sexta-feira, 22 de março de 2019

Campanha de caju 2019 - ANAG pede calma aos associados

Bissau, 22 mar 19 (ANG) – O Presidente da Associação Nacional dos Agricultores da Guiné (ANAG), pediu calma aos agricultores, devido aquilo que chama de desinformação ou seja uma “exposição de má-fé”, referente ao  anúncio do boicote da presente campanha de comercialização da castanha de caju pela Associação dos Importadores e Exportadores da Guiné-Bissau.

Jaime Boles Gomes que falava hoje em exclusivo à Agência de Notícias da Guiné (ANG) sobre as perspectivas da presente campanha, afirmou que o desvio do dinheiro do Fundo Nacional de  Promoção Industrial (FUNPI) não pode por em causa a quotização de 20 francos por cada quilo de castanha a exportar, proposta pela Agência Nacional de Cajú da Guiné-Bissau (ANCA-GB).

Por isso, Jaime Boles Gomes considera de má-fé o boicote da campanha, porque esta organização tem o seu representante ou seja faz parte do Conselho Geral da ANCA-GB.

Boles  acrescentando que, se há problema, deve ser tratado numa das reuniões do referido Conselho e não anunciar o boicote de forma unilateral.      

O líder da Associação dos agricultores avisou que, quem não quer participar no actual processo de comercialização de caju que deixe, salientando que qualquer interveniente na fileira de cajú tem que contribuir com o referido 20 francos para permitir a implementação do plano de investimento apresentado pela ANCA-GB.

O Presidente da ANAG garantiu que a presente campanha será melhor em relação a do ano passado.

Quanto ao Relatório de Contas da Agência Nacional de Caju (ANCA) cuja apresentação é exigida pela  Associação dos Importadores e Exportadores , revelou que o referido documento chegou de ser apresentado pela primeira direcção daquela instituição, frisando que até fora apresentado um  Plano de Investimento, no qual a ANAG devia beneficiar de cerca 2.000 bolsas de formações para os seus associados.

“O desenvolvimento de qualquer actividade não depende dos homens, mas sim da sua capacidade intelectual científica e financeira, porque não podemos ter a castanha de caju há muito tempo como um produto estratégico ou seja o ouro mas não beneficia os agricultores”, disse.

Jaime Boles Gomes considerou de grave o comportamento dos guineenses em pretender apenas ganhar dinheiro na fileira de caju, sem nunca investir um tostão nela.

Falou da necessidade do envolvimento de todos para melhorar as plantações de caju que, no momento, estão a ser atacadas por pragas, acrescentando que essa situação já desperta interesse de muita gente e sobretudo dos políticos.

O presidente da ANAG abordou a necessidade de sensibilizar os produtores sobre  como devem preservar o meio ambiente, reduzindo hectares de plantação de caju.

Apela aos agricultores para não receberem um quilo de arroz em troca de dois quilos de caju, adiantando que devem esperar pelo anúncio oficial do preço e o acordo deve ser alterado em conformidade com o valor indicado pelo governo.

A castanha de caju é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau.

ANG/LPG/AC//SG

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