quinta-feira, 17 de julho de 2025

Portugal: Associações de imigrantes preocupadas com novas medidas do Governo

Por sicnoticias.pt . 17/07/2025

O último balanço do Governo apontava para 700 mil estrangeiros a aguardar por decisão quanto à regularização no país e 40 mil já foram notificados para saírem. 

Nos últimos cinco anos, Portugal recebeu um aumento expressivo no número de imigrantes, com mais de um milhão e meio de pedidos de nacionalidade. As dificuldades nos serviços públicos também ficaram mais evidentes. Com o Governo a apertar as regras, cresce a preocupação sobre o futuro daqueles que vivem no país. 

Na Calçada de Santo André, na Mouraria, a placa ao longe indica o nome do mais recente restaurante da zona. É o novo negócio de Franky, como é conhecido por aqui, que veio da Índia para Portugal em 2010, com a mãe, e nunca mais quis partir. 

Mesmo perante as dificuldades na atribuição da nacionalidade portuguesa, só passados oito anos é que conseguiu. Agora, tem receio que as novas regras para a imigração coloquem um travão a quem quer vir para o país. 

"Acho que ninguém vai entrar em Portugal porque Espanha também tem 10 anos [para atribuir nacionalidade], mas ganha-se o dobro e isto para a economia portuguesa é muito mau. Não vamos sentir agora, só vamos sentir daqui a quatro anos." 

Umas ruas mais abaixo, no beco do cavaleiro, Portugal e o estrangeiro também se misturam. A esplanada da pastelaria de Licínio é dividida com um restaurante nepalês há quatro anos. 

Nos últimos cinco anos, chegaram cada vez mais imigrantes ao país. O Instituto dos Registos e Notariado recebeu cerca de um milhão e meio de pedidos de nacionalidade.

O último balanço do Governo apontava para 700 mil estrangeiros a aguardar por decisão quanto à regularização no país e 40 mil foram notificados para saírem. 

As associações de apoio estão preocupadas com os próximos tempos, enquanto milhares de pessoas continuam a aguardar por respostas aos processos sem saberem o que vai mudar. 

Aniversário de organização CPLP

Passeata

Brasil quer "presidência da CPLP para 2027-2029"

Por LUSA 

O Brasil ambiciona a presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para 2027-2029 e tenciona apresentar candidatura, disse hoje à Lusa o Governo brasileiro.

"Tencionamos apresentar candidatura brasileira à presidência de turno da CPLP no biénio 2027-2029", disse à Lusa, numa resposta por escrito, o embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte, Secretário de África e de Oriente Médio do Ministério de Relações Exteriores, que chefia a delegação brasileira na XV Cimeira da CPLP.

Por essa razão, frisou o embaixador, o Brasil espera "contar com o apoio dos demais Estados-membros para ocupar essa honrosa função".

O embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte recordou os laços históricos que o país mantém com os país africanos de língua portuguesa, com uma língua partilhada que favorece "o adensamento das agendas políticas, culturais, de cooperação, económicas, comerciais e consulares, entre outras" e ao mesmo tempo, tendo reconhecido "a independência dessas nações", numa "demonstração inequívoca da rejeição do colonialismo".

"Os países de língua portuguesa estão entre os principais parceiros de programas de cooperação técnica promovidos pelo Brasil, abrangendo áreas como saúde, agricultura, educação e formação profissional", frisou.

A Guiné-Bissau assume agora a presidência da organização durante dois anos, sucedendo a São Tomé e Príncipe.

A Cimeira dos chefes de Estado e de Governo está agendada para esta sexta-feira e foi antecedida por outras iniciativas, como a reunião dos pontos focais, do Conselho de Segurança Alimentar, do Comité de Concertação Permanente, ao nível dos embaixadores, e do Conselho de Ministros, que reúne os chefes da diplomacia dos nove Estados-membros.

Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Netanyahu lamenta ataque a igreja em Gaza descrevendo mortes como "tragédia"

Por LUSA 

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, admitiu hoje "lamentar profundamente" o ataque a uma igreja católica em Gaza, descrevendo as mortes como "uma tragédia". 

Netanyahu terá também dito hoje numa chamada telefónica com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o ataque a uma igreja em Gaza foi um "erro" de Israel, de acordo com a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. 

"Foi um erro os israelitas terem atingido a igreja católica, foi o que o primeiro-ministro disse ao Presidente", afirmou Leavitt.

O exército israelita já tinha hoje admitido e lamentado "os danos causados" à Igreja da Sagrada Família em Gaza, a única paróquia católica, e as vítimas, que as autoridades do enclave estimam até agora em quatro mortos e sete feridos.

Na mesma conferência de imprensa, a Casa Branca destacou o papel dos Estados Unidos no refrear das hostilidades na Síria, após os confrontos que fizeram mais de 500 mortos em poucos dias no sul do país.

"Desde que os Estados Unidos se envolveram no conflito, foi possível provocar um desanuviamento", acrescentando que as autoridades sírias concordaram em "retirar as suas tropas da região onde os confrontos estavam a ter lugar" e que Washington continua "a acompanhar a situação muito ativamente".

O conflito na cidade de Sweida, no sul da Síria, provocou desde domingo pelo menos 516 mortos, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

A organização não-governamental (ONG) afirmou que, desde domingo, morreram 243 membros das forças governamentais, 154 civis, incluindo 83 pessoas "sumariamente executadas por membros dos Ministérios da Defesa e do Interior" sírios, 79 combatentes drusos, 18 combatentes beduínos e três membros de tribos beduínas "executados sumariamente por combatentes drusos". 

Israel bombardeou posições das forças sírias em Sweida e também fez dois ataques na capital, Damasco, nomeadamente ao quartel-general do exército sírio e ao palácio presidencial. 

De acordo com a OSDH pelo menos 15 membros das forças sírias foram mortos em ataques israelitas. 

Estes ataques israelitas, alegadamente em apoio aos drusos, foram condenados pelo Governo sírio e pela comunidade internacional.

Trump diagnosticado com insuficiência venosa: "Benigna e comum"

Por LUSA 

O Presidente norte-americano, Donald Trump, foi diagnosticado com insuficiência venosa crónica, anunciou hoje a Casa Branca.

O diagnóstico foi alcançado depois de Donald Trump, de 79 anos, ter relatado "ligeiros inchaços na parte inferior das pernas" e de "exames aprofundados" terem mostrado esta condição, que corresponde a uma acumulação de sangue nos membros inferiores.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, descreveu a condição como "benigna e comum, especialmente em indivíduos com mais de 70 anos", antes de esclarecer que não foram encontrados indícios de "trombose venosa profunda ou doença arterial".

A XXX Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) decorreu a 17 de julho de 2025, em Bissau, enquanto encontro preparatório da XV Conferência de Chefes de Estado e de Governo.

As deliberações e recomendações serão submetidas à apreciação e decisão da XV Conferência de Chefes de Estado e de Governo, agendada para 18 de julho de 2025, em Bissau. 

|🇬🇼XV CIMEIRA DA CPLP - BISSAU 18 DE JULHO 2025 📡 DIRETO DO AEROPORTO INTERNACIONAL OSVALDO VIEIRA - CHEGADA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE CABO VERDE🇨🇻

Um total de 93,5 % das mortes por cólera no mundo ocorrem em África

© LUSA  17/07/2025 

A África registou 93,5% das mortes por cólera no mundo ocorridas este ano até junho, informou hoje a agência de saúde pública da União Africana (UA), notando, contudo, redução de casos em alguns países, como Angola.

Além disso, "82% de todos os casos estão em África", disse o subdiretor dos Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças, Yap Boum, numa conferência de imprensa online.

Dos 28 países atualmente com casos de infeção por cólera, 21 estão no continente africano, referiu ainda Boum, frisando que é por isso que a UA "apela à ação".

Até 10 de julho, África registou pouco mais de 191 mil casos em 2025, incluindo 3.969 mortes.

No entanto, alguns dos países mais afetados registaram uma redução do número de casos nas últimas quatro semanas, como o Sudão (36.570 casos e 765 mortes) e Angola (27.268 casos e 763 mortes).

Um quadro mais pessimista é apresentado pelo Sudão do Sul (62.982 casos e 1.096 mortes), que enfrenta "o pior surto de cólera da sua história e o surto mais mortífero do mundo até à data este ano".

O mesmo acontece na República Democrática do Congo (RDCongo), que registou 36.402 casos e 926 mortes, onde "se verifica atualmente o maior desafio", com um aumento de quase 30% das infeções e de quase 4% das mortes na última semana.

Uma das áreas mais afetadas pela doença na RDCongo é a capital, Kinshasa, que representa "a maior ameaça" devido às "inundações e ao fraco acesso à água", disse o subdiretor.

"Isto exige não só atenção, mas também ação", insistiu Boum.

A cólera é uma doença diarreica aguda causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados com a bactéria 'Vibrio cholerae' e está associada principalmente a saneamento deficiente e acesso limitado a água potável.

Embora seja uma doença com cura, que afeta tanto crianças como adultos, pode ser mortal se não for tratada a tempo.

O Presidente da República recebeu em audiência o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Equatorial, Simeón Oyono Angue, portador de uma mensagem do Presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo.

A visita decorre no âmbito da XV Cimeira da CPLP, onde foi reafirmado o interesse em aprofundar os laços de cooperação entre os dois países e a colaboração activa com a presidência guineense da CPLP.

XV⁰ CIMEIRA DA CPLP: 🇲🇿Chegada do Presidente da República de Moçambique, Daniel Francisco Chapo.

XV⁰ CIMEIRA DA CPLP: 🇹🇱 Chegada de Presidente de TIMOR LESTE José Ramos-Horta, e de Joaquim Alberto Chissano antigo Presidente de Moçambique, de Américo D`Oliveira dos Ramos, Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe.

Guiné-Bissau quer CPLP transformadora que vá além da retórica... O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Carlos Pinto Pereira, defendeu hoje que a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) deve assumir um papel transformador que vá além da retórica.

© Lusa   17/07/2025

O governante guineense assumiu hoje a liderança do Conselho de Ministros da CPLP, no âmbito da transição da presidência da comunidade de São Tomé e Príncipe para a Guiné-Bissau.

A sucessão ocorreu na abertura da 30.ª reunião do Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros, em Bissau, que antecede a Cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP, marcada para sexta-feira na capital guineense.

Bissau acolhe pela segunda vez a reunião do Conselho de Ministros, em que a tónica da abertura foi o tema escolhido para a presidência guineense, "A CPLP e a Soberania Alimentar: um Caminho para o Desenvolvimento Sustentável".

O lema escolhido, salientou o ministro, expressa a preocupação comum com um  dos maiores desafios que enfrentam os povos da CPLP: o direito à alimentação adequada, segura e sustentável.

Para o governante guineense, "garantir a soberania alimentar é mais do que assegurar a produção de alimentos, é garantir a dignidade dos povos, a resiliência das nações e a estabilidade das sociedades".

A fome, a insegurança nutricional e a dependência externa, continuou, "afetam diretamente o desenvolvimento das (...) economias e a saúde das (...) populações, particularmente dos países africanos de língua portuguesa".

Carlos Pinto Pereira destacou o potencial da comunidade em termos de cooperação técnica, científica e solidária, enquanto espaço de concertação poltíco-diplomática, mas defendeu que é preciso mais em matéria de soberania alimentar.

"Queremos que a CPLP vá além da retórica e se afirme como um instrumento concreto de transformação. A soberania alimentar deve ser um direito garantido e não apenas um ideal", defendeu.

Durante a reunião que decorre hoje em Bissau, os ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP vão refletir e deliberar sobre ações práticas e mensuráveis, indicou.

Entre elas, destacou o reforço da cooperação no setor agrícola e agroalimentar com intercâmbio de boas práticas, tecnologia  e políticas públicas eficazes.

Em discussão está também a promoção de uma plataforma técnica CPLP para soberania alimentar e combate à fome, a aposta na formação de quadros e capacitação institucional, aproveitando as sinergias dos centros de pesquisa e universidades.

Esta reunião servirá também para avaliar o estado do acordo sobre a mobilidade na CPLP, e novas dinâmicas de cooperação económica, especialmente em setores estratégicos como a saúde, as energias renováveis e o investimento sustentável.

O ministro expressou ainda "a certeza de que a Guiné-Bissau está preparada para liderar com responsabilidade".

Na passagem da pasta, Ilza Amado Vaz, ministra dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe, destacou a coincidência da data de hoje, em que se assinalam 29 anos da criação da CPLP, no ano em que se celebram os 50 anos da independência da maioria dos Estados de língua oficial portuguesa.

A governante lembrou que, ao assumir a presidência, em agosto de 2023, São Tomé e Príncipe definiu uma estratégia inspirada no lema "juventude, sustentabilidade", que norteou todas as iniciativas e deliberações.

"Durante os dois anos do nosso mandato colocámos a juventude no centro das prioridades da CPLP, reconhecendo-a como força transformadora das nossas sociedades e afirmámos a sustentabilidade como caminho inadiável para o desenvolvimento", declarou.

Segundo afirmou, São Tomé e Príncipe espera "deixar um legado para uma CPLP mais unida e uma visão para enfrentar os desafios com confiança, solidariedade, de maneira estratégica".

"A cooperação económica, que mereceu um impulso na nossa presidência, precisa de mais espaço na nossa agenda, é urgente mobilizar o comércio entre a CPLP, atrair investimento e valorizar cadeias de valor locais", afirmou.

Ilza Amado Vaz considerou ainda "um imperativo reforçar" a resposta conjunta na área da soberania alimentar.


Leia Também: AIMA vai reforçar capacidade de resposta de sete mil atendimentos diários

A Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) tem uma capacidade instalada para sete mil atendimentos diários e pretende reforçar a resposta com a abertura de novos Centros Locais de Apoio à Integração dos Migrantes (CLAIM).


Cimeira da CPLP: Eduardo Jorge da Costa Sanca, militante do PAIGC, surge contra a carta enviada do presidente do Partido, Domingos Simões Pereira ao parlamento da CPLP para boicotar a cimeira de Bissau. " Foi uma decisão particular dele e foi mais uma vez, ato vergonhoso ao nosso querido Partido". Dajó como conhecido, falava esta Quinta-Feira, 17 de Julho de 2025 durante uma conferência de imprensa.




Por: Ussumane Baldé [Fitchas]  CAP GB

Bissau, 17 de Julho de 2025, O Ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades, Carlos Pinto Pereira, passa a presidir as reuniões dos Conselhos Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A cerimónia de investidura decorreu hoje antes do início da XXX reunião ordinária que decorre num dos hotéis de Bissau.

O XXX Conselho de Ministros da #CPLP começou!

A sessão de abertura contou com as intervenções do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades da Guiné-Bissau, Carlos Pinto Pereira, e da Ministra de Estado dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades de São Tomé e Príncipe, Ilza Amado Vaz, enquanto presidência cessante da CPLP.

Neste encontro, os Ministros preparam a XV Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, a realizar-se amanhã, a 18 de julho.
Por:Ussumane Baldé [Fitchas]  CAP GB  /  CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa


Comunicado à Imprensa do Movimento por ocasião da XV Cimeira da CPLP, em Bissau, 18 de julho de 2025.

Fonte Fode Caramba Sanha

Maior pedaço de Marte foi leiloado por mais de quatro milhões de euros... Meteorito pesa 25 quilos e caiu no deserto do Saara, em África, há dois anos. Foi vendido quatro milhões e meio de euros, um milhão acima do que era estimado.

Maior pedaço de Marte alguma vez encontrado na TerraRichard Drew/AP   Por  sicnoticias.pt    

O maior pedaço de Marte alguma vez encontrado na Terra já foi leiloado em Nova Iorque e valor foi superior ao esperado: quatro milhões e meio de euros.

A rocha de 25 quilos terá sido expelida por um asteroide, caindo no deserto do Saara, em África, e encontrada por um caçador de meteoritos há dois anos.

Agora, no âmbito de uma venda temática com foco na história natural, a emblemática leiloeira Sotheby’s colocou a leilão o meteorito conhecido como NWA 16788 por um preço que que se estimava ascender aos três milhões e meio de euros, mas que alcançou os quatro milhões e meio.

De acordo com a Sotheby’s, acredita-se que o meteorito tenha sido arrancado da superfície de Marte por um ataque de asteroides. Ao soltar-se, terá viajado aproximadamente 225 milhões de quilómetros até chegar à superfície da Terra, mais concretamente em Níger em novembro de 2023.

O meteorito vermelho, castanho e cinzento é cerca de 70% maior do que o segundo maior pedaço de Marte encontrado na Terra e representa quase 7% de todo o material marciano atualmente no planeta, aponta a Sotheby’s citada pela Associated Press.

Esqueleto de dinossauro Ceratosaurus foi a estrela do leilão

A venda onde estava inserido o meteorito também incluía um esqueleto juvenil de dinossauro Ceratosaurus com mais de dois metros de altura e quase três metros de comprimento. De acordo com a leiloeira, este tem aproximadamente 154-149 milhões de anos e está pronto para exposição.

Estimava-se que a peça composta por 139 elementos ósseos fósseis originais com materiais esculpidos adicionais pudesse chegar aoscinco milhões de euros, mas uma 'chuva' de licitações fez com que a peça fosse leiloada por muito mais: 25 milhões de euros.

O esqueleto de dinossauro gerou uma 'guerra de licitações' entre seis licitadores ao longo de seis minutos.

"Os ossos são totalmente mineralizados com uma coloração cinza escuro a preto, e a fossilização é excelente, mesmo com ossos pequenos e delicados sendo preservados em detalhes", dá conta a Sotheby’s. O crânio inclui a mandíbula inferior com dentição superior e inferior, com 43 dentes presentes e cinco dentes com raízes soltas. "Os chifres nasais diagnósticos são distintos e bem preservados, e os chifres em forma de crista orbital também estão intactos e discerníveis", afirma a leiloeira.

Rússia justifica cortes de internet no país com segurança da população... O Kremlin justificou hoje os cortes cada vez mais frequentes de internet, mesmo nas regiões orientais, com a segurança nacional devido à guerra na Ucrânia.

© Reuters    Lusa   17/07/2025

"Tudo o que está relacionado com a segurança e a proteção dos cidadãos é justificado e é uma prioridade. A ameaça existe e é evidente", declarou o porta-voz presidencial, Dmitri Peskov, na habitual conferência de imprensa telefónica diária, em resposta à pergunta de um jornalista. 

A imprensa chamou a atenção para os constantes e cada vez mais frequentes cortes na Internet em todo o país, incluindo em regiões siberianas, como Omsk, a mais de 2.000 quilómetros da capital russa.

Embora as autoridades russas tenham anteriormente referido que os cortes são realizados devido a ataques com 'drones', meios de comunicação social independentes indicam que estes também estão a ser realizados para testar cortes com o objetivo de censura ou perante possíveis protestos.

Segundo o Kremlin, a principal ameaça está na Ucrânia, pelo que se defendem ao responder de forma adequada.

"As ações e a natureza do regime de Kiev são claras e não mudam. Devemos tomar as medidas adequadas", afirmou Peskov.

Nas últimas semanas, têm sido cada vez mais frequentes as queixas dos cidadãos sobre cortes na Internet em dispositivos móveis.

Até agora foram registados cortes em 27 regiões russas, incluindo Moscovo e São Petersburgo, mas também em áreas remotas como Primorie, na costa do Pacífico.

Esta semana, a Duma debate um projeto de lei que multará as pessoas que procurarem informações de conteúdo considerado extremista, o que, de acordo com a atual lei russa, pode ser conteúdo LGTBI, que tem manifestado oposição à guerra na Ucrânia iniciada em 2022.


A UNTG-CS realizou uma conferência de imprensa para apresentar o balanço da viagem do Secretário-Geral Sene Djassi, destacando encontros com parceiros internacionais e reforço da cooperação sindical em prol dos direitos dos trabalhadores guineenses.

Governo britânico propõe dar direito de voto a adolescentes de 16 e 17 anos

Por LUSA 

Adolescentes de 16 e 17 anos vão poder votar nas próximas eleições legislativas no Reino Unido pela primeira vez se uma proposta do Governo britânico apresentada hoje for aprovada.

O Governo apresentou uma proposta para reduzir a idade mínima para votar de 18 para 16 anos a tempo das próximas eleições legislativas, que poderão ser convocadas até 2029.

A medida foi uma promessa no programa eleitoral do Partido Trabalhista e pretende alinhar a idade de voto com a da Escócia e País de Gales, onde jovens de 16 e 17 anos já podem votar em eleições regionais e locais desde 2016 e 2021, respetivamente.

O governo afirma que a legislação será a "maior mudança na democracia do Reino Unido em uma geração".

"Estamos a tomar medidas para eliminar as barreiras à participação, o que garantirá que mais pessoas tenham a oportunidade de se envolver na democracia do Reino Unido", afirmou a vice-primeira-ministra, Angela Rayner, citada num comunicado. 

A última vez que a idade para votar foi reduzida (de 21 para 18 anos) foi em 1969.

De acordo com o Governo, a legislação também vai criar um sistema de registo automatizado para facilitar o recenseamento eleitoral, à semelhança do que fazem países como o Canadá e Austrália. 

Outras medidas no âmbito da legislação será aumentar o tipo de identificação aceite nas mesas eleitorais, como, por exemplo, cartões bancários, e introduzir proteções contra a interferência sobre as eleições, impedindo que empresas anónimas possam fazer doações financeiras a partidos políticos.

Rússia aproveita janela de 50 dias de Trump para lançar "um dos maiores ataques" desde o início da invasão da Ucrânia

Centenas de drones bombardearam vilas e cidades por todo o território ucraniano na noite de quarta-feira. Há registo de pelo menos dois mortos e nove feridos de cada lado da fronteira, segundo as autoridades de ambos os países.

Incêndio num centro comercial no Iraque fez pelo menos 63 mortos

Por LUSA 

Pelo menos 63 pessoas morreram num incêndio que destruiu na quarta-feira à noite um centro comercial na cidade de Kut, no leste do Iraque, divulgou a agência de notícias oficial iraquiana (INA).

"O número de mortos no incêndio de Kut subiu para 63, e o número de feridos, elevou-se para 40", informou a INA, de forma breve, citando fontes médicas.

As autoridades de saúde locais tinham relatado anteriormente 50 mortes e vários feridos.

O ministro do Interior iraquiano, Abdulamir al-Shammari, afirmou, num comunicado, que o edifício onde deflagrou o incêndio, que estava aberto há apenas sete dias, tem cinco andares e albergava um restaurante e um hipermercado.

"Apesar da gravidade da situação, as equipas da Defesa Civil conseguiram resgatar mais de 45 pessoas presas no interior do edifício", referiu a nota de Al-Shammari.

O ministro iraquiano indicou que a maioria dos mortos "sufocou nas casas de banho devido ao fumo denso", enquanto catorze corpos foram encontrados "carbonizados".

O primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Shia al-Sudani, ordenou que fosse invastigado "rapidamente" as causas do incêndio no Hyper Mall, um dos principais centros comerciais da cidade de Kut, capital da província de Wasit, no leste do Iraque.

O governador de Wasit, Mohammed Jamil al-Majah declarou luto oficial de três dias na província "em memória das vítimas".

Al-Majah declarou que o governo local "não hesitará em responsabilizar qualquer pessoa responsável, direta ou indiretamente, por esta tragédia" e que os resultados iniciais da investigação serão divulgados no prazo de 48 horas.

Os incêndios em edifícios comerciais são comuns no Iraque, especialmente com o aumento das temperaturas no verão e devido à falta de manutenção e ao mau estado das infraestruturas, num país ainda em reconstrução após décadas de guerra e violência sectária.

Um dos incêndios mais mortíferos dos últimos anos ocorreu em setembro de 2023, quando 114 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas num incêndio num salão de festas na província de Nínive, no norte do Iraque.

Economia: Empresas dos EUA cortam investimento na China devido a tarifas... As empresas norte-americanas na China preveem mínimos históricos de novos investimentos em 2025, citando incertezas políticas e a guerra comercial como principais preocupações, segundo um inquérito da Câmara de Comércio EUA-China, divulgado hoje.

© Lusa  17/07/2025 

As empresas referem também a desaceleração da economia chinesa, marcada por uma fraca procura interna e excesso de capacidade industrial, como fatores que têm vindo a erodir a rentabilidade dos negócios no país asiático.

"As empresas estão atualmente menos lucrativas na China do que há alguns anos, mas os riscos -- desde os reputacionais aos regulatórios e políticos -- estão a aumentar", afirmou Sean Stein, presidente da Câmara de Comércio EUA-China, organização com sede em Washington, que representa grandes multinacionais norte-americanas com operações no país.

O inquérito, realizado entre março e maio junto de 130 empresas, surge num contexto de tensões comerciais entre Pequim e Washington, que incluem taxas alfandegárias e controlos à exportação de produtos estratégicos como semicondutores avançados e minerais de terras raras.

Apesar de conversações de alto nível em Genebra e Londres terem resultado em acordos para aliviar parte das restrições, a ausência de um pacto comercial duradouro mantém a incerteza no setor.

Mais de metade das empresas inquiridas indicaram que não têm planos de novos investimentos na China este ano -- um valor recorde, segundo Kyle Sullivan, vice-presidente da entidade.

Cerca de 40% das empresas relataram efeitos negativos resultantes das medidas de controlo às exportações impostas pelos EUA, incluindo perda de vendas, rutura de relações com clientes e danos reputacionais por serem consideradas fornecedoras pouco fiáveis.

As restrições afetam sobretudo produtos de alta tecnologia, cujo potencial uso militar preocupa Washington.

Sean Stein advertiu que estas medidas devem ser aplicadas com precisão, sob pena de empresas europeias, japonesas ou chinesas preencherem rapidamente o vazio deixado pelas companhias norte-americanas.

A fabricante norte-americana de 'chips' Nvidia recebeu recentemente autorização do Governo dos EUA para retomar a venda à China dos 'chips' H20, utilizados em sistemas de inteligência artificial, anunciou o presidente executivo da empresa, Jensen Huang. No entanto, os semicondutores mais avançados da empresa continuam sujeitos a restrições.

Apesar de 82% das empresas terem registado lucros em 2024, menos de metade manifestaram otimismo quanto ao futuro das operações na China, citando as tarifas, deflação (queda anual nos preços no consumidor) e imprevisibilidade política como fatores de risco.

O número de empresas norte-americanas com planos para transferir operações para fora da China atingiu também um máximo histórico: 27%, face a 19% no ano anterior.

Pela primeira vez em anos, questões como o ambiente regulatório chinês, proteção de propriedade intelectual ou acesso ao mercado deixaram de figurar entre as cinco principais preocupações das empresas.

"Não é porque a situação tenha melhorado significativamente, mas sim porque os novos desafios, muitos deles vindos dos EUA, se tornaram igualmente problemáticos", disse Sean Stein.

Quase todas as empresas inquiridas reconheceram, no entanto, que não conseguem manter a competitividade global sem a presença no mercado chinês.

Um relatório semelhante da Câmara de Comércio da União Europeia na China, publicado em maio, apontava igualmente para cortes nas despesas e planos de redução de investimentos, devido à desaceleração económica e à intensa concorrência no mercado local.


Portugal: Nascimentos aumentam no primeiro semestre do ano... Nasceram mais 966 bebés este semestre do que no primeiro semestre de 2024. Janeiro foi o mês em que mais recém-nascidos foram rastreados no "teste do pezinho" e Lisboa reinou no número de exames realizados.

Eric Gay/AP  sicnoticias.pt, 17 jul.2025 

O número de nascimentos subiu no primeiro semestre deste ano, quando foram rastreados 42.250 recém-nascidos, mais 966 do que no período homólogo, segundo dados baseados no "teste do pezinho" esta quinta-feira divulgados.

De acordo com os dados do Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), o mês de janeiro (7.670) foi aquele em que mais recém-nascidos foram rastreados no primeiro semestre deste ano.

No ano passado tinham sido analisados 84.631 bebés em Portugal, menos 1.133 bebés em relação ao ano anterior (85.764).

Nos primeiros seis meses deste ano, Lisboa foi o distrito com mais exames realizados (13.007), seguido do Porto (7.432), Setúbal (3.329), Braga (3.175) e Faro (2.174).

O menor número de testes foi observado no distrito de Bragança (260), seguido de Portalegre (278) e da Guarda (326).

Nos últimos 10 anos, 2016 foi o ano em que mais testes do pezinho se realizaram, com 87.577.

Coordenado pelo INSA, através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana, o PNRN rastreia, desde 1979, 28 patologias: hipotiroidismo congénito, fibrose quística, drepanocitose, atrofia muscular espinal e 24 doenças hereditárias do metabolismo.

Apesar de não ser obrigatório, o programa tem atualmente uma taxa de cobertura de 99,5%, sendo o tempo médio de início do tratamento de cerca de 10 dias.

O "teste do pezinho" é efetuado a partir do terceiro dia de vida do recém-nascido, através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança.

"Falência moral". Israel critica Guterres por condenar ataques na Síria... O representante de Israel junto das Nações Unidas, Danny Danon, acusou o secretário-geral da organização de "falência moral", após António Guterres ter condenado os ataques aéreos israelitas contra a Síria.

© Lusa   17/07/2025

Guterres "continua a expor a sua falência moral. Enquanto membros da comunidade drusa são brutalmente massacrados na Síria, ele opta mais uma vez por permanecer em silêncio", declarou Danon, na rede social X.

O diplomata israelita acusou o ex-primeiro-ministro português de "vilificar Israel", afirmando que o Telavive é o "único [país] que luta ativamente contra as forças do mal" no Médio Oriente.

Danon comparou os confrontos sectários na Síria com os ataques liderados pelo grupo fundamentalista palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023, contra o sul de Israel.

"A ONU não condenou" o grupo palestiniano pelos "horrores de 07 de outubro", alegou o representante israelita, apesar das repetidas condenações públicas por parte das Nações Unidas.

"E agora, após o massacre dos drusos na Síria, o silêncio vergonhoso continua", acrescentou Danon, na quinta-feira à noite.

Horas antes, António Guterres pediu o fim imediato de todas as violações da soberania e da integridade territorial da Síria e admitiu estar alarmado com os confrontos mortais no sul do país.

"O secretário-geral condena os crescentes ataques aéreos de Israel em Sweida, Daraa e no centro de Damasco, assim como os relatos sobre a redistribuição das Forças de Defesa de Israel nos Golã", disse o porta-voz.

Guterres está igualmente alarmado com a contínua escalada de violência em Sweida, uma zona de maioria drusa, no sul do país, onde já morreram centenas de pessoas, acrescentou Stéphane Dujarric, num comunicado.

O português condenou a violência contra civis na Síria, incluindo relatos de assassínios arbitrários e "atos que atiçam as chamas das tensões sectárias e roubam ao povo da Síria a oportunidade de paz e reconciliação após 14 anos de conflito brutal".

O líder da ONU concluiu o comunicado, reiterando a necessidade de apoiar uma transição política credível, ordenada e inclusiva na Síria, em conformidade com as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Israel efetuou na quarta-feira múltiplos ataques na Síria, incluindo dois na capital, Damasco, contra o quartel-general do exército sírio e outro junto ao palácio presidencial.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) relatou também pelo menos dois ataques de aviação israelita contra a cidade de Sweida.

Os ataques israelitas, justificados com o apoio aos drusos, resultaram na morte de 15 soldados e membros das forças de segurança sírias, adiantou a organização não-governamental, com sede em Londres e uma vasta rede de contactos em toda a Síria.

De acordo com o mais recente balanço do OSDH, divulgado na quarta-feira à noite, os confrontos entre as comunidades sírias drusa e sunita em Sweida (sul) fizeram mais de 350 mortos desde o último fim de semana.


Taiwan deteta maior número de aviões chineses no espaço aéreo desde abril... Pequim enviou 58 aeronaves militares para os arredores de Taiwan nas últimas 24 horas, o maior número desde abril, depois de terem surgido rumores de uma possível escala do líder taiwanês nos Estados Unidos.

© Lusa   17/07/2025

Segundo o Ministério da Defesa de Taiwan, os aparelhos -- incluindo caças, bombardeiros, veículos aéreos não tripulados ('drones') e aviões de apoio -- foram detetados nas últimas 24 horas. 

Além disso, 45 cruzaram a linha média do Estreito e entraram nas zonas norte, centro, sudoeste e leste da autoproclamada Zona de Identificação de Defesa Aérea de Taiwan, o 'de facto' espaço aéreo da ilha, que não está definido ou regulado por nenhum tratado internacional.

Esta é a maior incursão aérea desde 02 de abril, quando a China realizou as manobras militares "Strait Thunder-2025A" em torno de Taiwan.

Os voos ocorreram no mesmo dia em que a China manifestou "firme oposição" a uma eventual passagem do Presidente taiwanês, William Lai Ching-te, pelos Estados Unidos, durante uma viagem oficial ao Paraguai, prevista para agosto.

"Opomo-nos firmemente a qualquer tipo de intercâmbio oficial entre os EUA e a região chinesa de Taiwan, bem como ao trânsito de William Lai por território norte-americano sob qualquer pretexto", afirmou Chen Binhua, porta-voz do Gabinete de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado (o executivo chinês).

Em 2023, quando ainda era vice-presidente, Lai fez escalas em Nova Iorque e São Francisco a caminho do Paraguai, tendo a China respondido com exercícios militares em torno de Taiwan.

A porta-voz presidencial taiwanesa, Karen Kuo, declarou esta semana que "ainda não há informação" sobre um possível trânsito de Lai pelos EUA, acrescentando que qualquer plano confirmado será comunicado oportunamente.

Pequim considera Taiwan uma província chinesa e não descarta o uso da força para concretizar a 'reunificação' com o continente.

Washington, embora sem relações diplomáticas com Taipé, é o principal fornecedor de armamento da ilha e poderá intervir em caso de conflito, mantendo-se no centro da disputa desde há mais de sete décadas.


quarta-feira, 16 de julho de 2025

Visita do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, ao terreno da Escola Portuguesa na Guiné-Bissau 🇬🇼

Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal   16/07/2025

"Portugal será sempre um apoio para a sociedade civil" da Guiné-Bissau

Por LUSA 

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros garantiu hoje que "Portugal será sempre um apoio da sociedade civil" da Guiné-Bissau, num encontro com várias Organizações Não-Governamentais (ONG), em Bissau.

"Portugal será sempre um apoio da sociedade civil, mas deixando a sociedade civil trabalhar com toda a autonomia, ou seja, não nos compete a nós estar a guiar a ação das ONG", afirmou Paulo Rangel na Casa dos Direitos, perante dirigentes destas organizações que formam uma plataforma de defesa de direitos Humanos, a quem apelidou de "heróis e heroínas".

Num "país em desenvolvimento, mas que tem tantas necessidades, abraçar estas lutas é um ato de coragem, porque são lutas que, como diziam, e muito bem, nunca estão terminadas", enfatizou, no primeiro dia da visita a Bissau.

O governante português considerou "muito importante" o trabalho, apoiado e financiado pelo Governo português, que tem vindo a ser realizado na Guiné-Bissau, destacando as atividades em áreas como a igualdade de género e na promoção do papel das mulheres.

"A questão da radicalização e da violência é fundamental. Numa sociedade muito jovem, (...) demograficamente forte, como são as sociedades africanas em geral, (...) obviamente que se precisa de encontrar formação e emprego, ocupação para estes jovens", defendeu por outro lado o governante.

Finalmente, Rangel salientou ainda a importância do trabalho na área da justiça: "A justiça no sentidos dos direitos, dos tribunais, até de uma justiça mais tradicional, mas que seja ágil e independente", bem como na "justiça da educação, da saúde, da proteção dos mais velhos e aí, evidentemente, também há muito a fazer".

Finalmente, o ministro dos Negócios Estrangeiros português destacou a defesa da "liberdade de expressão, liberdade de pensamento, liberdade de religião, liberdade política", mas alertou: "também temos de pensar que essas liberdades exigem que as pessoas tenham alguma autonomia económica e social".

Antes, o presidente de uma das ONG, a Liga Guineense dos Direitos Humanos, afirmara que a visita do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros era o "reconhecimento firme do papel transformador" da Casa dos Direitos "na cidadania, democracia e Estado de direito na Guiné-Bissau".

Bubacar Turé agradeceu o "apoio permanente" de Portugal, "um parceiro fundador" de um espaço que definiu como "um espaço de resistência e de diálogo com as autoridades nacionais" da Guiné-Bissau.

Turé destacou ainda o trabalho que tem sido efetuado através de dois projetos "integralmente financiados por Portugal" na área dos direitos humanos e outro cofinanciado por Lisboa com atividades para combater "a radicalização, extremismo e violência".


Leia Também: Difusão do português na Guiné-Bissau exige "esforço" de Portugal

A 284ª Reunião Ordinária do Comité de Concertação Permanente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), constituído pelos representantes permanentes dos Estados-Membros da CPLP, decorreu a 16 de julho de 2025, em Bissau, enquanto reunião preparatória da XXX Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da CPLP, agendada para dia 17 de julho de 2025.

Após a passagem da coordenação da Reunião do Comité de Concertação Permanente do Representante Permanente de São Tomé e Príncipe junto da CPLP, embaixador Esterline Gonçalves Género, para o Representante Permanente Guiné-Bissau junto da CPLP, embaixador Artur Silva, iniciaram-se os trabalhos, contando com a participação do Secretário Executivo da CPLP, Zacarias da Costa.

Recorde-se, a República da Guiné-Bissau vai acolher a XV Conferência de Chefes de Estado e de Governo), no dia 18 de julho de 2025.

Por  CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

Educação : Força da Contingência militar Nigeriana da missão da CEDEAO que se encontra no país para manter a paz, reabilita por custos próprios uma pavilhão da unidade escolar Jorge Ampa Cumelerbo no bairro militar. A cerimónia da entrega decorreu hoje 16-07-2025, na presença do Ministro da Educação Nacional, Henry Mané que agradeceu o gesto.