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Por LUSA 13/01/22
O Departamento das Nações Unidas para Assuntos Económicos e Sociais (UNDESA) melhorou hoje a estimativa de crescimento para as economias africanas, antevendo uma expansão de 3,8% no ano passado e uma aceleração para 4% este ano.
"A atividade económica em África continua a recuperar dos eventos sem precedentes de 2020, mas a um ritmo frágil, com a previsão de crescimento a ser marcada pela elevada incerteza e exposição a repetidas vagas de infeção por covid-19, como se viu recentemente com a variante Ómicron", escrevem os analistas da UNDESA.
No relatório divulgado em Washington, que melhora a previsão de crescimento do ano passado de 3,4% para 3,8%, a UNDESA aponta que as medidas de mitigação da pandemia, como os confinamentos e proibições de viagens, foram os principais instrumentos usados pelos governos, mas tiveram um impacto importante na atividade económica.
"Apesar de a maioria das economias africanas estar a ter um aumento dos níveis de produção, apoiados por um contexto global mais favorável, a recuperação económica foi mais frágil que noutras regiões", lê-se no documento, que vinca que a recuperação está assente na retirada gradual das medidas de contenção da propagação do vírus, no aumento das taxas de vacinação, na subida dos preços das matérias-primas e na melhoria nos níveis de investimento.
O continente africano "teve uma das recuperações mais lentas em 2021, ficando atrás da média de crescimento das economias em desenvolvimento e do mundo, respetivamente 6,4% e 5,5%", diz a UNDESA, que alerta que "para regressar à trajetória de crescimento antes da pandemia, África precisaria de crescer aproximadamente 6% neste e no próximo ano, ou seja, mais rápido que a Ásia".
A covid-19 provocou 5.511.146 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
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