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POR LUSA 08/01/23
Um iraniano de 32 anos, suspeito de preparar um atentado biológico com cianeto e ricina, foi detido no oeste da Alemanha, anunciaram hoje a polícia e o escritório do procurador-geral em Dusseldorf.
As acomodações do suspeito, em Castrop-Rauxel (Renânia do Norte-Vestfália), foram revistadas durante a noite para encontrar possíveis "substâncias tóxicas" destinadas a realizar um ataque, segundo um comunicado do gabinete do procurador-geral e da polícia de Münster.
O iraniano é "suspeito de ter preparado um grave ato de violência que ameaça a segurança do Estado ao obter cianeto e ricina com o objetivo de cometer um ataque de extremismo islâmico", especificaram os investigadores.
As autoridades não deram, no entanto, detalhes sobre a existência ou não de uma ameaça concreta e imediata e qual era o nível dos preparativos.
A ricina é um agente muito tóxico classificado pelo Instituto Robert Koch, responsável pela vigilância médica médico e sanitária na Alemanha, como "arma biológica" e é extraído das sementes da planta ricina. Pode ser um veneno mortal, como o cianeto.
Uma segunda pessoa também foi detida durante a operação. Segundo o canal de televisão público WDR, trata-se do irmão do principal suspeito.
De acordo com os meios de comunicação alemães, a busca envolveu polícias vestidos com roupas de proteção devido ao risco biológico.
Segundo o jornal Bild, as autoridades alemãs foram avisadas há dias por um serviço de informação estrangeiro sobre a ameaça de um ataque com uma "bomba química".
Em 2018, a polícia alemã já tinha detido um tunisiano de 31 anos e a sua mulher, suspeitos de terem preparado aquele que teria sido o primeiro atentado biológico do país.
Com o casal, que havia jurado lealdade ao grupo Estado Islâmico (EI), os investigadores encontraram 84,3 miligramas de ricina e cerca de 3.300 sementes da planta usada para fazer este veneno. Após dois anos, o homem foi julgado e condenado a 10 anos de prisão e a sua mulher a oito anos.
A Alemanha foi alvo nos últimos anos de vários ataques islamitas, incluindo um ataque com um camião a um mercado de Natal em dezembro de 2016, que deixou 13 mortos.
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