sábado, 5 de outubro de 2019

Caso do cidadão guineense retido no aeroporto da Praia não belisca relações entre Cabo Verde e Guiné-Bissau mas pode criar cicatrizes – embaixador


Cidade da Praia, 04 Out (Inforpress) – O embaixador da Guiné-Bissau em Cabo Verde, M´bála Fernandes, garantiu hoje na Praia, que o caso do cidadão guineense no Aeroporto Internacional Nelson Mandela, retido no aeroporto da Praia, “não belisca” a relação diplomática entre os dois países.

Esta quinta-feira, 03, Jorge Fernandes, um cidadão guineense, denunciou, nas redes sociais, que foi detido, por dois dias, no Aeroporto Internacional da Praia, quando fazia uma escala em Cabo Verde para seguir viagem para o Brasil.

De acordo com o diplomata, que falava em conferência de imprensa, apesar das relações entre Cabo Verde e Guiné-Bissau serem “históricas e consanguíneas”, se casos desses continuarem a acontecer poderá trazer alguns equívocos.

“Este caso não beliscará a relação diplomática, mas se vier acontecer no futuro, tendo em conta vários casos que tem surgido no Aeroporto da Praia, poderá trazer alguns equívocos e cicatrizes que podem levar muito seu tempo a sarar”, advertiu.

Por isso, M´bála Fernandes defendeu que os governos dos dois países e as respectivas autoridades policias têm que “sentar-se à mesa” porque, conforme constatou, há alguns aspectos que podem escapar às redes diplomáticas.

O diplomata revelou, contudo, que o relatório apresentado pelo director da Polícia Nacional (PN) no caso do cidadão guineense Jorge Fernandes, “contrabalança” com a versão do denunciante.

“Neste caso, garanto-vos que a Embaixada da Guiné-Bissau e as autoridades cabo-verdianas farão tudo para que não venha a acontecer caso igual e que no futuro possamos assinar um acordo de migração”, assegurou.

Em relação a esse acordo de migração adiantou que tem como base enquadrar o novo projecto migratório no que tange à permanência, circulação e entrada dos cidadãos guineenses em Cabo Verde e dos cabo-verdianos na Guiné-Bissau.

OM/CP

Inforpress/Fim

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