A Unicef publicou, esta terça-feira, um comunicado em branco porque está "sem palavras" depois dos ataques de segunda-feira em Ghouta Oriental, perto de Damasco, onde cem pessoas morreram, entre as quais 20 crianças e adolescentes.
O documento do Fundo das Nações Unidas para a Infância, intitulado "A Guerra contra os menores na Síria", só contém uma frase do diretor do Unicef para o Médio Oriente e Norte da África, Geert Cappelaere: "Nenhuma palavra fará justiça aos menores assassinados, às suas mães, aos pais e aos entes queridos".
O resto da nota permanece em branco, ainda que no rodapé da página o UNICEF afirmou: "Já não temos palavras para descrever o sofrimento dos menores e a nossa indignação".
"Aqueles que infligem o sofrimento ainda têm palavras para justificar esses atos bárbaros?", questionou a agência da ONU.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), pelo menos cem pessoas, entre as quais 20 menores e 15 mulheres, perderam a vida, na segunda-feira, devido aos ataques aéreos e de artilharia do Governo sírio contra Guta Oriental, o principal bastião opositor ao regime do Presidente Bashar al-Assad nos arredores de Damasco.
Este é o maior número de mortos num dia nessa área desde 2015, afirmou o OSDH.
Bombardeamentos do regime sírio em Ghouta matou pelo menos 100 civis
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos considera que os bombardeamentos das últimas horas equivalem a "uma guerra de extermínio" e acusa o "silêncio internacional" face aos "crimes de Assad" no conflito da Síria que se prolonga há quase sete anos.
Os bombardeamentos contra os civis devem "terminar" imediatamente disse por seu lado o coordenador das Nações Unidas para a Ajuda Humanitária, Panos Moumtzis.
"É imperativo por fim, de imediato, ao sofrimento humano", acrescenta Moumtzis, através de um comunicado.
"A recente escalada de violência está a agravar a situação humanitária que já era precária dos 393 mil habitantes de Ghouta oriental, onde se encontram muitos deslocados internos", frisa o responsável das Nações Unidas.
jn.pt
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
Bill Gates defende que ricos devem pagar mais impostos
O milionário norte-americano Bill Gates defende que deveria, juntamente com todos os contribuintes ricos nos Estados Unidos da América, pagar impostos mais elevados, tendo apelidado a reforma tributária do Governo do Presidente Trump como "regressiva", noticiou esta segunda-feira a agência AFP.
"O Governo deve exigir a pessoas na mesma posição que eu que paguem impostos significativamente mais altos", disse o milionário e filantropo numa entrevista transmitida domingo pela estação de televisão norte-americana CNN.
A reforma tributária, aprovada no final de dezembro pelo Congresso, concedeu reduções significativas para as empresas.
O imposto desceu de 35% para 21% e as multinacionais, que podem agora repatriar temporariamente os seus lucros externos para os Estados Unidos, deixam de contar com taxas de 35%, passando agora a ter pagar entre os 8 e os 15,5%.
"Esta não é uma reforma progressiva, é uma reforma regressiva", considerou Gates, que prevê que a mudança beneficie os super-ricos e não os trabalhadores e a classe média, ao contrário do que foi avançado pelo partido Republicano.
"Os mais ricos tendem a receber mais benefícios do que a classe média ou os pobres, e isso vai contra a tendência geral que pretendíamos ver, com uma rede de Segurança Social mais forte e com os que estão no topo a pagar impostos mais elevados", disse o filantropo norte-americano.
Bill Gates cofundou a gigante Microsoft em 1972 e foi responsável por alguns dos maiores desenvolvimentos tecnológicos dos últimos 45 anos, sendo atualmente o segundo homem mais rico do mundo com uma fortuna avaliada em 90 mil milhões de dólares (72,5 mil milhões de euros).
Gates cofundou ainda, juntamente com a mulher Melinda e o pai William, a Fundação Bill & Melinda Gates, uma organização sem fins lucrativos dirigida a causas humanitárias e a investigações na área da medicina.
Lusa
"O Governo deve exigir a pessoas na mesma posição que eu que paguem impostos significativamente mais altos", disse o milionário e filantropo numa entrevista transmitida domingo pela estação de televisão norte-americana CNN.
A reforma tributária, aprovada no final de dezembro pelo Congresso, concedeu reduções significativas para as empresas.
O imposto desceu de 35% para 21% e as multinacionais, que podem agora repatriar temporariamente os seus lucros externos para os Estados Unidos, deixam de contar com taxas de 35%, passando agora a ter pagar entre os 8 e os 15,5%.
"Esta não é uma reforma progressiva, é uma reforma regressiva", considerou Gates, que prevê que a mudança beneficie os super-ricos e não os trabalhadores e a classe média, ao contrário do que foi avançado pelo partido Republicano.
"Os mais ricos tendem a receber mais benefícios do que a classe média ou os pobres, e isso vai contra a tendência geral que pretendíamos ver, com uma rede de Segurança Social mais forte e com os que estão no topo a pagar impostos mais elevados", disse o filantropo norte-americano.
Bill Gates cofundou a gigante Microsoft em 1972 e foi responsável por alguns dos maiores desenvolvimentos tecnológicos dos últimos 45 anos, sendo atualmente o segundo homem mais rico do mundo com uma fortuna avaliada em 90 mil milhões de dólares (72,5 mil milhões de euros).
Gates cofundou ainda, juntamente com a mulher Melinda e o pai William, a Fundação Bill & Melinda Gates, uma organização sem fins lucrativos dirigida a causas humanitárias e a investigações na área da medicina.
Lusa
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terça-feira, fevereiro 20, 2018
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“PAIGC NÃO PODE TER DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS” exorta 1º Cipriano Cassamá
O primeiro vice-presidente do PAIGC exortou esta segunda-feira o Conselho Nacional de Jurisdição do partido para assumir as suas responsabilidades sobre o caso de Artur Silva.
Para Cipriano Cassama, o partido não pode ter dois pesos e duas medidas, o que tinha acontecido com o Baciro Djá o mesmo tem que acontecer com Artur Silva.
«PAIGC não tem nada contra Artur Silva mas não pode ter dois pesos e duas medidas, PAIGC tem que ser aquele partido que tem que aplicar os seus princípios. Conselho Nacional de Jurisdição tem que assumir as suas responsabilidades, o que se faz com Baciro Djá tem que ser feito com Artur Silva. Ele (Artur Silva) viveu connosco e sabe qual é a orientação do partido, não podíamos o expulsar do congresso porque não tínhamos nenhum processo, mas já saiu um comunicado do Bureau político apoiado pelo próprio Comité Central que estamos a aguardar», lembrou Cipriano Cassama.
Artur Silva aceitou liderar um governo que nenhumas das formações política com assento parlamentar, incluindo o PAIGC onde ele é o membro do Comité Central órgão máximo do partido.
Recentemente a CEDEAO sancionou 19 personalidades guineenses que segundo a organização sub-regional estão a dificultar o cumprimento do Acordo. No domingo último o Partido da Renovação Social e o grupo dos 15 deputados expulsos na fileira do PAIGC mobilizaram pessoas na avenida principal de Bissau para reclamar as sanções da CEDEAO, apelando o levantamento imediato e incondicional das sanções impostos esses indivíduos.
Braima Camara coordenador do grupo dos 15 deputados disse que “o acordo de Conacri já não existe com a realização do nono congresso do PAIGC e Augusto Olivas nunca será o primeiro-ministro”. Facto já mereceu a reacção por parte do partido Libertador através do seu primeiro vice-presidente Cipriano Cassama.
«Ouvimos o Braima Camará a dizer que a partir do momento em que o PAIGC realiza o seu congresso, o Acordo de Conacri acabou, esta é falsa especulação. Acordo de Conacri é assinado por todos nós e tem que ser comprida, quem não cumprir, vai assumir as suas consequências (…) ouvimos nas rádios de que Domingos Simões Pereira e Cipriano Cassama que encomendaram os nomes, sendo assim, temos a força no mundo, o que nós desconhecemos».
No acordo de Conacri assinado em 2016 constava três nomes Umaro Sissoco Embalo, Augusto Olivas e João Aladje Fadia e já há mais de dois anos não houve um consenso entre os signatários acerca do nome do primeiro-ministro.
Por: Braima Sigá
Radiosolmansi
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terça-feira, fevereiro 20, 2018
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SINDEPROF PONDERA SAIR DA UNIÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES DA GUINÉ
O Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF) confirmou hoje (20 Fev.) a retirada de confiança no Secretário-geral da União Nacional de Trabalhadores da Guine “UNTG”.
A decisão tornada pública esta terça-feira durante uma conferência de imprensa pelo presidente do SINDEPROF, Laureano Pereira da Costa.
Segundo Laureano Pereira, a demissão de SINDEPROF na direcção da UNTG deve-se ao facto de no Conselho Permanente de Concertação Social, nenhum sindicato da área social faz parte de um dos espaços nobre para o diálogo entre governo e sindicatos.
“Nos membros de conselho permanente de concertação social nenhum sindicato da área social faz parte em que há quatro (4) efectivos e dois (2) suplentes. O SINDEPROF foi relegado para oitavo plano como também dois sindicatos de saúde estão em nono e décimo plano foi isso o que motivou a minha demissão ao cargo”, explicou presidente do SINDEPROF.
Por outro lado, Pereira da Costa disse que entregou a carta de demissão no dia 18 de Janeiro em que acusou o secretário-geral da UNTG de tentar dividir o SINDEPROF para poder reinar.
“A minha conferência de imprensa visa denunciar a divisão que o secretário-geral da UNTG tem vindo a impor na maior central sindical do país, chamados elementos da direcção do SINDEPROF para nomear sem aval do conselho”, referiu Laureano Pereira
Recorde-se que o secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG, central sindical) Júlio Mendonça foi eleito em Dezembro de 2017 em que Laureano Pereira da Costa figura como secretário nacional na sua direcção.
Por: Marcelino Iambi
Radiosolmansi
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terça-feira, fevereiro 20, 2018
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Guiné-Bissau consumirá a partir de 2020 arroz produzido localmente por jovens
Até 2020 os guineenses deverão passar a consumir arroz produzido por jovens do país, enquadrados por um projeto de fomento agrícola, disse à Lusa a presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) da Guiné-Bissau.
Aissatu Forbs explicou que o projeto de promoção da rizicultura, em preparação desde 2012, vai criar cooperativas agrícolas de jovens nas regiões de Quinara e Tombali, no sul, Oio, no norte, Gabu e Bafatá, no leste.
No total serão enquadrados cerca de 2.500 jovens, dos 15 aos 35 anos, e ao longo de cinco anos terão apoios de uma unidade de gestão do projeto coordenada por técnicos do Ministério da Agricultura.
A líder do CNJ guineense, médica de profissão, acredita que o arroz, base da dieta alimentar do país, a ser produzido nas dez cooperativas dos jovens, será comercializado e consumido na Guiné-Bissau "já em 2020".
Dados do governo guineense, indicam que, em condições normais, a Guiné-Bissau produz cerca de 111 mil toneladas do arroz e importa cerca de 150 mil toneladas, que custam 75 milhões de dólares (70,3 milhões de euros).
"Os jovens vão contribuir, com o arroz que vão produzir, para diminuir drasticamente a importação e ajudar na auto-suficiência alimentar", observou Aissatu Forbs, de 26 anos.
O projeto de promoção da rizicultura a favor de jovens guineenses é financiado pelo Banco de Desenvolvimento da África Ocidental (BOAD) em 15,2 milhões de euros e atuará nas 'bolanhas' (arrozais) das cinco regiões, cedidas pelas populações, explicou Aissatu Forbs.
A presidente do CNJ adiantou que o trabalho permitirá que as 'bolanhas' deem duas colheitas por ano, além de garantir aos jovens beneficiários, e às mulheres das aldeias, o acesso a aulas de alfabetização funcional.
Aissatu Forbs elogia a parceria entre o CNJ e a Rede Nacional das Associações Juvenis (RENAJ), duas organizações propulsoras do projeto, que, defendeu, "vai ajudar a mudar a vida de muitos jovens" guineenses.
MB // EL
Lusa/Fim
Aissatu Forbs explicou que o projeto de promoção da rizicultura, em preparação desde 2012, vai criar cooperativas agrícolas de jovens nas regiões de Quinara e Tombali, no sul, Oio, no norte, Gabu e Bafatá, no leste.
No total serão enquadrados cerca de 2.500 jovens, dos 15 aos 35 anos, e ao longo de cinco anos terão apoios de uma unidade de gestão do projeto coordenada por técnicos do Ministério da Agricultura.
A líder do CNJ guineense, médica de profissão, acredita que o arroz, base da dieta alimentar do país, a ser produzido nas dez cooperativas dos jovens, será comercializado e consumido na Guiné-Bissau "já em 2020".
Dados do governo guineense, indicam que, em condições normais, a Guiné-Bissau produz cerca de 111 mil toneladas do arroz e importa cerca de 150 mil toneladas, que custam 75 milhões de dólares (70,3 milhões de euros).
"Os jovens vão contribuir, com o arroz que vão produzir, para diminuir drasticamente a importação e ajudar na auto-suficiência alimentar", observou Aissatu Forbs, de 26 anos.
O projeto de promoção da rizicultura a favor de jovens guineenses é financiado pelo Banco de Desenvolvimento da África Ocidental (BOAD) em 15,2 milhões de euros e atuará nas 'bolanhas' (arrozais) das cinco regiões, cedidas pelas populações, explicou Aissatu Forbs.
A presidente do CNJ adiantou que o trabalho permitirá que as 'bolanhas' deem duas colheitas por ano, além de garantir aos jovens beneficiários, e às mulheres das aldeias, o acesso a aulas de alfabetização funcional.
Aissatu Forbs elogia a parceria entre o CNJ e a Rede Nacional das Associações Juvenis (RENAJ), duas organizações propulsoras do projeto, que, defendeu, "vai ajudar a mudar a vida de muitos jovens" guineenses.
MB // EL
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terça-feira, fevereiro 20, 2018
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AMÍLCAR CABRAL: A LIBERTAÇÃO NACIONAL E A REVOLUÇÃO SOCIAL NÃO SÃO MERCADORIAS DE EXPORTAÇÃO
«...A libertação nacional e a revolução social não são mercadorias de exportação; elas são — e cada dia mais — o produto duma elaboração local, nacional, mais ou menos influenciadas por factores exteriores favoráveis e desfavoráveis, mas essencialmente determinadas e condicionadas pela realidade histórica de cada povo e consolidadas pela vitória ou a solução correta das contradições internas entre as diversas categorias que caracterizam esta realidade». Amílcar Lopes Cabral, in Conferência Intercontinental em Havana (Cuba), 1966.
Compatriotas,
Nós vos agradecemos do fundo do coração, pela resposta firme, digna e retumbante contra oportunismos políticos dos mediadores da CEDEAO, que querendo utilizar o formato de sanções contra 19 personalidades públicas, para fazer vingar as suas próprias agendas, atingir e fazer vergar a nossa honrosa e sacrificada soberania. A gigantesca demonstração de força, no dia 18 de Fevereiro, não tem preço!
Continuaremos firmes, implacáveis, e sem tréguas, contra os inimigos internos e externos da nossa soberania e independência.
Viva a Guiné-Bissau!
bambaramdipadida.blogspot.sn
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terça-feira, fevereiro 20, 2018
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Advogados portugueses representam guineenses sancionados pela CEDEAO
Os advogados portugueses do escritório João Nabais e Associados dão assistência jurídica ao grupo de 19 guineenses alvo de sanções por parte da comunidade da África Ocidental e hoje mesmo entregaram uma petição pedindo a anulação das medidas.
A petição assinada pelo advogado João Nabais foi entregue na representação da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) em Bissau pedindo a "suspensão imediata" das sanções "com todas as consequências legais e políticas".
Na argumentação invocada pelos advogados portugueses, o grupo de 19 cidadãos guineenses foi alvo de medidas sancionatórias "inéditas por nunca terem sido aplicadas na comunidade internacional, mesmo em situações de golpes de Estado ou genocídio".
Os visados, entre os quais se incluem dirigentes políticos, magistrados e o filho do Presidente guineense, não entendem como foi possível abranger os seus familiares diretos sem que se defina o grau de parentesco ou afinidade de pessoas a sancionar.
"Assim, pais, filhos, netos, cônjuges dos agora visados (...) são abruptamente atingidos por medidas discriminatórias que atentam contra os seus direitos humanos", como é o caso de liberdade de circulação e contra os seus bens, lê-se na petição a que a Lusa teve acesso.
Alertam ainda para os "incómodos" que esses familiares vão passar a sentir de cada vez que queiram viajar, com receio de serem abordados nos aeroportos, ainda que possam estar a viver em países onde "dificilmente recebem ecos do que se passa na Guiné-Bissau".
Consideram o facto de "uma intolerável incerteza" que abrange centenas de pessoas de forma injusta, alegam ainda.
Os subscritores da petição classificam as sanções da CEDEAO de "incompreensíveis" por terem sido decretadas sobre cidadãos de um país "onde reinam a ordem e a tranquilidade públicas", com todos os direitos e liberdades garantidos aos cidadãos, dizem.
Pedem aos líderes da organização oeste africana que apreciem, com caráter de urgência, os fundamentos da petição assinada por João Nabais, alegando, desde já que a decisão "padece de vícios de forma e de substancia".
Assim sendo, defendem que as sanções devem ser suspensas imediatamente.
Com as sanções, os visados ficam impedidos de participar nas atividades da CEDEAO, não podem ter vistos para os 15 países da comunidade, assim como os seus familiares, e os seus bens financeiros e dos familiares também ficam congelados.
A organização sub-regional africana quer que as outras instâncias internacionais, nomeadamente a Comunidade de Países de Língua Portuguesa, União Europeia e Nações Unidas apoiem e apliquem as sanções.
A União Africana já manifestou o seu apoio ao pacote de sanções aplicado pela CEDEAO.
MB // EL
Lusa/Fim
A petição assinada pelo advogado João Nabais foi entregue na representação da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) em Bissau pedindo a "suspensão imediata" das sanções "com todas as consequências legais e políticas".
Na argumentação invocada pelos advogados portugueses, o grupo de 19 cidadãos guineenses foi alvo de medidas sancionatórias "inéditas por nunca terem sido aplicadas na comunidade internacional, mesmo em situações de golpes de Estado ou genocídio".
Os visados, entre os quais se incluem dirigentes políticos, magistrados e o filho do Presidente guineense, não entendem como foi possível abranger os seus familiares diretos sem que se defina o grau de parentesco ou afinidade de pessoas a sancionar.
"Assim, pais, filhos, netos, cônjuges dos agora visados (...) são abruptamente atingidos por medidas discriminatórias que atentam contra os seus direitos humanos", como é o caso de liberdade de circulação e contra os seus bens, lê-se na petição a que a Lusa teve acesso.
Alertam ainda para os "incómodos" que esses familiares vão passar a sentir de cada vez que queiram viajar, com receio de serem abordados nos aeroportos, ainda que possam estar a viver em países onde "dificilmente recebem ecos do que se passa na Guiné-Bissau".
Consideram o facto de "uma intolerável incerteza" que abrange centenas de pessoas de forma injusta, alegam ainda.
Os subscritores da petição classificam as sanções da CEDEAO de "incompreensíveis" por terem sido decretadas sobre cidadãos de um país "onde reinam a ordem e a tranquilidade públicas", com todos os direitos e liberdades garantidos aos cidadãos, dizem.
Pedem aos líderes da organização oeste africana que apreciem, com caráter de urgência, os fundamentos da petição assinada por João Nabais, alegando, desde já que a decisão "padece de vícios de forma e de substancia".
Assim sendo, defendem que as sanções devem ser suspensas imediatamente.
Com as sanções, os visados ficam impedidos de participar nas atividades da CEDEAO, não podem ter vistos para os 15 países da comunidade, assim como os seus familiares, e os seus bens financeiros e dos familiares também ficam congelados.
A organização sub-regional africana quer que as outras instâncias internacionais, nomeadamente a Comunidade de Países de Língua Portuguesa, União Europeia e Nações Unidas apoiem e apliquem as sanções.
A União Africana já manifestou o seu apoio ao pacote de sanções aplicado pela CEDEAO.
MB // EL
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terça-feira, fevereiro 20, 2018
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PETIÇÃO - A petição assinada pelo advogado João Nabais foi entregue na representação da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) em Bissau pedindo a "suspensão imediata" das sanções "com todas as consequências legais e políticas"
Ponto a reter: Estas sanções, abrangendo indiscriminadamente familiares são inéditas e nunca foram aplicadas na comunidade internacional em casos extremos de golpes de estado ou de genocídio.
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terça-feira, fevereiro 20, 2018
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20 de fevereiro : Dia Mundial da Justiça Social
A justiça social é um princípio subjacente à coexistência pacífica e próspera dentro e entre as nações. Defendemos os princípios da justiça social quando promovemos a igualdade de gênero ou os direitos dos povos indígenas e dos migrantes. Avançamos a justiça social quando removemos as barreiras que as pessoas enfrentam por gênero, idade, raça, etnia, religião, cultura ou deficiência.
Para as Nações Unidas, a busca da justiça social para todos é o cerne da nossa missão global de promover o desenvolvimento e a dignidade humana. A adoção pela Organização Internacional do Trabalho da Declaração sobre Justiça Social para uma Globalização Justa é apenas um exemplo recente do compromisso do sistema da ONU com a justiça social. A Declaração visa garantir resultados justos para todos, através do emprego, proteção social, diálogo social e princípios e direitos fundamentais no trabalho.
Tema de 2018: Trabalhadores em Movimento: a busca pela justiça social
A maioria das migrações está hoje vinculada direta ou indiretamente à busca por oportunidades de trabalho decente. Mesmo que o emprego não seja o principal driver, ele geralmente entra no processo de migração em algum momento.
Há cerca de 258 milhões de migrantes internacionais. A OIT estima que existem cerca de 150 milhões de trabalhadores migrantes.
Entre os trabalhadores migrantes, 56 por cento são homens e 44 por cento são mulheres.
Os trabalhadores migrantes representam 4,4% de todos os trabalhadores e têm taxas de participação da força de trabalho mais altas do que os não migrantes em todo o mundo (73% e 64%, respectivamente).
ONU na Guiné-Bissau
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terça-feira, fevereiro 20, 2018
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4 MILHOES DE DÓLARES AMERICANOS DESTINADOS A COMPRA DE CONSCIENCIA DO COORDENADOR DO GRUPO DOS 15 DEPUTADOS DISSIDENTES DO PAIGC.
No seu discurso feito durante a marcha de repúdio as sanções da CEDEAO, Braima Camará, coordenador do grupo dos 15 deputados dissidentes do PAIGC, revelou que recusou em Conacri uma oferta de 4 milhões de dólares americanos para se juntar a Direcção do PAIGC de Domingos Simões Pereira.
De acordo com Braima Camará, esta tentativa de compra de consciência aconteceu na República da Guiné- Conacri a quando da assinatura do acordo de Conacri pelos actores políticos guineenses como instrumento de carácter jurídico adoptado pelo presidente Alfa Condé, para por fim a crise política na Guiné- Bissau, sem no entanto, revelar o nome da instituição ou pessoa em concreto que o fez esta oferta que prontamente recusou mantendo- se na sua posição de exigir o cumprimento das regras democráticas e o respeito pela diferença de opinião no seio do PAIGC, mas presume- se que se trata de parceiros internacionais da Guiné- Bissau em conluio com Domingos Simões Pereira.
Ainda no mesmo discurso que fazia em frente a sede da CEDEAO em Bissau, Braima câmara disse que o acordo de Conacri perdeu automaticamente o seu valor jurídico desde a realização arbitrária do sexto congresso do PAIGC sem contar com os deputados desse mesmo partido expulsos a mando de Domingos Simões pereira, pelo que já não é necessário o seu cumprimento pela parte contrária ou seja, o grupo dos 15.
Por: PRS Bissau
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terça-feira, fevereiro 20, 2018
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União Europeia - Lançamento de novo programa para Guiné-Bissau
Bissau, 20 Fev 18 (ANG)- A União Europeia lança quinta-feira em Bissau um novo programa para a Guiné-Bissau ligado aos sectores da saúde, energia e água, desenvolvimento rural e sociadade civil.
“Trata-se de um conjunto de acções que priorizam áreas estratégicas para a melhoria das condições de vida da população guineense e para o desenvolvimento país” , refere a UE em comunicado enviado à ANG.
Denominado “Programapara a Resiliência e as Oportunidades socioeconómicas, Pro GB” mobiliza uma parte considerável do apoio da UE à Guiné-Bissau previsto para o periodo 2014-2020 no âmbito do Fundo Europeu de Desenvolvimento estimado em 44 milhões de euros.
O referido fundo visa, entre outras, melhorar o acesso aos serviços locais para a população com apoio da sociedade civil, a provisão de serviços de água e eletricidade renováveis, a gestão do sistema de saúde, e as oportunidades económicas no sector agrícola.
ANG/SG
Embaixador da União Europeia no país |
Denominado “Programapara a Resiliência e as Oportunidades socioeconómicas, Pro GB” mobiliza uma parte considerável do apoio da UE à Guiné-Bissau previsto para o periodo 2014-2020 no âmbito do Fundo Europeu de Desenvolvimento estimado em 44 milhões de euros.
O referido fundo visa, entre outras, melhorar o acesso aos serviços locais para a população com apoio da sociedade civil, a provisão de serviços de água e eletricidade renováveis, a gestão do sistema de saúde, e as oportunidades económicas no sector agrícola.
ANG/SG
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terça-feira, fevereiro 20, 2018
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Guiné-Bissau é o pior país lusófono em mortalidade infantil
Situações analisadas em 186 países
A Guiné-Bissau é o pior país lusófono na taxa de mortalidade neonatal, ocupando o sexto lugar de um índice em que o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) analisou a situação em 2016 em 186 países.
No polo oposto figura Portugal (168.ª posição), o que equivale ao 17.º melhor índice, tabela em que o Japão continua a ser considerado o país com menor taxa de mortalidade infantil, com 0,9 mortos por cada mil nados vivos, o que é equivalente a uma morte por cada 1.111 nascimentos.
Entre os piores da tabela, a Guiné-Bissau, com 38,2 mortes por cada mil nados vivos (o que equivale a uma morte por cada 26 nascimentos) é apenas ultrapassada pelo Paquistão (45,6/mil -1/22), República Centro Africana (42,3/mil -- 1/25), Afeganistão (40/mil -- 1/25), Somália (38,8/mil -- 1/26) e Lesoto (38,5/mil -- 1/26).
O segundo pior país lusófono é a Guiné Equatorial, que ocupa o 16.º lugar no índice, com 32,0 mortes por mil nados vivos (1 morte em cada 31 nascimentos), à frente de Angola (19.ª posição), Moçambique (24.ª), Timor-Leste (47.ª), São Tomé e Príncipe (69.ª), Cabo Verde (93.ª) e Brasil (109.ª).
Angola, segundo o índice da UNICEF, registou em 2016 29,3 mortos por cada mil nados vivos (uma morte em cada 34 nascimentos), Moçambique contou com 27,1/mil (1/37), Timor-Leste com 21,6/mil (1/46), São Tomé e Príncipe com 15,0/mil (1/67), Cabo Verde com 10,2/mil (1/98) e Brasil com 7,8/mil (1/128).
Virando o índice ao contrário, Portugal surge como 17.º melhor entre os 184 países analisados em 2016, tendo registado 2,1 mortes por cada mil nados-vivos, o que equivale a uma morte em cada 476 nascimentos.
O índice da UNICEF revela também que, entre os 25 países que registam a pior média, 21 são africanos e, entre estes, quatro são lusófonos (Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Angola e Moçambique). Paquistão, Afeganistão, Comores e Laos são os restantes quatro.
Além do Japão, apenas a Islândia consegue atingir uma taxa igual ou inferior a uma morte por cada mil nascimentos, com a taxa de mortalidade infantil a situar-se precisamente nesse valor, 1/mil.
O "top 15" é ocupado pelo Japão, Islândia, Singapura, Finlândia, Eslovénia, Estónia, Chipre, Coreia do Sul, Noruega, Luxemburgo, Bielorrússia, Suécia, República Checa, Espanha e Itália. Antes de Portugal, na 17.ª posição, figura Israel.
Segundo o relatório, intitulado "Para Cada Criança, Vida", todos os anos 2,6 milhões de crianças morrem antes de completar um mês, sobretudo nos países mais pobres do mundo, números considerados pela UNICEF "assustadoramente elevados".
"Embora tenhamos reduzido para mais da metade o número de mortes entre crianças abaixo dos cinco anos de idade nos últimos 25 anos, não fizemos progressos semelhantes relativamente à redução da mortalidade de crianças com menos de um mês", refere a diretora executiva da UNICEF, Henrietta H. Fore, para quem a maioria das mortes podia ser evitadas.
O relatório assinala também que oito dos dez lugares mais perigosos para se nascer estão situados na África subsariana, onde a probabilidade de assistência a mulheres durante o parto é menos provável devido à pobreza, conflitos e fragilidade das instituições.
Segundo a UNICEF, as taxas de mortalidade neonatal são estimativas com intervalos de incerteza.
Os rankings são baseados em estimativas medianas de taxas de mortalidade neonatal (mortes de recém-nascidos por 1.000 nados-vivos), não sendo consideradas incertezas, pelo que as posições de classificação estão sujeitas a alterações.
Os rankings excluem países com menos de 1.000 nados-vivos ou com uma população inferior a 90.000 pessoas.
dn.pt/mundo
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terça-feira, fevereiro 20, 2018
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