terça-feira, 4 de junho de 2024

A Rússia advertiu hoje que os instrutores estrangeiros das forças armadas ucranianas, independentemente do país de origem, são alvos legítimos das forças russas.

© Reuters
Por Lusa  04/06/24 
 Rússia diz que instrutores estrangeiros na Ucrânia são alvos legítimos
A Rússia advertiu hoje que os instrutores estrangeiros das forças armadas ucranianas, independentemente do país de origem, são alvos legítimos das forças russas.


"Nenhum instrutor envolvido na formação dos militares ucranianos tem imunidade" contra os ataques, disse o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, citado pela agência francesa AFP.

"Não importa se são franceses ou não", afirmou, ao comentar uma notícia do jornal norte-americano The Washington Post sobre planos da França de enviar especialistas militares para a Ucrânia.

Segundo Peskov, a operação militar especial na Ucrânia, a designação oficial de Moscovo para a guerra, continua a decorrer "de acordo com as metas e os objetivos formulados pelo Comandante Supremo", o Presidente Vladimir Putin.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, anunciou Putin na altura.

Na semana passada, o comandante-chefe do exército ucraniano, Oleksandre Syrsky, afirmou que a França iria enviar em breve instrutores para treinar as tropas da Ucrânia, que enfrentam uma nova ofensiva russa desde há um mês.

Pouco depois, o Ministério da Defesa ucraniano afirmou que o envio de instrutores estava "ainda em discussão" com a França e outros países.

Oficialmente, a França não tem pessoal militar a ajudar ou a treinar as forças ucranianas na Ucrânia, segundo a AFP.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, tem levantado repetidamente a possibilidade de enviar tropas ocidentais para ajudar Kiev, provocando polémica entre os seus aliados e irritando a Rússia.

O plano de uma coligação europeia de instrutores militares para treinar as tropas ucranianas na Ucrânia, que a França gostaria de ver, está a ser discutido entre os europeus, mas parece estar longe de estar finalizado.

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