solidariza com vítimas de inundação


Bissau, 28 Ago 17 (ANG) - O Presidente da República se solidarizou esta segunda-feira com as vítimas da inundação nas bolanhas do sector de Nhacra concretamente nas tabancas de Rotchum Morna e Jugudul, tendo após uma visita ao local entregue um envelope fechado à administradora local.

José Mário Vaz  visitou  às bolanhas das referidas tabancas  e prometeu minimizar o transtorno através  do ministério de agricultura.

“Estou aqui em gesto de solidariedade com as vítimas da inundação e também para se inteirar da actual situação com que se deparam nas bolanhas desta zona de modo a poder encorajar-lhes a não perderem a esperança e determinação”, explicou o chefe de Estado.

Acrescentou que realmente as referidas zonas estão com problemas sérios á nível de produção devido as águas que invadiram as suas plantações deixando os agricultores sem condições para fazerem as suas plantações. 

“A terra só se constrói na base do trabalho. Amílcar Cabral tinha dito que a economia da Guiné-Bissau pode crescer na base da cultura e agricultura por isso devemos seguir o seu exemplo empenhando nestas áreas”, sugeriu José Mário Vaz.

Por sua vez, o porta-voz dos populares do sector de Nhacra, Buam Bedane agradeceu o gesto do presidente e pediu o melhoramento das estradas que dão acesso as referidas tabancas, pediu igualmente um apoio na evacuação das águas para que possam continuar as suas actividades agrícolas.

Buam sublinhou que o sector de Nhacra se depara com vários tipos de problemas tais como: falta de condições no centro de saúde, dificuldade de acesso aos produtos alimentícios no mercado, entre outras.

Aquele porta-voz apela ao Presidente da República no sentido de usar a sua influência junto do governo com a finalidade de minimizar o sofrimento das populações do referido sector.

“É bastante grave a situação de falta de electricidade no sector de Nhacra uma vez que acolhe  o centro de retransmissão das emissões da Televisão de Guiné-Bissau”, considerou.  

ANG/AALS/SG

29 de Agosto - Dia Internacional contra os Testes Nucleares


Desde que o teste de armas nucleares começou em 16 de julho de 1945, cerca de 2.000 ocorreram. No começo, ter armas nucleares foi visto como uma medida de sofisticação científica ou força militar, com pouca consideração dada aos efeitos devastadores dos testes na vida humana, e muito menos os perigos das provas nucleares de testes atmosféricos. A retrospectiva e a história nos mostram os efeitos terríveis e trágicos dos testes de armas nucleares, especialmente quando as condições de controle desaparecem e à luz das armas nucleares muito mais poderosas e destrutivas que existem hoje.

As tragédias humanas e ambientais decorrentes de testes nucleares são razões convincentes para a necessidade de observar o Dia Internacional contra os Testes Nucleares - um dia em que eventos, atividades e mensagens educacionais visam capturar a atenção do mundo e ressaltar a necessidade de esforços unificados para evitar novos testes de armas nucleares.

O instrumento internacional para pôr fim a todas as formas de testes nucleares é o tratado abrangente de proibição de testes nucleares de 1996 (CTBT), infelizmente, isso ainda não entrou em vigor.


Em 2 de dezembro de 2009, a 64ª sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas declarou 29 de agosto o Dia Internacional contra os Testes Nucleares, por unanimidade, adotando a resolução 64/35. A resolução exige uma maior conscientização e educação "sobre os efeitos de explosões de testes de armas nucleares ou outras explosões nucleares e a necessidade de sua cessação como um dos meios para atingir o objetivo de um mundo livre de armas nucleares". Iniciado pela República do Cazaquistão, juntamente com um grande número de patrocinadores e co-patrocinadores com vista a comemorar o encerramento do sítio de testes nucleares de Semipalatinsk em 29 de agosto de 1991. O dia pretende galvanizar as Nações Unidas, estados membros, intergovernamentais e não - Organizações governamentais, instituições acadêmicas, redes juvenis e os meios de comunicação para informar, educar e defender a necessidade de proibir os testes de armas nucleares como um passo valioso para alcançar um mundo mais seguro.

O ano de 2010 marcou a comemoração inaugural do Dia Internacional contra os Testes Nucleares. Todos os anos, desde então, o dia foi observado através da coordenação de várias atividades em todo o mundo, como simpósios, conferências, exposições, competições, publicações, palestras em instituições acadêmicas, transmissões de mídia e outras iniciativas.

Desde a sua criação, muitos desenvolvimentos a nível governamental bilateral e multilateral, bem como amplos movimentos na sociedade civil, ajudaram a avançar a causa da proibição de testes nucleares.

Além disso, "convencido de que o desarmamento nuclear e a eliminação total das armas nucleares são a única garantia absoluta contra o uso ou ameaça de armas nucleares", a Assembléia Geral designou 26 de setembro como o "Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares", que é dedicado a promover o objetivo da eliminação total das armas nucleares, através da mobilização de esforços internacionais. Primeiro proposto em outubro de 2013, a resolução (A / RES / 68/32) foi um seguimento para a reunião de alto nível sobre desarmamento nuclear realizado em 26 de setembro de 2013 na Assembléia Geral da ONU. O Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares foi observado pela primeira vez em setembro de 2014. O Dia Internacional contra os Testes Nucleares, juntamente com outros eventos e ações, promoveu um Ambiente global com perspectivas mais otimistas para um mundo livre de armas nucleares.

Como o Secretário-Geral reconheceu na sua mensagem à Conferência sobre o Desarmamento, o ambiente de segurança é cada vez mais complexo, mas a complexidade não pode ser uma desculpa para a inação e o cinismo. Embora os desafios permaneçam, especialmente em termos de deterioração do ambiente de segurança internacional, juntamente com o aumento dos gastos militares e uma inclinação estratégica para as armas nucleares, houve sinais visíveis de progresso em várias frentes em 2017. Isso ficou mais evidente com a adoção do Tratado sobre a proibição das armas nucleares, o consenso sobre as recomendações à Assembléia Geral pelo grupo de trabalho de caráter aberto sobre o SSOD-IV, o ambiente positivo na primeira sessão do Comitê Preparatório da Conferência de Revisão de 2020 sobre o TNP e a adoção pelo Comissão de Desarmamento da ONU de um documento de recomendações de consenso após quase duas décadas de inatividade.

É esperança da ONU que um dia todas as armas nucleares sejam eliminadas. Até então, é necessário observar o Dia Internacional contra os Testes Nucleares enquanto trabalhamos para promover a paz e a segurança em todo o mundo. Como disse a Alta Representante Izumi Nakamitsu na Conferência Anual da OTAN sobre o Controle de Armas, Desarmamento e Não-Proliferação de WMD, em 29 de maio de 2017, "não há nenhum caminho para a eliminação de armas nucleares. Devemos continuar a envidar todos os esforços para levar a cabo outras medidas para alcançar e manter um mundo sem armas nucleares ". Iniciativas como o Dia Internacional contra Testes Nucleares são parte dos esforços globais para um mundo livre de armas nucleares.

Un.org/en

ONU na Guiné-Bissau 

Mais de 180 milhões de pessoas não têm acesso a água potável

De acordo com a UNICEF, "as crianças que vivem em situações frágeis têm quatro vezes mais probabilidade de não terem acesso a água potável".


No início da Semana Mundial da Água, um estudo da UNICEF e da Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta para o facto de "mais de 180 milhões de pessoas no mundo não terem acesso a água potável em países afetados por conflitos, violência e instabilidade".

No Iémen, um país em conflito há mais de dois anos, cerca de 15 milhões de pessoas deixaram de ter acesso regular a água e saneamento.

Já na Síria, também cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de água própria para consumo, nos quais se incluem 6,4 milhões de crianças. Ao longo de sete anos de conflitos neste país, a água tem sido utilizada muitas vezes como arma de guerra, registando-se no mínimo 30 cortes de água intencionais - nomeadamente em Alepo, Damasco, Hama, Raqqa e Dara.

No Sudão do Sul, onde as situações de conflito persistem há mais de três anos, apenas 50% dos pontos de água funcionam com normalidade.

Em países onde a fome é uma ameaça constante, como o nordeste da Nigéria, a Somália, o Sudão do Sul e o Iémen, aproximadamente 30 milhões de pessoas, incluindo 14.6 milhões de crianças, carecem com urgência de água potável.

NAOM


O Representante Especial Adjunto do Secretario-Geral da ONU na Guine-Bissau, Marco Carmignani, visitou hoje o Escritório da Uniogbis para a província norte, sediada em São Domingos e teve um encontro com responsáveis Administrativos, organizações da sociedade civil e poder tradicional local. 

O encontro serviu para ouvir os representantes administrativos e membros da sociedade civil sobre os principais problemas sociais que afectam a comunidade de sector de São Domingos. 



Marco Carmignani foi informado, através do representante da comunidade de São Domingos Agostinho Braima Djaura, de alguns problemas sociais nomeadamente a crise política prevalecente no país, segurança, educação, saúde, circulação de pessoas e bens durante o transporte para o Senegal e vice-versa, corrupção por parte das autoridades, energia e água.

Também os participantes aproveitaram a presença do Representante Especial Adjunto, para elogiarem e agradecerem os trabalhos desenvolvidos pelo escritório da UNIOGBIS na província concretamente a sua contribuição no tocante a redução de abusos e violações dos direitos humanos que antes era uma dor de cabeça para as comunidades, promoção de um relacionamento entre as instituições estatais e a comunidade entre outros.



Fonte: ONU na Guiné-Bissau

NOVE CANDIDATOS DISPUTAM LIDERANÇA DO PARTIDO DA RENOVAÇÃO SOCIAL


Nove militantes apresentaram candidaturas à liderança do Partido da Renovação Social (PRS), a segunda maior formação política no Parlamento da Guiné-Bissau, que vai realizar, em Setembro, o seu quinto Congresso ordinário.

Segundo Joaquim Batista Correia, porta-voz da comissão organizadora do Congresso, o prazo da entrega das candidaturas terminou no domingo e brevemente serão anunciados os nomes dos candidatos apurados dentro dos critérios estatutários.

Apresentaram candidaturas para a liderança do PRS, Alberto Nambeia, actual líder do partido, Ibraima Sori Djaló, antigo presidente do Parlamento, Artur Sanhá, antigo primeiro-ministro, entre outros militantes do partido fundado por Kumba Yalá. Para o cargo do Secretário-geral do partido, são duas candidaturas, entre as quais, do actual Secretário-geral, Florentino Mendes Pereira.

Este será o primeiro Congresso do partido sem a presença de Kumba Ialá, que fundou o PRS, com outros militantes, em 1992, falecido em Abril de 2014, em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas.

O quinto congresso dos renovadores realiza-se na localidade de Gardete, arredores de Bissau, de 26 a 29 de Setembro, com  mil e um (1001) delegados e dezenas de convidados nacionais e estrangeiros, nomeadamente “partidos amigos” de Portugal, Cabo Verde, Angola, entre outros. 

Por: Redação
O Democrata/angop
OdemocrataGB

“A juventude não pode assumir o papel do desenvolvimento se de facto não estiver preparada” - presidente da RENAJ.

 

Buba, 28 ago (UNIOGBIS/PIU) - A Rede Nacional das Associações Juvenis da Guiné-Bissau (RENAJ) encerrou na sexta-feira, dia 25, a Décima-segunda edição da Escola Nacional de Voluntariado, sob o lema: “A Juventude na Vanguarda da Proteção dos Recursos Naturais”.

A jornada, que se iniciou a 10 de agosto. Encerrou suas portas numa cerimónia decorrida no Liceu Siaka Turé, da viola de Buba, presenciada pelo administrador daquele setor, Martinho Lopes dos Santos, pelo líder da RENAJ, Gueri Gomes Lopes, pelo coordenador do Programa de Pequenas Subvenções (PPS) do projeto Gef do PNUD, Alio Gomes Silá, e pelo representante do IBAP, Joãozinho Mané.


Ao usar da palavra no ato de encerramento, o líder da RENAJ, Gueri Gomes Lopes, apelou a que os formandos ponham na prática tudo quanto puderam aprender durante os 15 dias de formação, designadamente, sobre a saúde sexual-reprodutiva, a administração, planificação e elaboração de projetos, inclusive o ambiente, o voluntariado, empreendedorismo entre outros. 


Ainda, para ele, a “juventude não pode assumir seu papel de motor de desenvolvimento, se de facto, ela não estiver preparada, apostando-se desta feita na sua educação quer seja formal ou informal”.

“A nossa sociedade tem há vários anos carecido de valores e dos padrões da nossa tradição, pelo que a recuperação desses incumbe à própria juventude. Dai a necessidade inadiável que tem a juventude de tudo fazer para inverter os valores, assumindo os melhores que nos foram inculcados pelos nossos antepassados como valores da Guiné-Bissau, a saber: o valor da unidade, o valor do respeito, o valor de trabalho. Caso contrário, não vamos poder ter o país que pretendemos, cuja construção não é só da responsabilidade de políticos, mas também, da juventude”, referiu mais Gueri Gomes Lopes.


Mais de 400 jovens oriundos de todas as regiões da Guiné-Bissau participaram nessa XIIª Edição da Escola Nacional de Voluntariado, que foi financiada pelo governo e parceiros da RENAJ, tais como o como o Programa das Nações Unidas para do Desenvolvimento (PNUD), através do programa The Gef Small Grants Programme, Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e UICN. Pessoas portadoras de deficiências e membros da classe castrense também tomaram parte no evento.

ONU na Guiné-Bissau 

JOMAV ADVERTE QUE “GOVERNAR É RESOLVER PROBLEMA DA POPULAÇÃO”


O Presidente da República, José Mário Vaz, advertiu esta segunda-feira, 28 de agosto 2017, que governar não é sentar-se no gabinete a falar, mas sim é resolver problema da população. O Chefe de Estado acrescenta ainda que os governantes têm obrigação de estarem constantemente no campo para acompanhar a população nas suas dificuldades e sofrimento.

José Mário Vaz falava à imprensa depois de ter visitado bolanhas situadas entre tabanca de Rotchum Morna e Jugudul kom no setor de Nhacra, onde onze tabancas cultivam arroz em jeito de solidariedade com a população afetadas com a inundação. Vaz disse que a situação na bolanha inundada requer uma intervenção mais rápido possível do governo a fim de salvar muitas toneladas de arroz.

“Não tenho nada de inventar, o nosso saudoso Amílcar Cabral, dizia sempre que economia da Guiné-Bissau está na agricultura, de maneira que devemos seguir as suas palavras. Vim com ministro da agricultura e outros membros do governo solidarizar e dar garantias à população das bolanhas inundadas que vou falar com Chefe do governo no sentido de intervir e rapidamente enviar tubos que vão ser colocados para permitir saída da água e não perdermos muitas toneladas de arroz. Portanto é urgente resolver problema da inundação e aliviar sofrimento da população das tabancas afetadas”,  assegurou José Mário Vaz.

Em nome da população das bolanhas inundadas, Wam Yanna Bidané, explicou que a inundação tem a ver com a estrada improvisada no meio da bolanha.

“Queremos aproveitar esta ocasião para informar José Mário Vaz da situação de setor de Nhacra, não temos liceu público, temos uma esquadra policial aqui sem viatura, temos centro de saúde sem ambulância que pode ajudar na evacuação dos doentes, administração está sem corrente eléctrica e muito menos mercado. Portanto, esperamos que Chefe de Estado vai usar a sua influência no sentido de resolver estes problemas, mas de imediato é a bolanha”, alertou Wam Yanna Bidané.

De referir que neste momento os populares de 11 tabancas de setor de Nhacra, estão impossibilitados em prosseguir com os trabalhos de transplantação de arroz, devido às fortes chuvas que inundaram suas bolanhas.

Por:  Aguinaldo Ampa
OdemocrataGB 

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Reflorestação - Governo pretende plantar mais de um milhão de árvores em todo o país

Bissau, 28 Ago 17 (ANG) – O Governo guineense pretende plantar um milhão e meio de árvores florestais, frutíferas, ornamentais e de embelezamento em todo o território nacional até 2020.

Segundo o jornal Nô Pintcha, a intensão foi manifestada recentemente pelo Ministro do Estado e da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares, quando presidia a abertura da jornada Nacional de Repovoamento Florestal na aldeia de Conconto, secção de Mafanco, Leste do país.

Soares Sambú afirmou que a jornada de reflorestação deste ano constitui uma ocasião particular para consciencializar e sensibilizar a população sobre a necessidade de plantação de árvores, preservação e conservação da floresta no contexto da desertificação, degradação de terras e das ameaças climáticas na sub-região.

 Admitiu que a desflorestação e degradação das florestas podem ser combatidas com a participação de todos e com envolvimento das comunidades locais, rurais, ONGs e associações, na base de uma cooperação, a todos os níveis, com vista a manter a fertilidade do solo.

Soares Sambú informou que a celebração da jornada demostra, a determinação do Chefe de Estado no quadro do plano estratégico e operacional para a preservação das florestas, que permite o desenvolvimento de uma agricultura inteligente e restabelecer a taxa da cobertura florestal na ordem de 6 a 20 por cento no horizonte 2030.

 Reconheceu que as acções de luta contra a degradação das florestas não são suficientes, tendo em conta que o repovoamento é praticamente inexistente e eficaz devido á não aplicação no sector público e privado das obrigações compensatórias da exploração florestal.

“ Para cada 100 metros cúbicos de madeira cortada, o operador deve reflorestar quatro hectares, segundo determina a lei,” referiu.

Sambú disse que infelizmente a medida não está a ser aplicada por falta de meios adequados de controlo do serviço florestal, o que limita a acção dos guardas florestais.

Reconheceu ainda   que os camponeses não são suficientemente apoiados no desenvolvimento comunitário participativo, no contexto da gestão do território das tabancas.

Segundo o governante, as principais razões da degradação da floresta são as plantações de cajú, a erosão, diminuição dos caudais dos rios e das chuvas, aumento da temperatura, variação climática, exploração excessiva das espécies mais apreciadas para fins comerciais, produção clandestina de carvão para consumo doméstico e exportação para países da sub-região e corte e queimada descontrolada das árvores.  

ANG/JD/SG

Congresso do PRS - Candidato Duarte Quadé promete trabalhar para uma verdadeira democracia interna do partido

Bissau 28 Ago 17 (ANG) – O candidato ao cargo de Secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS), Duarte Quadé. afirmou hoje que se for eleito vai implementar a coesão entre a família dos renovadores para afirmação da "verdadeira democracia interna" no partido.


Em entrevista à ANG, Duarte Quade disse que tomou a decisão dese  candidatar a este posto, no Vº Congresso Ordinário a realizar em Setembro proximo, para contribuir na consolidação do Estado de Direito Democrático na Guiné-Bissau.

“Por isso, espero que prevaleça o espírito de “Fair-play Democrático”, preservando o interesse do nosso Partido, honrando as nossas obrigações para com o País e promovendo ações políticas reais, que vão sustentar o desenvolvimento efetivo do País e o bem-estar social do povo guineense”, disse.

O candidato cujo projecto  tem como lema - “Mudança Racional para um Futuro Real e Risonho", frisou ainda que a hora é para verdadeira Renovação Social com base na Liberdade, Transparência e Justiça.

Duarte Quadé disse que o lema  de candidatura demonstra a necessidade urgente da classe politica abandonar comportamentos negativos, com os quais, segundo disse, a propria sociedade guineense ja se conforma.

“Por exemplo, a falta de espírito de patriotismo, da verdade, do amor ao trabalho, injustiça social, corrupção e nepotismo”, criticou.

O candidato que é membro do Conselho Nacional do PRS disse que comportamentos acima referidos devem ser eliminados através de accoes racionais, cultivando o espírito de patriotismo, justiça imparcial, trabalho sério, gestão coerente de coisa pública e honestidade.

Duarte Quadé referiu que o PRS foi fundado com o objetivo de saciar a crónica fome do povo guineense, que chorava para a obtenção de uma sociedade moderna e culta, pela liberdade, transparência e justiça, “porque imperava a opressão sobre o povo guineense, perpetuado pelos dirigentes do PAIGC”.

 “O PRS surgiu para promover a renovação social, mudança de mentalidade, a liberdade, transparência e a Justiça, que tanto o povo guineense almeja, por isso deve assumir as suas responsabilidades como um partido que surgiu para dar respostas positivas aos  mais variados problemas que dificultam o desenvolvimento do país e do bem-estar social do povo guineense”, sustentou.

Falando da crise política que já dura há dois anos Quadé disse que é da inteira responsabilidade do PAIGC, como partido que ganhou as eleições e que, segundo ele, não soube gerir o seu problema interno.

“Isso levou com que o PRS que no início tinha alinhado com os libertadores na  governação do país, porque o poder não podia ficar na rua depois do bloqueio das instituições públicas, principalmente da Assembleia Nacional Popular”, realcou.

O candidato disse esperar que os trabalhos da reuniao Magna decorra sem incidentes e que de lá saia uma família política renovadora como sempre, mais unida.

Duarte Quadé formou-se em Relações Publicas na Rússia e ingressou no PRS em 1998, tendo ocupado os cargos de responsável de base do partido em Bissau no Bairro de Reino, chefe de gabinete do presidente do partido e membro de Conselho Nacional dos Renovadores.

Quadé vai disputar o lugar de Secretário-geral do partido com o titular cessante, Florentino Mendes Pereira.  

ANG/MSC/JAM/SG

Ano lectivo 2017/18 - Professores de Oio ameaçam boicotar início das aulas

Bissau, 28 Ago 17 (ANG) – Os professores contratados da Região de Oio, ameaçam paralisar o início de novo ano lectivo, caso não lhes forem pagos os quase 5 meses de salários em atraso.

Citado pelo jornal Nô Pintcha na sua última edição, o porta-voz dos professores, Cabiro Camará considerou injusta o que disse estar a acontecer, “o não pagamento dos seus salários enquanto que colegas seus de outras regiões  e recém-contratados já recebem os seus salários.

O porta-voz questionou sobre os trabalhos dos inspectores a nível da região, principalmente do seu sector os quais acusa de, até agora não conseguiram fazer nada para resolver a situação.

“Se de facto os inspectores colocados na região cumprirem o papel que lhes cabe, este problema há muito que seria resolvido”, disse Cabiro Camará.

Ao nível de Bissorá são 85 professores que não recebem os seus  ordenados desde Janeiro, disse acrescentando  que, a persistir o problema, os docentes afectados irão promover uma marcha pacífica de protesto no itinerário Rotunda do Aeroporto/ Palácio de Governo/Ministério da Educação.

“E só na Guiné-Bissau que isso acontece. Para mim, os professores contratados devem merecer uma atenção especial, porque trabalham em regime de contrato, e podem a qualquer momento inviabilizar o ano lectivo”, disse o porta-voz que adverte que se não fossem os contratados, a maioria das tabancas do interior ficariam sem professores. 

 ANG/LLA/JAM/SG

Deslizamentos e inundações na Serra Leoa terão feito mais de mil mortos

Mais de mil pessoas morreram na sequência dos deslizamentos de terra e inundações que afetaram a capital de Serra Leoa há cerca de duas semanas, anunciaram uma líder local e um padre durante as cerimónias de homenagem às vítimas.



As inundações e os deslizamentos ocorreram a 14 de agosto e, segundo a agência Associated Press (AP), o governo do país anunciou inicialmente a morte de 450 pessoas, enquanto as organizações não governamentais (ONG) apontavam que as 600 pessoas desaparecidas dificilmente seriam encontradas com vida.

"Mais de mil pessoas morreram nos deslizamentos de terra e nas inundações e nunca saberemos o número exato", afirmou Elenoroh Metzger, líder das mulheres de Regent, uma zona na periferia da capital Freetown, onde ocorreram os deslizamentos.

Centenas de funerais têm sido realizados, enquanto continuam os trabalhos de resgate debaixo de chuva. As condições climatéricas, aliás, poderão causar novos deslizamentos e casas soterradas, já que as habitações são feitas de materiais precários.

Já o reverendo Arnold Temple, que celebrou hoje a missa numa igreja metodista perto de Regent, defendeu que uma contagem rigorosa é importante para fazer a contabilização.

"É bem provável que sejam mais de mil pessoas mortas que nós agora choramos. Mas por que razão é que a vida de cerca de mil compatriotas nossos terminaram desta forma trágica?", questionou.

Também a mulher do Presidente Ernest Bai Koroma falou durante as cerimónias para dizer estar com o "coração pesado" e que o país tem passado por imensas calamidades.

"Devíamos todos fazer um exercício de introspeção e aprender a ser obediente às leis do homem, especialmente quando o governo planeia tomar uma atitude pelo desenvolvimento do país", defendeu Sai Koroma.

Entretanto, e por causa das chuvas, centenas de pessoas que vivem em zonas de risco estão a ser retiradas, enquanto as ONG entregam mantimentos e água potável de forma a prevenir possíveis doenças.

De acordo com a AP, há críticos que acusam o governo da Serra Leoa de não ter aprendido com catástrofes anteriores em Freetown, onde muitas das zonas pobres estão perto do mar e falta escoamento de águas. A capital sofre também com as construções ilegais nas suas colinas.

Na semana passada, a agência France-Presse, citando fonte da morgue central de Freetown, dava conta de 499 mortos, incluindo 156 crianças, mas com as equipas de socorro ainda à procura de mais vítimas.

NAOM

Aiea, FAO e África reforçam vigilância a doenças animais e outras

Mais de 150 participantes de 40 nações africanas debateram como prevenir ébola, febre hemorrágica de Marburgo e a chamada varíola dos macacos entre outros; 75% das doenças humanas começam em animais.

Mais de 150 pessoas participaram do encontro na sede da Aiea, em Viena, Áustria. Foto: Aiea

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.

A Agência Internacional de Energia Atómica está a cooperar com países africanos para melhorar a saúde humana e animal no continente.

Na semana passada, mais de 150 pessoas incluindo vários especialistas reuniram-se sobre o tema com peritos em vida selvagem e veterinária para conter os surtos de enfermidades na região. O encontro ocorreu na sede da Aiea, em Viena, na Áustria.

Equipamentos

Na reunião participaram ainda representantes da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO. A proposta é fortalecer a vigilância de doenças como ébola, as febres hemorrágicas do Marburgo e da Crimeia-Congo e a chamada varíola dos macacos.

O projeto para unir forças entre as agências da ONU e os países africanos começou em 2014 durante o surto de ébola no oeste da África.

Com a formação, peritos em países africanos poderão detetar a doença com equipamentos de diagnóstico. A tecnologia nuclear permite ainda a identificação do vírus em apenas algumas horas.

Longo prazo

O diretor da Divisão de África da Aiea, Shaukat Abdulrazak, informou que ainda não se sabe quando e onde o próximo surto venha a ocorrer, mas segundo ele é fundamental que os países que possam ser atingidos, estejam preparados para o longo prazo.

Cerca de 75% das doenças humanas começam em animais. Mapear a prevalência do vírus na vida selvagem que migra entre fronteiras é um passo fundamental para combater o problema.

Unmultimedia.org

domingo, 27 de agosto de 2017

CUIDADO COM CERTAS PESSOAS QUE SE DIZEM AMIGAS

FrasesDitosDesditos

FLOYD MAYWEATHER DERROTA CONOR MCGREGOR E FAZ HISTÓRIA

Irlandês aguentou até ao 10.º round, até que o norte-americano venceu por KO técnico


50-0. O norte-americano Floyd Mayweather ampliou esta madrugada a sua lenda, ao somar a 50.ª vitória da sua carreira, ainda que o triunfo tenha sido mais difícil (ou menos fácil...) do que inicialmente se esperava. Diante de Conor McGregor, Money triunfou ao décimo assalto, por KO técnico, num combate no qual o irlandês deu muito boa conta de si, provavelmente contra todas as expectativas.

McGregor começou mais forte, levando a melhor nos primeiros assaltos, até que Mayweather 'acordou' e/ou o irlandês se cansou. Quando chegou esse momento, o norte-americano, pese embora os seus 40 anos, mostrou-se num estado de forma impressionante, carregando sobre o adversário, de 29 anos, de forma clara, até que, ao décimo assalto, o árbitro não teve outra solução que não decretar o final do combate.

Com mais este triunfo (o último da carreira?), Floyd Mayweather supera o recorde histórico de Rocky Marciano, com 50 triunfos em 50 combates, tornando-se no detentor da melhor carreira (a nível estatístico, pelo menos) da história do boxe. Quanto ao futuro, o norte-americano assegurou que este foi mesmo o seu último combate, ainda que, neste âmbito, dizer que se retira nem sempre é um facto consumado para o Mayweather...

Autor: Fábio Lima

Record.pt

Samakuva adverte que não há um Presidente eleito

Isaías Samakuva

Presidente da UNITA quer saber como CNE chegou aos números divulgados sem as actas das províncias

O líder da UNITA disse que Angola não tem ainda um Presidente eleito e lembrou que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) não tem os resutlados validados.

Na sua primeira declaração pública depois de uma reunião do partido, em Viana, Isaías Samakuva, sublinhou que "nos termos da lei", o país "ainda não tem um Presidente eleito", mas que só se proncuniará formalmente depois de a CNE divulgar os resultados definitivos.

Samakuva disse que os dados apresentados até agoa não contemplam os resultados compilados nas províncias porque esse trabalho começou a ser realizado apenas neste sábado, 26.

O presidente da UNITA saudou os eleitores e remeteu para depois uma posição definitive do seu partido sobre as eleições.

VOA

Malal Sané: novo secretário permamente da CRSP

Malal Sané, antigo Ministro de Estado da Guiné-Bissau, tomou posse em Dacar como secretário permanente da Comissão Sub-regional das Pescas.

Malal Sané, antigo Ministro de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares na Guiné-Bissau, tomou posse esta sexta-feira (25/08) como novo Secretário Permanente da Comissão Sub-regional das Pescas - CRSP na sigla francesa.


A CRSP sedeada em Dacar, foi criada em 1985 e dela fazem parte : Guiné-Bissau, Cabo Verde, Guiné Conacri, Senegal, Mauritânia, Gâmbia e mais recentemente a Serra Leoa.

As prioridades de Malal Sané  ão redinamizar e relançar esta instituição, que está "parada desde 2013...harmonizar as políticas e legislações no sector das pescas no seio dos sete países membros, combater a pesca ilegal na sub-região, re-negociar os acordos de pesca entre outros com a União Europeia, mas também facilitar a troca de informações e de conhecimentos" no sector.

Para ocupar este cargo Malal Sané foi substituído como ministro de Estado da Guiné-Bissau no inicio de Agosto por Soares Sambú até então conselheiro do primeiro-ministro para assuntos diplomáticos, e já ocupou vários cargos governamentais, entre os quais chefe da diplomacia no governo liderado por Baciro Djá.

Pt.rfi.fr/africa

sábado, 26 de agosto de 2017

Água salgada pode substituir água doce e afetar agricultura

A seca está a provocar a diminuição dos caudais dos rios e a substituição da água doce por água salgada, que afeta terrenos agrícolas e mesmo aquíferos, alertam especialistas ouvidos pela Lusa.


Em 2004/2005 a maré alta no rio Tejo chegou a Valada do Ribatejo, concelho do Cartaxo, e em Vila Franca apanhavam-se corvinas e robalos (peixes de água salgada que toleram água de baixa salinidade), recordou à Lusa Eugénio Sequeira, ambientalista e antigo presidente da Liga de Proteção da Natureza.

E agora, acrescenta, está a acontecer de novo, "em qualquer rio, em Aveiro, em Coimbra, na foz do Guadiana...".

Mas além da entrada da água do mar rios dentro a especialista em recursos hídricos Carla Graça, da associação ambientalista Zero, aponta "a introdução salina nos aquíferos" (reservas de água subterrâneas) como outra consequência da seca.

Na página da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), dados do final de julho indicam que parte das massas subterrâneas observadas "se apresentam, na generalidade, inferiores às médias mensais" e que em 25 delas os níveis de água são "significativamente inferiores" aos valores médios mensais.

Também questionado pela Lusa, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) admitiu que diminuindo o caudal dos rios "há uma maior intrusão de sais vindos do mar, que podem originar mais sais na água de rega e, consequentemente, provocar a sua acumulação no solo".

No entanto, acrescenta, se no inverno seguinte à seca chover normalmente os sais acumulados são lixiviados e a água dos rios também volta à sua salinidade normal. "Só um ano de seca não irá tornar os terrenos improdutivos", conclui o INIAV.

Eugénio Sequeira entende no entanto que "a rega, a longo prazo, vai ser um problema complicadíssimo". E fala da seca mas também dos fogos e das cinzas depositadas nas albufeiras. "Que água vamos beber quando começar a chover?", questiona.

O especialista fala de outro problema que os solos vão enfrentar, a alta concentração de sódio. O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas diz, em informação disponível 'online' que a sodização é a maior ameaça da salinização e que o sódio tem um efeito negativo no crescimento das plantas.

A solução é "lavar" os terrenos e para isso é preciso mais água, que não há, diz Eugénio Sequeira. "Quanto mais seca mais água é necessária. Estamos a caminhar a passos largos para a catástrofe", por causa da seca, das alterações climáticas, do desordenamento e da incapacidade dos portugueses de trabalharem em conjunto, resume Eugénio Sequeira.

Filipe Duarte Santos, investigador e professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, resume assim os problemas: já estamos a sofrer as consequências das mudanças climáticas.

Em toda a região mediterrânica houve nos últimos 55 anos uma redução da precipitação de 40 milímetros por década, e "isto afeta muito tudo o que depende dos recursos hídricos, a disponibilidade de água, a qualidade, a agricultura, a intrusão salina", diz o professor.

Em resumo também, diz Filipe Duarte Santos: "a situação é grave". E em Portugal, se não chover nas próximas semanas a água que vem dos rios que nascem em Espanha será menos e com menos qualidade.

A seca, as ondas de calor, é algo a que temos "de nos adaptar", afirma, admitindo que o futuro possa passar pela dessalinização da água do mar.

Até lá "estamos a brincar com coisas sérias", afirma Eugénio Sequeira, assumidamente irritado com o que vê, ou que não vê, que cita estudos que admitem que o deserto do Saara vai chegar ao rio Tejo, que alerta para as cinzas dos incêndios que são hidrófobas (impedem a infiltração da água).

"A prioridade é reter as águas nas encostas, é o que se deveria fazer onde houve fogos. É preciso fazer charcos onde a água se infiltrasse. E isso não está a ser feito em lado nenhum", avisa. Não há, conclui, ordenamento, medidas de fundo.

E Carla Graça ainda acrescenta outro dado: "nos incêndios há a queima de biomassa que provoca a formação de compostos voláteis que são cancerígenos. Vão para a atmosfera e depois depositam-se no solo. No ano passado foram encontrados concentrados elevados em Vila Velha de Ródão".

O INIAV sugere que em anos de seca se faça uma melhor gestão da água de rega mas a Zero diz que o Programa Nacional para o uso Eficiente da Água está "na gaveta há quatro anos", e que as medidas preconizadas pela Comissão de Acompanhamento da Seca de 2012 não foram implementadas. Sobre isso Eugénio Sequeira teria uma pergunta a fazer.

NAOM

Porque é que o arroz branco 'engorda' mais do que o integral?

Apesar de terem praticamente o mesmo número de calorias, o arroz branco parece engordar mais do que o segundo. Descubra porquê.


Pelo seu alto teor de hidratos de carbono, muitas pessoas consideram que o arroz é um alimento que não pode estar muitas vezes na alimentação diária de quem quer emagrecer ou manter o peso. No entanto, na Ásia as pessoas chegam a consumir até 30 porções de arroz por semana e este continente não é conhecido por casos de excesso de peso e obesidade.

Então, afinal, o arroz engorda ou não? O Buena Vida do El País responde dizendo que depende da variedade do arroz e da forma como o consome.

Ainda que existam cerca de 10 mil tipos diferentes de arroz, todos podem incluir-se em dois grupos, o grupo do arroz índico, cultivado nos trópicos, e o arroz japónico, de zonas de clima temperado e com o alto teor de amido, que o organismo converte em açúcar e que dá origem aos malfadados ‘pneuzinhos’.

São todos ricos em hidratos de carbono, principalmente amido, e, em menor grau, em proteínas e lípidos. Mas o que é que faz com que o arroz integral possa entrar na dieta de quem quer emagrecer ou manter o peso e o branco nem tanto?

As suas calorias, de acordo com o site americano Authority Nutrition, mal mudam: 100 gramas de arroz branco cozido fornecem 130 kcal e contêm 29 gr de hidratos de carbono; no caso da versão integral são 112 calorias e 24 gramas de hidratos de carbono, com maiores percentagens de nutrientes. "A versão integral é mais recomendada devido ao seu maior teor de fibras, que se encontra nas camadas externas dos grãos, além de maior oferta de minerais e vitaminas", conclui Cristina Molina-Rosell diretora do Instituto de Agroquímica e Tecnologia dos Alimentos (IATA).

Mas não é só isso. Enquanto o arroz branco é absorvido mais rápido e traz menos benefícios, o integral atrasa a digestão - o que gera uma maior sensação de saciedade e evita que mais calorias sejam ingeridas.

No que toca ao seu consumo, na cozinha asiática o arroz é comido simplesmente cozido e como acompanhamento, enquanto que na Europa, em países como Espanha e Portugal, o arroz é muitas vezes prato principal, como no caso do arroz de frango ou na paella. Isso faz com que o arroz se torne mais calórico e muitas vezes menos saudável – quando adicionado a refogados muito escuros e gordurosos, por exemplo.

NAOM