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Por LUSA 07/04/22
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse hoje que "a Ucrânia tem o direito de se defender" da invasão russa, à chegada a Bruxelas para reuniões com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba.
"Iremos ouvir as necessidades que Dmytro Kouleba nos apresentará e iremos discutir como responder", disse Stoltenberg.
"Não faz muito sentido" distinguir entre armas defensivas e ofensivas "numa guerra de defesa como aquela que a Ucrânia está a combater", sublinhou o secretário-geral da NATO.
Kuleba disse que vai pedir o envio de mais armamento: "A minha agenda é muito simples, há apenas três pontos: armas, armas e armas".
"Quanto mais rápido forem entregues, mais vidas serão salvas e mais destruição evitada", disse hoje o diplomata ucraniano, ao chegar à sede da NATO.
"Precisamos de aviões, veículos blindados, defesa antiaérea", insistiu Kuleba.
"A melhor maneira de ajudar a Ucrânia agora é fornecer tudo o que for necessário para conter e derrotar o exército russo(...), para que a guerra não se espalhe ainda mais", acrescentou.
"Sabemos lutar. Sabemos vencer, mas sem um fornecimento sustentável e suficiente de todas as armas exigidas pela Ucrânia, esta vitória imporá enormes sacrifícios", explicou o diplomata.
"Peço a todos os aliados que deixem de lado as suas hesitações, a sua relutância em fornecer à Ucrânia tudo o que ela precisa", insistiu Kuleba.
"Está claro que a Alemanha pode fazer mais, dadas as suas reservas. Estamos a trabalhar com o governo alemão para nos fornecer armas adicionais", acrescentou.
À chegada a Bruxelas, a ministra alemã dos Negócios Estrangeiros garantiu: "Continuaremos a apoiar a Ucrânia para a ajudar na sua capacidade de se defender, mas é importante que nos coordenemos, agirmos juntos e não agirmos individualmente".
Annalena Baerbock propôs a realização de uma reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO em maio na capital alemã, Berlim.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.563 civis, incluindo 130 crianças, e feriu 2.213, entre os quais 188 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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A secretária de Estado adjunta dos Estados Unidos, Wendy Sherman, alertou que os aliados não irão tolerar qualquer apoio "material" de Pequim a Moscovo.
As sanções impostas à Rússia pela sua invasão sobre território ucraniano deveriam dar à China um "bom entendimento" das consequências que o país poderia enfrentar caso prestasse um apoio "material" a Moscovo, disse, esta quarta-feira, a secretária de Estado adjunta dos Estados Unidos, Wendy Sherman, citada pela Reuters.
A representante governamental apontou que a "gama de sanções" e os controlos sobre as exportações, aplicados de forma coordenada entre Estados Unidos e aliados ao Presidente russo, Vladimir Putin, bem como à economia do país e aos oligarcas, deveriam servir de exemplo para o líder chinês, Xi Jinping...Ler Mais
Militares ucranianos, que se encontravam nos EUA ainda antes do início da invasão russa da Ucrânia, estão a receber formação sobre o uso dos 'drones' de combate que os norte-americanos estão a fornecer a Kiev, revelou fonte do Pentágono.
"Um pequeno grupo de ucranianos já estava aqui nos Estados Unidos (...) e aproveitamos para treiná-los por alguns dias, especialmente em 'drones' Switchblade, que o Exército ucraniano não conhece", revelou fonte do Departamento de Defesa (Pentágono) dos Estados Unidos, que falou à agência France-Presse (AFP) sob a condição de anonimato.
A mesma fonte explicou que o grupo é inferior a 12 militares e que estes irão regressar à Ucrânia brevemente.
Este alto funcionário do Pentágono foi questionado sobre as declarações feitas no dia anterior pelo secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, durante uma audiência no Congresso, onde indicou que os Estados Unidos estavam a treinar militares ucranianos fora da Ucrânia sobre o uso de armas fornecidas por Washington...Ler Mais
Os cem 'drones' de combate que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou há duas semanas que os norte-americanos iam enviar para a Ucrânia já chegaram às forças ucranianas, adiantou hoje o Departamento de Defesa.
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, referiu que os cem 'drones' Switchblade, com ogivas anti-blindados, chegaram à Ucrânia no início da semana.
Agora "estamos a conversar com os ucranianos sobre os futuros usos dos 'drones', acrescentou a mesma fonte.
John Kirby realçou que os ucranianos não estão familiarizados com o uso deste tipo de dispositivos e que necessitam de formação militar.
Também hoje, fonte do Pentágono revelou que um pequeno grupo de militares ucranianos, que se encontravam nos EUA ainda antes do início da invasão russa da Ucrânia, está a receber formação sobre o uso daqueles 'drones' de combate...Ler Mais
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