quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Banco Central elogia opção pela futura moeda da CEDAO

A reforma do franco CFA, que abrange oito estados da África Ocidental, entre os quais a Guiné-Bissau, constitui uma "etapa significativa" no projeto da moeda única, estimou hoje o Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO).


"Esta decisão histórica marca uma etapa significativa na realização de um projeto comum: construir coletivamente o crescimento dos países da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) e fazer desta região o epicentro de uma prosperidade que beneficiará as atuais e futuras gerações", considerou num comunicado hoje divulgado o governador do BCEAO, Tiémoko Meyliet Konsé.

No passado sábado em Abidjan, na presença do chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, o Presidente da Costa do Marfim, Alasanne Ouattara, divulgou as grandes linhas do acordo concluído entre os oito países da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA -- Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo).

A reforma prevê uma alteração do nome da moeda -- o franco CFA dará lugar ao eco, previsivelmente no próximo ano -, o fim do depósito de reservas do BCEAO no Banco de França e o abandono da nomeação por Paris de representantes nas instâncias do BCEAO e da UEMOA.

Em contrapartida, a paridade fixa do futuro eco em relação ao euro será mantida -- ainda que criticada por vários economistas africanos -- e Paris manterá o seu papel de garante financeiro.

As medidas constituem "um grande avanço no sentido da integração económica e monetária dos oito países membros da UEMOA, constituindo as bases da respetiva adesão ao eco, projeto de moeda única da CEDEAO", de acordo com o comunicado do BCEAO, cuja sede se encontra em Dacar, capital do Senegal.

NAOM

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