RTB 17/01/2022
O líder da oposição da Guiné-Conacri, Cellou Dallen Diallo, pediu esta segunda-feira, 17 de janeiro de 2022, em Bissau ao Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, que convence os militares no poder em Conacri sobre a necessidade de um processo de transição inclusivo no País.
Em declarações aos jornalistas à saída de uma audiência no Palácio da Presidência em Bissau, Dallen Diallo disse ter solicitado a intervenção de PR Umaro Sissoco Embaló para que fale “com os camaradas militares” e também com os homólogos da CEDEAO (Comunidade Económica de Estados da África Ocidental) e da União Africana.
“A Guiné-Bissau é um País membro ativo da União Africana e da CEDEAO esperamos que ajude a Guiné-Conacri a entrar para um diálogo sincero entre as autoridades instaladas, a CEDEAO, a União Africana”.
Celou Dallen Diallo disse ter vindo a Bissau primeiro para apresentar condolências ao Presidente Sissoco Embaló pelo recente falecimento, no dia 20 de dezembro passado, do ministro da Justiça da Guiné-Bissau, Mamadu Iaia Djaló, mas também para abordar a situação na Guiné-Conacri, principalmente o actual regime de transição.
Dallen Diallo lembrou que quando os militares assumiram o poder na Guiné-Conacri, no dia 05 de setembro do ano passado, prometeram um processo de transição inclusivo em colaboração com os partidos políticos, mas lamentou que não exista diálogo entre as duas partes.
“Recentemente temos notado que não temos sido suficientemente associados ao processo. Nós apelamos ao diálogo e concertação para que continuemos juntos neste processo de transição em Guineé-Conacry”, sublinhou Diallo.
Cellou Dalleim opositor Guineense recordou que o país está neste momento suspenso da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental. “CEDEAO”, da União Africana e muitos países e parceiros suspenderam a sua cooperação “à espera do fim da transição que se encontra no país”
Diallem disse, “Para nós é muito urgente conduzir o país para as eleições livres, justas e transparentes e inclusivas para dotar o país de instituições legítimas que possam colocar em marcha o processo de reformas profundas para terminar com este flagelo que mina o funcionamento das instituições do país e a sociedade guineense”,
No dia 05 de setembro passado, os militares da Guiné-Conacri, sob o comando do coronel Mamady Doumbouya, de 41 anos, derrubaram o presidente eleito Alpha Conde, 83 anos, e iniciaram um processo de transição sem uma data prevista para as eleições gerais.
Por: Tidjane Cande
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