sexta-feira, 22 de março de 2019

Prisão de Michel Temer confirma: Dilma foi golpeada pela quadrilha mais perigosa do Brasil


Em delação premiada que embasou a prisão de Michel Temer, o operador financeiro Lúcio Funaro também afirmou que, após romper com o governo Dilma, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ) "pautou e liderou" a votação do impeachment dela, inocentada tanto pelo Ministério Público Federal quanto por uma perícia do Senado; o operador disse, ainda, que recebeu uma mensagem do emedebista perguntando se ele teria disponibilidade de recursos para comprar os votos necessários dos parlamentares com o objetivo de aceitarem o afastamento da então presidente.

Em delação premiada que embasou a prisão de Michel Temer, o operador financeiro Lúcio Funaro também afirmou que, após romper com o governo Dilma, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ) "pautou e liderou" a votação do impeachment dela, inocentada tanto pelo Ministério Público Federal quanto por uma perícia do Senado.

O operador disse, ainda, que recebeu uma mensagem de Cunha perguntando se ele  teria disponibilidade de recursos para poder comprar os votos necessários dos parlamentares para aceitarem o afastamento da então presidente. 

Funaro não citou valores, mas diz que disponibilizou dinheiro para o deputado. E acusa Cunha de tramar diariamente a aprovação do impedimento da petista.

Além das delações de Funaro, a PF encontrou planilhas fornecidas pelos doleiros Vinícius Claret, o Juca Bala, e Claudio Barbosa, o Toni, para basear a prisão de Temer. Aparecem transferências para Altair Alves Pinto, apontado como operador do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ).

De acordo com os doleiros, Altair era "o homem da mala" que repassava dinheiro para Cunha e para Temer; em delação, o empresário José Antunes Sobrinho, ligado à Engevix, também falou em acordo sobre "pagamentos indevidos que somam R$ 1,1 milhão, em 2014, solicitados por João Baptista Lima Filho e pelo ministro Moreira Franco, com anuência de Temer".

Brasil 247

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