O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló exaltou o jornalismo enquanto profissão nobre e não de violência, que não deve ser exercida por pessoas sem emprego e que refugiam nela para insultar os outros.
A exaltação do chefe de estado foi feita na sexta-feira numa audiência concedida aos elementos da Confederação Nacional das organizações de Imprensa, da Associação Nacional de Músicos e dos moradores do bairro de Pluba, que foram manifestar-lhe solidariedade devidos à tentativa de golpe de Estado de 01 de Fevereiro.
“O jornalismo é uma carreira honesta, porque mesmo nas universidade por onde passamos, onde saem os médicos, pilotos e outras formações académicas é ali igualmente que saem os jornalisas”, sublinhou.
Para o chefe de Estado, na Guiné-Bissau basta alguém não tiver o que fazer, arranja de imediato uma pequena estação de rádio para vangloriar de repórter e analista político.
“Isso acontece somente na Guiné-Bissau. Uma pessoa que não pode fazer análise da sua própria pessoa auto proclama-se de ser analista político. É muita pena”, lamentou Umaro Sissoco Embaló.
Acrescentou que nos últimos tempos, certas pessoas queriam fazer com que a carreira jornalística perdesse a sua dignidade.
O Presidente da República disse que vai retribuir a solidaredade que lhe foi manifestada, e reafirmou que, o que passou, de facto, no dia 01 de Fevereiro, foram cenas muito violêntas.
“Ainda antes de as vitimas forem enterradadas, apareçam pessoas a dizer que é uma camuflagem”, criticou.
Umaro Sissoso Embaló pediu a cessação de actos característicos de uma “campanha eleitoral” que ocorrem no país,, uma vez que o Presidente da República já está eleito.
“O poder do Presidente da República é dado por Deus, alguém pode procurá-lo de todas as formas, mas se Deus não o dá, nunca vai o conseguir”, afirmou.
À classe de músicos, o Presidente da República agradeceu a solidariedade que lhe endereçou, tendo sublinhado que os artistas são homens de cultura e de paz e não de violência, aliás como afirmou o vosso porta voz Luìs Mendes (Ichy).
“Se alguém me disser que, na manhã do dia 01 de Fevereiro, iríamos se deparar com a situação ocorrida, não acreditaria. Eu, sempre digo que Nino Vieira seria o último Presidente assassinado no país”, referiu.
Umaro Sissoco Embaló salientou que se empenhou durante os dois anos de seu mandato na restauração da imagem e dignidade da Guiné-Bissau no exterior, mas que tinha uma noção clara de que as suas diligências iriam lhe custar .
“Só porque o Povo não nos escolheu nas urnas, seria o motivo para incentivar as pessoas inocentes para dar um golpe de Estado”, questionou.
Um grupo de homens armados atacou, no passado dia 01 de Fevereiro o Palácio do Governo, com armas pesadas e matralhadoras, numa altura em que decorria uma reunião do Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.
O ataque que durou cinco horas antes de as autoridades de segurança assumirem o controle da situação causou a morte à 11 pessoas entre civís, militares e para-mlitares.
Uma comissão interministerial chefiada pelo ministro do Interior e da ordem Pública, Botche Candé está a investigar os autores morais e materiais dessa tentativa de golpe de Estado.