sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

ANTÁRTIDA - Para viver nesta vila na Antártida há uma condição... remover o apêndice

 © Vanderlei Almeida/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto 14/01/22 

Com o hospital mais próximo a mais de mil quilómetros de distância, tirar o apêndice funciona como prevenção.

A Antártida é um local inóspito, sem grandes condições de habitabilidade. Villa Las Estrellas é uma das duas exceções onde é possível viver durante anos, em vez de apenas algumas semanas ou poucos meses. Cientistas e militares com contratos de longa duração podem levar as famílias e a pequena localidade de cerca de 100 habitantes tem uma escola, um centro de correios e um banco.

Mas há uma importante condição para morar em Villa las Estrellas: é preciso tirar o apêndice.

A operação é uma exigência, não com base em algum tipo de tradição estranha, mas a título preventivo. O hospital mais próximo fica a mais de 1000 quilómetros de distância e não há cirurgiões na vila, apenas alguns médicos.

Tal como a grande maioria das zonas habitadas da Antártida, Villa Las Estrellas - que pertence ao Chile e é habitada principalmente por militares e cientistas chilenos, além das suas famílias - fica muito isolada do resto do mundo.

A localidade fica na ilha do Rei George, numa ilha a sul da Argentina - a única forma de abandonar a ilha e prestar cuidados de saúde é de avião - e para isso fica-se dependente das condições climatéricas muitas vezes adversas.

A exigência em relação ao apêndice é aplicada também às crianças. As mulheres na base também são encorajadas a não engravidar, devido ao perigo que representam as temperaturas baixas, que podem chegar a 50 graus negativos.

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