domingo, 25 de junho de 2023

Os combatentes chechenos da unidade Akhmat, enviados no sábado à região russa de Rostov para reprimir a rebelião dos mercenários do grupo Wagner, já regressaram à frente ucraniana, declarou hoje o comandante checheno Apti Alaudinov.

© Mikhail Metzel/Sputnik/AFP via Getty Images

POR LUSA    25/06/23 

Unidades militares chechenas regressaram à frente ucraniana

Os combatentes chechenos da unidade Akhmat, enviados no sábado à região russa de Rostov para reprimir a rebelião dos mercenários do grupo Wagner, já regressaram à frente ucraniana, declarou hoje o comandante checheno Apti Alaudinov.

"Neste momento, as unidades Akhmat estão a regressar gradualmente à área da operação militar especial, para continuar as suas missões de libertação de Marinka", em Donetsk, disse o comandante à agência de notícias russa TASS.

Alaudinov afirmou que parte da unidade de Akhmat permaneceu na frente de batalha na Ucrânia e que foram enviados para Rostov "apenas aqueles que poderiam ser substituídos por outras unidades".

Anteriormente, o líder checheno, Ramzan Kadyrov, tinha declarado na rede social Telegram que os combatentes da unidade Akhmat estacionados na região de Rostov "esperavam a ordem para cumprir a missão confiada", mas que "a situação tinha sido resolvida sem confronto direto".

O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu no sábado as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou, no sábado, de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".

No final do dia de sábado, em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

Antes, o chefe do grupo paramilitar acusou o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações que expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.


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