sexta-feira, 1 de dezembro de 2023
REAÇÃO DO PRS
O porta voz do governo afirmou que a situação voltou à normalidade. Muniro Conte diz que o governo da coligação PAI-TERRA RANCA está aberto a colaborar com a Justiça, uma vez que os procedimentos legais forem respeitados
GUINÉ-BISSAU: Polícia Militar confirma pelo 2 mortos nos confrontos armados em Bissau
POR LUSA 01/12/23
A Polícia Militar guineense disse à Lusa que pelo menos dois militares morreram nos combates registados em Bissau na madrugada e manhã de hoje entre agentes da Guarda Nacional e elementos do Batalhão do Palácio presidencial.
De acordo com a mesma fonte, os mortos seriam um agente da Guarda Nacional e um militar do Batalhão presidencial.
"Para já estamos ainda a averiguar, mas pelo menos, podemos confirmar estas duas mortes", referiu a fonte da Polícia Militar, corpo do exército que mantém a ordem entre os militares em caso de altercações armadas.
A mesma fonte indicou ainda que até ao momento foram registados dois feridos, que estão a receber tratamento médico.
O vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Mamadu Turé "Nkrumah", emitiu um comunicado em que informa a população e a comunidade internacional de que a "situação voltou à calma" e que tudo foi provocado pela atuação do Comandante da Guarda Nacional, Vítor Tchongo, ao mandar libertar os dois membros do Governo detidos na Polícia Judiciária (PJ).
"Por estas razões as Forças Republicanas levantaram-se e repuseram a ordem constitucional", lê-se no comunicado.
Os disparaos ecoaram por toda a cidade de Bissau e partiram das imediações do quartel no bairro de Luanda e de outras instalações da Guarda Nacional, de acordo com os relatos que foram chegando à Lusa.
A zona dos bairros mais próximos dos disparos, como Santa Luzia, Luanda, Empantcha esteve, nas primeiras horas da manhã, sem movimentos de viaturas e pessoas, algum comércio encerrou, mas noutras zonas da cidade a população manteve as rotinas normais, mesmo com o som dos disparos.
O ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seidi, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, foram postos em prisão preventiva, na quinta-feira, depois de ouvidos pelo Ministério Público.
Os governantes estão a ser investigados no âmbito de um pagamento de seis mil milhões de francos CFA (cerca de 10 milhões de dólares) a 11 empresários, através de um crédito a um banco comercial de Bissau.
Horas depois da decisão judicial, foram retirados das celas da PJ pela Guarda Nacional e hoje de manhã, na sequência dos confrontos, voltaram a ser colocados nos calabouços da Polícia Judiciária.
Vários dirigentes do Ministério da Economia e Finanças já foram ouvidos desde a semana passada no âmbito do processo que levou à detenção dos dois principais responsáveis da instituição.
Parabéns para PR e PGR.
Por O Democrata Osvaldo Osvaldo
Cidadão emocionado calma! A política não é para amadores e muito menos cabe na cabeça de um observador egocêntrico, pois não interessa tendências politicas publicitárias e marquetológicas.
Será que em Portugal a Guarda Nacional ou Ministério do interior têm autoridade para libertar cidadãos presos? Se a resposta for afirmativa, por quê que a Guarda Nacional Brasileira não libertou Lula da prisão? Eis uma grande questão que todos os que se prezam de democratas deviam perguntar e questionar integralmente!
Concluindo
Umaro acabou de fazer uma interpretação esperta da sua autoridade. É ainda o começo da subida da escada! Libertar os bandidos sobre alçadas da Justiça, são mentiras para que moral não vá pela fossa abaixo. Pois são meramente LUNÁTICOS! Muitos não conseguem sentar-se à mesa e jantar! É uma noite de todos os pesadelos até pode ser que o entrudo veio mais depressa pois, muitos estão vestindo de mulheres para fugirem!
Falado bá, 'chefe, cai mas, palavras firma'!
Ele não é o meu Pr, pois estando lá ele deve e é obrigado exercer o cargo, o que aconteceu chama-se de restauração da autoridade da presidência.
PGR serviu-se o verdadeiro propósito Constitucional pois, os artigos da Constituição não foram feitos como refúgio dos criminosos e de banditismo de todas as espécies!
Parabéns para PR e PGR.
Logo se saberá.
Até manhã!
Feliz dia para emocionados.
sexta-feira, 1 de dezembro
Juvenal Cabi Na Una.
Governo da Guiné-Bissau acusa batalhão presidencial de "uso" da força
© Lusa
POR LUSA 01/12/23
A coligação no Governo na Guiné-Bissau acusou hoje o batalhão do Palácio Presidencial de estar a fazer um uso "desproporcional e despropositado" da força após confrontos com a Guarda Nacional relacionados com a detenção de dois membros do executivo.
Em declarações à agência Lusa a partir de Bissau, uma fonte da Coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) -- Terra Ranka, que pediu para não ser identificada, considerou que a troca de tiros que ocorreu esta madrugada e hoje de manhã em Bissau é "um golpe de força da Presidência da República contra a Guarda Nacional que simplesmente havia protegido a vida de dois membros do governo".
"Nada justifica tal uso da força e este nível de violência indiscriminada", acrescentou a mesma fonte, pedindo à comunidade internacional que exija uma intervenção da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental CEDEAO), que tem no país uma força desde a tentativa de golpe de Estado de 01 de fevereiro de 2022.
Tiros de armas ligeiras e pesadas voltaram a ser ouvidos em Bissau desde as 07h00 desta manhã (mesma hora em Lisboa), depois de ao início da madrugada a capital da Guiné-Bissau ter sido surpreendida por disparos.
Os tiros acontecem na sequência de tensões vividas durante toda a noite de quinta-feira, depois de o Ministério Público ter decretado a prisão preventiva do ministro das Finanças, Sulemaine Seide, e do secretário de Estado do tesouro, António Monteiro.
Os governantes estão a ser investigados no âmbito de um pagamento de seis mil milhões de francos CFA (cerca de 10 milhões de dólares) a 11 empresários, através de um crédito a um banco comercial de Bissau.
Leia Também: Detido comandante da Guarda Nacional da Guiné-Bissau
Ministro da Guiné-Bissau e secretário de Estado reconduzidos à prisão
© Lusa
POR LUSA 01/12/23
O ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, Suleimane Seidi, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, foram reconduzidos hoje à prisão após terem sido libertados na noite de quinta-feira por soldados da Guarda Nacional.
Fonte militar disse à Lusa que os dois governantes se encontravam no quartel da Guarda Nacional, no bairro de Luanda, arredores de Bissau, de onde foram levados novamente "para as celas da Polícia Judiciária" no bairro de Reno.
Suleimane Seidi e Antonio Monteiro foram postos em prisão preventiva, na quinta-feira, apôs seis horas de interrogatórios no Ministério Público, e momentos depois foram retirados das celas pela Guarda Nacional.
Por volta da 01h00 desta manhã eclodiram violentos tiroteios em Bissau, concretamente junto ao quartel da Guarda Nacional, no bairro de Luanda.
Fontes militares indicaram à Lusa tratar-se de confrontos entre soldados daquela corporação e elementos do Batalhão da Presidência da República.
As mesmas fontes precisaram que a Polícia Militar foi enviada ao local dos combates e esta manhã, por volta das 08h30, deteve o comandante da Guarda Nacional, coronel Vítor Tchongo, e "mais alguns elementos" daquela corporação.
Tchongo e os outros detidos da Guarda Nacional foram conduzidos para as celas no quartel do Estado Maior General das Forças Armadas, na Amura, no centro de Bissau.
Na capital da Guiné-Bissau deixaram de se ouvir, por volta das 09h00, os disparos de armas, que começaram cerca das 01h20 desta sexta-feira, prolongaram-se por alguns minutos e voltaram a ouvir-se pouco depois das 07h00.
Nos dois momentos, os tiros ecoaram por toda a cidade de Bissau e partiram das imediações do quartel no bairro de Luanda e de outras instalações da Guarda Nacional, de acordo com os relatos que foram chegando à Lusa.
A zona dos bairros mais próximos dos disparos, como Santa Luzia, Luanda, Empantcha esteve, nas primeiras horas da manhã, sem movimentos de viaturas e pessoas, algum comércio encerrou na capital da Guiné-Bissau, mas noutras zonas da cidade a população manteve as rotinas normais, mesmo com o som dos disparos.
Os tiros aconteceram na sequência de tensões vividas durante toda a noite de quinta-feira, depois de o Ministério Público ter decretado a prisão preventiva do ministro das Finanças, Sulemaine Seide, e do secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro.
Os governantes estão a ser investigados no âmbito de um pagamento de seis mil milhões de francos CFA (cerca de 10 milhões de dólares) a 11 empresários, através de um crédito a um banco comercial de Bissau.
Logo após a denúncia do caso, o Ministério Público efetuou buscas e apreendeu documentos no Ministério da Economia e Finanças e ainda no banco que concedeu o crédito para o pagamento aos empresários.
Vários dirigentes da pasta da Economia e Finanças já foram ouvidos desde a semana passada, no âmbito do processo judicial que levou à prisão preventiva dos dois principais responsáveis do ministério.
Leia Também: Governo da Guiné-Bissau acusa batalhão presidencial de "uso" da força
COP28: Guterres pede ações imediatas e vontade política podem evitar “colapso e incêndio do planeta”
António Guterres na COP27 (GettyImages)
cnnportugal.iol.pt, 01/12/23
Secretário-geral das Nações Unidas alerta que "os sinais vitais da Terra estão a falhar: emissões recorde, incêndios ferozes, secas mortais e o ano mais quente de sempre"
O secretário-geral das Nações Unidas afirmou esta sexta-feira, na abertura da Cimeira Mundial de Ação Climática, no Dubai, que ainda é possível evitar o “colapso e incêndio do planeta” se os países agirem “agora”, com liderança, cooperação e vontade política.
Discursando na cerimónia de abertura da reunião de líderes políticos integrada na 28.ª conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas (COP 28), António Guterres exortou os países a adotarem medidas urgentes para a “reduzirem drasticamente as emissões”, acelerarem a transição justa e equitativa para as energias renováveis, e promoverem uma justiça climática que proteja os países em desenvolvimento.
O secretário-geral da ONU começou por felicitar o presidente da COP28, Sultan Ahmed Al Jaber, pelo “início positivo” da conferência, “com uma aprovação rápida da agenda e a operacionalização histórica do Fundo para Perdas e Danos”.
Recordando que no espaço de pouco tempo presenciou em dois pontos distantes do planeta – Antártida e Nepal – o derretimento da calote polar e a fusão de glaciares, Guterres disse que o desaparecimento do gelo polar e dos glaciares, à vista de todos, está a causar danos em todo o mundo, desde deslizamentos de terras e inundações até à subida dos mares, uma “doença” que os líderes mundiais “podem curar”.
“Os sinais vitais da Terra estão a falhar: emissões recorde, incêndios ferozes, secas mortais e o ano mais quente de sempre. Estamos a milhas dos objetivos do Acordo de Paris - e a minutos da meia-noite para o limite de 1,5 graus. Mas não é demasiado tarde. É possível evitar o colapso e o incêndio do planeta. Dispomos das tecnologias necessárias para evitar o pior do caos climático - se agirmos agora”, afirmou.
Lembrando que o painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas traçou “um caminho claro” para limitar o aquecimento global a 1,5 ºC acima dos valores médios da era pré-industrial, o secretário-geral da ONU frisou que para tal é necessário “liderança - cooperação - e vontade política” e é necessário “agora”.
António Guterres chamou a atenção para o facto de o aquecimento global “estar a rebentar orçamentos, a fazer disparar os preços dos alimentos, a perturbar os mercados energéticos e a alimentar uma crise de custo de vida”.
Para o responsável da ONU, a ação climática pode mudar a situação e as energias renováveis são um caminho certo para o planeta, para a saúde e para a economia.
“O diagnóstico é claro: Em primeiro lugar, reduzir drasticamente as emissões. O G20 - que representa 80% das emissões mundiais - deve assumir a liderança. Exorto os países a acelerarem os seus calendários de emissões líquidas nulas, de modo a atingirem esse objetivo o mais próximo possível de 2040 nos países desenvolvidos e de 2050 nas economias emergentes”, afirmou.
Em segundo lugar, António Guterres assinalou a necessidade de acelerar uma transição justa e equitativa para as energias renováveis, porque a meta de 1,5 graus só é possível com o fim dos combustíveis fósseis, de modo a fornecer “energia limpa a todos até 2030”.
“Tenho uma mensagem para os líderes das empresas de combustíveis fósseis: a vossa velha estrada está a envelhecer rapidamente. Não se deixem levar por um modelo de negócio obsoleto. Liderem a transição para as energias renováveis. Não se enganem - o caminho para a sustentabilidade climática é também o único caminho viável para a sustentabilidade económica das vossas empresas”, defendeu.
Guterres exortou os governos a ajudarem a indústria a fazer “a escolha certa”, regulamentando, legislando, colocando um preço justo no carbono, acabando com os subsídios aos combustíveis fósseis e adotando um imposto sobre os lucros inesperados.
Em terceiro lugar, o secretário-geral das Nações Unidas, sublinhou que “há muito tempo que a justiça climática é necessária”, pois “os países em desenvolvimento estão a ser devastados por catástrofes que não causaram”.
“Os custos exorbitantes dos empréstimos estão a bloquear os seus planos de ação climática. E o apoio é demasiado escasso e demasiado tardio”, afirmou, acrescentando que o balanço global deve incluir um comprometimento com o aumento do financiamento, nomeadamente para adaptação e para perdas e danos.
“E tem de apoiar a reforma dos bancos multilaterais de desenvolvimento para mobilizar muito mais financiamento privado a custos razoáveis, frisou, instando os países desenvolvidos a mostrar como vão duplicar o financiamento da adaptação para 40 mil milhões de dólares por ano até 2025 - como prometido - e clarificar como vão cumprir os 100 mil milhões de dólares - como prometido.
ISRAEL/PALESTINA: Israel sabia de planos de ataque do Hamas há um ano, diz New York Times
© Lusa
POR LUSA 01/12/23
As autoridades de Israel sabiam dos planos de ataque do Hamas há pelo menos um ano, mas descartaram a possibilidade por serem complicados de executar, avançou na quinta-feira o jornal The New York Times.
Citando "documentos, e-mails e entrevistas" a que teve acesso, o jornal norte-americano afirmou que o plano descrevia com grande precisão um ataque surpresa como o que o grupo islamita palestiniano levou a cabo a 7 de outubro, que causou 1.200 mortos em Israel e mais de 200 reféns.
O plano de 40 páginas, com o nome de código 'Muro de Jericó', previa a utilização de drones para destruir as câmaras de segurança ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, ou a entrada em massa de militantes a pé, de mota e de parapente, embora não fixasse uma data para a operação.
Os oficiais militares da região não acreditavam que fosse possível um ataque desta dimensão. Não é claro se o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ou outros líderes políticos tiveram acesso aos documentos, notou o jornal.
O ataque do Hamas levou Netanyahu a declarar guerra ao Hamas e a lançar uma ofensiva na Faixa de Gaza que já custou a vida a mais de 15 mil pessoas.
Quinta-feira foi o sétimo dia de uma trégua, mediada pelo Qatar, Egito e Estados Unidos, que inclui a libertação de reféns e prisioneiros e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
O cessar-fogo temporário foi prolongado na quinta-feira de manhã por mais 24 horas e não se sabe se continuará hoje.
O prolongamento da trégua implicaria a libertação de mais 10 reféns israelitas por dia em troca da libertação de 30 prisioneiros palestinianos.
Entretanto, o Qatar continua a trabalhar com os parceiros regionais e internacionais no sentido de um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza.
Até ao momento, foram libertados 105 prisioneiros em Gaza, incluindo 81 israelitas e 24 estrangeiros, enquanto Israel libertou 240 prisioneiros palestinianos, todos eles mulheres e menores.
Leia Também: Israel. Combates retomam na Faixa de Gaza após fim de trégua
NO COMMENT!
🔴#GUINÉ_BISSAU ‼️Detido comandante da Guarda Nacional Coronel Vítor Tchongo ( Foto)
Tiros de armas de guerra ouvidos em Bissau
POR LUSA 01/12/23
Tiros de armas de guerra foram ouvidos hoje, em Bissau, capital da Guiné-Bissau, por volta da 1h20 (mesma hora em Lisboa), prolongando-se por alguns minutos, como testemunhou a Lusa no local.
Os tiros foram ouvidos no bairro de Luanda, arredores de Bissau e desconhece-se a origem dos disparos.
Os tiros acontecem na sequência de tensões vividas durante toda a noite de quinta-feira, depois de o Ministério Público ter decretado a prisão preventiva do ministro das Finanças, Sulemaine Seide, e do secretário de Estado do tesouro, António Monteiro.
Os dois membros do Governo foram levado para a sede da Polícia Judiciária, de onde terão sido retirados das celas por elementos da Guarda Nacional, segundo indicaram à Lusa várias testemunhas.
O ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, Suleimane Seidi, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, foram hoje detidos no âmbito de um processo relacionado com pagamentos a empresários, disse à Lusa fonte judicial.
De acordo com a fonte, Seidi e Monteiro ficaram em prisão preventiva e foram conduzidos para as celas da Polícia Judiciária no bairro do Reno, perto do Mercado do Bandim, no centro de Bissau, após cerca de seis horas de audição no Ministério Público.
Os dois governantes estão a ser investigados no âmbito de um pagamento de seis mil milhões de francos CFA (cerca de 9,14 milhões de euros) a 11 empresários, através de um crédito a um banco comercial de Bissau.
A oposição, que denunciou o caso no parlamento, defende tratar-se de crime prevaricação e desrespeito a normas orçamentais, imputados ao Ministro da Economia e Finanças, ouvido na passada segunda-feira no parlamento.
Naquela instância, Suleimane Seidi confirmou a solicitação do crédito, defendeu que todo o processo obedeceu à legalidade e ainda reafirmou ser um procedimento normal entre os Governos da Guiné-Bissau.
A oposição, na voz do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15) considera o processo fraudulento por envolver "apenas empresários ligados ao Governo" da coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI - Terra Ranka).
Logo após a denúncia do caso, o Ministério Público efetuou buscas e apreendeu documentos no Ministério da Economia e Finanças e ainda no banco que concedeu o crédito para o pagamento aos empresários.
Vários dirigentes do Ministério da Economia e Finanças já foram ouvidos desde a semana passada e hoje os dois principais responsáveis da instituição foram detidos.
Suleimane Seidi e António Monteiro são dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que lidera a coligação PAI -Terra Ranka, no Governo, juntamente com o Partido da Renovação Social (PRS), Partido dos Trabalhadores da Guiné (PTG) e mais cinco pequenas formações políticas.
O Madem G15 e a Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU - PDGB) são os únicos da oposição no parlamento.
A detenção do titular da pasta das Finanças ocorreu no dia em que o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, o Orçamento Geral do Estado para 2024, agendado para discussão e votação na sessão plenária da Assembleia Nacional Popular, que decorre até 27 de dezembro.
Última hora: Tiroteio no Bairro de Luanda em Bissau, segundo os moradores.
Por Radio Voz Do Povo
A troca de tiros começou por volta da 1hora e 20 minutos locais, desta sexta-feira. Até aqui pouco se sabe sobre os autores dos disparos.
Este ato desencadeou uma movimentação de vários agentes da segurança, que foram colocados a fazer patrulhamentos nas ruas de Bissau.
Detidos pelo Ministério Público: GUARDA NACIONAL RETIRA DA CELA O MINISTRO DAS FINANÇAS E O SECRETÁRIO DE ESTADO DO TESOURO
O DEMOCRATA 30/11/2023
Um grupo de elementos das forças da Guarda Nacional invadiram esta noite o serviço de Piquete da Polícia Judiciária, situada à frente do mercado de Bandim, para retirar das celas o ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seidi e o Secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, detidos sob ordens do Ministério Público.
Seidi e Monteiro foram ouvidos na tarde desta quinta-feira, 30 de novembro de 2023, para esclarecer o pagamento de seis biliões de francos cfa, correspondes a cerca de 10 milhões de dólares norte-americano a 11 empresas. A audição foi conduzida pela equipa da Comissão de Inquérito do Gabinete de Luta contra a Corrupção e durou mais de quatro horas.
Os magistrados declararam prisão ao ministro e ao secretário de Estado, alegando que é uma medida aplicada para não pôr em causa a investigação em curso.
Os dois governantes foram transportados numa viatura até às celas do serviço de Piquete da PJ, localizado junto ao mercado de Bandim.
O Democrata apurou que uma viatura de elementos das forças da Guarda Nacional invadiu a celas da PJ com armas AK-47 e “bajukas”, dirigiram-se às celas e retiraram o ministro da Economia e Finanças, SuleimaneSeidi e o Secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, e os levaram para lugar incerto.
quinta-feira, 30 de novembro de 2023
Gambiano condenado na Alemanha a prisão perpétua por vários crimes
© iStock
POR LUSA 30/11/23
Um tribunal alemão condenou hoje a prisão perpétua um membro gambiano de um esquadrão da morte que assassinou opositores do antigo ditador Yahya Jammeh, uma sentença descrita pelos familiares das vítimas como um "pequeno passo" na justiça.
O tribunal de Celle (norte da Alemanha) considerou Bai Lowe culpado de "crimes contra a humanidade, assassínio e tentativa de assassínio num total de três casos", no final do primeiro julgamento na Alemanha sobre os abusos cometidos durante o regime de Yahya Jammeh (1994-2017).
Enquanto motorista dos "Junglers", um grupo paramilitar encarregado de intimidar ou eliminar qualquer forma de oposição, Lowe participou em assassinatos no seu país entre 2003 e 2006, incluindo o do correspondente da agência noticiosa France-Presse (AFP) Deyda Hydara, morto a tiro a 16 de dezembro de 2004.
O filho do jornalista, Baba Hydara, que esteve presente em Celle, qualificou a decisão de "importante" para as vítimas da ditadura, mas disse à AFP que este é "apenas o início".
Deyda Hydara foi chefe de redação e cofundador do jornal independente The Point e correspondente da AFP durante mais de 30 anos.
O pai de quatro filhos foi também correspondente da organização não-governamental (ONG) Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e era considerado um dos jornalistas mais antigos deste pequeno Estado da África Ocidental.
A decisão de hoje "é a primeira a reconhecer que foram cometidos crimes contra a humanidade por Yahya Jammeh", afirmou o advogado de Hydara, Patrick Kroker.??????
O tribunal fez um pedido, sem resposta, às autoridades da Gâmbia para que ajudassem no processo, declarou o juiz Ralf Günther.
No entanto, o tribunal conseguiu reunir provas suficientes contra o gambiano, incluindo fotografias que o mostram em uniforme militar e uma entrevista de rádio em 2013, na qual ele deu um relato detalhado dos crimes e da sua execução.
Mais tarde, alegou que tinha mentido durante essa entrevista e que só queria fazer com que os seus concidadãos compreendessem a crueldade do regime de Yahya Jammeh.
Refugiado na Alemanha desde 2012, foi detido em Hanôver em março de 2021.
O seu julgamento foi possível graças à jurisdição universal da Alemanha sobre certos crimes graves ao abrigo do direito internacional, que lhe permite julgar suspeitos no seu território, independentemente da sua nacionalidade ou do local onde os alegados crimes foram cometidos.
Além do assassinato de Hydara, foi também condenado pelo assassinato de um antigo soldado gambiano, Dawda Nyassi. Foi igualmente acusado pela tentativa de assassinato de um advogado, Ousman Sillah, e de duas pessoas que trabalhavam para o jornal cofundado por Hydara, Ida Jagne e Nian Sarang Jobe.
"O verdadeiro cérebro, o ditador Yahya Jammeh, e todos os seus cúmplices devem agora responder pelos seus crimes", declarou o diretor de advocacia dos RSF, Antoine Bernard.
Outros processos em curso fora da Gâmbia incluem o de Ousman Sonko, antigo ministro do Interior, que está a ser julgado na Suíça desde 2017 por crimes contra a humanidade.
O Governo da Gâmbia anunciou, em fevereiro, que estava a trabalhar com a Organização dos Estados da África Ocidental para criar um tribunal para julgar os crimes cometidos durante os cerca de 22 anos de Governo do antigo ditador.
A tarefa afigura-se difícil, pois o antigo Presidente vive no exílio na Guiné Equatorial, um país com o qual a Gâmbia não tem acordo de extradição.
ISRAEL: Hamas reivindica ataque em Jerusalém e apela a "escalada"
© Lusa
POR LUSA 30/11/23
O movimento islamita palestiniano Hamas reivindicou a autoria do ataque a tiro de hoje que matou três pessoas em Jerusalém e apelou para uma "escalada de resistência" contra Israel.
O Hamas disse num comunicado que dois irmãos, "membros das brigadas Ezzedine al-Qassam" num bairro de Jerusalém Oriental, se "sacrificaram ao levar a cabo uma operação" que "matou três colonos e feriu outros".
O grupo considerado como uma organização terrorista por Israel identificou os autores do ataque como os irmãos Mourad Nemr, 38 anos, e Ibrahim Nemr, 30.
A polícia israelita confirmou que os dois atacantes foram mortos a tiro.
quarta-feira, 29 de novembro de 2023
Filho de fundador do Hamas pede que Israel execute membros, incluindo pai
© Noam Galai/Getty Images
Notícias ao Minuto 29/11/23
Yousef defende que a libertação de reféns é um progresso, mas que Israel não se deve concentrar apenas numa trégua.
Mosab Hassan Yousef, filho mais velho de Hassan Yousef, um dos fundadores do Hamas, defendeu que o grupo islamita palestiniano deve ser erradicado e pediu a Israel que execute todos os seus membros, incluindo o seu progenitor.
Conhecido como 'Príncipe verde', Yousef, que trabalhou durante quase uma década como espião para Israel, partilhou esta posição através das redes sociais.
"Eles [Hamas] querem libertar milhares de assassinos em massa em troca de reféns israelistas. Mas Israel não pode permiti-lo, nem a humanidade, porque a libertação destes assassinos significa a morte de outras pessoas inocentes e os criminosos selvagens devem ser julgados e não recompensados por matarem milhares de civis", afirmou, num vídeo divulgado na rede social X (antigo Twitter), na terça-feira.
Yousef defende que a libertação de reféns é um progresso, mas que Israel não se deve concentrar apenas numa trégua.
"Se continuarmos a negociar com o Hamas, eles levar-nos-ão a um círculo vicioso que nunca terá fim. O objetivo deles é escapar impune e não podemos permitir que isso aconteça. Israel tem centenas de membros do Hamas nas prisões e deve usar esta carta para pressionar o grupo islamita. Temos prisioneiros que têm todos os direitos e privilégios do mundo. Prisioneiros como Ibrahim Hamed e Abdullah Barghouti devem ser condenados à morte", disse.
Assim, defendeu que Israel deve dar ao Hamas um prazo para libertar os restantes reféns e, em caso de falha, deve executar todos os membros do Hamas nas prisões israelitas, incluindo o seu pai.
"Nesta guerra não há exceções da ala política e da ala militar do grupo. Cometi erros há 15 anos, quando salvei as suas vidas muitas vezes. Eles devem merecer morrer porque as coisas estão a piorar", atirou.
De realçar que Yousaf era uma das pessoas de confiança do seu pai dentro do grupo e forneceu informações confidenciais ao Exército israelita.
Leia Também: Refém libertada diz que confrontou líder do Hamas durante cativeiro
AMNISTIA INTERNACIONAL - COP28: África deve eleger direitos humanos e justiça como prioridades
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POR LUSA 29/11/23
Os líderes africanos devem eleger a proteção dos direitos humanos e a justiça climática como prioridades na Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP28), que começa esta quinta-feira no Dubai, apelou hoje a Amnistia Internacional (AI).
Os governos africanos devem evitar os "erros" cometidos durante a primeira Cimeira Africana sobre o Clima (ACS, na sigla em inglês), realizada no Quénia em setembro passado, que, "em muitos aspetos, não deu prioridade aos direitos humanos e à justiça climática para o continente", acrescentou a organização não-governamental (ONG).
"Embora a Declaração de Nairobi seja uma voz unificada destinada a enfrentar os problemas climáticos de África, algumas das suas propostas não combatem eficazmente as emissões que causam as alterações climáticas nem prestam apoio adequado às pessoas negativamente afetadas pelo aquecimento global", sublinhou Tigere Chagutah, diretor da AI para a África Oriental e Austral, citado num comunicado divulgado hoje pela ONG.
"O aumento da intensidade das secas e das inundações, bem como a subida do nível do mar, conduziram a violações em massa dos direitos humanos no continente", mas, apesar disso, "os líderes africanos não conseguiram ancorar a Declaração de Nairobi nos princípios dos direitos humanos para abordar e proteger os direitos humanos à medida que o clima muda", sublinhou, por outro lado, Samira Daoud, diretora regional da AI para a África Ocidental e Central, igualmente citada no comunicado.
Algumas das propostas da Declaração de Nairobi, como as relativas aos mercados de carbono, "tiveram consequências negativas para as comunidades vulneráveis", que foram por vezes expulsas à força das suas terras para permitir o desenvolvimento desses projetos, acrescentou a AI.
A Declaração de Nairobi foi documento final adotado na ACS por 20 chefes de Estado e de governo africanos, com o objetivo de afirmar uma posição conjunta do continente em fóruns internacionais como a COP28. O documento sublinha a necessidade de reformas financeiras globais e de uma rápida operacionalização do Fundo de Perdas e Danos acordado na COP27. Este Fundo tem por objetivo ajudar os países a acederem a recursos que os ajudem a recuperar de catástrofes relacionadas com o clima, como secas, ciclones e inundações.
Segundo Chagutah, "ao darem prioridade ao comércio de carbono, os líderes transferiram o ónus da redução das emissões de CO2 para os países africanos, apesar de os países desenvolvidos serem os principais responsáveis pela crise climática".
Por exemplo, a proposta da ACS para um imposto global sobre o carbono "carece de clareza quanto à forma como irá funcionar na prática" e pode acabar por ter um impacto "desproporcionado" nas populações mais pobres, ao aumentar o preço da energia ou dos alimentos, considera a ONG.
Para Chagutah, "na COP28, os líderes africanos devem exigir que os países desenvolvidos não só cumpram os seus compromissos atuais (...) mas também aumentem substancialmente as suas contribuições para o financiamento do clima".
"Os líderes africanos presentes na reunião devem também defender a concessão de subsídios, em vez de empréstimos, para ajudar a reduzir o peso da dívida no continente e facilitar a resposta dos países à crise climática", defende a AI.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA EM DUBAI PARA PARTICIPAR NA COP28
Presidência da República da Guiné-Bissau
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, desembarcou em Dubai, nos Emirados Árabes, onde representará a Guiné-Bissau na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 28).
Após a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27) em Sharm el Sheikh, no Egito, cabe agora avaliar os resultados dos temas centrais pautados e reflexos para a diplomacia ambiental na Guiné-Bissau e a nível internacional. 🇬🇼🇦🇪🌏