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Notícias ao Minuto 08/01/23
Numa mensagem partilhada pelo Kremlin, Putin apontou que encara a Igreja Ortodoxa como uma força estabilizadora da sociedade, naquilo que caracterizou como um conflito histórico entre a Rússia e o Ocidente.
O presidente russo, Vladimir Putin, marcou presença numa missa de Natal da Igreja Ortodoxa Russa, na Catedral da Anunciação, em Moscovo, junto ao Kremlin, naquele que foi o último dia do cessar-fogo implementado pelo chefe de Estado. Sozinho, o líder russo assistiu ao serviço de perto, tecendo agradecimentos à Igreja Ortodoxa Russa pelo seu apoio às tropas de Moscovo na Ucrânia.
O responsável optou por estar sozinho na missa, em vez de se juntar aos fiéis que marcaram presença em celebrações públicas naquele país, como poderá ver na galeria acima.
Numa mensagem partilhada pelo Kremlin, Putin apontou que encara a Igreja Ortodoxa como uma força estabilizadora da sociedade, naquilo que caracterizou como um conflito histórico entre a Rússia e o Ocidente, principalmente devido à guerra na Ucrânia.
“É profundamente gratificante observar a enorme contribuição da Igreja Ortodoxa Russa e de outras denominações cristãs na unificação da sociedade, preservando a nossa memória histórica, educando os jovens e fortalecendo a instituição da família", diz a nota, citada pela agência Reuters.
"As organizações da Igreja dão prioridade [...] em apoiar os nossos guerreiros que participam na operação militar especial. Esse trabalho massivo, complexo e verdadeiramente altruísta merece respeito", remata.
De notar que, na quinta-feira, o chefe de Estado russo decretou um cessar-fogo de 36 horas entre o meio-dia de 6 de janeiro e a meia-noite de 7 de janeiro, alegadamente para que os cidadãos pudessem celebrar o Natal ortodoxo. Contudo, tanto Kyiv como os seus aliados consideraram que tudo não passava de uma “hipocrisia”.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse, inclusivamente, que a Rússia pretendia “usar o Natal como disfarce para parar, pelo menos temporariamente, o avanço dos combatentes [ucranianos] no Donbass e trazer equipamentos, munições e homens mobilizados para mais perto das [suas] posições".
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo dados os mais recentes da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram 6.919 civis desde o início da guerra e 11.075 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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