quinta-feira, 7 de abril de 2022

Stoltenberg. "Ucrânia tem o direito de se defender"

© Reuters

Por LUSA  07/04/22 

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse hoje que "a Ucrânia tem o direito de se defender" da invasão russa, à chegada a Bruxelas para reuniões com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba.

"Iremos ouvir as necessidades que Dmytro Kouleba nos apresentará e iremos discutir como responder", disse Stoltenberg.

"Não faz muito sentido" distinguir entre armas defensivas e ofensivas "numa guerra de defesa como aquela que a Ucrânia está a combater", sublinhou o secretário-geral da NATO.

Kuleba disse que vai pedir o envio de mais armamento: "A minha agenda é muito simples, há apenas três pontos: armas, armas e armas".

"Quanto mais rápido forem entregues, mais vidas serão salvas e mais destruição evitada", disse hoje o diplomata ucraniano, ao chegar à sede da NATO.

"Precisamos de aviões, veículos blindados, defesa antiaérea", insistiu Kuleba.

"A melhor maneira de ajudar a Ucrânia agora é fornecer tudo o que for necessário para conter e derrotar o exército russo(...), para que a guerra não se espalhe ainda mais", acrescentou.

"Sabemos lutar. Sabemos vencer, mas sem um fornecimento sustentável e suficiente de todas as armas exigidas pela Ucrânia, esta vitória imporá enormes sacrifícios", explicou o diplomata.

"Peço a todos os aliados que deixem de lado as suas hesitações, a sua relutância em fornecer à Ucrânia tudo o que ela precisa", insistiu Kuleba.

"Está claro que a Alemanha pode fazer mais, dadas as suas reservas. Estamos a trabalhar com o governo alemão para nos fornecer armas adicionais", acrescentou.

À chegada a Bruxelas, a ministra alemã dos Negócios Estrangeiros garantiu: "Continuaremos a apoiar a Ucrânia para a ajudar na sua capacidade de se defender, mas é importante que nos coordenemos, agirmos juntos e não agirmos individualmente".

Annalena Baerbock propôs a realização de uma reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO em maio na capital alemã, Berlim.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.563 civis, incluindo 130 crianças, e feriu 2.213, entre os quais 188 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: 

A secretária de Estado adjunta dos Estados Unidos, Wendy Sherman, alertou que os aliados não irão tolerar qualquer apoio "material" de Pequim a Moscovo.

As sanções impostas à Rússia pela sua invasão sobre território ucraniano deveriam dar à China um "bom entendimento" das consequências que o país poderia enfrentar caso prestasse um apoio "material" a Moscovo, disse, esta quarta-feira, a secretária de Estado adjunta dos Estados Unidos, Wendy Sherman, citada pela Reuters.

A representante governamental apontou que a "gama de sanções" e os controlos sobre as exportações, aplicados de forma coordenada entre Estados Unidos e aliados ao Presidente russo, Vladimir Putin, bem como à economia do país e aos oligarcas, deveriam servir de exemplo para o líder chinês, Xi Jinping...Ler Mais


Militares ucranianos, que se encontravam nos EUA ainda antes do início da invasão russa da Ucrânia, estão a receber formação sobre o uso dos 'drones' de combate que os norte-americanos estão a fornecer a Kiev, revelou fonte do Pentágono.

"Um pequeno grupo de ucranianos já estava aqui nos Estados Unidos (...) e aproveitamos para treiná-los por alguns dias, especialmente em 'drones' Switchblade, que o Exército ucraniano não conhece", revelou fonte do Departamento de Defesa (Pentágono) dos Estados Unidos, que falou à agência France-Presse (AFP) sob a condição de anonimato.

A mesma fonte explicou que o grupo é inferior a 12 militares e que estes irão regressar à Ucrânia brevemente.

Este alto funcionário do Pentágono foi questionado sobre as declarações feitas no dia anterior pelo secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, durante uma audiência no Congresso, onde indicou que os Estados Unidos estavam a treinar militares ucranianos fora da Ucrânia sobre o uso de armas fornecidas por Washington...Ler Mais


Os cem 'drones' de combate que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou há duas semanas que os norte-americanos iam enviar para a Ucrânia já chegaram às forças ucranianas, adiantou hoje o Departamento de Defesa.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, referiu que os cem 'drones' Switchblade, com ogivas anti-blindados, chegaram à Ucrânia no início da semana.

Agora "estamos a conversar com os ucranianos sobre os futuros usos dos 'drones', acrescentou a mesma fonte.

John Kirby realçou que os ucranianos não estão familiarizados com o uso deste tipo de dispositivos e que necessitam de formação militar.

Também hoje, fonte do Pentágono revelou que um pequeno grupo de militares ucranianos, que se encontravam nos EUA ainda antes do início da invasão russa da Ucrânia, está a receber formação sobre o uso daqueles 'drones' de combate...Ler Mais


Comunicado de imprensa conjunto Ministério da Saúde Pública-PAM: O acesso a uma alimentação saudável continua a ser um desafio para a maioria da população na Guiné-Bissau- revela novo relatório

6 de Abril 2022

O ACESSO A UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL CONTINUA A SER UM DESAFIO PARA A MAIORIA DAS PESSOAS NA GUINÉ-BISSAU- REVELA NOVO RELATÓRIO 

BISSAU – Quase três quartos da população (68%) da Guiné-Bissau não tem acesso a uma dieta saudável, com um custo estimado de 2.234 francos CFA (4,00 USD) para um agregado familiar médio de sete pessoas, de acordo com a análise nutricional liderada pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) “Mitigar a Falta de Nutrientes”, divulgado hoje em Bissau, num encontro de alto nível, organizado em parceria com o Ministério da Saúde Pública.

A análise “Mitigar a falta de Nutrientes” examina a situação nutricional na Guiné-Bissau e identifica as barreiras enfrentadas pela população mais vulnerável no acesso e consumo de alimentos saudáveis e nutritivos.

O custo mais elevado para uma dieta saudável foi registado na região leste (2.660 francos CFA por dia), seguido de Bissau urbano (2.220 francos CFA por dia), região norte (2.025 francos CFA por dia), e região sul (1.880 francos CFA por dia).

“O momento é oportuno e necessário para nós, enquanto parceiros do governo da Guiné-Bissau na luta pela erradicação da fome, relançarmos o debate em torno dos caminhos que devemos seguir em conjunto para garantirmos a soberania e a segurança alimentar do país”, avançou Papa Fal, representante interino do Programa Alimentar Mundial na Guiné-Bissau.

“Os preços dos alimentos e combustíveis internacionais têm aumentado acentuadamente desde o início do conflito na Ucrânia. Isso já está a afetar os preços locais dos alimentos e, por conseguinte, o acesso aos alimentos. Esse é um alerta de que precisamos agir”, acrescentou.

Para além de identificar os desafios nutricionais, a análise “Mitigar a Falta de Nutrientes” oferece recomendações sobre as soluções mais adequadas, específicas ou sensíveis à nutrição em cada contexto, para melhorar a segurança alimentar e a nutrição.

Os resultados da análise indicam que existem oportunidades no país para aumentar a disponibilidade de alimentos nutritivos, diversificando a produção e desenvolvendo a indústria pesqueira. Igualmente, a soberania alimentar poderia ser reforçada através da melhoria dos rendimentos das culturas, reduzindo assim a dependência das importações de arroz.

“Tendo em conta os estudos divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde através da Direção de Serviço Nacional de Alimentação e Nutrição, junto com os da Ação Ianda Guiné! Kume Dritu, implementado pelo PAM e financiado pela União Europeia, a maioria da população da Guiné-Bissau está no limite da segurança alimentar, o que quer dizer que se não forem tomadas medidas adicionais numa perspetiva de conjugação de sinergias entre várias instituições governamentais e parceiros vocacionados, continuaremos a receber dados poucos encorajadores relacionados à matéria”, disse o Secretário-geral do Ministério da Saúde Pública, em representação do Ministro.

O encontro de alto nível em Bissau acontece dois dias após um ateliê nacional de divulgação dos resultados, onde foram também apresentadas as recomendações regionais recolhidas em Cacheu, Gabu, e Quinara, de 29 a 31 de Março.


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O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas é a maior agência humanitária do mundo, salvamos vidas em emergências e, através da assistência alimentar, contribuímos para a paz, estabilidade e prosperidade das pessoas que recuperam de conflitos, de desastres e do impacto das alterações climáticas.

O Ministério da Saúde Pública é responsável pela garantia de acesso a serviços de saúde para toda população do território guineense, assegurar a prestação dos cuidados de saúde de qualidade a crianças e grávidas.


WFP-GNB-Discurso_Workshop_Alto_Nível_FINAL-05042022👇



Guinea-Bissau FNG - Executive Summary Draft Portuguese 👇



Presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito de Bissau Bacar Alfino Mané, informou esta quinta-feira (06.04), a Chefe de Estado Umaro Sissoco Embalo sobre a organização da Primeira Edição da Cruzada Académica que começa no dia 8 à 18 de abril em Bubaque.

 Radio TV Bantaba

Notícias da Guiné Bissau : Atualidade Nacional 6-4-22 ...RTP Africa Reporter Africa